A vida entre o essencial e o supérfluo
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Sobre este e-book
O livro trata da desvalorização da pessoa humana em favor do lucro de poucos, o que tantas vezes gera o sofrimento de muitos, como ocorreu nos desastres ambientais de Minas Gerais (Mariana e Brumadinho), que ceifaram muitas vidas. Além disso, houve a degradação sofrida pela natureza, que precisará de anos para se recuperar, sendo que, em alguns casos, não será mais possível a revitalização de rios e matas ciliares.
A obra traz ainda aspectos importantes acerca do Sínodo para a Amazônia, realizado pela Igreja Católica, a degradação do "Velho Chico", o fenômeno migratório e reflexões sobre a Covid-19 e as consequências do vírus para a humanidade.
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A vida entre o essencial e o supérfluo - José Erimatéia
Apresentação
Viver entre o essencial e o supérfluo é uma constante para qualquer pessoa. Em nossos dias, torna-se cada vez mais difícil focar as coisas que, de fato, são essenciais na vida, ou seja, indispensáveis para se experimentar uma existência feliz e cheia de sentido.
Não é raro observar pessoas que caminham para o vazio por causa de más escolhas. Há uma demanda muito grande de ofertas das mais diversas possíveis, que, de maneira bem concreta, conduzem a pessoa a uma felicidade superficial e momentânea, de forma a desvalorizá-la e contribuir para a sua degradação. O ser humano vive quase sempre entre a cruz e a espada
diante de escolhas complexas, as quais implicam consequências desastrosas ou não, a depender das referidas escolhas e do caminho a ser percorrido.
Não é fácil viver em uma sociedade que caminha para o abismo em que o supérfluo concretamente força o ser humano a viver a uniformidade. Tal comportamento o empobrece e o impede de experimentar a sua individualidade, algo que se torna tão raro em nossos dias, pois ele é sempre motivado a estar em grupo, seja de forma virtual, seja de forma real. Entretanto, para que alguém possa estar bem com os outros, é necessário que esteja bem consigo, por isso é fundamental promover meios de encontrar tempo para desfrutar da própria companhia. Quanto a isso, uma das maiores tarefas do homem é aprender a gostar de si e passar alguns momentos com ele mesmo.
Gostar de si também é uma forma de gostar do outro, não somente gostar, mas cuidar de si e valorizar-se enquanto pessoa, para que não fique à mercê do que os outros pensam e falam ao seu respeito. No entanto, é importante cuidar para não cair no narcisismo e, muito menos, no individualismo, procurando maneiras de encontrar o equilíbrio entre o coletivo e o individual, visto que resguardar a individualidade é fundamental para uma boa convivência em sociedade.
Neste livro, busco trazer elementos para promover uma reflexão acerca do que é essencial na vida para haver felicidade verdadeira e profunda, que garanta, de maneira eficaz, a autonomia e a autoestima da pessoa, tendo em vista que o essencial é algo que não se pode viver sem, já que faz parte da essência constitutiva da vida do ser humano. O supérfluo, por sua vez, é tudo aquilo que não é necessário, mas do qual se quer necessitar. É justamente nesse querer por querer que se trilha um caminho que nem sempre tem volta, pelo contrário, leva aos abismos da vida e, consequentemente, à aniquilação da dignidade e da liberdade da pessoa.
Esta obra está dividida em cinco capítulos. No primeiro, discorro de maneira mais direta sobre o essencial e o supérfluo, trazendo algumas dimensões que evidenciam a vivência cotidiana de qualquer pessoa. Destaco ainda alguns valores que estão se perdendo por não serem considerados importantes para o crescimento e o fortalecimento dos vínculos familiares e de amizade entre as pessoas.
No segundo capítulo, abordo a importância da vivência do essencial no âmbito familiar para o equilíbrio social, por entender que a família tem a grande missão de equilibrar a sociedade a partir da prática e da transmissão de valores que andam esquecidos ultimamente.
No terceiro capítulo, ressalto a supervalorização do valor monetário que ultrapassa o valor da pessoa, em que, por causa da ganância e da obtenção do lucro, não se veem as necessidades, sobretudo dos indivíduos que vivem à margem da sociedade. Coloco em relevo as tragédias de Mariana e Brumadinho como exemplos máximos de descaso e falta de respeito ao ser humano. Destaco também a importância da preservação da natureza, trazendo alguns elementos acerca do sínodo para a Amazônia e seu significado na discussão de grandes problemáticas enfrentadas pelo povo que lá vive, bem como algumas ações que degradam a floresta.
No quarto capítulo, evidencio a construção da hidroelétrica de Sobradinho e os impactos na vida dos ribeirinhos. Recordo, inclusive, a luta da Igreja na época pelos direitos do povo e o protagonismo de Dom José Rodrigues no enfrentamento de questões sensíveis que impactavam a vida de tantas pessoas. Apresento também elementos acerca da construção da hidroelétrica de Itaparica e exemplos da vida de famílias após o deslocamento de suas terras por ocasião da construção da usina.
Por fim, no quinto e último capítulo, discorro sobre o fenômeno migratório, que cresce a cada dia, ocasionado pela disputa do poder ou pela negligência de tantos governantes que não levam em conta as necessidades do povo, que sofre com a ausência de políticas públicas que garantam vida digna e justa para uma grande parcela da humanidade que vive em uma sociedade capitalista e hedonista.
Prefácio
Padre José Erimatéia, membro do presbitério de nossa Diocese de Juazeiro, Bahia, tem aliado seus estudos e pesquisas a uma fecunda experiência pastoral na bela e simpática Paróquia de São João Batista, de Uauá. Aqui temos a alegria de apresentar mais um dos livros que decorrem desse entrelaçamento teoria-prática, reflexão-proximidade pastoral.
Como um uauá (palavra de origem tupi que significa vaga-lume), este escrito lança luzes de indignação e de esperança sobre a realidade do nosso tempo presente, marcada por uma crise com todos os desdobramentos de angústia e de possibilidades que comporta. Somos mendicantes de sentido: todos, de um jeito ou de outro, mendigamos razões mais profundas e autênticas para viver e conviver, num contexto em que a exacerbação do eu (fechado em si mesmo, autoencurvado) leva ao aviltamento da dignidade de tantos e ao desastre ecológico que ameaça a vida de toda a criação. Casos como as tragédias anunciadas de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, e o paulatino colapso do Velho Chico, citados pelo autor, acenam para as graves consequências de um modelo de economia e de relações pautado no culto ao lucro que beneficia alguns poucos ególatras (que adoram a si mesmos).
Já o pensador Pascal (+1662) lembrava que "estamos cheios de coisas que nos atiram para fora de nós". Buscamos o radical sentido e o sabor da vida na superficialidade e provisoriedade das coisas e tarefas (no que fazemos e nas funções que exercemos). Daí certa sensação permanente de inquietante frustração – e aguçada tristeza – em não poucas pessoas. As principais doenças do nosso tempo, que assolam multidões, são males emocionais, da alma (síndrome de pânico, depressão, ansiedade e outras), sintomas desse mal-estar geral, luzes de alerta para homens e mulheres que, nesse tempo, ora vivem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que hoje aproximadamente 400 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão.
O vazio existencial teima em persistir enquanto não adentrarmos mais profundamente em nós mesmos e no mistério belo e encantador da vida. O Papa Francisco, como mestre por excelência destes tempos sombrios, reiteradas vezes tem conclamado a todos à compaixão e à revolução da ternura que afrontam a peste epidêmica da indiferença. O encontro com Cristo e sua proposta ousada e radical (na raiz, profunda) conferem a