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Técnica de Passes: Bases e Princípios do Passe
Técnica de Passes: Bases e Princípios do Passe
Técnica de Passes: Bases e Princípios do Passe
E-book425 páginas5 horas

Técnica de Passes: Bases e Princípios do Passe

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Sobre este e-book

Apesar do assunto 'o passe', entre os espíritas, ser bastante estudado, principalmente, no que se refere a sua aplicação, ainda tras muita polêmica devido ao fato de sua prática encerrar-se em conhecimentos, por vezes, em píricos. É comum, cada um agir como entende, usando técnicas adaptadas, sem se preocupar com uma metodologia à luz da razão. Decorre que a oração, o sentimento e muitos outros elementos contribuem sobremaneira para o 'processo de cura', inclusive a ação explícita dos espíritos que cheios de luz e amor adentram a face terrena para coibir a dor e aplainar os excessos provocados pela criatura humana. Com isso, sabemos que os espíritos dão assistência contínua durante a aplicação dos passes, e o Espírito André Luiz nos confirma e afirma que 'há colaboradores espirituais devidamente fichados, assim como ocorre a médicos e enfermeiros em um hospital,' exercendo o socorro magnético devidamente autorizados pelos mentores das esferas superiores. Isso, porém, não impede que os encarnados tenham necessidade de aperfeiçoarem-se, pois como diz Aulus: 'Em qualquer setor de trabalho a ausência de estudos significa estagnação'. A intenção deste livro é transmitir às pessoas interessadas uma singela orientação, sobre o campo prático do passe, bem como das mais variadas metodologias de cura, especialmente, aplicáveis dentro de uma casa espírita organizada e direcionada para o bem sob a égide Cristã. (...) Luiz Dallarosa
IdiomaPortuguês
EditoraCELD
Data de lançamento10 de mar. de 2023
ISBN9788572975865
Técnica de Passes: Bases e Princípios do Passe

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    Técnica de Passes - Luiz Dallarosa

    CIP - BRASIL - CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

    S516

    Técnicas de Passes: Bases e Princípios do Passe / Luiz Carlos Dallarosa [e colaboradores]. – Rio de Janeiro: CELD, 2016.

    320p.; il.; 22cm

    Anexos

    eISBN: 978-85-7297-586-5

    1. Espiritismo. 2. Passes (Espiritismo).

    3. Energia vital.

    I. Dallarosa, Luiz Carlos.

    05-3163.

    CDD: 133.9

    CDU: 133.9

    Técnica de Passes

    Bases e Princípios do Passe

    Luiz Dallarosa e colaboradores

    1ª Edição: setembro de 2016;

    1ª tiragem, do 1º ao 3º milheiro.

    Capa e Diagramação:

    Márcio Almeida

    Revisão de originais:

    Luiz Dallarosa

    Revisão:

    Elizabeth Paiva e Teresa Cunha

    Arte-final:

    Roberto Ratti

    Produção de ebook:

    S2 Books

    Para pedidos de livros, dirija-se ao

    Centro Espírita Léon Denis

    (Distribuidora)

    Rua João Vicente, 1.445, Bento Ribeiro,

    Rio de Janeiro, RJ. CEP 21610-210

    Telefax (21) 2452-7700

    E-mail: grafica@leondenis.com.br

    Site: www.edicoesleondenis.com.br

    Centro Espírita Léon Denis

    Rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro,

    Rio de Janeiro, RJ. CEP 21331-290

    CNPJ 27.921.931/0001-89

    IE 82.209.980

    Tel. (21) 2452-1846

    E-mail: editora@celd.org.br

    Site: www.celd.org.br

    Remessa via Correios e transportadora.

    Todo produto desta edição é destinado à manutenção das obras sociais do Centro Espírita Léon Denis.

              

    Prefácio do Plano Espiritual

    eus irmãos, todas as vezes que trabalharmos o tema Medicina Espiritual não nos esqueçamos de que a ação fluídica da Cura está vinculada à vontade, à fé e à determinação de uma mente fortemente voltada para o objetivo a ser alcançado.

    É possível que, em alguns médiuns, esses ingredientes não estejam presentes na ação da Cura e que até mesmo um médium esteja bastante distraído do seu objetivo maior e, ainda assim, se operem as curas. Nesses casos, evidentemente, a ação do plano espiritual faz-se presente substituindo, a força psíquica do médium.

