Negócios de Família, Gerência de Viúvas: senhoras administradoras de bens e de pessoas no século XVIII em Minas Gerais
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Negócios de Família, Gerência de Viúvas - Raquel Mendes Pinto Chequer
CAPÍTULO 1 -ARRANJOS FAMILIARES E PAPEL FEMININO NA HISTÓRIA DA AMÉRICA PORTUGUESA
Não vejo porque a história cultural deva evitar o excêntrico, ou abraçar a média, porque não se pode calcular a média dos significados nem reduzir os símbolos ao seu mínimo denominador comum.
(Robert Darton)
1.1 A FAMÍLIA PATRIARCAL: O CENTRO DAS CONTROVÉRSIAS
A literatura dos viajantes estrangeiros, indivíduos que percorreram o Brasil ao longo do século XIX, refere-se à mulher branca como um ser recluso em seu ambiente familiar e inteiramente sujeita a autoridade masculina. Auguste De Saint-Hilaire, por exemplo, em viagem que fez à Vila Rica em 1816, visitou várias residências de homens de notável destaque nesta sociedade. Muito surpreendeu, a este viajante, o fato de não poder avistar uma única esposa durante as suas visitas. Informa- nos Saint-Hilaire que quando teve alguma dama em sua presença mal pode dirigir-lhe a palavra.¹¹ De acordo com esta literatura, restrita ao ambiente doméstico, só restava às mulheres uma vida monótona preenchendo seu tempo com poucos trabalhos domésticos e tendo filhos.
Por outro lado, os viajantes registraram que os maridos brancos poderiam ser instruídos e até mesmo educados em instituições educacionais europeias, além de administrarem os negócios da família. Acreditavam os observadores europeus que tal ocorrência agravava as diferenças entre os gêneros. Assim, eles construíram uma imagem da mulher branca como um ser ignorante, indolente, incapaz de levar adiante uma simples conversação .¹² Essa visão acerca do universo feminino correspondeu, durante um longo período, ao que os estudiosos brasileiros apontaram como sendo as principais características da sociedade brasileira colonial, escravista e