Palavras de mal-estar: sentimentos de angústia e inquietação
De Ivan Piffer
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Palavras de mal-estar - Ivan Piffer
Agradecimentos
Eu agradeço à minha família pela presença constante em minha vida, proporcionando-me carinho e cuidados.
Agradeço aos meus amigos e amigas pela convivência afetuosa e intensas conversas, que me brindaram com alegrias e conhecimentos.
Aos meus professores, minha gratidão e admiração.
Prefácio
Em um período comumente chamado de pós-moderno – ou, para usar o termo de Bauman, neste momento de modernidade líquida
–, a arte poética mostra-se mais uma vez fundamental. A rapidez e a fluidez que atualmente caracterizam as relações sociais muitas vezes impossibilitam o debruçar-se sobre uma questão, inviabilizando a reflexão prolongada sobre um aspecto inquietante da vida. Agitados e insatisfeitos, não abandonamos a correria do dia a dia para entendermos as razões que nos levam a estar assim. Mas a poesia, como toda arte literária, exige calma, dedicação e meditação para ser feita, lida, sentida e interpretada. Daí sua importância neste momento, daí a relevância desta obra que tematiza justamente a vida fluida.
Muito se tem falado sobre como a liberdade de expressão ganhou força com o advento das redes sociais e de outros canais de comunicação; aparentemente, todos podem ter vez e voz. Mas os desabafos pessoais, a manifestação das opiniões políticas e os outros diversos tipos de compartilhamentos possibilitados por essas redes, em um mundo competitivo e de rápida transformação, acabam gerando mais angústia do que satisfação. Devido à necessidade de se expor e de se afirmar, constantemente falamos sobre nós mesmos. Entretanto, paradoxalmente, quase nunca nos voltamos para nosso eu com profundidade.
Em Palavras de mal-estar: sentimentos de angústia e inquietação, o eu-lírico claramente demonstra sua dificuldade em encaixar-se nas exigências dessa vida de aparências, recorrendo aos versos para demonstrar como a pressão do ter lhe tira a paz de ser. Ao mesmo tempo, não se isenta da participação nessa competição desenfreada pela busca da imagem perfeita, como demonstra o uso do pronome nós
em alguns dos poemas. Afinal, sua consciência aguda dos problemas decorrentes da sociedade de consumo também lhe faz enxergar que, estando imerso nesta sociedade, não há como escapar de suas práticas:
Canta, ó deusa, os multifacetados Ulisses,
oriundos da invisibilidade controladora,
onipresente e onipotente.
Na pós-modernidade, almejamos aparentar perfeitos.
Neste narcisismo que nos circunda,
o importante é mostrar