    Devem ser observados, ainda, os méritos do doente. Méritos que se traduzem em novas e fortes forças fluídicas, capazes de suprir energias necessárias à ação curativa.

    Os médiuns atentos às suas tarefas curadoras ou mesmo os receitistas devem, acima de tudo, estar conscientes de que reproduzem uma ação superior, uma força que tanto mais é eficaz de acordo com a doação feita, de si mesmos, no cumprimento de seu mandato. Na medida em que crescem em amor, aumentam suas potencialidades, e, por força do seu integral interesse na cura do doente, novas e poderosas forças se apresentam, propiciando melhor fluido curador ou o medicamento adequado à ocasião.

    O médium alcança este estágio não só através das preces, da elevação mental, do conhecimento das energias balsâmicas, mas, sobretudo, por instalar em si mesmo novo potencial de amor, novas fontes de energia sublime, percepção mais alta do valor do sentimento, que deve presidir o ato do passe curativo.

    Enfim, o médium é, por excelência, uma extensão da Força Divina, que, interessada em valorizar a encarnação, ajuda tanto quanto possível ao ser que busca o trabalho da Cura para dar continuidade ao seu progresso infinito.

    Ignácio Bittencourt

    (Mensagem psicográfica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 20/6/2005, no CELD, RJ.)

    Uma Breve Explicação

    pesar do assunto o passe, entre os espíritas, ser bastante estudado, principalmente, no que se refere à sua aplicação, ainda traz muita polêmica devido ao fato de sua prática encerrar-se em conhecimentos, por vezes, empíricos. É comum, cada um agir como entende, usando técnicas adaptadas, sem se preocupar com uma metodologia aplicada à luz da razão.

    Decerto que a oração, o sentimento e muitos outros elementos contribuem sobremaneira para o processo de cura, inclusive a ação explícita dos espíritos que cheios de luz e amor adentram a face terrena para coibir a dor e aplainar os excessos provocados pela criatura humana.

    Com isso, sabemos que os espíritos dão assistência contínua durante a aplicação dos passes, e o Espírito André Luiz nos confirma e afirma que há colaboradores espirituais devidamente fichados, assim como ocorre a médicos e enfermeiros em um hospital, exercendo o socorro magnético, devidamente autorizados pelos mentores das esferas superiores.

    Isso, porém, não impede que os encarnados tenham necessidade de aperfeiçoarem-se, pois como diz Aulus: Em qualquer setor de trabalho a ausência de estudos significa estagnação.

    A intenção deste livro é transmitir às pessoas interessadas uma singela orientação, sobre o campo prático do passe, bem como das mais variadas metodologias de cura, especialmente, aplicáveis dentro de uma casa espírita organizada e direcionada para o bem sob a égide Cristã.

    O nosso querido Mestre Jesus ensinou técnicas de Cura por meio da simples imposição de mãos.

    O Espiritismo promoveu a vulgarização dessa terapia magnética, demonstrando sua utilidade para curar as moléstias físicas e espirituais, muito embora Kardec, não tenha se preocupado em ensinar uma técnica especial para a aplicação do passe. No entanto, com o desenrolar dos conhecimentos o Espírito André Luiz, em suas obras, cita várias modalidades de passes junto a criaturas enfermas, demonstrando o valor escoimado das técnicas magnéticas na aplicação do passe e nos processos de cura .

    Esse é o caminho que pretendemos seguir nesta diminuta semente, que esperamos possa, de alguma forma, colaborar para que não só sejamos médiuns de boa vontade, mas, fundamentalmente, trabalhadores cônscios dos nossos deveres junto à caridade cristã.

    Para finalizar esta explicação, lembremo-nos das palavras do Espírito Emmanuel:

    Estudar para compreender que sem Jesus e Kardec, o fenômeno mediúnico é um passatempo da curiosidade improdutiva.

