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Uma Breve História da Mulher no Jornalismo no Feminismo e na Sociedade
Uma Breve História da Mulher no Jornalismo no Feminismo e na Sociedade
Uma Breve História da Mulher no Jornalismo no Feminismo e na Sociedade
E-book164 páginas3 horas

Uma Breve História da Mulher no Jornalismo no Feminismo e na Sociedade

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Sobre este e-book

O livro Uma breve história da mulher no jornalismo, no feminismo e na sociedade apresenta a atuação da mulher nessa profissão. Para isso, foi necessário contar a história da mulher na sociedade e no feminismo, analisar dados quantitativos e qualitativos, incluindo-se pesquisas mais recentes, que dessem a dimensão da situação feminina no setor, e, para finalizar, foram realizadas entrevistas com mulheres jornalistas de Brasília que trabalharam em diferentes décadas, para entender a origem, inserção e consolidação nesse ofício tão importante para a democracia. Essas entrevistas trataram de várias áreas da vida das jornalistas, com o objetivo de entender de forma global o jornalismo com perspectiva de gênero.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de fev. de 2020
ISBN9788547341640
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    Uma Breve História da Mulher no Jornalismo no Feminismo e na Sociedade - Ludmilla Brandão

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

    À minha mãe, Luizinetz Brandão, que é uma mulher excepcional

    e uma mãe extraordinária.

    AGRADECIMENTOS

    Em primeiro lugar, quero agradecer minha mãe solo, Luizinetz Brandão, que teve de se sacrificar e abdicar de tudo, infelizmente, para me criar e educar com caráter e respeito para que eu me tornasse uma boa pessoa. Sem ela, eu não teria conseguido chegar até aqui, pois esteve comigo, incondicionalmente, sempre amorosa, carinhosa, paciente, perseverante e alegre. Mostrou-me a importância dos estudos e do trabalho com honestidade. É a luz da minha vida.

    À doutora Luciane Agnez, orientadora da pesquisa que deu origem a este livro e que, com seu amor pelo saber, passou-me segurança e me ajudou a vivenciar, com êxito, essa fase importante da minha vida.

    Às jornalistas entrevistadas, Conceição Aparecida de Freitas, MV, MEMS, RGD e Juliana Cézar Nunes, que doaram seu tempo, algo tão raro e precioso hoje em dia, para compartilhar as experiências profissionais e pessoais para que esta obra fosse realizada.

    E a todas as mulheres que vieram antes de mim: sem a resistência, a resiliência, o amor, a coragem, a inteligência, a sabedoria, o trabalho, a união e a luta delas para que o mundo fosse mais justo e igualitário entre homens e mulheres, nada disso seria possível.

    PREFÁCIO

    Os dados da violência contra a mulher, que colocam o Brasil como quinto país com maior taxa de feminicídio do mundo, estremecem até a mais otimista das feministas. O assassinato é apenas a escala mais alta de uma cadeia de abusos, intimidações e assédios que permeiam, em maior ou menor escala, a vida de toda mulher.

    A violência não se limita à física e a sexual; pode ainda ser patrimonial, moral ou psicológica. Já foi um avanço ter essa diversidade reconhecida pela Lei Maria da Penha; entretanto, os dados mostram que é preciso cautela ao comemorar os mais de 10 anos dessa lei.

    O tom não é pessimista; é que não dá para descansar achando que as conquistas estão aí. Caminhamos, é fato, mas ainda falta muito. E falar é, em parte, promover a luta, ampliar um debate que não pode ficar restrito ao movimento feminista, pois o machismo é algo que atinge todos, a economia, inclusive.

    Dados do IBGE mostram que as mulheres trabalham até oito horas a mais por semana do que os homens, no cuidado com a casa ou com os familiares. Um levantamento norte-americano, mas que poderia facilmente ser testado por aqui, é de que uma mãe chega a trabalhar 98 horas por semana, o que corresponde a 14 horas por dia sem parar. Como brilhar em outros espaços, como ser produtiva, construir carreira, com os momentos que nos sobram? Conseguimos, a duras penas, e não deveria ser assim.

    Às vezes, o óbvio precisa ser dito: não podemos, em nossa dignidade humana, ser punidos por aquilo que nós somos. Não se trata de uma escolha, uma atitude. Cis ou trans, nós somos mulheres. O que precisamos é mudar o papel social que nos foi imposto e que constantemente nos submete a violências e degradações dos mais diversos tipos.

    Somos maioria nas universidades brasileiras e temos mais anos de estudos, ainda que isso não represente ocupar os melhores cargos e salários. A mudança é lenta, mas já nos possibilita algumas honrosas comemorações. Por exemplo, de acordo com levantamento internacional da Elsevier, às mulheres correspondem a metade da produção de artigos científicos no Brasil. Por aqui, ainda comandamos mais de 40% dos lares, número que dobrou em 15 anos. Também somos responsáveis por mais de 50% dos novos negócios, o que indica um crescimento do empreendedorismo feminino no mesmo período.

