Bobagens
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Bobagens - Roberto Navarro
Prefácio
Alguém já disse, há muito tempo, que é mais fácil escrever um livro que elaborar um prefácio. Nada mais exato. Concordo com os que afirmam que prefácios são duplamente indigestos: para quem os compõe e para quem os lê. Afinal, sob a perspectiva do leitor, um prólogo constitui um empecilho a ser removido, a barricada que interdita o acesso ao que realmente importa, que é a obra em si. Daí o seu sabor ligeiramente amargo, de imposição e arbitrariedade: o prato de verduras e legumes que é preciso engolir, sem muito entusiasmo, para finalmente alcançar as delícias da sobremesa.
Prefaciar um livro alheio já representa, não raro, um tortuoso desafio, que, aliás, muitas vezes na história da literatura tem sido vencido através da enumeração exacerbada de comentários elogiosos, em geral de merecimento duvidoso, que não poucas vezes chegam a suscitar no autor um leve rubor, um extasiado embaraço. No entanto, a incumbência de se autoprefaciar redobra o grau de desconforto. Tanto é que, desde que me sentei ao computador diante da página em branco, a fim de esboçar este pequeno texto introdutório, já me levantei e saí incontáveis vezes, ora para me servir de mais uma xícara de café, ora para abrir e em seguida fechar a janela da biblioteca ou folhear indolentemente um velho livro, como se todas essas manobras, obviamente evasivas, pudessem diminuir a angústia e me guiar na difícil tarefa de produzir estas poucas linhas que servem de prelúdio a Bobagens
. Por falar nisso, peço licença: tenho a impressão de que acabo de ouvir alguém batendo palmas no portão...
De mais a mais, não há muito o que dizer a respeito de um livro de poemas que, banal ou relevante, tanto faz, já se encontra em sua fase final de editoração. Em se tratando de um mau livro, desses que nascem destinados ao esquecimento imediato, será tarde demais para eliminar eventuais defeitos, de origem congênita, e, por outro lado, sendo um livro cujos méritos justifiquem a publicação, um prefácio nada terá a acrescentar à obra.
Alguém poderia, em tom de contestação, lembrar o fato de que não são poucos os autores que se utilizam do prólogo como pretexto para expor, aos olhos do indefeso leitor, as entranhas do seu processo de criação, o que se poderia traduzir num forte argumento a favor da utilidade dos prefácios. Costumo acreditar, no entanto, que o ‘modus operandi’ de cada artista configura um insondável mistério inclusive e principalmente para ele próprio. Desse modo, a tentativa de descrever racionalmente o fenômeno da concepção poética desemboca, via de regra, em labirintos e becos conceituais, numa confusa e ziguezagueante viagem a