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Navegando pelos Sonhos
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E-book287 páginas3 horas

Navegando pelos Sonhos

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Sobre este e-book

Algumas pessoas que não se conheciam antes são escolhidas para enfrentar a difícil missão de trazer de volta uma província que foi extinta de seu mundo.Karen, em plenos 13 anos de idade, se torna uma peça fundamental para que este objetivo seja alcançado.Os escolhidos precisarão navegar dentro de seus próprios sonhos e dos sonhos alheios para que a província e seus habitantes não desapareçam para sempre.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de jul. de 2022
ISBN9781526062543
Navegando pelos Sonhos
Autor

Jessica O. M. Prioli

Brasileira, nascida em 1990, casada e grande consumidora de livros.Mesmo trabalhando como uma profissional da área da Tecnologia da Informação, Jessica se aventura escrevendo histórias, composições musicais e tutoriais nas áreas de música e tecnologia.

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    Navegando pelos Sonhos - Jessica O. M. Prioli

    cover.jpg

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente a Deus, não porque normalmente seja um cliché dizer isto em todos os agradecimentos, mas porque creio que Ele é o centro de tudo, criador de tudo, que mantém tudo e que sustenta todo o Universo. Sem Ele eu não seria nada do que sou, não estaria onde estou e não teria nenhum sentido pensar em um futuro onde Ele não esteja.

    Agradeço aos meus pais por toda dedicação. Por sempre me incentivarem em toda criação minha e por sempre acreditarem que eu posso ser sempre melhor do que já sou. Obrigada mãe por ter me ensinado a ler e a escrever quando eu ainda tinha três anos de idade, me incentivando a exercer minha curiosidade em aprender e ler tudo o que eu via pela frente.

    Agradeço ao meu marido, que sempre me apoia em tudo o que eu faço. Somos uma equipe e tanto. Talvez a melhor que eu já tenha visto até hoje.

    Agradeço à minha irmã que lia cada capítulo que estava sendo escrito antes mesmo da história ter um fim. Se este livro for um sucesso, ela é tão responsável quanto eu, porque ela estava sempre me dando um feedback de como a história estava ficando, se ela estava gostando, pontos positivos e negativos que foram ouvidos e colocados em prática a fim de que a história pudesse agradar não só ela, mas vários outros leitores.

    Agradeço a você, que está lendo este livro. Espero que goste e que esta seja apenas uma das muitas histórias minhas que você tenha vontade de ler.

    A Autora

    1. Acho que começa aqui

    Você já acordou de repente no meio da noite pensando que tinha uma barata embaixo da sua cama?

    Ou teve espasmos enquanto estava dormindo porque sonhou que simplesmente subiu no último andar de um prédio e o chão começou a ceder?

    O que faz com que nossa mente pense coisas no inconsciente ou no subconsciente que nós normalmente não pensamos no consciente?

    Quando estamos despertos operamos com a lógica e, quando estamos sonhando vivemos coisas que jamais viveríamos se estivéssemos acordados. Temos poderes, falamos coisas que não temos coragem de falar quando estamos na frente das pessoas e agimos com uma bravura que jamais teríamos no mundo real. Ou será que o mundo real é o mundo pra onde vamos quando sonhamos e o que vivemos no dia a dia, esta rotina que se repete todos os dias é apenas fruto do nosso cansaço que acaba fazendo a mente bater sempre na mesma tecla? Quantos de nós não daríamos tudo pra sentirmos a adrenalina que sentimos nos sonhos quando estamos acordados? Se morremos em um sonho, no próximo sonho estamos lá de novo, se nos machucamos em um sonho, no próximo estamos totalmente recuperados. Parece um verdadeiro sonho estar sempre sonhando, sem ter pressa de acordar. Mas como seria se pudéssemos viver sonhando?

    2. Prazer, Karen

    Ela tinha apenas 13 anos e adorava escrever histórias e poesias. Era aquela idade difícil onde você não sabe se é criança ou se já entrou na adolescência. Se você pensa em sair com os amigos, você ainda é muito nova, pra namorar nem se fale, mas na hora de cobrança de deveres você sempre escuta que já é grandinha demais e que precisa ter responsabilidades.

    No caso de Karen o problema ainda era maior, porque em pleno século XXI é muito raro ver crianças e adolescentes que gostam de usar a imaginação e criar um mundo próprio, não existem mais os faz-de-contas que existiam na época dos pais deles. Antigamente toda ideia maluca era o estopim para que uma nova brincadeira começasse a existir, as crianças e adolescentes criativas e cheias de imaginação eram as mais populares e todos queriam andar com elas. Hoje são chamados de idiotas, retardados, esquisitos e vivem isolados do restante da turma. Assim vivia Karen.

