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Fraquezas, Um Caminho Para Deus
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Fraquezas, Um Caminho Para Deus
E-book106 páginas1 hora

Fraquezas, Um Caminho Para Deus

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Sobre este e-book

Ao longo de toda história da humanidade nos deparamos com a realidade, no que concerne às fraquezas, contida na experiência de todo homem e de toda mulher de todos os tempos, até os nossos dias. Este livro tenta direcionar o leitor para o encontro com a realidade de cada um em sua individualidade, no intuito de estabelecer o diálogo com o que existe de mais incômodo em seu interior, a partir da tomada direta de consciência sobre a verdade que compõe sua existência. À luz de Deus e experiência dos pais do deserto que se soma a realidade vivida por cada pessoa, encontraremos aqui o caminho que nos ajudará a conviver com o nosso mal particular e dar a abertura devida ao Bem , contraposta a nossa maneira de repugnar os fatos que existem dentro de cada um de nós pelo julgamento. Este mesmo visa estabelecer uma convivência pacífica com o nosso eu mais indesejável, por meio da reconciliação e aceitação de si mesmo; sendo assim, se estabelece a partir de então a humildade capaz de acolher sua verdade pura, em vista da compaixão que começa sobre si próprio e depois para com o outro.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2011
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    Fraquezas, Um Caminho Para Deus - Mauro De Almeida

    Mauro de Almeida

    Fraquezas

    um caminho para Deus

    (experiência baseada nos padres do deserto)

    2011

    Clube de Autores

    São Paulo

    Sem título

    Ao meu irmão Francklin, que, apesar das duras lutas, tentou continuar...

    E para que a excelência das revelações não me levasse à soberba, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de satanás, que me esbofeteia e me livra do perigo da vaidade.

    Paulo de Tarso

    Sumário

    Prefácio

    Cada pessoa nesta vida caminha em busca de sua realização própria, que não é senão, o atender do chamado interior para o seu papel no mundo, já planejado pelo divino ainda que ajudado pelo esforço particular de cada um, encontrando seu ápice na felicidade. Mauro também está nesta busca que teve seu início quando de seu ingresso no mosteiro de Jequitibá, no intuito de aí viver a experiência de silêncio como um meio de proximidade com Deus, nas lutas diárias, no confronto consigo mesmo, num paralelo com as fraquezas dos irmãos e as suas próprias, numa pluralidade de caracteres, a fim de compreendê-las à luz do Espírito que dirige os passos de todo homem.

    O período no mosteiro foi marcado por uma simplicidade de vida nos trabalhos, nos estudos, na oração particular e em coro, mas também nas dificuldades como qualquer outro no processo adaptativo, e no decorrer dos anos pelo seu caráter firme tão perceptível em seus questionamentos.

    Sua busca consistiu na compreensão do homem como um mistério; apoiando-se na experiência dos padres do deserto, encontrou aí o caminho seguro que leva ao verdadeiro entendimento da natureza humana e suas implicações.

    Mergulhando sempre mais fundo na espiritualidade segura desses homens que foram os pilares da estrutura monástica de nossa era, foi se formando nele a capacidade pela sua própria experiência de vida, o desejo de transmitir seu conhecimento baseado nesta fonte de sabedoria que nasceu num espaço aparentemente insólito, mas ao mesmo tempo cheio de vida e fecundo. Foi nesse contexto que surgiu o tema deste livro: Fraquezas - como uma possibilidade de encontro real com Deus.

    Numa multiplicidade de formas de se realizar, descobriu aí, esses eremitas, monges, um modelo de vida pelo qual se empenharam todo despojado e despretensioso de se firmar no mundo tomado pela lógica do ser, do ter e do poder, vivendo de maneira singela e feliz, numa demonstração como sendo possível e acessível a todos que se sentissem chamados. Abraçando esta forma de viver, alcançaram em suas vidas três coisas necessárias para se realizarem:

    Um lugar nesse mundo;

    A comunhão com Deus, e

    A harmonia com todos os seres criados.