    Luiz Dallarosa

    Coordenador do Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual

    SUMÁRIO

    Capa

    Ficha catalográfica

    Folha de rosto

    Créditos

    Prefácio do Plano Espiritual

    Uma Breve Explicação

    Capítulo 1. Alguns Conhecimentos de Anatomia para se Aplicar o Passe

    Capítulo 2. O Perispírito

    Capítulo 3. Os Centros de Força

    Capítulo 4. Fluidos Aplicados ao Passe

    Capítulo 5. A Distribuição dos Fluidos e sua Penetração

    Perguntas e Respostas

    Capítulo 6. Como Manipular os Fluidos na Hora dos Passes

    Perguntas e Respostas

    Capítulo 7. Aspectos Gerais sobre o Passe

    Capítulo 8. Preparo e Cuidados Básicos para se aplicar o Passe

    Capítulo 9. A Técnica de Passes

    Classificação

    Capítulo 10. A Imposição de Mãos

    Capítulo 11. O Sopro Curador

    Perguntas e Respostas

    Capítulo 12. A Mediunidade de Cura como Tratamento Espiritual

    Perguntas e Respostas

    1. A Fé

    2. A Confiança em Deus

    3. A Crença na Espiritualidade

    4. O Tratamento Espiritual

    5. A Intercessão e as Provas

    6. O Mérito

    7. O Pensamento

    8. A Vontade

    9. A Oração

    10. A Concentração

    11. O Conhecimento Técnico

    12. O Ambiente

    13. Atuação dos Espíritos em Função da Natureza dos Médiuns e das Doenças

    14. O Paciente

    15. Garantias de Cura

    16. Tempo para a Cura

    17. A Instantaneidade das Curas

    18. Comportamento Moral / A Educação Moral

    19. Componentes do Tratamento de Cura

    Capítulo 13. Mediunidade de Cura e Passes de Cura

    Aspectos Gerais da Mediunidade de Cura

    Capítulo 14. A Visão dos Espíritos na Cura

    Capítulo 15. O Serviço da Desobsessão

    Espírito Suicida

    Espírito Intelectualizado

    Leituras Recomendadas a todos os Participantes das Sessões de Atendimento aos Espíritos Sofredores

    CAPÍTULO 1

    Alguns Conhecimentos de Anatomia

    para se Aplicar o Passe

    Luiz Dallarosa

    1. Introdução

    O estudo da anatomia é de fundamental importância para quem deseja iniciar o estudo do passe. Saber localizar os órgãos, os plexos, as estruturas anatômicas ajuda, sobremaneira, aos espíritos que desejam ajudar o próximo e que estão no serviço assistencial, especialmente dentro do centro espírita, onde se oferece, de forma clara, serviço especializado a esse gênero de auxílio. Neste capítulo iremos estudar de maneira singela alguns aspectos da anatomia básica, para que se possa direcionar os fluidos durante o mecanismo do passe ao local realmente necessitado. Obviamente, e todos nós sabemos disso, que não é somente o conhecimento da anatomia que irá gerar um bom médium passista; a própria intuição e todos os recursos somados ao aprendizado da técnica do passe ajudarão para que se possa ajudar na Cura de modo consciente. Assim, podemos afirmar que todos os recursos somados é que gerarão os melhores resultados.

    2. Anatomia Humana. Aspectos Gerais

    2.1. Definições

    • Anatomia humana: é a ciência da forma e estrutura do corpo e das suas partes.

    • Anatomia macroscópica: refere-se a estruturas macroscópicas descobertas a olho nu.

    • Anatomia microscópica: reconhece a anatomia através do microscópio.

    • Fisiologia humana: estudo das funções do corpo e suas partes.

    • Fisiologia celular: estudo das funções da célula.

    • Citologia: estudo da estrutura e funções das células.

    • Histologia: estudo da estrutura e função dos tecidos.

    • Patologia: estudo de tecidos anormais e de doenças no corpo.

    • Embriologia: estudo do desenvolvimento do ovo fertilizado em um organismo adulto.

    2.2. Organização do Corpo

    Existem quatro sistemas referenciais

    2.3. Direção

    Todas as descrições de localização ou posição partem do princípio de que o corpo esteja ereto e olhando para a frente, com os braços lateralmente dispostos e as palmas em posição anterior. Esta é chamada posição anatômica. A direção divide-se em:

    • Superior

    • Inferior

    • Anterior

    • Posterior

    • Cefálica

    • Medial

    • Lateral

    • Proximal

    • Distal

    2.4. Planos

    O corpo é discutido com relação aos planos que passam através dele:

    • Mediossagital: plano que através de uma linha média divide verticalmente, o corpo em metade direita e metade esquerda.

