Atitudes e intenções de compra em relação a lojas on-line por consumidores de baixa renda que têm acesso à internet
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Atitudes e intenções de compra em relação a lojas on-line por consumidores de baixa renda que têm acesso à internet - Luis Gustavo Jucá Bender
À minha esposa Leticia e meus filhos Laura e Eduardo, com todo o carinho e gratidão.
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora, Prof. Dra. Cecília Lima Queirós Mattoso, pela sabedoria, orientação, dicas, paciência e dedicação.
É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.
(Immanuel Kant)
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
CAPÍTULO I
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação Inicial
1.2 Questão Problema
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo principal
1.3.2 Objetivos intermediários
1.4 Relevância
1.4.1 Relevância para as organizações
1.4.2 Relevância Acadêmica
1.5 Delimitação
1.5.1 Delimitação Geográfica
1.5.2 Delimitação Temporal
1.5.3 Delimitação Teórica
CAPÍTULO II
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Atitudes
2.1.1 Conceitos e definições de atitudes
2.1.2 Modelo ABC das Atitudes
2.1.2.1 Modelo ABC das Atitudes: Afeto (Affect)
2.1.2.2 Modelo ABC das Atitudes: Comportamento ou Conação (Behavior)
2.1.2.3 Modelo ABC das Atitudes: Cognição (Cognition)
2.1.3 Mudanças de atitudes
2.1.4 As influências do Modelo ABC na jornada de compra
2.1.4.1 Quarta revolução industrial (Indústria 4.0)
2.1.4.2 Ambiente Ominichannel
2.2 Comércio eletrônico (e-commerce)
2.2.1 Características gerais da compra on-line
CAPÍTULO III
3 MÉTODO
3.1 Filosofia de pesquisa
3.2 Abordagem de pesquisa
3.3 Desenho de pesquisa
3.4 Escolha metodológica
3.5 Coleta de dados
3.5.1 Dados primários por meio de entrevistas semiestruturadas
3.5.2 Seleção dos participantes
3.5.3 Escolha das questões
3.5.4 Teste piloto do roteiro de perguntas
3.5.5 Condução das entrevistas semiestruturadas
3.6 Análise de dados
3.6.1 NVivo
3.6.2 Categorias da pesquisa qualitativa
3.7 Qualidade da pesquisa
3.7.1 Credibilidade
3.7.2 Transferibilidade
3.7.3 Confiabilidade
3.7.4 Confirmação
3.8 Ética da pesquisa
CAPÍTULO IV
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS ACHADOS
4.1 Escolha dos sujeitos
4.1.1 Consumidor de baixa renda
4.1.1.1 Culpa do erro
4.1.1.2 Medo e insegurança
4.1.1.3 Necessidade de aprovação e influência dos pares
4.1.1.4 Arrependimento
4.1.2 Sentimentos positivos e negativos (Affect)
4.1.2.1 Positivos:
4.1.2.2 Negativos:
4.1.2.3 Intenção de compra (Behavior)
4.1.2.3.1 Internet como não opção de compra
4.1.2.3.2 Internet como opção de consulta
4.1.2.4 Crenças (Cognition)
4.1.3 Impulsionadores
CAPÍTULO V
5 MODELO ABC DAS ATITUDES APLICADO
CAPÍTULO VI
6 CONCLUSÃO
6.1 Discussão
6.1.1 Contribuição teórica
6.1.2 Contribuição gerencial
6.1.3 Contribuição para o mercado eletrônico
6.2 Limitações
6.3 Sugestões para pesquisas futuras
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A - ROTEIRO DE ENTREVISTA
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
CAPÍTULO I
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação Inicial
Durante o ano de 2020, no decorrer de uma pandemia de Coronavírus (Covid-19) que assolou o mundo e obrigou as pessoas a ficarem em quarentena em suas residências, o comércio eletrônico alavancou de forma global (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo [SBVC], 2020). Diante dessa premissa, entender como e porque os consumidores de baixa renda estão ou não inseridos nesse panorama é fundamental. Há que se conhecer as dificuldades de inserção no consumo on-line das pessoas desta classe social e do difícil acesso das empresas a este mercado consumidor.
O comportamento do consumidor foi alterado durante a quarentena na medida em que, sem a opção das lojas físicas, os brasileiros migraram para o ambiente digital, passando a suprir suas demandas de compras de forma on-line e a usar mais métodos de pagamento digital. Após a crise, muitos hábitos serão mantidos, o que acabará por mudar o comportamento do consumidor de forma definitiva (SBVC, 2020).