    E nós, jornalistas? Enquanto denunciamos as mazelas dos outros, nós mesmas ainda somos desrespeitadas em nossa própria área de atuação. Por isso, é fundamental trazer esse debate, como este livro faz. As jornalistas são maior número em redações, nas universidades também; mas ainda recebem os menores salários e estão em menor número nos cargos mais altos. Mas, agora sendo otimista, quero crer que a mudança desse quadro é uma questão de tempo. A renovação desses profissionais será inevitável.

    Além das questões mais objetivas, de cargos e salários, queremos respeito em todos os campos. No jornalismo esportivo, de modo a superar os ranços machistas; na cobertura política, sem o assédio contumaz; ou na economia que, sim, também é tema para as meninas, além da cultura e do comportamento.

    Uma breve história da mulher no jornalismo, no feminismo e na sociedade é uma grande contribuição para todo esse debate. Vivi pessoalmente uma oportunidade enriquecedora por estar junto nesta pesquisa e ver a evolução dessas ideias e o amadurecimento das inquietações em torno do tema. Além da compilação dos dados e da revisão histórica que a obra traz, o livro é muito feliz ao dar voz e ouvir as histórias de vida de mulheres que são parte do jornalismo brasileiro, em conquistas e desafios, dores e vitórias.

    É verdade que ainda falta muito para a equidade de gêneros, e mais do que nunca é vital falar de feminismo. Mas é gratificante ver o crescimento das manifestações nesse sentido, sobretudo entre jovens, por ações que, talvez, já possam representar uma nova onda para o movimento. É uma vitória ver expressões como patriarcado, empoderamento ou sororidade fazendo parte do vocabulário, até cotidiano, em alguns grupos. Outras, como gaslighting ou manterrupting, já não são difíceis de ser encontradas. A internet tem um papel importante na propagação dessa luta, o que não deveria substituir, mas reforçar o próprio papel do jornalismo na superação de estereótipos e na luta pela garantia de direitos fundamentais.

    Não é pouco perceber que ações teoricamente simples, como o uso de hashtags, puderam levar a movimentos significativos pelo ciberativismo. Em situações, como no uso do #meuprimeiroassédio e #meuamigosecreto, mulheres que talvez nunca tenham participado de ações militantes ou se envolvido em qualquer manifestação de fato, vieram a público expor suas histórias e protestar.

    Juntas somos mais fortes, para o óbvio ser verbalizado novamente. Pois que seja um mantra, agora sem qualquer fronteira, como comprova o #niunamenos e o #metoo. Se abusos e agressões ainda ocorrem, silenciar é o que não dá mais.

    Luciane Fassarella Agnez

    Doutora em Comunicação e professora de Jornalismo

    Brasília, 23 de março de 2018.

    APRESENTAÇÃO

    O objetivo desta obra é apresentar e avaliar a história da mulher no jornalismo. Para isso, o trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira, foi realizada uma revisão literária do tema. Foi necessário entender a história da mulher na sociedade, a história dos movimentos feministas no mundo e no Brasil e a história da mulher no jornalismo mundial e brasileiro.

    Ainda nessa etapa, o cenário foi contextualizado por meio de dados de órgãos, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, Ministério da Educação, Ministério do Trabalho e Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj. Também foram incluídas pesquisas atuais em nível nacional, realizadas pelo Coletivo das Mulheres Jornalistas do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal – SJDF – e publicadas em 2016 pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – Abraji – e a Gênero e Número, publicada em 2017.

    A segunda parte tratou da realização de entrevistas com cinco mulheres jornalistas que atuaram em redações de Brasília. Elas falaram sobre trajetória profissional, vida pessoal e questões de gênero no jornalismo. As entrevistadas narraram suas histórias em três décadas diferentes: 1980, 1990 e 2000.

    A escolha do período se deu por ter sido esse o momento de maior ingresso feminino no jornalismo. Atualmente, as mulheres são maioria tanto nos cursos de Jornalismo quanto na profissão, o que demonstra uma evolução importante no que tange à história da mulher e dos movimentos feministas, mas ainda existe o machismo que limita essas mulheres. As entrevistas puderam ajudar a entender, na prática, como funciona o mercado, as questões de gênero, os desafios enfrentados e as oportunidades obtidas.

    Sumário

    1

    INTRODUÇÃO 17

    2

    Uma história não contada 21

    2.1 Pensamento filosófico já! Só para homens 22

    2.2 As trevas chegaram 26

    2.3 E se fez a luz... Não para o sexo frágil 31

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