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Brincadeiras Do Natal
Brincadeiras Do Natal
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E-book98 páginas1 hora

Brincadeiras Do Natal

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Sobre este e-book

A magia do Natal numa serie de contos escritos no decurso de mais de vinte anos.

De seguida a lista e uma breve descrição dos contos:
Um Natal diferente (o conto de um pai separado que passa um Natal diferente, fazendo voluntariado numa casa de tratamento, junto da filha)
Chamava-se Pascoal (historia de um rapaz simplório de nome Pascoal que realiza-se encarnando o papel de um Pai Natal num centro comercial)
A mina de Pai Natal (um Pai Natal um pouco fora dos esquemas; um lugar fabuloso no meio entre a terra dos brinquedos de Pinóquio e o mundo de Hansel e Gretel. E no final um outro pequeno milagre natalício. Historia entre sonho e realidade, dedicada à crianças mais vivas e às mais gulosas, de uma criança à espera de Pai Natal na véspera noite)
Feliz Natal, Bernard! (um manager americano consegue a seu modo viver um pouco mais intensamente do seu normal a atmosfera natalícia, ocupando-se, entre outras coisas, de um sem abrigo a quem para o Natal arranja-lhe um banho quente, uma roupa limpa e uma noite passada sob proteção)
Uma mensagem para Pai Natal (uma aventura especial de duas criancinhas que, com a sua mãe, num Natal nevoso vão ao encontro do seu pai ferroviário no serviço para trocarem votos de feliz Natal)
Natal de guarda (um Natal particular para um pequeno soldado que, de vigilante na noite de Natal, tem a infelicidade de deparar-se com um velhote com o traje vermelho e barba branca que queria saltar o muro do recinto…)
Carta para Pai Natal (a pequena carta de uma criança que mal aprendeu não só a escrever, mas também outras coisas importantes da vida)
Uma noite movimentada (pequena historia natalícia de um mendigo que passa uma véspera de Natal atormentado: primeiro faz gorar involuntariamente um furto, depois encontra um relógio, é perseguido no seu refugio, escorrega e acaba no hospital… mas depois, por um prodígio…)
Milagre de Natal em casa Sparapifferi (uma pancada na cabeça durante a preparação da arvore transforma a viúva Sparapifferi generosa e altruísta de forma insólita, talvez até em demasia. Mas depois, desfazendo a arvore, uma outra queda volta de novo a situação à normalidade)
Uma prenda de Natal (anunciado com um ano de antecedência de um misterioso presente de Natal, finalmente a chegada de um filho para o casal que tanto o desejava)
O bolo gigante de Pai Natal (como por vezes, misteriosamente, a forca do Natal e da tradição possa vencer também as leis económicas: as curiosas vicissitudes de uma pequena empresa artesanal que produz bolos, administrada antes pelo senhor Natal pai e depois pelo senhor Natal filho, brilhante recém-formado)
Do nosso enviado especial (pequena cronica daquilo que numa primeira etapa tinha sido interpretado como tentativa de furto, e depois revelou-se como uma consignação de prendas natalícias)
Pai Natal, os gnomos enfurecidos e a velha bruxa (esclarecimento imaginativo sobre o porquê de que em alguns lugares os presentes são trazidos pelo Pai Natal, e em outros pela velha bruxa)
Super-football centro comercial (adaptado no futuro próximo, o presidente de uma equipa de futebol “oferece aos seus filhos, a realização de alguns dos seus desejos especiais”)
O Natal do refugiado (um episodio que enaltece não ao acaso seja o nascimento de Jesus, como a fuga de uma pequena família de uma nação arrasada pela guerra)
Quando Fuffy desapareceu (historia, vista em dois ângulos diferentes, de uma criança que perde o seu melhor amigo, a quem de qualquer forma a intervenção do Pai Natal vem a ser de grande ajuda)
Michela e o espelho (a historia de uma mini espécie de Pai Natal caduco permanecido fechado num armário penhorado e levado para um deposito judicial, ou seja como uma criança que já não acreditava mais no pai Natal voltou a crer)
Visto o caracter temático da coleção, toma-se nota de que alguns dos contos poderão constar também noutras coleções temáticas do mesmo autor.
IdiomaPortuguês
EditoraTektime
Data de lançamento29 de out. de 2018
ISBN9788893980302
Brincadeiras Do Natal

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    Brincadeiras Do Natal - MARCO FOGLIANI

    AS MINAS DE PAI NATAL

    Â nimo, Tomas, põe-te a dormir. Caso contrario o Pai Natal não vem.

    Os dois irmãozinhos, na escuridão do seu quarto, preparavam-se para enfrentar de modo totalmente diferente a noite santa. O mais novo e prudente, debaixo dos cobertores, já quase adormecido, sonhando a encontrar no dia seguinte de manha na arvore pelo menos um dos brinquedos que tinha pedido à mãe na sua cartinha.

    O mais grandinho e maroto tinha outras ideias. Fez girar a palavra entre os seus colegas da turma de que o Pai Natal não existia ­̶ de que fosse toda uma encenação dos pais ou de algum parente amigável ̶ e ele naquela noite decidira verifica-lo. Anteriormente tinha amarrado duas pequenas campainhas e duas colherezinhas nuns fios, e já estava completando a disposição daquelas armadilhas num dos pontos estratégicos do seu quarto, aproximadamente a um palmo do chão, particularmente entre as ombreiras da porta. Já que, como em todos os Natais, se alguém tivesse que trazer os seus presentes próximo da cama deles, teria a todo custo deveria fazer um certo ruído para despertá-lo, e ele descobriria a verdade.

