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Fanny
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E-book82 páginas1 hora

Fanny

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Sobre este e-book

O que ela sabia sobre a experiência da 'primeira vez'?Como não deixar que sua insegurança e inexperiência fizessem daquele momento importante um desastre total? Como vencer o próprio tabu da virgindade? Como aceitar o fato de que estava burlando todas as leis familiares e morais que lhe haviam sido ensinadas?A palavra pecado soava como a acusação de um velho pastor que pregava com voz de trovão na pequena cidade onde ela nascera. Deus! Estava brincando com o próprio fogo do inferno e poderia se queimar irreparavelmente.Mas o que ela faria com sua sexualidade, com sua condição de mulher, com sua capacidade de amar e lutar pela própria felicidade?Fanny tinha muitos desafios pela frente. Tinha que enfrentá-los.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de jun. de 2022
ISBN9781526055743
Fanny

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    Fanny - L P Baçan

    Capítulo 1

         Fanny estivera ouvindo os conselhos de Margot, sua amiga de escritório, durante toda a descida do elevador. Margot tinha razão em tudo. Era uma garota experiente e extrovertida, totalmente o oposto de Fanny.

         — Seja sexy, Fanny, se o deseja conquistar — disse Margot.

         — A questão é como ser sexy, Margot.

         — Isso é intuição, instinto, magia, acontece de repente. Vamos até o Tom’s?

         — Sim, preciso mesmo esclarecer alguns pontos ainda, Margot — concordou Fanny, acompanhando a amiga.

         Enquanto caminhavam pelas calçadas, Fanny observava Margot. Era esbelta, curvilínea, alta e proporcional em suas formas.

         Com certa inveja indisfarçável, Fanny ia notando os olhares masculinos que se voltavam para acompanhar a passagem das duas.

         Saber que nenhum daqueles olhares era para ela lhe causava uma dorzinha incômoda por dentro, reforçando ainda mais sua insegurança.

         Reconhecia-se insegura, tímida, tão sem feminilidade. Sempre fora daquele modo e nunca se importara, pelo menos até que Edward Perkins foi morar no apartamento ao lado do seu.

         Fanny não podia se recordar daquele dia sem sentir um arrepio intenso percorrer seu ventre e se espalhar pela sua espinha em impulsos elétricos excitantes.

         Primeiro aqueles carregadores com roupas comuns e seus indefectíveis bonés com logotipos. Fanny ficou curiosa em saber quem estava se mudando para o apartamento ao lado.

         A ideia de que pudesse ser outra garota a interessava. Sentia-se um pouco sozinha e seria bom ter uma companhia com quem conversar. As outras garotas do andar eram secas e intragáveis.

         De certa forma, aquilo não desagradava Fanny, pois tinha sossego e pouca gente bisbilhotando em sua vida. No começo foi bom, mas à medida que o tempo passou voltar para casa era desanimador.

         Tivera muita sorte em conseguir um apartamento ali. Não poderia pensar em se mudar. Ficava próximo de seu trabalho e era pequeno, fácil de cuidar. O aluguel era razoável e ela podia pagá-lo sem maiores sacrifícios.

         Mas isso apenas não era o bastante. Apesar de ter sido sempre uma pessoa introvertida, agora ela se ressentia da falta de uma grande amizade, de alguém que fosse mais ou menos como ela.

    Não era uma pessoa desinteressante, mas ao lado de Margot Fanny desaparecia por completo. Era uma garota tipo mignon, cabelos curtos, um rosto travesso e assustado ao mesmo tempo, olhos grandes e algumas sardas ao redor do nariz.

         Percebeu que estava divagando a respeito de tudo e tentou voltar ao ponto inicial, quando vira Edward pela primeira vez.

    Naquele dia, enquanto os carregadores se movimentavam, Fanny já ia à porta ver se o vizinho ou vizinha havia chegado.

         Cansada de esperar e com a curiosidade aguçada por todos aqueles aparatos esportivos que os carregadores estavam trazendo, resolver indagar:

         — Escute, quem vai morar aí?

         — Já vai conhecê-lo, vem vindo aí atrás — respondeu o carregador, vergando ao peso de alguns halteres.

         Então aquele arrepio apavorante e delicioso ao mesmo tempo aconteceu pela primeira vez. Os olhos normalmente grandes de Fanny quase saltaram das órbitas.

         Subindo a escada, numa camiseta colante que realçava os músculos delineados de seu tórax e braços, vinha Edward Perkins.

         Seus magníficos olhos azuis se fixaram em Fanny e ele sorriu. A garota se sentiu sobre nuvens, deslumbrada com a maravilha que era aquele espécime masculino.

         Ele caminhou e parou diante dela, estendendo a mão. Fanny quase sumiu atrás da porta, ainda tomada de forte emoção.

         — Olá! Sou Edward Perkins! Acho que vamos ser vizinhos — disse ele.

    Fanny abriu a porta lentamente e sua mão se estendeu deslumbrada ao encontro da mão dele. Um aperto firme e protetor a fez se sentir pequena diante daquele homem maravilhoso.

         — Fanny Middleton! —exclamou ela, os olhos extasiados pela simpatia daquele rosto.

         — Espero não estar aborrecendo você, mas não pude fazer a mudança durante o dia. Trabalho, sabe como é...

         — Sim, claro...

         — Preciso dar uma olhada no que eles estão fazendo aí dentro. Se a gente não estiver encima, eles vão amontoando as coisas e nunca mais a gente se encontra dentro disso.

         — Eu compreendo...

         — A gente se vê depois — falou ele, sorrindo com seus lábios maravilhosos, carnudos e convidativos.

         Ela ficou ali, olhando-o entrar no apartamento. Podia jurar que Edward era um halterofilista, mas não do tipo exagerado.

         Seus músculos eram proporcionais. Ele era um tipo atlético, belo e atraente. Ela conseguiu fechar a porta e ficar apoiada nela sem poder pensar em nada.

         Seus olhos apenas viam a figura de Edward Perkins a sua frente, exibindo aquele sorriso cativante e sincero.

         — Fanny, o que você vai beber? — insistiu Margot, despertando a amiga de um delicioso sonho.

         — Como? Ah, sim, um uísque. Não uísque não, eu não bebo uísque — sorriu ela, sem graça. — Um suco de frutas com vodca.

         Margot fez os pedidos depois olhou a amiga, sorridente.

         — Ele a fisgou de verdade, não?

         — Quem?

         — O tal professor de educação física.

         — O Edward?

         — Quem poderia ser, Fanny?

         — Ele é tão divino! — suspirou Fanny, com uma expressão sonhadora

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