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Madrugada
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Madrugada
E-book45 páginas9 minutos

Madrugada

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Sobre este e-book

Este livro se chama Madrugada por dois motivos. O primeiro é que contém os elementos presentes no imaginário popular, em relação a essa parte do dia: os amores, a boemia, a ironia e uma certa audácia. Os poemas aqui presentes, só para dar um exemplo, elevam livreiros e garçons de botecos à categoria de deuses.
O segundo motivo pela escolha do título é que se trata de uma estreia. A madrugada pode ser entendida como o princípio do dia, uma "pré-aurora". Metaforicamente, portanto, representa a estreia literária do autor.
Além dos temas já citados, como o amor e a boemia, outra característica presente no livro é a metalinguagem. É como um tributo que o autor paga à tradição literária, que vai da Grécia Antiga à Clarice Lispector, do Brasil de Drummond à França de Baudelaire e Rimbaud.
Uma interessante sacada do autor foi a combinação de formas fixas, como o soneto e as redondilhas — embora com temáticas absolutamente contemporâneas —, com o verso livre de alguns poemas.
O resultado disso são poemas, por vezes, engraçados, emocionantes e que apresentam sempre um profundo respeito pelas musas, que, desde Homero, inspiram os poetas.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento20 de out. de 2023
ISBN9786525459394
Madrugada

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    Pré-visualização do livro

    Madrugada - Felipe Braga

    Agradecimentos

    À minha mãe, saudosamente, com quem aprendi a ser

    À minha família, a todos os meus professores, aos alunos e aos que bebem cerveja comigo.

    E agora, Drummond?

    E agora, Drummond?

    Nenhum anjo torto,

    desses que vivem na luz,

    veio dizer: volta, Carlos, a ser gauche na vida!

    Tua voz não declama

    e tua estátua não conversa,

    teu bronze não te protege,

    roubaram teus óculos

    e não podes enxergar,

    e agora, Drummond?

    Se pudesses sorrir

    nas fotografias dos gringos,

    se pudesses levantar

    para um dedo de prosa e uma dose de pinga,

    se pudesses chutar

    a pedra do caminho...

    mas não podes,

    és defunto, Drummond!

    A vida acabou,

    o povo agonizou,

    o povo resistiu,

    o povo sorriu,

    o povo não leu,

    e agora, Drummond?

    Se gritasses,

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