    Meteu-se debaixo das mantas cauteloso, com a sua lanterna eléctrica na mão, resolveu permanecer acordado o mais possível. E de repente, durante a noite, lhe pareceu de estar a ouvir efectivamente barulho proveniente das escadas. Pois Tomas abriu o armário e enfiou-se dentro, deixando apenas uma fissura para poder observar fora.

    Passou muito tempo lá dentro, e pode-se dizer que por um milagre não adormeceu. E quando acontece isto que estou para dizer, Tomas foi assim colhido desprovido que propriamente não teve como reagir. Um homenzarrão grande e gordo, vestido de vermelho e com uma barba branca longa, abriu o guarda-fato, carregou Tomas como se fosse uma bonequinha e enfiou-o num saco grande.

    Aqui está, um outro espertinho da lista dos maus. Sem dúvida prenda a merece. Este queria deixar-me tropeçar, e no mínimo das hipóteses teria acabado no hospital. Um pobre velhote como eu.

    Não calma. Não queria causar-te danos, objectou Tomas.

    Por mais que grite é inútil. Tanto que ninguém te ouve neste saco magico. E seja como for eu não acredito em ti. Poios estejas tranquilo de que devem passar muito anos antes que eu possa ficar tão velho e caduco para deixar-me enganar por um ranhoso como tu.

    Tomás apercebeu-se de que não estava sozinho dentro daquele saco. Quem és tu? O que fazes aqui dentro?, perguntou a outra criança companheira da desventura.

    Eu sou Mirko. Quando ele veio na minha casa procurei empurrá-lo para baixo das escadas, mas não consegui, respondeu o outro. De seguida vi-me no saco que vinha carregado, e distanciava-se sempre mais rapidamente como quem estivesse num comboio, ou precisamente num avião.

    De repente as duas crianças tiveram a sensação de precipitar no vazio, e depois se sentiram aos tombos a torto e a direita sempre mais para baixo enquanto o seu saco descia por uma espécie de um comprido escorregão muito liso como aqueles de alguns luna-park. Quando pararam, foram ajudados a sair do saco por um outro rapazote alto mais ou menos como eles. (o quê? Por acaso tinha as orelhas pontiagudas e um vestuário ou um chapéu vermelho ou verde? No que se refere as orelhas não saberei dizer, mas um chapéu estou certo de que não, não o trazia).

    Animo, temos que recolher tanta coisa o mais rápido possível, caso não algumas crianças não vão apanhar guloseimas para comer na meia e em baixo da árvore. Este ano estamos muito atrasados.

    E ̶ acrescentou - enquanto dava a cada um deles um cesto grande, uma lanterna à pirilampos e umas espécies de escopro:

    Nesta zona há nougat e chocolates, lá no fundo o carvão de açúcar. Mas se não conseguem, naquelas outras galerias podem encontrar algo mais mórbida: bolachas, bolo grande e bolo-rei. Os pontos da recolha estão bem marcados. Ah, me esquecia: mais colheita, quanto antes se regressa a casa.

    Mirko tinha apenas começado a espirrar:

    Desculpa mas tenho que me distanciar. Sou alérgico ao chocolate, e aqui deve haver realmente bastante, esclareceu.

    Tomas ainda incrédulo, já estava à obra antes com as mãos, depois com o auxílio de um martelo e escopro, para desprender da parede um pedaço de nogado de pistácio.

    Mmmm é realmente uma delícia, disse para uma criança que se encontrava daquele lado e que já tinha o cesto cheio. "Escuta um pouco: mas tu já estás aqui há bastante tempo?

    Não sei exactamente, mas direi que não. Mas se quiser saber quanto tempo permanecerei aqui não saberei dizer. Alguém disse que esta noite regressaremos todos para casa; mas aquele rapaz lá em baixo me disse que se encontra aqui há meses. Mas eu não acredito nele. Quanto a mim é um engraçadinho.

    Sabes o que te digo? lhe disse Tomas enquanto o ruído dum outro saco anunciava a chegada de que maneira duma outra criança. Pois eu não tenho toda esta pressa de voltar para casa. Aqui existem coisas muito boas, e não vejo porquê tenha que maçar-me em partilhar com outras a. No entanto dou uma boa volta para saborear aquilo que encontrar. Depois verei o que fazer.

    E assim o fez.

    Já tinha explorado diferentes galerias, saboreando vários tipos seja de nogados como chocolates. A um certo ponto também tinha parado lá onde o nogado branco era mais duro, e tinha se cimentado durante algum tempo com o martelo e escopro tentando fazer uma escultura, para reproduzir o rosto de Pai Natal.

    Seria necessário um pouco de vermelho, dissera quase entre si pensando de esboçar o chapéu.

    Se fores lá no fundo vais encontrar as gelatinas de fruta, lhe dissera um outro rapaz que estava a passar dali com o cesto quase cheio. E Tomas às gelatinas de fruta, que eram a sua paixão; não conseguiu resistir. Comeu até a farta, todos os gostos e cores, e parou apenas quando não aguentava mais.

    Mas já era bastante tarde.

    Tinha começado a colhê-las no seu cesto, pensando que de qualquer jeito poderia levá-las consigo ou partilhar com o seu irmão e assim desfrutariam mais tarde em casa; ou oferece-las para algum seu amiguinho. Havia tantas! Mas exactamente quando tivera estes seus pensamentos generosos, tinha também começado a sentir uma forte dor de estômago.

    Antes de mais nada Tomas procurou fingir como se nada estivesse a acontecer; mas logo a dor foi tão forte que não foi mais possível fingir de ignorá-la. Dobrou-se a meio por causa da dor; caiu no chão. Ai, sinto-me mal! Dói-me o estômago!

    Alguém apercebeu-se. Infelizmente de vez em quando acontecia, e a regra era que

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