    Bom, acho que podemos ir um pouco mais a fundo na vida de Karen, falando um pouco sobre o seu dia-a-dia.

    Era uma tarde de domingo e Karen estava escrevendo uma nova poesia:

    I

    Voam as borboletas no imenso céu

    As patinhas pretas, as asas de papel

    Chegam nas mais altas nuvens de algodão

    E quando chega à tarde voltam para o chão

    II

    Quando as borboletas estavam voando

    Veio uma lagarta e ficou olhando

    Quero ir com elas, queria voar

    Mas não tenho asas para ir pra lá

    III

    Ao virem a lagarta, elas foram embora

    Entraram num abrigo e a deixaram pra fora

    A pobre da lagarta sonhadora se escondeu

    Chorando pela cena vergonhosa que viveu

    IV

    Depois de alguns dias dormindo escondida

    A pobre lagarta acordou para a vida

    Aquela que era tão imperfeita

    Agora virou uma borboleta

    V

    Queria como ela que minhas asas crescessem

    E que as borboletas me reconhecessem

    Queria que todos gostassem de mim

    Pra que eu voasse num sonho sem fim

    - Ah... - suspirou Karen. Por que ninguém gosta de mim?

    Quando estava guardando seu caderno de poesia, sua mãe entra no quarto:

    - Ainda está com o uniforme da escola, Karen? Será que você não aprende que na hora que chega você deve tomar um banho, trocar de roupa, fazer os deveres de casa pra depois brincar?

    - Eu já vou mãe, eu só...

    - Nada de desculpas, já pro banho!

    Karen chorava por dentro e às vezes também chorava por fora, passava o dia todo sozinha com suas ideias, com seus deveres e com o seu quarto. Seu melhor amigo era seu irmão mais velho Kevin, mas já se passaram um ano e três meses desde que ele se mudou para outro estado pra cursar a faculdade. A hora preferida de Karen era a hora de dormir, porque nos seus sonhos ela era invencível.

    O sonho desta noite começa com Karen andando numa relva verde. Ao lado viu um lindo jardim, repleto de borboletas:

    - São as borboletas do meu poema! - deduziu ela. - Preciso dizer pra lagarta que um dia ela vai ser borboleta. Não quero que ela chore.

    Ao pisar no jardim o chão começou a tremer e ela não sabia pra que lado correr. As flores sumiram e o chão verde se transformou em pedras. Karen correu pra se desviar dos buracos que abriam embaixo dos seus pés e fugiu até encontrar uma caverna. Entrando nela, Karen pode ver uma luz muito distante. Por mais que ela corria, parecia que a luz estava se afastando. Foi aí que ouviu uma voz:

    - Estou aqui. Não corra.

    - Kevin? É você?

    - Venha para cima!

    - Como eu faço pra subir? É muito alto.

    - Você é uma borboleta, Karen. Você tem que voar!

    Asas enormes apareceram em suas costas e ela começou a voar e voou cada vez mais alto, até chegar numa nuvem. Vindo nas nuvens viu uma pessoa se aproximar. Ela conseguia ver o corpo vindo em sua direção, mas não enxergava o rosto, o vento e a luz eram fortes demais. Foi então que uma mão tocou os seus ombros e o vento parou. Ela olhou e viu um rapaz loiro de olhos bem escuros, alto, que ela não conhecia. Ele olhou no fundo dos olhos dela e disse uma frase que ela não conseguiu decifrar:

    - Comece sempre pelas chaves. Se ignorar as chaves nunca encontrará a resposta. Você encontrará o desconhecido.

    Quando ela fechou os olhos para refletir no que tinha escutado, o rapaz sumira de sua frente e só então ela viu seu irmão.

    - Kevin. Eu não estou entendendo.

    - Calma. Um dia você vai entender e, quando entender, poderá vir onde eu estou.

    - Mas eu estou onde você está.

    - Eu não estou aqui.

    - Mas eu estou te vendo.

    - Não feche os olhos, Karen. Corra quando precisar, porque as asas acabam quando subimos demais. Não espere cair. Volte.

    - Mas e você? Não estou entendendo! Pra onde tenho que voltar?

    - Você tem que encontrar a resposta!

    Kevin desapareceu de sua frente. Karen ficou tentando entender o que Kevin tinha dito, mas não conseguia. Só sabia que precisava voltar, então começou a descer para tentar encontrar a caverna, mas não conseguia enxergar de que lado ela estava. Foi então que desceu de olhos fechados e começou a sentir falta de ar. Ao abrir os olhos estava no meio do oceano e não conseguia enxergar nenhuma ilha por perto.

