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Era Uma Vez...
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E-book86 páginas41 minutos

Era Uma Vez...

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Sobre este e-book

O livro é composto de duas partes. A primeira é uma emocionante coletânea de Thrillers que vai prender sua atenção do início ao fim. Divirta-se com estórias de heróis e vilões com finais sempre surpreendentes. A segunda parte é uma coletânea de Poesias e Letras Musicais.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de abr. de 2020
Era Uma Vez...

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    Era Uma Vez... - Renato Cláudio Costa Pereira

    Renato Cláudio Costa Pereira

    Era Uma Vez...

    Cláudio Costa Pereira, Renato - 1936

    Era Uma Vez...: Coletânea de Contos, Poemas e Letras Musicais escritas pelo autor ao longo de sua vida.

    São Paulo; 2016

    Era Uma Vez...

    Capa: André Costa Pereira.

    Autor: Renato Cláudio Costa Pereira

    Todos os direitos reservados

    André Arrojado Lisboa da Costa Pereira

    Rua Maria Oliano Gerassi, 297

    Moinho Velho – São Paulo

    CEP 04284-065

    Fone: 55 11 2362-1568

    email: aalcp@yahoo.com

    PARTE I - Contos

    Crime Passional

    (Setembro/1956)

    Comprimi o cigarro no cinzeiro e levantei-me.

    Caminhei então até a eletrola e cortei pelo meio a melodia suave que ela espalhava pela sala mergulhada na penumbra.

    Então era verdade!

    Meu cérebro ardia como que se eu estivesse com febre. Não era mais possível, aquilo tinha de ser resolvido de uma vez por todas.

    Dois anos somente de casados!!!

    Atravessei a sala e sentei-me num dos bancos do bar. Derramei uma dose dupla de Bourbon no copo alto e tomei um gole puro.

    O whisky desceu queimando o que ainda era bom em mim.

    Cadela! - Pensei. - E eu que acreditava em tudo. Dois anos sua vagabunda, dois anos te amando como um louco e mal sabendo que por traz daqueles beijos sorria uma víbora.

    Bebi o que ainda restava no copo e tornei a enche-lo.

    Estava em meu escritório por volta das três horas da tarde, resolvendo um caso para um cliente, quando o telefone tocou:

    - É o Dr. Hugon? Porque o Sr. Não dá um pulo agora mesmo na casa do seu amigo leal, o dedicado Walt Framann, para ouvir o que ele e sua mulherzinha estão conversando no quarto dele?

    Foi como uma bomba. Antes que eu voltasse da surpresa que me paralisou, desligaram. Fiquei só com a dúvida e resolvi tirá-la.

    Dirigi em silêncio, e estacionei afinal na frente da casa de Walt. Atravessei o jardim e cheguei à varanda. Ia entrar, quando me ocorreu pela primeira vez que apenas um telefonema anônimo afirmara aquilo e se não fosse verdade eu estaria fazendo um papel ridículo, procurando minha esposa na casa de um outro homem. Então resolvi dar a volta e espreitar a casa. A janela do quarto de dormir, que eu sabia qual era, estava encostada e a voz que vinha murmurada lá de dentro, me deixou um vazio no peito e uma angustia na alma. Era a voz de Nora, nos braços daquele bastardo, repetindo as mesmas carícias que dizia para mim.

    Não quis ficar mais ali. Algo havia morrido para sempre no meu âmago e eu nem podia pensar direito. Fui para casa e sentei-me na frente da eletrola ligada, tentando raciocinar.

    Agora eu já estava no quinto Bourbon e ela não demoraria a chegar, mas eu já sabia o que fazer.

    Um sorriso surgiu nos meus lábios quando eu pensei no que eu ia fazer.

    Corri freneticamente até a cômoda, abri as gavetas, revirando-as como um possesso, até que em uma delas eu a achei. Levantei a pistola japonesa empunhando-a. Era um souvenir de guerra, a prova de que eu havia aprendido a matar. Achei o pente com as balas pintadas de vermelho. Coloquei uma bala na agulha com um golpe seco e voltei para a sala.

    Enchi o copo outra vez, pela sexta vez, e fui para a frente da eletrola. Liguei, e em segundos a música voltou a dominar

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