Ali Babá e os Quarenta Ladrões (As Mil e Uma Noites 1)
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Ali Babá e os Quarenta Ladrões (As Mil e Uma Noites 1) - One Thousand and One Nights
Ali Babá e os Quarenta Ladrões (As Mil e Uma Noites 1)
Translated by Monteiro Lobato
Original title:أَلْفُ لَيْلَةٍ وَلَيْلَةٌ
Original language: Arabic
Os personagens e a linguagem usados nesta obra não refletem a opinião da editora. A obra é publicada enquanto documento histórico que descreve as percepções humanas vigentes no momento de sua escrita.
Cover image: Shutterstock
Copyright © 900, 2021 SAGA Egmont
All rights reserved
ISBN: 9788726873344
1st ebook edition
Format: EPUB 3.0
No part of this publication may be reproduced, stored in a retrievial system, or transmitted, in any form or by any means without the prior written permission of the publisher, nor, be otherwise circulated in any form of binding or cover other than in which it is published and without a similar condition being imposed on the subsequent purchaser.
This work is republished as a historical document. It contains contemporary use of language.
www.sagaegmont.com
Saga is a subsidiary of Egmont. Egmont is Denmark’s largest media company and fully owned by the Egmont Foundation, which donates almost 13,4 million euros annually to children in difficult circumstances.
Ali Babá e os Quarenta Ladrões
N uma cidade da Pérsia viviam uma vez dois irmãos, dos quais um se chamava Cassim e outro Ali Babá. O pai ao morrer deixara-lhes uma pequena fortuna, dividida em partes iguais. Mas um deles, Cassim, desposou uma mulher que pouco depois do matrimônio recebeu em herança uma oficina ricamente guarnecida, um bazar cheio de belas coisas, e vários sítios que o tornaram de repente um dos mercadores mais ricos da cidade.
Ali Babá, ao contrário, que desposara uma mulher tão pobre como ele, não tinha outro recurso senão o de ir cortar lenha num bosque vizinho para vendê-la na cidade, transportada sobre o lombo de três asnos que constituíam toda a sua riqueza.
Ali Babá estava um dia na floresta, inteiramente entregue ao seu trabalho, quando percebeu uma grande nuvem de pó que se erguia ao longe no meio da estrada, dentro da qual um numeroso grupo de cavalaria avançava a trote largo.
Desconfiando que pudessem ser ladrões, sem se preocupar com os seus asnos, pensou em salvar-se ao menos a si próprio, e trepou numa árvore enorme, escondendo-se entre a ramaria espessa, de maneira que tudo pudesse ver sem ser visto.
Os cavaleiros, grandes, fortes, bem montados e bem armados, pararam e desceram dos cavalos bem ao pé de uma rocha que se erguia ao lado da árvore sobre a qual estava refugiado Ali Babá.
Eram quarenta, e, pelo seu