    • Sagital: qualquer plano paralelo à linha mediossagital.

    • Horizontal: qualquer plano que divide em duas partes, uma superior e outra inferior (transverso).

    • Frontal: qualquer plano que divide o corpo em porção anterior e posterior (coronário).

    2.5. Cavidades

    a) Cavidade Ventral

    • Torácica: cavidades pleurais e pericárdica.

    • Abdominopélvica.

    b) Cavidade Dorsal

    • Craniana.

    • Espinhal.

    2.6. Unidades Estruturais

    • Célula: todo o organismo vivo é composto de células e de produtos celulares. A célula é composta de:

    • Membrana celular

    • Núcleo: cromossomos e nucléolo

    • Citoplasma: substância fundamental da vida (André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 28. FEB.)

    • Organelas: retículo endoplasmático rugoso, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndria, centrossomos, lisossomos

    Tecido: composto de células e substância intercelular

    2.7. Tipos de Tecidos

    • Epitelial

    • Muscular

    • Conjuntivo

    • Nervoso

    2.8. Órgãos

    Um grupo de tecidos que executam uma função comum, agrupam-se para formar uma estrutura única. Ex.: coração, pulmão, etc.

    2.9. Aparelhos

    Conjunto de órgãos que cooperam na mesma função.

    2.10. Sistemas

    Conjunto de órgãos composto pelos mesmos tecidos e destinado a funções análogas. As células, os tecidos e os órgãos combinam-se para formar um sistema. O corpo contém os seguintes sistemas:

    esquelético, articular, muscular, digestivo, urinário, reprodutivo, cardiocirculatório, respiratório, imunológico, endócrino, sistema nervoso, sentidos especiais, pele.

    3. Sistema Esquelético

    3.1. Definição

    Esqueleto é um conjunto de ossos.

    3.2. Funções

    • Suporte do corpo

    • Proteção aos órgãos vitais

    • Movimento

    • Produz células sanguíneas

    • Armazenamento de sais minerais: fósforo, cálcio

    3.3. Divisão: são 206 ossos no organismo

    a) Axial

    • Crânio (28)

    • Hioide

    • Vertebral (26)

    • Costelas (24)

    • Esterno

    b) Apendicular

    • Membro superior (64)

    • Membro inferior (62)

    Do ponto de vista permanente descritivo, o esqueleto é dividido em quatro partes:

    • Coluna vertebral

    • Tórax

    • Cabeça

    • Membros

    O esqueleto humano se compõe, essencialmente, de uma longa coluna; a coluna vertebral, situada verticalmente na linha média e formada por uma série de elementos superpostos e similares, as vértebras. Esta coluna se dilata na extremidade superior para formar o crânio; sua extremidade inferior, se afina e se afila para formar o sacro e o cóccix, rudimento da cauda nos animais.

    Da parte média da coluna vertical se desprendem, lateralmente, uma série regular de arcos ósseos, as costelas. São 24 arcos, sendo 12 de cada lado, que se dirigem para adiante em linha, e se articulam com outra coluna, a coluna esternal ou esterno. As costelas, em conjunto com as colunas vertebral e esternal, circunscrevem uma vasta caixa de cinco tórax.

    Rodeiam a parte superior do tórax, a clavícula e escápula densas, que formam o que se convencionou chamar de cintura torácica. Pendem dessa cintura, lateralmente, uma série de apêndices que se articulam entre si, e cujo conjunto constitui o membro superior ou torácico.

    Este membro superior se compõe de três segmentos, que são de cima para baixo:

    O braço, que só compreende um osso chamado de úmero, o antebraço, formado por dois ossos: o rádio por fora e o cúbito, por dentro; a mão, que compreende por sua vez o carpo (com oito ossos), o metacarpo (com cinco ossos) e os dedos (com 14 ossos).

    Analogamente, da parte inferior da coluna vertebral se desprendem, em forma de largas asas, duas peças ósseas, notáveis por sua solidez e dimensão, os ossos ilíacos, articulados entre si na linha média anterior que se unem por trás com o sacro e o cóccix, circunscrevendo assim com estes dois últimos ossos uma nova cavidade: a pélvis; os ilíacos, juntos, constituem a cintura pélvica, de cujos lados plantam os membros inferiores ou pélvia. O membro inferior, constituído segundo o mesmo esquema do membro superior, consta de três segmentos que são, de cima para baixo, 1º a coxa, ordenada por um só osso, o fêmur; 2º a perna, que compreende dois ossos, tíbia por dentro e perônio por fora; 3º o , que possui por sua vez o tarso (com sete ossos), o metatarso (com cinco ossos) e os dedos (com 14 ossos).

