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Crítica ao Feminismo: A Ideologia Feminista como Prisão Feminina
Crítica ao Feminismo: A Ideologia Feminista como Prisão Feminina
Crítica ao Feminismo: A Ideologia Feminista como Prisão Feminina
E-book109 páginas1 hora

Crítica ao Feminismo: A Ideologia Feminista como Prisão Feminina

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Sobre este e-book

O feminismo é uma das mais influentes ideologias contemporâneas. Do seu início marginal ao seu sucesso posterior, passando a ser aclamado nos meios acadêmicos e políticos, por celebridades e capital comunicacional, empresas capitalistas variadas e fundações e organismos internacionais, foi uma longa carreira de sucesso. Stella Anderson realiza uma crítica radical do feminismo. Para a autora, o feminismo é uma prisão ideológica para as mulheres ao invés de ser um instrumento de libertação. Ele não é uma solução, mas apenas mais um problema. Stella Anderson desmonta o discurso feminista a partir de uma incursão na vida cotidiana e na modernidade, mostrando que a complexidade das relações sociais modernas é ofuscada pelo reducionismo de uma ilusória “guerra dos sexos” e por uma imagem falsa da mulher. A conclusão da autora é categórica: a libertação da mulher pressupõe a superação do feminismo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de jul. de 2021
ISBN9786588258323
Crítica ao Feminismo: A Ideologia Feminista como Prisão Feminina
Autor

Stella Anderson

Stella Anderson é autora dos livros “Crítica ao Feminismo” e “Modernidade e Vida Cotidiana”, além de romances e artigos. Os temas principais de sua análise são a questão da mulher, o feminismo, a modernidade, a cotidianidade. Anderson parte da análise marxista da sociedade capitalista para refletir sobre a vida cotidiana e a situação da mulher. A sua principal tese é a de que qualquer acontecimento da vida cotidiana, por mais insignificante que seja, só pode ser entendido no interior da modernidade. O que acompanha sua crítica das ideologias modernas e das que autodeclaram “pós-modernas”, pois, assim como os pequenos acontecimentos cotidianos, não são nada mais do que expressão da modernidade.

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    Crítica ao Feminismo - Stella Anderson

    Stella Anderson

    CRÍTICA AO FEMINISMO

    A IDEOLOGIA FEMINISTA COMO PRISÃO FEMININA

    Uma imagem contendo desenho Descrição gerada automaticamente

    Edições Enfrentamento

    Goiânia, 2021

    © 2021, Edições Enfrentamento

    Capa: Ediney Vasco

    Tradução: Marcus Gomes

    Revisão: Carlos Henrique Marques

    Diagramação: Juliano Mendes

    Conselho Editorial:

    André de Melo Santos/IFG

    Cleito Pereira/UFG

    Jean Isídio/UEG

    Leonardo Proto/FTA

    Lisandro Braga/UFPR

    Maria Angélica Peixoto/IFG

    Mateus Orio/UEG

    Nildo Viana/UFG

    Ricardo Golovaty/IFTM

    Weder David de Freitas/IFG

    Ficha Catalográfica

    ANDERSON, Stella.

    Crítica ao Feminismo. A Ideologia Feminista como Prisão Feminina/Stella Anderson. Goiânia: Edições Enfrentamento, 2021. 142 p. (Série Crítica Revolucionária).

    ISBN: 978-65-88258-32-3 (Edição Digital)

    1. Feminismo. 2. Emancipação da Mulher. 3. Ideologia. 4. Estudos de Gênero. 5. Mulheres e Sociedade.

    CDD 305.42

    CDU 305

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Feminismo. 2. Marxismo. 3. Ideologia

    Uma imagem contendo desenho Descrição gerada automaticamente

    http://edicoesenfrentamento.net

    edicoesenfrentamento@gmail.com

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO

    O FEMINISMO E A IMAGEM DA MULHER

    A IDEOLOGIA DA GUERRA DOS SEXOS

    A LIBERTAÇÃO DA MULHER

    CONCLUSÃO

    REFERÊNCIAS

    INTRODUÇÃO

    Qual é o sentido de uma crítica ao feminismo? Uma posição chauvinista? A crítica do feminismo não é coisa de homens? O feminismo não é uma arma de luta das mulheres? Essa e outras questões devem passar pela cabeça daqueles (e daquelas, para agradar as feministas) que olham a capa desse livro. Sim, é realmente uma crítica ao feminismo. Por qual razão? Para saber disso, é necessário ler o livro em sua totalidade, pois o embasamento de uma crítica real e fundamentada pressupõe todo um desenvolvimento de raciocínio, que poucas pessoas parecem predispostas a acessar com toda a seriedade que isso requer. A cultura hoje é algo descartável e a formação intelectual, de homens e mulheres, embora o caso dessas seja mais grave, é muito limitada. Um dos méritos do feminismo – e sua crítica não significa seu descarte em conjunto, pois existem elementos interessantes e importantes no mesmo, como mostraremos adiante – é realizar uma reflexão sobre a mulher, sua situação (opressão). O que nem sempre ocorre com profundidade e com a perspectiva correta, o que limita esse mérito.

