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Questões para a Vida e a Morte
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Questões para a Vida e a Morte
E-book91 páginas1 hora

Questões para a Vida e a Morte

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Sobre este e-book

Quando este livro foi lançado, vivíamos a maior quarentena da história da humanidade. O que importa, no entanto, é que ela não era a primeira nem seria a última, e ela também passou.

Há uma quarentena, no entanto, bem mais duradoura: aquela que isola nós mesmos de nossa essência, daquilo em nós que realmente sonha e deseja. Tal essência não é virulenta, mas pode ser mortal, mortal para o ego. Pode também nos revelar sombras que não acreditávamos habitar em nós, ou toda aquela poeira espiritual que varremos para debaixo do tapete da consciência.

Seja como for, mais dia menos dia, esta outra quarentena também será rompida, e então finalmente poderemos voltar ao convívio de todos os nossos sonhos e medos, de todos os nossos monstros e heróis, de toda a nossa luz e toda a nossa escuridão. Para tal, basta estar vivo – e a vida é tão inevitável quanto a morte.

Este livro nasceu da necessidade de quatro amigos de falarem sobre tais questões.

***

Número de páginas
Equivalente a aproximadamente 75 págs. de um livro impresso (tamanho A5).

Sumário (com índice ativo)
- Prefácio
- Parte 1
-- Você acredita em Deus?
-- Qual o sentido da vida?
-- O que podemos dizer sobre o amor?
-- Existem diferenças significativas entre homens e mulheres?
-- Qual a finalidade do sexo?
-- O que é a morte?
- Parte 2
-- Raph responde
-- Taoana responde
-- Caio responde
-- Igor responde
- Sobre os autores

***

Por que vendemos ebooks tão baratinho?
- Geralmente trabalhamos com autores em domínio público, de modo que não precisamos compartilhar direitos autorais.
- Mesmo no caso dos livros de nossa autoria, ou naqueles em que trabalhamos na tradução, continua sendo de nosso interesse divulgar um conhecimento que acreditamos ser fundamental para a vida de qualquer caminhante ou buscador.
- Finalmente, é o nosso hobby.

Se gostou desta obra, talvez também se interesse por essas aqui:
- Amar e perder, de Rafael Arrais
- A roda dos deuses, de Rafael Arrais
- A medida de todas as coisas, de Rafael Arrais
- Segredos do Taoismo: Um método para desenvolver o seu Caminho, de Igor Teo
- Entre a Esquerda e a Direita: Uma reflexão política, de Alfredo Carvalho, Igor Teo e Rafael Arrais


[ uma edição Textos para Reflexão distribuída em parceria com a Bibliomundi - saiba mais em raph.com.br/tpr ]
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de dez. de 2021
ISBN9781526019837
Questões para a Vida e a Morte

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    5/5
    Muito bom, me instigou a saber mais sobre psicanálise e o mundo em si.

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Questões para a Vida e a Morte - Rafael Arrais

Prefácio

por Rafael Arrais

Quando este livro foi lançado, vivíamos a maior quarentena da história da humanidade. O que importa, no entanto, é que ela não era a primeira nem seria a última, e ela também passou.

Há uma quarentena, no entanto, bem mais duradoura: aquela que isola nós mesmos de nossa essência, daquilo em nós que realmente sonha e deseja. Tal essência não é virulenta, mas pode ser mortal, mortal para o ego. Pode também nos revelar sombras que não acreditávamos habitar em nós, ou toda aquela poeira espiritual que varremos para debaixo do tapete da consciência.

Seja como for, mais dia menos dia, esta outra quarentena também será rompida, e então finalmente poderemos voltar ao convívio de todos os nossos sonhos e medos, de todos os nossos monstros e heróis, de toda a nossa luz e toda a nossa escuridão.

Para tal, basta estar vivo – e a vida é tão inevitável quanto a morte.

Este livro nasceu da necessidade de quatro amigos de falarem sobre tais questões. Você pode saber mais sobre cada um de nós ao final da edição, mas por enquanto aqui vão nossos nomes abreviados, que serão usados para indicar nossas respostas ao longo da obra:

Rafael Arrais – Raph

Igor Teo – Igor

Caio Ribeiro Chagas – Caio

Taoana Padilha – Taoana

Parte 1

Este livro nasceu de um encontro de amigos para conversarmos e discutirmos sobre as questões fundamentais da existência. São pensamentos filosóficos e conceituais sobre questões urgentes e contemporâneas. Temos artistas, pensadores, poetas e trabalhadores do Novo Mundo. Se podemos divergir entre nossas influências e conclusões, em todos nós está presente o desejo de refletir sobre o que somos capazes de realizar enquanto seres humanos nesta complexa existência.

