Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

O Pequeno Deus
O Pequeno Deus
O Pequeno Deus
E-book67 páginas42 minutos

O Pequeno Deus

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Houve uma época em que um jovem planeta vagava pelo céu, descrevendo órbitas ao redor de um maravilhoso Sol azulado, que lançava seu brilho intenso em meio a uma constelação ainda desconhecida para nós, apesar de todos os poderosos telescópios que possuímos atualmente. Pois o tal planeta era lindo - um pouco menor que o nosso - e isso foi há tanto tempo, mas tanto tempo, que nem mesmo o Sistema Solar que habitamos existia ainda. Sim, ainda não existiam a Terra e a Lua, nem Marte, Júpiter, Saturno... nenhum deles. Nosso próprio Sol não passava de uma ideia guardada na mente de Deus, esperando pelas poderosas forças que o criariam. Pois o planetinha lá estava, prontinho, com seus mares, rios, montanhas, florestas e desertos. Tudo certinho, em cada detalhe. A atmosfera que o cercava era azulada como o nossa, abrigando nuvens que iam para lá e para cá, ao sabor dos ventos suaves que refrescavam o solo. Tudo era puro, limpo, bem organizado. A natureza estava em equilíbrio. Pois foi ali, nesse cenário de beleza e paz, que X abriu seus olhinhos pela primeira vez. E quem, ou o que, era X? Pensando bem, acho que nem mesmo ele sabia quem era, pois quando olhou ao seu redor, ainda meio estonteado, não viu ninguém nas proximidades. Não sentiu medo ou solidão, pois ainda não conhecia esses sentimentos, e tudo era perfeito demais, agradável demais, confortável demais. Parecia que o planeta o abraçava, feliz pela sua chegada, como uma mãe carinhosa o faria com seu primeiro filho recém-nascido. E assim viveu, confortavelmente, durante muito e muito tempo. Não tinha necessidades. Como por milagre, tudo lhe era concedido, bastando um simples pensamento ou desejo seu. Desconhecia o que era fome, sede, frio ou calor. Nenhuma doença o atingia, nada o incomodava. Por ele, viveria ali para sempre. E assim, X cresceu, forte e saudável, repleto de energia. Até então, não sentira falta de companhia. Ele mesmo se bastava. Brincava com animais que o procuravam e que pareciam divertir-se imensamente com sua presença. Alguns eram grandes, cobertos por longos pelos, caminhando sobre quatro pernas e com um curioso apêndice no final das costas. X os cavalgava, correndo pelos campos, sem medo de cair, pois a relva macia que se espalhava por toda parte amorteceria qualquer choque com o solo. A maioria, porém, era de pequeno tamanho e de uma variedade infinita de formas e cores. Esses eram os mais divertidos. Pulavam sobre ele, lambiam-lhe o rosto e corriam para lá e para cá, sempre alegres e brincalhões. Alguns, cobertos de penas, pousavam sobre seus ombros e entoavam cantos maravilhosos, que costumavam embalá-lo até o sono. Anos e anos passaram-se nessa deliciosa rotina. Mas a curiosidade, aos poucos, tomava conta dele. Algo em seu interior começara a levantar questões para as quais não tinha resposta: “Quem sou eu?” “O que estou fazendo aqui?” “Que lugar é este?” “Estou sozinho aqui?” “O que é essa angústia que às vezes me deixa inquieto, apesar de tudo o que possuo?” E assim por diante. Eram tantas perguntas que chegavam a deixá-lo tonto. Foi assim que, um dia, resolveu partir. Tinha crescido, seus músculos brilhavam sob a pele e ele se sentia pleno de coragem e energia. Definitivamente, estava pronto para a grande aventura que o esperava. Um dia, ao nascer do sol, X levantou-se, banhou-se no rio tão conhecido seu e resolveu começar a caminhar. Bastou um segundo de reflexão para decidir a direção que tomaria: acompanharia o curso da água ao seu lado, no sentido em que ela corria. Pelo menos, sabia que não sentiria sede. Como nada possuía, não se preocupou em levar o que quer que fosse. Confiava nas forças que sempre o haviam sustentado e protegido. Os primeiros passos foram acompanhados por uma enorme quantidade de animais, que pareciam chorar pela sua despedida. As melodias dos pássaros nunca soaram tão tristes. Em poucas horas, ele ficou só. À sua frente, estendia-se uma vasta planície coberta de relva rasteira e macia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de nov. de 2015
O Pequeno Deus