    As diferentes peças do esqueleto não estão isoladas, elas unem-se entre si, de muitos modos diferentes, para instituir o que chamamos, instintivamente, de articulações ou juntas. Assim, pois, podemos definir por articulações, o conjunto de partes moles e duras que constituem a união entre dois ou mais ossos próximos.

    4. Sistema Articular

    Há três grupos de articulações

    a) Sinartroses: nenhum movimento.

    • Sutura: união fibrosa dos tecidos dos ossos

    • Sincondroses: as cartilagens unem os ossos

    • Gonfose: tipo fibroso de articulação

    b) Anfiartroses: ligeiramente móveis.

    • Sínfise: disco fibro cartilaginoso, une os ossos

    • Sindesmoses: ligamentos interósseos, ligam os ossos

    c) Diartroses: movimentos livres.

    • Líquido sinovial

    • Cartilagem articular

    • Membrana sinovial

    • Discos articulares

    • Ligamentos

    • Movimentos das articulações: flexão, extensão, adução, abdução, rotação, circundução, supinação, pronação, eversão, inversão, protação, retração.

    • Bolsas: são encontradas em estreita relação com as articulações e estão comumente associadas com os espaços entre o tecido conjuntivo. São sacos fechados com revestimento de membrana sinovial.

    5. Sistema Muscular

    a) Funções: movimento e contração.

    b) Divisão: estriado, liso, cardíaco.

    Observações

    • Os músculos agem somente nas articulações entre a origem e a inserção (estriados).

    • Podem ser também: agonistas, antagonistas, sinergistas.

    • O músculo liso é involuntário e é encontrado no tubo digestivo, aparelho urinário, olhos, vasos sanguíneos.

    • O músculo estriado é voluntário.

    Os músculos são órgãos que têm a propriedade de contrair-se, isto é, de diminuir seu comprimento pela influência de um estímulo.

    1) Os músculos da vida animal, chamados também de músculos voluntários, se contraem sob a influência da vontade. Agrupam-se ao redor das diferentes peças do esqueleto que são destinadas à movimentação e assim constituem os órgãos ativos da locomoção.

    2) Os músculos da vida orgânica vegetativa, conhecidos também com o nome de músculos viscerais, escapam inteiramente à influência da vontade. Enquanto que os primeiros caracterizam-se por uma contração brusca e instantânea, os viscerais contraem-se lentamente e gradualmente, e se relaxam pouco a pouco até alcançar suas dimensões primitivas. Encontrando-se, sob a forma de membranas, mais ou menos contínuas, nos aparelhos: digestivo, respiratório, circulatório e em geral.

    6. Sistema Digestivo

    A máquina animal, como qualquer outra máquina, se desgasta à medida que funciona. Para reparar as perdas incessantes que experimenta e para manter-se, constantemente, em suas condições normais, necessita tomar do mundo exterior certo número de substâncias chamadas alimentares, porém estas substâncias não estão aptas a serem absorvidas tal como existem na Natureza, isto é, passar para a corrente circulatória, que as distribui, logo, em todas as regiões do corpo. Para isso, necessitamos sofrer uma preparação prévia, cujo objeto e resultado é fazê-los absorvíveis. Estas transformações, tanto fisioquímicas quanto biológicas, constituem o que em Fisiologia se chama função digestiva. Em Anatomia se designa com o nome de aparelho de digestão, que é o conjunto de órgãos em que elas se verificam.

    a) Definição: o sistema digestivo consiste em um longo tubo muscular, e de certas glândulas anexas localizadas fora do tubo digestivo.

    b) Componentes

    Boca: lábios, bochechas, dentes.

    Língua: estrutura móvel composta de músculo e coberta por numerosos botões gustativos.

    Palato duro e mole.

    Faringe.

    Esôfago: vai da faringe ao estômago.

    Estômago: porção mais dilatada do tubo digestivo. Consiste em fundo, corpo e antropiloro.