Na primeira parte do livro, foram feitas as mesmas perguntas a todos os participantes do debate, para que cada um desse sua contribuição à uma das questões que nos toca enquanto sociedade.

Igor Teo

Você acredita em Deus?

Raph

Quanto mais me deparo com esta antiga pergunta, mais acredito que talvez ela não faça tanto sentido assim, pelo menos se a ideia é haver um diálogo entre uma ou mais pessoas; isto porque, ainda que eu diga, acredito em Deus, faltaria definir o que é Deus. Não que não seja possível defini-lo, mesmo por aproximação, mas também creio que cada um de nós terá a sua própria visão de Deus, a sua própria relação com Deus – ao menos se não estivermos presos, tal qual moscas numa sopa, aos dogmas de existência ou inexistência de Deus.

Vejamos como, em geral, a parte ocidental do planeta costuma ver Deus: uma entidade ou força que criou o mundo e habita nalguma parte fora dele, atuando essencialmente como um mantenedor, e por vezes um administrador de todas as coisas. Claro, nem sempre é uma visão tão superficial, mas, ao meu ver, sempre que Deus é reduzido a uma pessoa, um ser com quem podemos dialogar diretamente por linguagem humana, ele de certa forma sai de um lugar e chega em outro; assim sendo, não poderia ser mais todas as coisas todo o tempo.

Já na parte oriental, Deus sempre esteve muito mais associado à própria energia, ao fluxo incessante da natureza. Assim, se tudo o que existe fosse contido num rio infinito, o Deus Ocidental seria a fonte deste rio, e o Deus Oriental seria o próprio fluxo das águas. Alguns dirão que isso equivale a dizer que Deus é a natureza – é o sol e as árvores e as montanhas e os pássaros e os insetos. Mas quem pensa assim não sabe, não tem como saber, a forma pela qual um oriental aprende a contemplar as coisas da natureza. É como se tudo tivesse um espírito, uma força vital sagrada, e isso é Deus. O Deus Oriental não seria a água do rio, nem mesmo o seu fluxo, mas o assombro que se sente ao contemplar o rio passar.

Heráclito, um pensador grego da Antiguidade, já disse que não passamos duas vezes pelo mesmo rio: as suas águas jamais serão as mesmas da primeira vez. Já Shams de Tabriz, um santo sufi andarilho de uma época um pouco mais recente, talvez tenha resumido melhor a questão que quero lhes trazer:

Se você contempla a sua volta,

você pode achar a face divina em cada parte do mundo,

pois Deus não se encontra escondido nalguma igreja, mesquita ou sinagoga,

ele está espalhado por tudo...

Assim como não há quem viva após ver sua face,

tampouco não há quem morra após tal encontro:

quem quer que o encontre, permanece com ele,

para sempre!

Ou seja, numa margem do rio de todas as coisas, o conhecimento humano é racionalizado, cada campo do pensamento é divido em setores e tudo é separado em pequenas caixas do saber. Já na outra margem, o conhecimento se dilui em sensações, sejam boas ou traumáticas, que tentam dar conta de abarcar a tudo sem racionalizar nada, e onde tudo jaz profundamente conectado. Mas a vida se vive sob as águas do rio, e quem tenta se ancorar somente numa das suas margens, acaba ou enlouquecendo ou se desconectando da própria alma: ou uma esponja histérica que sente tudo, sem filtros, ou um casulo muito bem fechado e profundamente deprimido.

Eu acredito no Deus que nos ensina a mergulhar nesse rio, e a fechar os olhos e flutuar, sem medo, sem a busca por explicações que caibam em palavras: eu acredito na experiência de Deus.

Igor

Esta é uma pergunta difícil de responder porque antes devo pensar: que é Deus?

Deuses e figuras mitológicas sempre fizeram parte do imaginário humano em diferentes culturas de nossa história. Muitas vezes, a humanidade se referiu aos deuses como uma forma de representação para forças maiores do que ela mesma, como o Sol, a chuva, a morte, o nascimento... O psicólogo Jung, e mais tarde o mitologista Joseph Campbell, fizeram um mapeamento dessas representações simbólicas e as chamaram de arquétipos.

Os arquétipos seriam essas estruturas da psiquê

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