    - Ai, o que eu fui fazer? O Kevin me disse que não era pra eu fechar os olhos. Mas ele me mandou correr. Como se corre dentro d’água? É impossível!

    Tentou bater as asas, mas elas haviam desaparecido. Tentou nadar à braçadas, mas começava a se sentir cansada.

    - E agora? Como vou sair daqui?

    De repente, impulsionada por uma força que ela mesma não conhecia ela começou a mexer as pernas dentro da água e foi correndo em direção a lugar nenhum. Suas pernas pareciam motores de navio e ela percorria longos caminhos sem se cansar. De longe ela viu uma porta e imaginou ser a saída. Ao tocar na maçaneta percebeu que estava trancado.

    - As chaves! Eu preciso das chaves pra encontrar a resposta certa!!!

    Então acordou. Estava cheia de perguntas na cabeça, mas estava sã e salva em seu quarto de sempre, sem asas, sem cavernas, sem nuvens e sem oceanos. Acendeu sua luminária e começou a escrever tudo o que lembrava de seu sonho.

    No dia seguinte, a ida para a escola foi diferente do que era de costume. Normalmente ela pegava o ônibus sozinha, entrava sozinha nos portões da escola e caminhava sozinha pelo longo corredor até sua classe, onde também ficava sozinha. Neste dia ao descer do ônibus foi surpreendida por um menino. Ele era magro, tinha olhos verdes e os cabelos levemente curtos e cacheados. Tinha um tapa-olhos no olho direito e um lenço vermelho na cabeça.

    - Enguarda menina! Você só pode seguir daqui quando me disser como eu faço pra chegar na província de Yaróx!

    - Chegar onde?

    - Não se faça de desentendida, mocinha. Você veio pra me dar a resposta. Estou esperando. Vamos lá, não tenho o dia todo!

    - De que resposta você está falando? Eu nem sei quem você é!

    - Eu sou o capitão da barba invisível, guardião dos sete mares de Fósporus. Sou um pirata de verdade, ao seu dispor.

    - Um pirata? Sei. Com o uniforme da escola?

    - É a minha identidade aqui, infelizmente.

    - Qual o nome da sua identidade daqui? Posso saber, capitão?

    - Me chamam de Júlio, mas eu acho meio simples.

    - Ok... então, Júlio, eu vou pra minha aula e mais tarde eu descubro como chegar na sua província, ok?

    - Mas... ok!

    Karen, mais uma vez sem entender nada do que tinha acontecido, começou a andar pelo longo corredor da escola, mesmo com a sensação de estar sendo seguida. Quando se aproximava da classe, levou um susto enorme. Na frente da porta de sua classe estava o rapaz loiro e alto do seu sonho.

    Comece sempre pelas chaves. Se ignorar as chaves nunca encontrará a resposta. Você encontrará o desconhecido.

    - Não ignorar as chaves, encontrar o desconhecido, o que este cara está fazendo na minha escola? Devia ser uma coincidência ou uma previsão do futuro?

    Enquanto Karen entrava lentamente em sua sala de aula, tentando absorver o que aconteceu, ela escuta a voz de Júlio gritando novamente:

    - Enguarda!

    Ela virou rapidamente para repreendê-lo e se deu conta de que ele não estava falando com ela, mas com o rapaz loiro.

    - Por favor, é melhor você ir pra sua sala. - disse o rapaz loiro com muita calma. - Depois a gente brinca. Primeiro o dever.

    - Por que está me tratando assim? - resmungou Júlio - você deveria me respeitar.

    E ele saiu em direção à sua sala com a cara amarrada.

    Karen, que achava que Júlio era maluco, agora tinha certeza absoluta e ao se sentar em sua carteira começou a pensar mil e uma formas de conseguir se livrar dele.

    3. O enigmático professor Theo

    Bateu o sinal da escola, o alvoroço entre os alunos foi diminuindo. O rapaz loiro entrou na sala e fechou a porta.

    - Bom dia a todos! Meu nome é Theodoro Fósporus, mas podem me chamar de professor Theo.

    - Fósporus?! - pensou Karen. - Que coincidência!

    - O professor Valter precisou se afastar por motivos de doença e eu estarei ministrando as aulas de matemática pra vocês a partir de hoje!

    Então este seria o novo professor de matemática. Karen ainda não conseguia entender porque tinha sonhado com ele e porque ele parecia ser uma figura tão importante naquele sonho.

