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A última vítima: Livro 2 da série Extremos
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A última vítima: Livro 2 da série Extremos
E-book239 páginas3 horas

A última vítima: Livro 2 da série Extremos

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Sobre este e-book

Depois da guerra civil da década de 2020 e um longo processo de plebiscitos, o Brasil acaba dividido em dois países. O Brasil do Norte é de esquerda e um país que busca a igualdade e a justiça social. O Brasil do Sul é de direita e prioriza a ordem e o desenvolvimento econômico.
Um ano após a trama envolvendo um espião, um pintor e uma misteriosa organização de modelos, Rodrigo Amorim agora dirige a agência de investigações especializada em casos dos dois lados da fronteira.
Policiais estão sendo cruelmente assassinados nos dois lados da Linha Pinheiro. Seria uma conspiração ou obra de um sádico serial killer?
O Brasil do Sul se prepara para executar o primeiro condenado à morte no novo país.
Um terrível sequestro acontece.
Será que os dois brasis conseguirão trabalhar juntos novamente?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de dez. de 2021
ISBN9786586655865
A última vítima: Livro 2 da série Extremos

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    A última vítima - Celso Possas Junior

    Celso Possas Junior

    A ÚLTIMA VÍTIMA

    Livro 2 da série Extremos

    1a edição

    2021

    Editora Itapuca

    Niterói — RJ

    Copyright © 2021 by Celso Possas Junior. Todos os direitos desta edição reservados à Editora Itapuca. Nenhuma parte desta obra pode ser usada em fotocópia, gravação ou meio eletrônico sem autorização da Editora Itapuca, exceto nos casos de resenhas e artigos literários.

    Preparação de Texto

    Editora Itapuca

    Revisão

    Simone Viana Machado Ribeiro

    Projeto Gráfico e Diagramação

    Editora Itapuca

    Capa

    Juliana Possas

    ISBN para o e-book 978-65-86655-86-5

    1a Edição — 2021

    Editora Itapuca — Niterói RJ

    contatoitapuca@outlook.com

    facebook.com/editoraitapuca

    editoraitapuca@yahoo.com

    www.editoraitapuca.com.br

    Para Juliana Possas, de quem tenho um orgulho infinito.

    Parte I

    2049

    Existem radicais por aí, não se esqueça.

    Do autor, no livro Extremos.

    Capítulo 1

    "Você sente o último suspiro deixando seus corpos.

    Nessa situação, você é Deus."

    Ted Bundy, assassino em série

    Pinhalzinho, SP — Brasil do Sul

    Julho de 2049

    Foi um daqueles golpes do acaso, algo que ninguém poderia prever, nem o mais meticuloso e detalhista assassino.

    A pequena cidade de Pinhalzinho fica a cerca de cem km da capital do Brasil do Sul, São Paulo. Desde a separação na década de 2020, a localidade se desenvolveu mais rapidamente graças à queda nos impostos e a os incentivos à principal atividade da região: o turismo. A pequena população aumentou, trinta mil habitantes em 2049.

    Um dos orgulhosos moradores da região era um neto de italianos, torcedor fanático do Palmeiras, conhecido como seu Giuliano. Como havia faturado bem na oficina nos últimos meses — ninguém na região queria os novos carros elétricos, com pilotos automáticos e muitas instruções em inglês — a mecânica de Giuliano tinha cada vez mais trabalho com os carros antigos dos donos de chácaras e fazendas. Com dinheiro entrando, o empresário resolveu que era hora de reformar o quintal dos fundos de sua residência. Chamou um empreiteiro e encomendou uma churrasqueira nova, com direito a forno de pizza a lenha — uma obrigação para um legítimo descendente de italianos — o conserto no poço artesiano e a colocação de concertina em todo o muro. Aproveitou para pedir ao homem que desse um jeito discreto na árvore do terreno vazio que ficava atrás da casa. Os galhos dela avançavam sobre o muro e sujavam a casa inteira com aquelas coisinhas pequenas que não paravam de cair. E o pior, as raízes da árvore cresciam e quebravam a parte inferior do muro, que Giuliano já havia consertado três vezes.

    Na noite seguinte, dois empregados da obra seguiram as instruções de um especialista e cortaram a árvore, tentando não chamar a atenção das outras casas da vizinhança, nem qualquer fiscal da prefeitura mais atento. Em seguida, um trator, devidamente munido de correntes, começou o trabalho pesado de arrancar o toco, com o máximo possível das raízes. Quando o trator puxou a terceira leva de pedaços da árvore, pedras e terra escura, o especialista sentiu um cheiro forte, típico de algum bicho morto. Fez um movimento para tapar o nariz com a camisa, enquanto o trator já manobrava para retornar e tirar o último lote de terra. Então, ele viu.

