Como um conto de fadas
De Emma Darcy
4/5
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Sobre este e-book
Para Erin Lavelle, o aparecimento de Peter Ramsey na sua vida foi como um conto de fadas e o bonito milionário australiano era o seu príncipe… Todavia, ao fim de dois incríveis dias, os seus sonhos desvaneceram-se como fumo quando ele a deixou.
Peter acreditara que Erin era diferente… simples e sincera. Todavia, então, descobriu que escondia um segredo que a equiparava a todas as caçadoras de fortunas que conhecera. No entanto, quando soube que Erin estava grávida, decidiu proteger o seu futuro filho da única forma que conhecia… através do casamento.
Emma Darcy
Initially a French/English teacher, Emma Darcy changed careers to computer programming before the happy demands of marriage and motherhood. Very much a people person, and always interested in relationships, she finds the world of romance fiction a thrilling one and the challenge of creating her own cast of characters very addictive.
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Como um conto de fadas - Emma Darcy
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Emma Darcy
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Como um conto de fadas, n.º 1107 - agosto 2017
Título original: The Billionaire’s Captive Bride
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-257-3
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
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Capítulo 1
Peter Ramsey observou como uma mulher com um sinal de «Stop» na mão parava a meio da passadeira e lhe indicava que parasse. Um grupo de crianças da creche, todas com marmitas e aos cuidados de dois adultos, aguardava em fila indiana na calçada para poder atravessar com segurança para o parque situado do outro lado da rua.
«Lindo dia para fazer um piquenique», pensou Peter, sorrindo para as crianças.
– Lindo carro!
O comentário da mulher fez com que fixasse novamente a sua atenção nela. Tinha um sorriso contagiante e um olhar brilhante. Pareceu-lhe que desfrutava do seu momento de poder ao pensar: «Um grande homem no seu desportivo BMW Z4 que é obrigado a parar por causa de um punhado de crianças». Peter retribuiu a careta, dizendo para si: «Não me importo nada, boneca».
A mulher afastou-se para um lado para que o grupo atravessasse a rua e, naquele momento, Peter sentiu uma pontada de interesse por ela. Gostava dela. As suas calças de ganga ajustavam-se ao seu rabo e às suas pernas compridas. Era suficientemente alta e a t-shirt justa que vestia deixava adivinhar uma cintura magra e uns seios sugestivos, abundantes, mas proporcionais em relação ao resto do seu corpo. Era um verdadeiro bombom.
Até gostava do facto de ela usar o cabelo preso num rabo-de-cavalo. Tinha o cabelo escuro, quase preto, e balançava com cada movimento da sua cabeça enquanto se certificava de que as crianças atravessavam a rua sem perigo. O seu nariz também era bonito, ligeiramente arrebitado, e as orelhas eram pequenas. Tinha uma pele clara e saudável e não usava maquilhagem, à excepção do batom cor-de-rosa que condizia com a cor da sua t-shirt. A sua beleza era natural, sem artifícios, e a sua idade era difícil de adivinhar, talvez tivesse cerca de vinte anos.
A última criança do grupo agarrou na mão dela como se se tratasse de um prémio, decidida a levá-la com ela. «Eu faria o mesmo, miúdo», pensou Peter, observando como olhava para ela com admiração. Imaginou que era uma das professoras da escola encarregada de controlar o trânsito.
Ela virou-se para olhar novamente para Peter, esboçando um sorriso arrebatador enquanto lhe agradecia pela sua paciência e abanava o sinal. Fez-lhe um gesto com a mão, sorrindo, enquanto sentia uma onda de prazer por todo o seu corpo. Observou como acompanhava o menino até ao outro lado da rua e sentiu que desejava segui-la e conhecê-la melhor.
Naquele momento, o carro de trás buzinou.
Contrariado, avançou com o carro, pensando que o impulso que acabara de sentir era ridículo. O que podia ter em comum com uma professora? Pensou que a princesa Diana trabalhara como professora antes de se casar com o príncipe Carlos. Talvez o seu casamento não tivesse funcionado, mas ela transformara-se na Dama de Copas porque se aproximara do povo, conseguira conquistar o seu carinho.
Que mulher é que o afectara nos últimos anos? Peter Ramsey, um solteiro afamado de Sidney, herdeiro de uma grande fortuna, sabia perfeitamente porque é que tinha tantas belas admiradoras. Isso era bom em relação ao sexo, mas nunca sentira alguma coisa suficientemente profunda para se comprometer para além da atracção inicial. Talvez fosse culpa dele, talvez se tivesse tornado demasiado cínico por pensar que o casamento não fora feito para ele.
Até a rapariga do rabo-de-cavalo… Teria sido simpática devido ao carro que ele conduzia? Sorriu abertamente.
