Era Uma Vez...
()
Sobre este e-book
Relacionado a Era Uma Vez...
Ebooks relacionados
A Cidade Dos Ventos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Vingança De Cardoso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÉden Nota: 3 de 5 estrelas3/5Realidade Paralela Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGehenna - A Escolha - Parte I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProjeto De Escrita Do Ensino Médio 2.0 - Antologia De Contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Homem Do Teto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSeal of Witchcraft: Amaldiçoada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMagic Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Corpo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProtetor - Filhos da Rebelião Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProteção à Testemunha: Romance Policial Nota: 3 de 5 estrelas3/5Cemitério Dos Vivos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSombras Do Velho Mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs aventuras de Huckleberry Finn Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNightmares - contos pós pandemia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGraham: o continente Lemúria Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sentada Aqui a Escutar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCoca Com Tripa E Gelatina Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarionetas sem fios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViagem Ao País Das Margaridas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo fazer seu próprio Apocalipse Zumbi Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDas cinzas de Onira Nota: 4 de 5 estrelas4/5Lemniscata Nota: 0 de 5 estrelas0 notasKelly E O Unicórnio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDissonante Nota: 0 de 5 estrelas0 notasChoque Nota: 2 de 5 estrelas2/5Sebastian Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEbony Makepeace está morta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSangue: Dark Riders MC 3 Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção Geral para você
Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não é óbvio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Declínio de um homem Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Novos contos eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Prazeres Insanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVós sois Deuses Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5SOMBRA E OSSOS: VOLUME 1 DA TRILOGIA SOMBRA E OSSOS Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Palavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5A batalha do Apocalipse Nota: 5 de 5 estrelas5/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Morro dos Ventos Uivantes Nota: 4 de 5 estrelas4/5Coroa de Sombras: Ela não é a típica mocinha. Ele não é o típico vilão. Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Era Uma Vez...
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Era Uma Vez... - Renato Cláudio Costa Pereira
Renato Cláudio Costa Pereira
Era Uma Vez...
Cláudio Costa Pereira, Renato - 1936
Era Uma Vez...: Coletânea de Contos, Poemas e Letras Musicais escritas pelo autor ao longo de sua vida.
São Paulo; 2016
Era Uma Vez...
Capa: André Costa Pereira.
Autor: Renato Cláudio Costa Pereira
Todos os direitos reservados
André Arrojado Lisboa da Costa Pereira
Rua Maria Oliano Gerassi, 297
Moinho Velho – São Paulo
CEP 04284-065
Fone: 55 11 2362-1568
email: aalcp@yahoo.com
PARTE I - Contos
Crime Passional
(Setembro/1956)
Comprimi o cigarro no cinzeiro e levantei-me.
Caminhei então até a eletrola e cortei pelo meio a melodia suave que ela espalhava pela sala mergulhada na penumbra.
Então era verdade!
Meu cérebro ardia como que se eu estivesse com febre. Não era mais possível, aquilo tinha de ser resolvido de uma vez por todas.
Dois anos somente de casados!!!
Atravessei a sala e sentei-me num dos bancos do bar. Derramei uma dose dupla de Bourbon no copo alto e tomei um gole puro.
O whisky desceu queimando o que ainda era bom em mim.
Cadela! - Pensei. - E eu que acreditava em tudo. Dois anos sua vagabunda, dois anos te amando como um louco e mal sabendo que por traz daqueles beijos sorria uma víbora.
Bebi o que ainda restava no copo e tornei a enche-lo.
Estava em meu escritório por volta das três horas da tarde, resolvendo um caso para um cliente, quando o telefone tocou:
- É o Dr. Hugon? Porque o Sr. Não dá um pulo agora mesmo na casa do seu amigo leal, o dedicado Walt Framann, para ouvir o que ele e sua mulherzinha estão conversando no quarto dele?
Foi como uma bomba. Antes que eu voltasse da surpresa que me paralisou, desligaram. Fiquei só com a dúvida e resolvi tirá-la.
Dirigi em silêncio, e estacionei afinal na frente da casa de Walt. Atravessei o jardim e cheguei à varanda. Ia entrar, quando me ocorreu pela primeira vez que apenas um telefonema anônimo afirmara aquilo e se não fosse verdade eu estaria fazendo um papel ridículo, procurando minha esposa na casa de um outro homem. Então resolvi dar a volta e espreitar a casa. A janela do quarto de dormir, que eu sabia qual era, estava encostada e a voz que vinha murmurada lá de dentro, me deixou um vazio no peito e uma angustia na alma. Era a voz de Nora, nos braços daquele bastardo, repetindo as mesmas carícias que dizia para mim.
Não quis ficar mais ali. Algo havia morrido para sempre no meu âmago e eu nem podia pensar direito. Fui para casa e sentei-me na frente da eletrola ligada, tentando raciocinar.
Agora eu já estava no quinto Bourbon e ela não demoraria a chegar, mas eu já sabia o que fazer.
Um sorriso surgiu nos meus lábios quando eu pensei no que eu ia fazer.
Corri freneticamente até a cômoda, abri as gavetas, revirando-as como um possesso, até que em uma delas eu a achei. Levantei a pistola japonesa empunhando-a. Era um souvenir de guerra, a prova de que eu havia aprendido a matar. Achei o pente com as balas pintadas de vermelho. Coloquei uma bala na agulha com um golpe seco e voltei para a sala.
Enchi o copo outra vez, pela sexta vez, e fui para a frente da eletrola. Liguei, e em segundos a música voltou a dominar