    Bogotá — Colômbia

    Julho de 2049

    Um radical de extrema-direita.

    Ninguém apostaria que a Colômbia, um dos países que havia demonstrado mais apego à democracia e ao desenvolvimento econômico nas décadas de 2020 a 2040, poderia eleger um presidente tão perigoso, em meados de 2048. Alberto Renner — que era frequentemente chamado nas redes sociais de Albert Hitler — fazia questão, quando chamado de extremista, de responder Extrema-direita é pouco para mim. Podem me classificar mais à direita do que isso, por favor.

    A eleição fora mais do que surpreendente. A campanha de Renner, um obscuro dentista, começou com o que parecia uma peça de humor, um daqueles candidatos patéticos que aparecem em todo tipo de eleição, prometendo a pena de morte, o combate total à corrupção, o fim definitivo do tráfico de drogas e da milenar cultura de cocaína nas selvas colombianas. Renner tinha coisa de cinco por cento das intenções de voto. Sua voz esganiçada, suas bravatas e ameaças ainda não eram levadas a sério por analistas e institutos de pesquisa. Quando perceberam que a possibilidade do extremista ganhar existia, já era tarde demais. O fator rolo compressor, que acontece uma vez a cada vinte eleições, fez a pesquisa de boca de urna apontar que ele não só estava no páreo, como talvez nem houvesse um segundo turno.

    Naquele dia quente e seco de julho de 2049, Alberto Renner saltava da limusine presidencial a sete mil e duzentos quilômetros de onde a tenente sul-brasileira investigava a estranha morte de um policial em Pinhalzinho. Renner estava contente. Seus primeiros meses como presidente eram, na opinião dele, um sucesso. Na véspera, em mais uma operação bem coordenada, o exército havia descoberto e pulverizado acampamentos de guerrilheiros das FARC, perto da fronteira com a Venezuela. Como Renner vociferava nos comícios de Bogotá, os revolucionários não tiveram nem a chance de se entregar.

    O presidente colocou o chapéu sobre os cabelos ralos e pintados de preto, e abotoou o terno branco fora de moda. Estava com fome, por isso pedira à vice-presidente encontrá-lo ali, na sua antiga casa e não no Palácio de Nariño. Almoçariam e conversariam sobre a cagada que os norte-americanos estavam fazendo, como disse a um assessor naquela manhã.

    Era uma residência de classe média, com um varandão, onde uma mesa fora posta para a visita do dono da casa. Renner, completando alguns meses de mandato, quase não almoçava fora da sede do governo. Era um homem tão odiado dentro e fora da Colômbia, que tudo que ele comia tinha que ser vistoriado, às vezes provado antes. Mas, na sua velha casa no bairro do Chapinero, ele achava que não havia motivos para preocupação. Todos ali trabalhavam com ele havia anos.

    — Não vou esperar, Pérola. Mande trazer uma entrada — ordenou.

    Renata Mariotti era tenente-detetive da Pubs da região de Pinhalzinho havia dois anos. Sua ficha mostrava uma policial eficiente e tranquila, sem incidentes na carreira e bom espírito de equipe. Aos trinta e quatro anos, sentia-se realizada, sempre quisera ser policial, seguindo a carreira do pai, do avô e da madrinha. Uma família com policiais em três gerações, que tinha atravessado a separação do Brasil, a transição que uniu a Polícia Federal (a parte do Sul logicamente), a Polícia Civil de cada estado e as respectivas polícias militares. Desde a década de 2030, era tudo uma coisa só, a Polícia Unificada do Brasil do Sul — Pubs.

    A policial nunca havia topado com um caso assim. Estava acostumada com os corpos de facções e traficantes, que teimavam em existir no Brasil do Sul, apesar da política de tolerância zero com crimes graves e organizados. E não havia mais as leis condescendentes do Brasil antes da separação que protegiam criminosos e reduziam penas. Mas, dessa vez, não era nada parecido. O corpo que fora retirado aos pedaços do buraco era um caso diferente, muito diferente.

    Enquanto um fiscal da prefeitura multava Giuliano e o empreiteiro por derrubarem uma árvore sem autorização, um time de legistas, usando máscaras, roupas brancas e sapatilhas, recolhia os pedaços do corpo, tirava fotos e colocava tudo em sacos plásticos etiquetados.

    — Pode adiantar alguma coisa? — perguntou Renata.

    — Difícil, você viu o estado do corpo — respondeu o legista, um rapaz novo com rabo de cavalo. — Mas eu vi coisas estranhas aqui...

    — Estranhas? Por exemplo...

    — Alguém serrou partes do corpo.

    — Serrou?