    Intestino delgado: estende-se da extremidade distal do piloro até o ceco. Tem 6,5 metros. Divide-se em duodeno, jejuno, íleo. Tem numerosas vilosidades para fins de absorção dos alimentos.

    Intestino grosso: difere do delgado por não haver vilosidades. Há estruturas próprias como tênia coli, apêndice, haustros; divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, reto e sigmoide.

    c) Funções

    Boca: salivação (glândulas salivares — parótida, submaxilar, sublingual), mastigação, deglutição.

    Esôfago: transporte.

    Estômago: armazenamento, mistura do bolo alimentar com a secreção gástrica (HCI Pepsina, muco), esvaziamento.

    Intestino delgado: secreção de muco e determinados hormônios, motilidade, digestão e absorção (água, proteínas, aminoácidos, glicose, lipídeos e outros).

    Intestino grosso: armazenamento das fezes, reabsorção da água, contém bactérias e sintetiza os fatores nutricionais.

    O orifício superior do tubo digestivo é a boca que serve de recepção das substâncias alimentares e pelo seu orifício inferior, denominado ânus, são expulsos, os resíduos do ato digestivo; as matérias fecais.

    A dilatação central do tubo digestivo é o estômago. A porção supragástrica do tubo, conservando sua direção retilínea e central, representa o esôfago, a laringe e a cavidade oral.

    A porção supragástrica prolongando-se e contorcendo-se mais ou menos sobre si mesma, constitui o intestino. Este se dilata por sua vez em sua porção terminal e se diferencia assim, em dois segmentos anatomicamente distintos: um primeiro segmento, mais comprido, porém mais estreito, que continua imediatamente, como o estômago e toma o nome de intestino delgado; um segmento mais curto, porém mais largo, que constitui o intestino grosso, e termina no ânus.

    Com estas diferenciações morfológicas se evidencia, de um modo natural, a divisão de trabalho. A porção supragástrica do tubo digestivo serve unicamente para conduzir os alimentos do exterior ao interior do estômago, porção ingestiva. O estômago e o intestino delgado, muito mais diferenciados, constituem uma espécie de laboratório em que os sucos digestivos exercem sua ação sobre os alimentos e os transformam em uma massa mole, semilíquida, facilmente absorvível, porção digestiva. Finalmente, o intestino grosso ou porção excretora recebe do intestino delgado os resíduos da digestão, os conduz até o ânus e, sob o nome de matérias fecais, os expulsa, por último, ao exterior.

    À medida que o tubo digestivo vai aperfeiçoando-se na escala animal, vemos desenvolver-se ao seu redor, a título de anexos, certos números de formação glandulares, que secretam e vertem, em suas cavidades, líquidos especiais, destinados a operar nos alimentos, as transformações assinaladas anteriormente. Por fim, em um grau de desenvolvimento mais completo, se constituem em verdadeiro órgão anatômico (glândulas salivares, fígado, pâncreas) distante da cavidade digestiva e ligado a estas por condutos excretores.

    O aparelho de digestão, considerado em seu conjunto, se compõe:

    1º) De um longo tubo, irregularmente cilíndrico, o tubo digestivo.

    2º) De uma série de formações glandulares que se desenvolvem ao seu redor, e que designaremos com o nome coletivo de anexos do tubo digestivo.

    d) Estruturas Acessórias (anexos)

    1. Glândulas salivares

    Com o título anexos designaremos certo número de glândulas que se desenvolvem no trajeto do tubo digestivo, e vertem em sua cavidade líquidos especiais destinados à elaboração das substâncias assimiláveis.

    As glândulas salivares (parótida, submaxilar, sublingual).

    2. Pâncreas

    É uma glândula grande, lobulada, localizada atrás do duodeno e do estômago. Tem função de secretar enzimas para o tubo digestivo — enzimas digestivas — e também de produzir hormônios que caem na circulação sanguínea, tais como, insulina e glucagon.

    3. Fígado

    O maior órgão do corpo. Localizado na parte superior do abdômen, do lado direito, abaixo do diafragma e protegido pelas costelas. Tem dois lobos principais, o esquerdo e o direito. Sua função consiste em:

    a) Formação de sangue na fase embrionária.

    b) Coagulação sanguínea.

    c) Defesa do organismo.

    d) Metabolismo.

    e) Digestão: produz bile, absorção de gorduras.

    f) Armazenamento de glicose e de vitaminas (A, D, E, K, B12, e outras).

