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Aos nascidos em 1979
Aos nascidos em 1979
Aos nascidos em 1979
E-book100 páginas35 minutos

Aos nascidos em 1979

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Sobre este e-book

A poesia de Luiz Belmiro funda-se na mistura de temas que exploram as relações, as sensações, o toque, o contato. O poeta é um guardião das horas, alado, pontual, que pode roubar a substância do abstrato e dialogar com os elementos que trazem vida à sua poesia: o amor, o feminino, a pele, o corpo. Neste belo livro de estreia ‘Aos nascidos em 1979’, seus versos passeiam pela geografia do espaço, sua Curitiba, a cidade surreal. A multiplicidade dessa vida na cidade propõe novas percepções sobre o local, seus silêncios, suas pulsações. Ao construir sua linguagem, o autor ainda nos oferece uma sensível visão sobre a profundidade da existência do ser poeta. E nisso reside sua riqueza: a multiplicidade da vida, poética e real. Distintos tons que, nas palavras do poeta, são um vislumbre de todos os demais.Luiz Belmiro Teixeira é curitibano, graduado em Ciências Sociais pelaUniversidade Federal do Paraná (2004), Mestre em Sociologia pelaUniversidade Federal do Paraná (2006) e é professor de Sociologia no IFPR. A poesia o encontrou cedo,e desde então procura os versos para escrever sobre Curitiba, o amor, política, a vida, o universo e tudo mais. Traz referências da cultura pop (cinema, música e hq’s) para compor seus poemas. Antes da estreia emlivro próprio, publicou em coletâneasde concursos e oficinas literárias.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2022
ISBN9788556621269
Aos nascidos em 1979
Autor

Luiz Belmiro Teixeira

Luiz Belmiro Teixeira é curitibano, graduado em Ciências Sociais pelaUniversidade Federal do Paraná (2004), Mestre em Sociologia pelaUniversidade Federal do Paraná (2006) e é professor de Sociologia no ifpr. A poesia o encontrou cedo,e desde então procura os versos para escrever sobre Curitiba, o amor, política, a vida, o universo e tudo mais. Traz referências da cultura pop (cinema, música e hq’s) para compor seus poemas. Antes da estreia emlivro próprio, publicou em coletâneasde concursos e oficinas literárias.

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    Aos nascidos em 1979 - Luiz Belmiro Teixeira

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    Créditos

    © Jaguatirica, 2018

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida

    ou armazenada, por quaisquer meios, sem a autorização prévia e por escrito da editora e do autor.

    editora Paula Cajaty

    revisão Hanny Saraiva

    projeto gráfico 54

    d

    esign

    diagramação Nathalia Bernardes

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (

    cip

    )

    (Sindicato Nacional dos Editores de Livros,

    rj

    )

    T265n

    Teixeira, Luiz Belmiro

    Aos nascidos em 1979 / Luiz Belmiro Teixeira. - 1. ed.

    Rio de Janeiro : Jaguatirica, 2018. 88p. ; 21 cm

    isbn

    978-85-5662-125-2

    1. Poesia brasileira.

    I

    . Título.

    18-47558

    CDD

    869.91

    CDU

    821.134.3(81)-1

    Jaguatirica

    rua da Quitanda, 86, 2º andar, Centro

    20091-902 Rio de Janeiro

    rj

    tel. [21] 4141 5145

    jaguatiricadigital@gmail.com

    editorajaguatirica.com.br

    Sumário

    Aos nascidos em 1979

    A mulher dos sonhos

    Para Marquinhos

    O guardião das horas

    Tema para um filme imaginário

    Ladainha da padroeira

    O poeta-cristão

    Portas abertas

    Verônica decide matar

    O poeta assassinado

    Para Dilma e Maju

    A Charlie Hebdo

    Lugar algum

    Manifesto do Clube dos Corações Solitários

    Lição de Anatomia

    Improvisações I

    Poema para a lápide de um poeta desconhecido

    Improvisações 2

    Divagações sobre o silêncio

    O kamikaze das letras

    A mulher do fim do mundo

    Poetas e Apocalipse

    A noite dos desesperados

    O amor além de si

    Improvisações 3

    O melancólico W. B.

    Breve tratado sobre o amor

    Serah a mulher um eufemismo?

    Metafísica da poesia

    À Benazir Bhutto

    in memoriam

    Quartas literárias

    Para Curitiba

    Aos nascidos em 1979

    I

    Um quarto de século,

    e já cansado demais para o resto dessa vida,¹

    visto um terno fúnebre,

    emprestado pelo vampiro que me serve de guia,²

    completo o disfarce com um cravo na lapela

    pelas esquinas, bueiros, ruelas, becos

    bem-vindos ao primeiro círculo infernal.³

    O cortejo da vida continua

    incólume,

    às seis na Sete de Setembro,

    aprecio o crepúsculo árido.

    A procissão das baratas

    me acompanha torcendo pela minha desgraça.

    Eu tenho repulsa àqueles

    que não fazem parte da escória.

    Passeio incompreendido em

    meio aos esquecidos.

    Tropeçando, fôlego

    hesitante, errante

    entre as rimas inúteis

    variações do vazio da poesia.

    Sem graça a boca calada,

    ainda engulo seco orgulho,

    arranha a garganta.

    As damas da Visconde

    me oferecem a única coisa que possuem,

    dividimos a cachaça mais barata e viscosa,

    eu lhes homenageio de joelhos no terreno baldio.

    Do fundo do coração

    não me bastam as vísceras

    artérias, veias, pulmão,

    intestino grosso, delgado,

    pelos, excrementos,

    evacuar,

    fezes, urina, pus, saliva,

    ejacular,

    sangue, lágrimas, suor, esperma,

    verter, entorpecer,

    éter, arsênico

    aguçar o paladar.

    Sobrevivi ao primeiro amor,

    esqueci-me do segundo,

    arrependi-me do terceiro,⁴

    apaixonei-me pela filha do Senhor dos Ventos.⁵

    Procuro alguma coisa: um emprego,

    uma mulher,

    um partido.

    A navalha coça em minhas mãos, jugular ansiosa

    a falta de coragem me faz deixá-la

    de presente pro mendigo

    que esmola na esquina das marechais

    e gasta centavos num cigarro solto,

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