Aventuras de Narizinho No Reino das Águas Claras
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Sobre este e-book
Monteiro Lobato
José Bento Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de 1882, Taubaté, Brasil e falecido em 4 de julho de 1948, São Paulo, foi um escritor e editor, precursor do movimento modernista na literatura brasileira. Advogado e fazendeiro de café de origem no interior de São Paulo, Monteiro Lobato escreveu uma carta despretensiosa a um jornal paulista, descrevendo as secas e queimadas no interior. O editor pediu mais artigos e Lobato respondeu com os esquetes e contos, posteriormente reunidos no livro Urupês (1918; “Cogumelos”). Nelas apresentou o personagem Jeca Tatu, que se tornou o símbolo do sertanejo brasileiro. “Pobre Jeca Tatu”, comenta Lobato. “Você é tão bonito nos romances e tão feio na vida real! Você não fala; você não canta; você não ama. ' Homem de ação, Monteiro Lobato mudou-se para São Paulo, fundou a revista literária Revista do Brasil e uma editora, e reuniu em torno de si um círculo de novos talentos literários. Crítico e rebelde, ele entrou e saiu da prisão e do exílio muit
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Aventuras de Narizinho No Reino das Águas Claras - Monteiro Lobato
Capítulo 1
Narizinho
N
uma casinha branca, lá no sítio do Pica-Pau Amarelo, mora uma senhora de mais de sessenta anos. Chama-se dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
— Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto...
Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas — Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como é chamada por todos.
Desenho de menina com roupa de brinquedo Descrição gerada automaticamente com confiança médiaNarizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos.
Na casa ainda existem duas pessoas — tia Nastácia, que cuidou de Lúcia desde pequena, e Emília, uma boneca de pano bastante desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia, com olhos de fios de seda pretos e sobrancelhas tão levantadas como de uma bruxinha. Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a ter ao lado, nem se deita sem primeiro acomodá-la numa redinha entre dois pés de cadeira.
Além da boneca, o outro encanto da menina é o riozinho que passa pelos fundos do pomar. Suas águas, muito apressadinhas e mexeriqueiras, correm por entre pedras negras, que Lúcia as chama tias Nastácias do rio
.
Todas as tardes Lúcia toma a boneca e vai passear à beira d'água, onde se senta na raiz dum velho ingazeiro para dar farelo de pão aos peixinhos.
Não há peixe do rio que não a conheça; assim que ela aparece, todos se agitam famintos. Os mais pequeninos chegam pertinho; os grandes parece que desconfiam da boneca, pois ficam ressabiados, espiando de longe. E nesse divertimento leva a menina horas, até que tia Nastácia apareça no portão do pomar e grite na sua voz sossegada:
— Narizinho, vovó está chamando!...
Capítulo 2
Uma vez...
U
ma vez, depois de dar comida aos peixinhos, Lúcia sentiu os olhos pesados de sono. Deitou-se na grama com a boneca no braço e ficou seguindo as nuvens que passeavam pelo céu, formando ora castelos, ora camelos. E já ia dormindo, embalada pelo balançar das águas, quando sentiu cócegas