    O fígado é, pois, uma glândula mista que desempenha de um lado o papel de glândula de secreção interna, pois que verte o produto de seu funcionamento no sangue (açúcar), e de outro glândula de secreção externa (bile).

    4. Vesícula biliar

    Ligada à superfície inferior do fígado. Reservatório da bile. Se conecta com o duodeno através de um conduto chamado colédoco. A inflamação da vesícula chama-se colecistite.

    5. Baço

    O baço é um órgão cujas funções múltiplas e complexas não são todavia de todo conhecidas. Estas funções, se referem à formação dos elementos sanguíneos: formação de glóbulos brancos (linfócitos), formação de glóbulos vermelhos (hemácias) e destruição de glóbulos vermelhos (hematólise). Além destas funções o baço parece desempenhar também um papel fagocitário importante. Verdadeiro depósito de glóbulos vermelhos, verte-os na circulação sanguínea por diversas influências (por exemplo, altitude). Por último, desempenha um papel importante na liberação dos pigmentos ferruginosos.

    7. Sistema Urológico

    O sistema urológico compreende, como seu nome indica, o conjunto de órgãos que desempenham duas importantes funções urinárias. A função urinária, nitrogenada e de outras substâncias não voláteis, que se acumulam na corrente circulatória como consequências do metabolismo, se não fossem eliminadas levariam a uma profunda perturbação funcional do organismo. O sistema urinário alcança deste modo a importância e significação de um vasto emunctório encarregado assim, como os pulmões e as glândulas sudoríparas, de livrar nosso tecido das matérias residuais da combustão orgânica.

    Aparelho Urinário

    O aparelho urinário se compõe essencialmente de duas partes:

    1º) Um órgão, o rim, que preside a elaboração da urina.

    2º) Um sistema de condutos excretores que recolhe este líquido e o expulsa para o exterior.

    Este aparelho excretor, muito longo, se divide em três segmentos:

    1) O ureter, condutor excretor, que recolhe a urina na saída e a conduz à bexiga.

    2) A bexiga, receptáculo em que se acumula a urina.

    3) A uretra, conduto pelo qual a urina vai ao exterior.

    8. Sistema Reprodutor

    A reprodução sexuada é o modo de reprodução de todos os seres mais evoluídos, principalmente de todos os vertebrados, e exige o concurso de dois elementos: o óvulo e o espermatozoide. Da união destes elementos se forma um novo ser semelhante aos genitores.

    Estes elementos altamente especializados são formados e abrigados no aparelho genital da mulher e do homem, respectivamente, e destina-se à fecundação, isto é, propicia ambiente adequado para o encontro do óvulo e do espermatozoide. É também protetor do ser vivo durante seu desenvolvimento e por fim, conduze-o ao exterior quando se encontra apto a viver no meio ambiente.

    1) Aparelho genital do homem

    O aparelho genital do homem se compõe essencialmente de duas partes:

    1ª) De um órgão glandular, o testículo, ao qual pertence a importante função de elaborar o líquido fecundante ou esperma.

    2ª) De um condutor destinado a transportar este líquido ao aparelho genital da mulher, conduto que toma sucessivamente os nomes de conduto deferente, vesícula, conduto ejaculador, uretra ou conduto urogenital.

    2) Aparelho genital da mulher

    O aparelho genital da mulher, profundamente situado dentro da escavação pélvica, se distingue do aparelho genital masculino, que quase por completo, se desenvolve sob os tegumentos. O aparelho genital feminino se compõe essencialmente de duas partes:

    1ª) De um corpo glandular, o ovário, no qual se formam os óvulos.

    2ª) De um longo conduto que se estende da proximidade do ovário à superfície exterior do corpo, e que toma sucessivamente os nomes de trompa, útero e vagina.

    Estes três segmentos são claramente distintos desde o ponto de vista tanto funcional quanto morfológico.

    As trompas ou ovidutos não são para o óvulo mais que simples condutos vetores; recolhem-no no ato da ovulação, na superfície do ovário, e o conduzem ao útero.

    O útero, que é uma espécie de bolsa, de paredes grossas e contráteis, retém o óvulo fecundado, fornecendo-lhe os elementos necessários para seu crescimento, e ao chegar à sua maturidade o expulsa ao exterior; é o órgão da gestação.