    O sentido de uma crítica do feminismo é determinado pelo seu objetivo. Uma crítica sexista (ou machista) do feminismo é para reproduzir situações indesejáveis para as mulheres e por isso deve ser combatida. Isso não impede de combater o próprio feminismo, que de instrumento de libertação das mulheres, tornou-se uma nova prisão. É hora de superar essa nova prisão das mulheres chamada feminismo e recolocar o projeto de libertação da mulher. Os homens têm interesse em criticar o feminismo? Sim, sem dúvida, muitos têm tal interesse. Um homem que espanca sua esposa tem muitos motivos para negar o feminismo. Um homem que considera o feminismo exagerado e vê machismo¹ em tudo, também. A questão não é quem critica, se homem ou mulher (outro legado problemático do feminismo) e sim quais são seus interesses e projetos, qual sua correspondência com a realidade.

    O grande problema do feminismo é que ao invés de ser arma de luta das mulheres é um instrumento de luta de algumas mulheres. E por isso não possui um caráter emancipador como diz possuir. O feminismo não expressa as necessidades das mulheres e sim outras necessidades e interesses. Esse é um dos elementos que motiva tal livro e estará presente em suas páginas. O feminismo foi uma promessa de união das mulheres por sua emancipação e se transformou em mais um entrave e obstáculo que precisa ser removido para sua concretização. As mulheres não ficarão desarmadas ao perder o feminismo? As mulheres que se acostumaram às prisões poderão sentir isso. As mulheres que resolveram lutar pela libertação não sentirão isso. A compreensão de onde quero chegar só pode ser adquirida com a leitura do todo que é o presente livro. A cada página se explicitará o real problema do feminismo. O problema do feminismo só é compreensível em relação ao problema da libertação feminina. Ele é um obstáculo para tal libertação e assim precisa ser superado. Então o convite é percorrer as páginas dessa obra para chegar a algum lugar, a crítica do feminismo e a necessidade de sua superação, bem como analisar a possibilidade de libertação efetiva da mulher.

    Antes de iniciar essa viagem crítica ao interior do feminismo é preciso esclarecer o que esse termo significa. O que é o feminismo? A crítica ao feminismo não significa a crítica à luta pela libertação feminina, muito pelo contrário. Significa superar um obstáculo para a luta pela libertação da mulher. Esse obstáculo se chama feminismo. O que é o feminismo, então? O feminismo é um conjunto de ideias que se caracteriza por se dizer a favor das mulheres e colocar a centralidade do mundo, das lutas sociais ou dos problemas sociais, nas relações entre homens e mulheres. Em outras palavras, o feminismo é um reducionismo que reduz a questão da mulher, os problemas sociais, as lutas sociais, a realidade em geral, como um problema de guerra dos sexos ou diferenças de gênero, entre outros termos que significa uma oposição entre mulheres e homens. Esse é o prisma pelo qual o feminismo enxerga o mundo. Em síntese, o feminismo é uma concepção que coloca as relações entre os sexos como centrais na análise, seja da realidade social em conjunto, seja de questões mais específicas ou mais especialmente da questão feminina.

    Isso quer dizer, obviamente, que o feminismo é um pensamento falso, ilusório. O tema da ideologia e da falsa consciência aparece aqui. Porém, a ideologia feminista se espalha pela sociedade e se simplifica, cria chavões e usos simplificados e oportunistas. O feminismo é o pensamento falso que coloca as relações entre os sexos como o elemento central da vida social ou de aspectos dela. No primeiro caso, a concordância é mais fácil, afinal, as relações entre os sexos somente poderia ter centralidade na vida social como muito esforço de deturpação da realidade. No segundo caso, já pode haver uma maior quantidade de discordâncias. O sexismo não seria explicado pelas relações entre os sexos e, por conseguinte, não seriam tais relações centrais? Aparentemente sim. É aparência e as aparências são enganosas. O motivo disso é a de que não podemos entender o sexismo apelando apenas para as relações entre os sexos, pois é claro que, sem as outras relações sociais, não existiria tal fenômeno. A não ser num pensamento fantástico, no qual imaginaríamos homens e mulheres isolados e sozinhos, se relacionando a partir de seus corpos e modos de ser, e isso geraria sexismo. Isso será abordado detalhadamente no decorrer deste livro.

    Outra objeção que poderia aparecer, é que é bom já refutar desde o início, é a de que estou fazendo a mesma coisa. Afinal, apresento as relações sociais entre os sexos, que é o tema central do presente livro. Isso não é tão verdadeiro assim. O tema central do presente livro é o feminismo e não a relação entre os sexos, que aparece sem ter centralidade. O centro pressupõe a periferia e um lugar privilegiado. Aqui, o tema é algo que é criticado, desprivilegiado, refutado. É verdade, contudo, que alguns momentos serão dedicados às relações sociais entre os sexos. E isso não é problema. Aliás, mesmo se o livro inteiro fosse dedicado a isso, não seria problema. E por qual motivo não é problema para mim se é quando é feito pelo feminismo? Aqui é possível entender mais profundamente a diferença entre o que defendo e o feminismo. As relações entre homens e mulheres não são centrais mesmo quando são o tema. Quando tais relações são o tema, elas são o foco, o alvo, aquilo que será discutido, mas não será separado (para recordar Debord), não será isolado, não será central no plano explicativo. Isso seria feminismo.

    Aqui o que se faz é

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