    — Sim, com uma lâmina meio cega e irregular. Vamos confirmar na autopsia, mas eu diria que usaram um serrote mesmo.

    — Ok. Algo mais?

    — Sim — confirmou o jovem. — Aparentemente, está faltando um pedaço de cada coxa.

    Renata remoeu aquilo por alguns segundos.

    — Não tem mesmo identificação?

    — Nada. É um homem, razoavelmente obeso, na casa dos cinquenta, eu diria. Está aqui há coisa de dois meses, no máximo três.

    Renata não quis esperar até a manhã seguinte. Passou uma mensagem para a Pubs. Pediu a um estagiário puxar a lista de todos os homens desaparecidos em um raio de duzentos quilômetros, com idade superior a quarenta anos.

    A resposta veio poucos minutos depois, quando os legistas guardavam os últimos sacos plásticos no furgão. Apenas um homem correspondia ao pedido: um policial, de quarenta e seis anos, desaparecido de Campinas havia nove semanas. Seu nome era Ribamar Vieira.

    O legista com rabo de cavalo entrou no banco do carona. Renata bateu à porta e ele abriu a janela.

    — É esse homem? — perguntou Renata, estendendo o braço com o multicelular, a tela do aparelho tomada pela foto de Ribamar, sorridente, no uniforme de sargento da Pubs.

    Renata esperava uma daquelas respostas, do tipo não é possível determinar..., mas o legista respondeu rápido:

    — É sim.

    Capítulo 2

    "O ser humano ama e respeita seu semelhante

    enquanto não tem condição de julgá-lo."

    Thomas Mann, escritor alemão

    São Paulo

    Julho de 2049

    O novo foro de justiça da cidade de São Paulo reunia as principais audiências do Brasil do Sul desde o fim da década de 2020. Em frente a ele, a apenas um gramado de duzentos metros de distância, estava o Palácio Ubatuba, a sede da Suprema Corte do Brasil do Sul.

    Todo ano, cerca de trezentas pessoas eram executadas em algumas dezenas de países que ainda aplicavam a pena de morte em 2049, sendo os Estados Unidos e a Indonésia os que tinham mais sentenças capitais, embora o Irã fosse o líder absoluto em número de execuções, seguido pela China. Naquele dia de julho de 2049, havia cerca de dezenove mil condenados à morte nos cinco continentes, tentando recursos jurídicos de todos os tipos para converter as penas ou, pelo menos, adiar as execuções. O Irã permanecia executando homens por homofobia, a Arábia Saudita por falso uso de profecias, e a China por crimes que iam de assassinato à evasão fiscal.

    Com a nova constituição do Brasil do Sul, a justiça havia sido simplificada, especialmente o código penal. Formuladas pela direita conservadora, as leis eram mais duras, as penas maiores para todo tipo de crime e os recursos apenas uma fração da orgia jurídica do Brasil unificado. Os condenados aguardavam em custódia pelo julgamento em instâncias superiores, poucos habeas corpus eram concedidos. Para vários tipos de crime, havia prisões logo após a primeira instância.

    Entre todas as leis novas, uma gerou mais discussões, além de dois plebiscitos: a pena de morte. A maioria da população, farta da criminalidade e cansada da impunidade que era considerada pelos conservadores sulistas como uma das marcas do Brasil unificado, era a favor da pena capital. Por outro lado, a minoria contra a execução de condenados fazia um barulho tremendo e lutava com todas as forças para que a lei não fosse aprovada. Nesse grupo estavam os religiosos, que não admitiam que a humanidade decidisse entre a vida e a morte de outros seres humanos — por isso o aborto jamais havia sido totalmente legalizado no novo país de direita —, além de militantes de centro-esquerda de Minas Gerais e São Paulo, e partes da população que simplesmente queria leis duras, incluindo a prisão perpétua, mas não o extremo da pena de morte.

    Após longas discussões desde 2025, atentados, quebra-quebras e prisões de militantes de todos os lados, a pena de morte acabou aprovada apenas em 2043.

    Poucas semanas antes da votação final no Congresso sulista, membros de uma facção criminosa de São Paulo — que existia desde antes da separação, mas estava agora muito menor e quase destruída pela Pubs — executou jovens em uma comunidade de São Paulo, com requintes de crueldade. Eram pequenos traficantes que haviam cometido um erro e perdido uma mercadoria importante da facção. Uma senhora, bem escondida pela persiana de uma casa humilde, filmou a execução e se apresentou com o vídeo em uma delegacia da Pubs na manhã seguinte. As imagens, que correram rapidamente pelo New Face, foram a gota d´água: por dois votos a mais do que o necessário, os deputados do Brasil do Sul estabeleceram a pena de morte para crimes qualificados. Alguns anos depois, as primeiras condenações com a pena capital aconteceram.

