Aos nascidos em 1979
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Sobre este e-book
Luiz Belmiro Teixeira
Luiz Belmiro Teixeira é curitibano, graduado em Ciências Sociais pelaUniversidade Federal do Paraná (2004), Mestre em Sociologia pelaUniversidade Federal do Paraná (2006) e é professor de Sociologia no ifpr. A poesia o encontrou cedo,e desde então procura os versos para escrever sobre Curitiba, o amor, política, a vida, o universo e tudo mais. Traz referências da cultura pop (cinema, música e hq’s) para compor seus poemas. Antes da estreia emlivro próprio, publicou em coletâneasde concursos e oficinas literárias.
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Aos nascidos em 1979 - Luiz Belmiro Teixeira
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revisão Hanny Saraiva
projeto gráfico 54
d
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (
cip
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(Sindicato Nacional dos Editores de Livros,
rj
)
T265n
Teixeira, Luiz Belmiro
Aos nascidos em 1979 / Luiz Belmiro Teixeira. - 1. ed.
Rio de Janeiro : Jaguatirica, 2018. 88p. ; 21 cm
isbn
978-85-5662-125-2
1. Poesia brasileira.
I
. Título.
18-47558
CDD
869.91
CDU
821.134.3(81)-1
Jaguatirica
rua da Quitanda, 86, 2º andar, Centro
20091-902 Rio de Janeiro
rj
tel. [21] 4141 5145
jaguatiricadigital@gmail.com
editorajaguatirica.com.br
Sumário
Aos nascidos em 1979
A mulher dos sonhos
Para Marquinhos
O guardião das horas
Tema para um filme imaginário
Ladainha da padroeira
O poeta-cristão
Portas abertas
Verônica decide matar
O poeta assassinado
Para Dilma e Maju
A Charlie Hebdo
Lugar algum
Manifesto do Clube dos Corações Solitários
Lição de Anatomia
Improvisações I
Poema para a lápide de um poeta desconhecido
Improvisações 2
Divagações sobre o silêncio
O kamikaze das letras
A mulher do fim do mundo
Poetas e Apocalipse
A noite dos desesperados
O amor além de si
Improvisações 3
O melancólico W. B.
Breve tratado sobre o amor
Serah a mulher um eufemismo?
Metafísica da poesia
À Benazir Bhutto
in memoriam
Quartas literárias
Para Curitiba
Aos nascidos em 1979
I
Um quarto de século,
e já cansado demais para o resto dessa vida,¹
visto um terno fúnebre,
emprestado pelo vampiro que me serve de guia,²
completo o disfarce com um cravo na lapela
pelas esquinas, bueiros, ruelas, becos
bem-vindos ao primeiro círculo infernal.³
O cortejo da vida continua
incólume,
às seis na Sete de Setembro,
aprecio o crepúsculo árido.
A procissão das baratas
me acompanha torcendo pela minha desgraça.
Eu tenho repulsa àqueles
que não fazem parte da escória.
Passeio incompreendido em
meio aos esquecidos.
Tropeçando, fôlego
hesitante, errante
entre as rimas inúteis
variações do vazio da poesia.
Sem graça a boca calada,
ainda engulo seco orgulho,
arranha a garganta.
As damas da Visconde
me oferecem a única coisa que possuem,
dividimos a cachaça mais barata e viscosa,
eu lhes homenageio de joelhos no terreno baldio.
Do fundo do coração
não me bastam as vísceras
artérias, veias, pulmão,
intestino grosso, delgado,
pelos, excrementos,
evacuar,
fezes, urina, pus, saliva,
ejacular,
sangue, lágrimas, suor, esperma,
verter, entorpecer,
éter, arsênico
aguçar o paladar.
Sobrevivi ao primeiro amor,
esqueci-me do segundo,
arrependi-me do terceiro,⁴
apaixonei-me pela filha do Senhor dos Ventos.⁵
Procuro alguma coisa: um emprego,
uma mulher,
um partido.
A navalha coça em minhas mãos, jugular ansiosa
a falta de coragem me faz deixá-la
de presente pro mendigo
que esmola na esquina das marechais
e gasta centavos num cigarro solto,