    No que se refere ao primeiro aspecto, em se tratando de um lugar neste mundo, toda pessoa humana precisa de um espaço para viver; Deus mesmo criou a terra para todos, e fere a dignidade do homem não ter um lugar sequer para repousar a cabeça, como também daí tirar seu sustento para sua sobrevivência. O lugar para esses eremitas foi o próprio deserto. Um lugar todo especial, onde encontraram a possibilidade de ser o que eram de fato, vivendo na solidão, em modéstia e pobreza, coisas que facilitaram a experiência com um Deus que se deixa ser sentido no fracasso, nas limitações e fraquezas, recompensadas por Sua ternura e misericórdia. Este lugar específico foi um lugar de encontro, espaço privilegiado a seu ver, para a felicidade, ao se sentirem realizados em sua vocação.

    No tocante à comunhão com Deus – sua busca incessante d’Ele – era vivida numa ação de graças pelo dom da vida, da qual é autor, numa ação que continua a criar e cuidar de todo o ser vivente. Essa comunhão atinge toda criatura, toda a terra traz as marcas do divino, seu criador, e revelam sua presença e grandeza.

    No deserto não se tem abundância de bens materiais, e por isso propicia uma confiança maior, num amor correspondido com as necessidades do corpo físico, sobretudo o da coragem baseada na fé que impulsiona adiante sem se desesperar. A contemplação e meditação das coisas do alto eram práticas permanentes para os pais do deserto, viam aí o anelo da alma que a todo instante busca seu Senhor, como numa intimidade completa, razão de toda sua alegria, ao ponto de esquecer-se de si mesmo.

    A harmonia com o tudo criado, em especial as criaturas, levava-os a um senso de justiça, como a um devotamento, ou seja, com o desejo de devolver tudo numa medida capaz de abraçar a terra e transformá-la pelo esforço cotidiano, onde a mesma continuasse sendo, apesar do mal que a aflige, espaço onde pudessem reinar a paz, o amor e a compaixão, que brotavam de seus corações.

    Esta maneira de viver atraiu muitos jovens que tocados pelos seus exemplos abandonaram tudo para viverem sob sua guia. Aprendiam com o servo Jó que o mal apesar de sua realidade diária não podia destruir a confiança e união com o Deus do qual se apoiavam e se compraziam.

    Que esta obra inspirada sob o auxílio divino ajude a muitos a encontrar o caminho da unidade esquecido no burburinho de nosso quotidiano.

    + Meinrad Schroeger, O.Cist.

    abade

    Introdução

    O trabalho a que esta obra se propõe está todo pautado em minha experiência de vida, ainda que pouca pela idade, mas toda orientada por meio da meditação sobre o homem e seus feitos, num paralelo com aquela mesma experiência que levou os padres do deserto a se retirarem das cidades e viverem na solidão, que os permitia estar confrontados consigo mesmos à luz de Deus. O mesmo também foi possível pelo contato que tive ao longo dos anos com anciãos, visto ser para mim, os anos galgados por estes, o caminho mais acertado para uma consciência e formulação da verdade quanto a sabedoria no tempo, bem como pelo esforço de pesquisas e do encontro com os mais variados gêneros de pessoas que em minhas andanças obtive a graça de uma aproximação pessoal, verdadeira e única.

    Certamente, o homem em si, não deve ser só entendido em sua tendência propensa ao mal, visto ser o mesmo complexo, mas, nos detemos aqui sobre essa realidade de perfil como forma de tomada de consciência, para daí se poder optar pelo bem, que não é outra coisa que a compaixão em relação ao próximo. Só por meio dessa perspectiva de compreensão se tornará possível o estabelecimento de um diálogo com o que existe de mais transformador ao se deparar com sua verdade inconsciente.

    Em nosso quotidiano, marcado pela era tecnológica que envolve uma grande maioria das massas, chegamos à percepção do isolamento por meio do entretenimento eletrônico como uma fuga do não estar só consigo mesmo.

    Num tempo como o nosso, parece confuso como

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