Nesse contexto, de acordo com a pesquisa Novos Hábitos Digitais na Era Covid-19, realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) (SBVC, 2020), a crise do Coronavírus (Covid-19) fez da transformação digital do varejo uma prioridade no cenário empresarial.
O estudo mostra que 61% dos clientes que compraram on-line durante a quarentena preferiram comprar por esse meio devido ao isolamento social, e aumentaram o volume de compras. Em 46% dos casos, a demanda de compras aumentou mais de 50%, sendo a aquisição de alimentos e bebidas para consumo imediato por delivery a modalidade mais impactada, com um aumento de 79% (SBVC, 2020).
Outro levantamento, da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) em parceria com a empresa Konduto (ABCOMM, 2020), que analisou mais de 20 milhões de pedidos de produtos físicos feitos durante a pandemia entre 1º de março e 8 de abril de 2020 em quatro mil lojas virtuais, apontou não só um crescimento nas vendas on-line no país, mas também particularidades no que se refere aos segmentos alavancados nesse período, com aumento da procura por produtos farmacêuticos e itens de proteção individual.
Uma nova etapa da mesma pesquisa, monitorada pelo Latin American Business Stories (LABS) revela que, desde o começo da quarentena, no período compreendido entre o início do mês de março até o final de mês de abril de 2020, o comércio eletrônico brasileiro conquistou quatro milhões de novos clientes.
Em relação ao comércio eletrônico global, análises e resultados tabulados pela Shopify Plus, plataforma empresarial de fomento ao e-commerce, sugeriram que até o ano de 2021, as vendas do comércio eletrônico de varejo mundial chegarão a US$ 4,9 trilhões de dólares. Somente nos Estados Unidos, os consumidores gastaram US$ 601,75 bilhões com compras on-line em 2019, o que representa um aumento de 14,9% com relação a 2018 (Digital Commerce 360, 2020).
No Brasil, a tendência se mostra semelhante, segundo dados do portal Statista Research Department (SRD, 2021). A receita gerada pelas compras on-line no país foi de 126,3 bilhões de reais em 2020, um aumento de aproximadamente 40% em relação ao ano anterior (2019), cujo faturamento registrado foi de 75,1 bilhões de reais. Além disso, mais de 178 milhões de compras on-line foram registradas no Brasil em 2019, o que previa uma receita de 90,7 bilhões de reais para o comércio eletrônico do Brasil em 2020, sendo ultrapassada consideravelmente, mostrando inclusive uma projeção de fechamento para 2021 de 149,03 bilhões de reais.
Nesse cenário de alterações, o comércio eletrônico encontra-se em um momento de crescimento, impulsionado pelo desenvolvimento das tecnologias atreladas à internet. Entretanto, no Brasil, embora o momento seja favorável, existem alguns desafios a serem superados. Em termos de integração dos canais de venda, visando oferecer uma experiência Ominichannel, o maior desafio não é gerenciar os múltiplos pontos de contato, e sim aproveitá-los para promover experiências e fidelizar o consumidor cada vez mais exigente em busca contínua por conveniência de compra (Paes, 2016).
Segundo o portal Agência Brasil (2017), baseado em outro estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nas 27 capitais do país, o ato de comprar pela internet está se tornando um hábito do brasileiro. De acordo com o levantamento, 89% dos internautas realizaram pelo menos uma compra on-line nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa, percentual que se mantém elevado em todas as classes sociais analisadas. Os dados divulgados na pesquisa permitem estabelecer um perfil dos compradores on-line: a maioria são homens (93%); e a faixa etária de 35 a 49 anos representa 95% dos consumidores. Uma informação de potencial relevância, no entanto, remete à condição socioeconômica dos indivíduos que optam pelas compras on-line: em um contexto de plena expansão do comércio eletrônico, 99% das compras são feitas por pessoas pertencentes às classes A e B.
Com números tão destacados, é fundamental entender por que a maioria dos consumidores on-line pertencem às classes A e B, sendo que a massa de consumo se encontra na base da pirâmide, entre as classes C, D e.
Buscando entender esse distanciamento dos consumidores de baixa renda do consumo on-line, surge o interesse em investigar as atitudes e intenções de compra no comércio eletrônico por consumidores de baixa renda com acesso à internet, buscando compreender, especificamente, a lacuna dos indivíduos que ainda não fazem uso da internet para satisfazer suas demandas de compra.