Autores relacionados

Relacionado a O Pequeno Deus

Ebooks relacionados

Métodos e Materiais de Ensino para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de O Pequeno Deus

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    O Pequeno Deus - Fabiano Da Fé

    Qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopa

    Sdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxc

    vbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnm

    O PEQUENO DEUS

    INTRODUÇÃO

    Este pequeno texto não tem a pretensão de apresentar qualquer teoria sobre o início da civilização na Terra, mesmo porque faltam-me o conhecimento e os recursos necessários para tanto.

    Tudo o que desejo é criar uma narrativa leve, descompromissada, baseada em fatos de domínio público e em obras de autores de renome internacional, cujos livros povoaram e ainda povoam a imaginação e o interesse intelectual de um tipo de leitor muito específico, que busca respostas para perguntas transcendentais sobre as origens da vida no planeta, bem como sobre a possibilidade da existência de civilizações extraterrestres e sua eventual interferência no nosso próprio processo evolutivo.

    Entre esses autores, cito os nomes de Zecharia Sitchin e Erich van Däniken, autores de obras divulgadíssimas, que indicaram caminhos importantes para a expansão da consciência humana.

    Curiosamente, a ideia de escrever o texto a seguir veio de um comentário sobre um livro pouco identificado com o assunto.

    Na verdade, foi uma análise do famoso O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, onde eram debatidos alguns aspectos esotéricos da obra, magistralmente ocultos pelo genial e iluminado autor.

    Dela, inclusive, foi a influência da escolha do título O Pequeno Deus.

    Em vista do exposto, todas as situações e personagens aqui expostas são de lavra própria, e fatos que por acaso pareçam familiares são oriundos de fontes de informação esparsas e de conhecimento geral.

    PRIMEIRA PARTE

    Houve uma época em que um jovem planeta vagava pelo céu, descrevendo órbitas ao redor de um maravilhoso Sol azulado, que lançava seu brilho intenso em meio a uma constelação ainda desconhecida para nós, apesar de todos os poderosos telescópios que possuímos atualmente.

    Pois o tal planeta era lindo - um pouco menor que o nosso - e isso foi há tanto tempo, mas tanto tempo, que nem mesmo o Sistema Solar que habitamos existia ainda.

    Sim, ainda não existiam a Terra e a Lua, nem Marte, Júpiter, Saturno... nenhum deles. Nosso próprio Sol não passava de uma ideia guardada na mente de Deus, esperando pelas poderosas forças que o criariam.

    Pois o planetinha lá estava, prontinho, com seus mares, rios, montanhas, florestas e desertos. Tudo certinho, em cada detalhe.

    A atmosfera que o cercava era azulada como o nossa, abrigando nuvens que iam para lá e para cá, ao sabor dos ventos suaves que refrescavam o solo.

    Tudo era puro, limpo, bem organizado.

    A natureza estava em equilíbrio.

    Pois foi ali, nesse cenário de beleza e paz, que X abriu seus olhinhos pela primeira vez.

    E quem, ou o que, era X?

    Pensando bem, acho que nem mesmo ele sabia quem era, pois quando olhou ao seu redor, ainda meio estonteado, não viu ninguém nas proximidades.

    Não sentiu medo ou solidão, pois ainda não conhecia esses sentimentos, e tudo era perfeito demais, agradável demais, confortável demais. Parecia que o planeta o abraçava, feliz pela sua chegada, como uma mãe carinhosa o faria com seu primeiro filho recém-nascido.

    E assim viveu, confortavelmente, durante muito e muito tempo.

    Não tinha necessidades. Como por milagre, tudo lhe era concedido, bastando um simples pensamento ou desejo seu. Desconhecia o que era fome, sede, frio ou calor. Nenhuma doença o atingia, nada o incomodava.

    Por ele, viveria ali para sempre.

    E assim, X cresceu, forte e saudável, repleto de energia.

    Até então, não sentira falta de companhia. Ele mesmo se bastava.

    Brincava com

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1