    Naquela manhã de 2049, uma multidão fora do comum cercava o gramado entre o tribunal — um prédio enorme e relativamente barato, todo à base de concreto aparente e vidro — e o Palácio Ubatuba, esse mais bonito — embora também de concreto cinza e vidro escuro —, onde estava a Suprema Corte.

    Por dentro, as instalações do Supremo eram imponentes, mas não luxuosas. A intenção era que fosse exatamente o oposto ao interior do antigo e lindo Palácio do STF, projetado por Oscar Niemeyer, em Brasília.

    Em meados de 2045, dois anos após a promulgação da lei da pena de morte, houve uma festa em um condomínio de luxo de Alphaville, ironicamente a menos de três quilômetros da sede nacional da Pubs. Ali, uma casa imensa, com 8 suítes, 2 piscinas, sauna e cinema privativo foi alugada por um traficante pelo período de uma semana. O homem queria impressionar uma namorada nova.

    Ele não teve sucesso, ela fugiu assim que soube que o jovem não era exatamente um executivo de vendas, como dizia, ou pelo menos não do tipo de mercadoria que ela imaginava. O bandido, então, resolveu fazer uma festa para aproveitar a casa alugada, trouxe algumas dezenas de parceiros de uma comunidade de Campinas e convidou jovens do New Face, especialmente os que já eram seus clientes, consumidores das novas balinhas russas de cor laranja e uma dose cavalar de LSD, que embalavam as festas e novas raves dos anos 2040.

    No meio da festa, dois amigos da comunidade, muito drogados, resolveram avançar pela viela do condomínio, enquanto o carro de segurança estava circulando pelo outro lado. Entraram em uma casa na esquina, onde uma mulher de cinquenta anos dormia, enquanto a filha de catorze conversava no Yahoo-Chat, com fones de ouvido.

    Na manhã seguinte, a mãe foi encontrada degolada na sala da casa. A menina, dentro da piscina, nua e estrangulada. As investigações foram longas, já que as câmeras do condomínio só conseguiram pegar imagens de dois homens, não havia como identificá-los entre dezenas de convidados. Mas os laboratórios de perícia criminal estavam em um estágio mais avançado do que nunca, e um perito da Pubs conseguiu reunir doze fios de cabelo dos dois invasores, entre os da cabeça e de outras partes do corpo. Daí, foi fácil obter novas provas. Luís Cláudio Lourdes e Marcelo Dutra foram condenados à morte.

    Durante os primeiros anos de pena, aguardando recursos para evitar a pena capital, Marcelo Dutra foi assassinado pelo próprio companheiro de crime e de cela. Aquilo complicou mais a vida de Luís Cláudio. Cada vez menos gente defendia que a nova pena de morte não fosse aplicada.

    Com a imprensa e a multidão ansiosos do lado de fora, os ministros decidiam dentro da Suprema Corte se acatavam ou não o novo recurso da defesa para alteração da pena, impedindo o que seria a primeira execução legal sob a nova lei da pena de morte do Brasil do Sul. Se o advogado de defesa de Luís Claudio Lourdes tivesse sucesso, o réu passaria a uma pena de quarenta anos de detenção, sem direito a progressão de regime. Se o recurso falhasse, a execução aconteceria em alguns dias.

    Furgões das emissoras de TV estavam plantados, com antenas no teto e cinegrafistas prontos e apontando suas lentes para a entrada do prédio. A repórter da TV explicava aos espectadores que a pena de morte não havia sido aprovada para crimes simples, mesmo que fossem graves. Mas era prevista e poderia ser pedida por promotores, em crimes hediondos e com determinado grau de qualificação e crueldade.

    Enquanto a jornalista falava ao vivo, o cinegrafista girava a câmera, pelos dois lados do gramado. À esquerda do palácio, uma pequena multidão contra a pena de morte ostentava cartazes pela vida, cruzes religiosas e roupas brancas. Do outro lado do cordão policial, estava a maioria, que era a favor da pena de morte, com mensagens debochadas como cancelem logo esse CPF e façam a família pagar pelas injeções.

    Bogotá

    Na cozinha da casa de Alberto Renner, a cozinheira entregou um prato ao segurança, com duas entradas típicas da Colômbia: o arroz de coco — que Alberto exigia que fosse preparado com leite natural de coco, e empanadas fritas, recheadas com carne mechada.

    O segurança levou as iguarias para o presidente, observado pela mulher. Ela se chamava María e trabalhava na casa havia 4 anos. Despretensiosamente limpando as mãos no pano de prato, María saiu pela outra porta da cozinha e andou pelo corredor

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