    No que se refere à vagina, que é uma continuação imediata do útero, dá passagem, no ato do parto, ao feto e seus anexos.

    Com certeza, para o conduto vaginal, esta não é mais que uma função do todo secundário, pois este conduto é antes de tudo um órgão copulador, destinado a receber no ato do coito o pênis e o líquido fecundante que dele se exterioriza.

    A vagina termina, no sentido da pele, por formações de funções diversas que se designam geralmente com o nome de órgãos genitais externos; em conjunto constitui a vulva.

    9. Sistema Cardiocirculatório

    A cardiologia tem por objetivo de estudo os órgãos destinados à circulação.

    O aparelho pelo qual circula o sangue e que alcança no homem seu maior grau de perfeição, compreende:

    1º) Um órgão central de impulsão, o coração

    2º) Um sistema de condutos de estrutura e propriedades diferentes; as artérias, as veias e os capilares.

    O Coração

    O coração se compõe essencialmente de duas metades: metade esquerda (coração esquerdo) que contém sangue arterial, e metade direita (coração direito) indicado ao sangue venoso.

    Cada uma destas metades se encontram por sua vez divididas em duas cavidades secundárias:

    Superior ou aurícula.

    Inferior ou ventrículo.

    Assim como os dois corações estão inteiramente separados um do outro, pelo menos no adulto, cada uma das aurículas se comunica amplamente com o ventrículo correspondente.

    Feitas estas breves considerações morfológicas, compreendemos a circulação do sangue que se efetua do seguinte modo: expulso do ventrículo esquerdo, o sangue arterial penetra em uma calibrosa artéria, a aorta, que o distribui por todas as partes do corpo. Em contato com os elementos anatômicos, cede a elas os diversos princípios necessários à sua nutrição e funcionamento, recebendo delas, em troco, várias substâncias procedentes do metabolismo; transformando-se assim em sangue venoso que é então conduzido pelas veias, aurícula direita e o ventrículo direito, que por sua vez, o impulsiona para outra artéria, a pulmonar que o leva e dissemina ao redor dos alvéolos pulmonares.

    Em contato com a coluna de ar que cada inspiração leva ao pulmão, o sangue venoso se despoja do gás carbônico, absorve novamente o oxigênio e recupera com isto todas as suas propriedades físicas e biológicas (hematose). Efetuada esta transformação, volta a tomar o caminho do coração por intermédio das veias pulmonares e chega sucessivamente à aurícula esquerda e desta ao ventrículo esquerdo, seu ponto de partida.

    Cada molécula de sangue efetua um ciclo completo, de tal forma, que em qualquer ponto em que se considere a circulação, é certo, depois de certo tempo, voltar do mesmo ponto.

    Além do mais o caminho percorrido pelo sangue se divide em dois circuitos diferentes. O primeiro, que começa no ventrículo esquerdo e se estende, pela aorta e as veias cavas, até a aurícula direita, e que tem o nome de circulação maior ou circulação geral. O segundo que se estende desde o ventrículo direito à aurícula esquerda; é menor que o precedente e compreende, como ele, um conduto arterial, a artéria pulmonar, condutos venosos, as veias pulmonares e recebe o nome de circulação menor ou circulação pulmonar.

    10. Sistema Respiratório

    A respiração tem precisamente por objetivo retirar do sangue venoso os dejetos que ele transporta. Isto é feito através de trocas gasosas entre o sangue venoso e o ar atmosférico.

    O ar cede ao sangue uma parte de oxigênio e por sua vez, o sangue devolve ao ar atmosférico gás carbônico, vapor de água e um pouco de nitrogênio.

    Por efeito desta troca recíproca, que constitui o fenômeno de hematose, o sangue venoso recupera todas as suas qualidades químicas e biológicas: converte-se, novamente, em sangue arterial.

    A função respiratória, em todos os animais de respiração aérea, tem como órgãos essenciais os pulmões, vísceras pares, volumosas, situadas nas partes laterais do tórax, a cada lado do coração e dos grandes vasos que deste partem. Em sua espessura é onde o sangue venoso e o ar atmosférico se põem em contato e onde se efetua, através da osmose, e de uma fina e delicada membrana denominada pleura,

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