Ainda continuava a sentir interesse por ela. «Olha para ela outra vez», pensou para si. «Tens tempo. E vontade».
Depois das artimanhas enganosas da sua última ex-namorada, Alicia Hemmings, seria emocionante e animador estar com uma mulher sem artifícios, especialmente, na cama. Ela não parecia ser das que usavam truques para seduzir, pelo menos, era o que o seu sorriso encantador parecia dizer.
Apesar de pensar que provavelmente seria pura fantasia, Peter virou na rua seguinte e estacionou. Carregou num botão e abriu a capota do carro. Como preferia que a mulher não o identificasse como o condutor do BMW, tirou o boné, os óculos de sol, o casaco e a gravata, desabotoou os botões de cima da camisa e arregaçou as mangas. Depois, encaminhou-se para o parque.
Possivelmente, alguém poderia reconhecê-lo devido à sua presença constante nos meios de comunicação social, mas quem o identificaria num lugar como aquele? Por outro lado, importava-se pouco. A mulher estaria rodeada de crianças, uma situação pouco propícia para a conhecer. Porém, ainda que o impulso que sentia fosse ridículo, a sua curiosidade era irresistível. Ela era diferente do tipo de mulheres que habitualmente o rodeava.
Comprou uma sandes e um refrigerante numa loja que encontrou pelo caminho, pensando que aquilo lhe proporcionava a desculpa perfeita para se encontrar com ela no parque. Na verdade, estava a desfrutar da novidade de fingir ser uma pessoa qualquer e não alguém famoso. A verdade era que aquele estímulo que sentia era divertido.
As crianças estavam sentadas na relva, protegendo-se do sol do meio-dia sob os ramos de uma árvore. Todas olhavam contentes para a rapariga do rabo-de-cavalo, que parecia estar a contar-lhes uma história. Peter acomodou-se num banco próximo, de onde podia observá-la e ouvi-la sem ser visto.
O seu rosto parecia animado e agradável, tal como o seu tom de voz. Recitava os versos de um conto de fadas num tom melodioso. Tratava-se de uma história sobre uma princesa com um sorriso mágico de arco-íris e um coração de ouro que chegara da terra da «Felicidade» para trazer alegria a todas as crianças.
O típico vilão matreiro de todas as histórias, um jovem astucioso que se vestia sempre de preto e que, na verdade, era um rato, conseguiu destruir a felicidade e difundiu mentiras sobre a princesa, fazendo-a desaparecer da vida das crianças. Mas uma delas não acreditou nas mentiras do rato e gritou com um poderoso rugido de leão, fazendo com que a princesa voltasse à terra da «Felicidade» e desmascarando ao rato como o impostor malvado que era.
Era uma daquelas histórias em que o bem triunfava sobre o mal, mas Peter sentiu-se totalmente cativado pelos versos rimados e pela entoação perfeita com que a jovem os recitava. As crianças ouviam avidamente cada uma das palavras e repetiam-nas ao mesmo tempo que a narradora, como se soubessem a história de cor, especialmente a cena do rugido do leão. Era uma história muito atraente para as crianças e, sem dúvida, pertencia a um livro infantil popular. Peter decidiu procurá-lo e oferecê-lo ao seu sobrinho.
Quando a história acabou, as crianças aplaudiram e levantaram-se de um salto para formarem uma fila. Produziu-se um pequeno conflito porque todos queriam dar a mão à professora. Outra das mulheres do grupo aconselhou secamente:
– Devias ser a princesa e ficar meio, Erin.
«Erin». Bonito nome.
E, além disso, tinha muito jeito para as crianças, que claramente a adoravam.
Começava a sentir-se muito atraído por aquela mulher e não só num plano físico, apesar de a sua beleza parecer ainda maior. Imaginava-a a contar histórias na cama… histórias eróticas… como fazia Sherezade, que mantinha o sultão extasiado com as suas histórias e fazia com que cada noite fosse inesquecível.
Gostaria muito disso.
E como poderia conhecer a princesa Erin?
Talvez fosse casada ou comprometida com um homem por quem estaria apaixonada. Isso não importava e esqueceu essa possibilidade para se concentrar na táctica que usaria para conseguir o que desejava.
Não seria tão fácil como fora para o seu amigo e agora cunhado, Damian Wynter, que só precisara de olhar para a irmã de Peter uma vez para decidir cortejá-la e pedi-la em casamento, adiantando-se ao caçador de fortunas que quase se casara com ela.
Lembrava-se de ter perguntado a Damian como soubera que Charlotte era a mulher da sua vida. Peter ainda tinha a resposta gravada na sua mente: «Sentes uma coisa que te diz que