    - Antes que eu passe uma matéria nova para vocês, gostaria de saber como vocês estão nas equações. Vou passar alguns exercícios na lousa. Por favor, copiem e me entreguem até o final da primeira aula. Na próxima aula vamos corrigir em conjunto. - Iniciou o professor.

    - Que droga. Equações. Eu sou péssima nisso! - Resmungou Karen consigo mesma.

    Passada a primeira aula, o professor pediu que fossem entregues as atividades para que fossem corrigidas. Ele foi observando uma a uma e verificando as dificuldades de cada aluno. A cada erro, o aluno era chamado a sua mesa e ele explicava onde eles tinham errado. Vários alunos foram chamados, inclusive Karen.

    - Por favor, Karen Basco?!

    Ela se levantou e foi até a mesa do professor, se preparando psicologicamente para a bronca que iria levar. Ao chegar na mesa, ficou surpresa com a calma do professor para explicar seus erros.

    - Karen, eu consigo perceber nas suas contas que você entende o raciocínio de encontrar as incógnitas de uma equação e consegue terminar a conta e chegar até um valor. O problema aqui é que você fez as contas sem considerar as chaves. Lembre-se sempre que a primeira coisa que você deve calcular é o que está dentro das chaves, depois os parênteses, os colchetes, para então fazer a conta como se fossem a mesma coisa e encontrar o valor das incógnitas.

    Karen estava se dirigindo para sua mesa e o sinal para o intervalo tocou.

    Comece sempre pelas chaves. Se ignorar as chaves nunca encontrará a resposta. Você encontrará o desconhecido. Sério que era isto? A misteriosa frase do meu sonho era pra eu conseguir resolver uma questão de matemática? Não sei como pude ficar tanto tempo pensando que isto era alguma saída para resolver meus problemas. - pensou Karen enquanto saia da sala.

    Andando de cabeça baixa, Karen nem percebeu que estava sendo seguida, até que Júlio pula na sua frente com uma ansiedade assustadora.

    - Agora você pode me dizer como que eu faço pra chegar na província de Yaróx?

    - Ai que susto! - gritou Karen - Não sei que província é esta, ok? Não adianta ficar me perguntando! Por que não procura na Internet?

    - Internet? - Júlio levou sua mão sobre o rosto - Estes lugares não existem na Internet. Você, melhor que ninguém, deveria saber disso!

    - Como assim, estes lugares não existem na Internet? - Karen começou a ficar curiosa.

    - Porque só os escolhidos podem ir para estes lugares! - respondeu Júlio, como se fosse óbvio. Você está com vergonha de dizer o que sabe, mas tudo bem, eu te pergunto de novo amanhã.

    Júlio foi embora, deixando Karen com a pulga atrás da orelha. Ela buscou informações sobre Yaróx na Internet e não conseguiu nenhuma resposta.

    - Por que eu estou entrando na loucura deste menino? Ele acha que é um pirata! É um retardado!

    Mal tinha dado tempo de comer e Karen já estava de volta à sala de aula. Professora Margarida estava sentada à mesa, olhando para todos como se fosse a maior carrasca.

    - Bom dia, classe! Espero que tenham feito as redações sobre a melhor viagem que vocês já fizeram. Vou chamar alguns alunos para lerem suas histórias.

    Como adorava escrever, a aula de redação era sua favorita, mesmo tendo Dona Margarida como professora. Aquela mulher estava sempre de mau humor. Seu texto era sobre sua viagem ao estado onde estava morando seu irmão. Professora Margarida começou a chamar seus escolhidos:

    - Lúcia Pacheco!

    Lúcia era provavelmente a menina mais rica da classe. Dizem por aí que ela só estuda em escola pública porque seus pais disseram que o que eles não gastassem com ela numa escola particular seria sua mesada, então não é de se duvidar que ela aceitaria este tipo de troca.

    Sua redação era sobre sua viagem à Disney. Sobre como passou uma semana num hotel que tinha vista privilegiada para o castelo da Cinderela. Todos os alunos da classe ficaram interessados no que ela tinha pra contar, algumas coisas ditas por ela nem estavam escritas no papel, ela foi contando espontaneamente. Foi a viagem dos sonhos. Quando terminou de ler a classe deu um longo aplauso e estavam extasiados com a viagem de Lúcia. Então outro aluno foi chamado:

    - Rodolfo Hitoshi!

    Rodolfo, mesmo não sendo tão rico quanto Lúcia, era descendente de japoneses e começou a dizer todas as coisas legais que tinha vivido com sua família no Japão. Muitos alunos também ficaram interessados em sua história e ele recebeu muitos aplausos.

    - Agora, para finalizar - disse a professora Margarida - a última redação de hoje será a viagem de

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