Identificando O Anticristo

De Julio Simões Filho

O ANTICRISTO: Quem é? Talvez essa seja uma das perguntas mais curiosas ou interessantes que pode sondar a mente de muitas pessoas. Algumas por simples curiosidade, outras por um sincero desejo de saber a Verdade acerca desse personagem bíblico-profético. Para o sincero inquiridor da sã doutrina cristã, há uma perspectiva esclarecedora para esta citação das Escrituras Sagradas, porque Deus nunca dá informações sem propósitos ou revelações que não possam ser compreendidas - a seu tempo - pelos seus servos. IDENTIFICANDO O ANTICRISTO é um trabalho de pesquisa nas profecias apocalípticas dos livros de Daniel e Apocalipse, validadas pela história eclesiástica e secular. O leitor, despido de qualquer preconceito e tradição, poderá se beneficiar do conhecimento de profecias e de registros nos anais da história que Deus - soberana e sabiamente - conduziu até os nossos dias para firmar a fé daqueles que o buscam em espírito e em verdade de todo coração.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 23 de ago. de 2014

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O Anticristo e o Futurismo(1)

Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o Anticristo, também agora muitos se têm feito Anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco’. I João 2:18

O Anticristo: Quem é?

Talvez essa seja uma das perguntas mais curiosas ou interessantes que pode sondar a mente de muitas pessoas. Algumas por simples curiosidade, outras por um sincero desejo de saber a Verdade acerca desse personagem bíblico-profético.

Para o sincero inquiridor da sã doutrina cristã, há uma perspectiva esclarecedora para esta citação das Escrituras Sagradas, porque Deus nunca dá informações sem propósitos ou revelações que não possam ser compreendidas - a seu tempo - pelos seus servos.

É verdade que o Apocalipse contém uma literatura bastante simbólica, mas nós já pudemos compreender que Deus teve um motivo para isso. Os poderes seculares pagãos que já perseguiam a igreja e mais tarde os próprios poderes eclesiásticos, que abandonaram a pureza de Cristo e a direção do Espírito Santo, tornaram o Estado e a Igreja instrumentos de perseguição daqueles que não se conformaram com a apostasia da igreja e permaneceram fiéis a Jesus e Sua verdadeira e sã doutrina. Por tudo isso, para que pudesse preservar a Sua

palavra e as profecias que denunciavam os inimigos de Deus, a literatura apocalíptica dos livros de Daniel e Apocalipse precisou ser composta de inúmeros símbolos, os quais foram dados a compreender aos verdadeiros seguidores de Jesus no decorrer dos séculos, até a Sua 2ª vinda e o fim do mundo.

Ao expor, mais abaixo, esse tema, tentaremos seguir uma ordem de citações bíblicas da mesma forma apresentadas pelo eminente professor Dwight K. Nelson em seu fantástico livro Ninguém Será Deixado para Trás (Casa Publicadora, 2004).

O Anticristo e o Dispensacionalismo

Primeiramente gostaríamos de expor a crença da grande maioria hoje do protestantismo ou das igrejas evangélicas. Elas se fundamentam numa forma de interpretação profética que faz uso do literalismo(2) e futurismo(³) para os livros de Daniel e Apocalipse, chamada DISPENSACIONALISMO. A pergunta é: Como o dispensacionalismo concebeu o Anticristo?

Não precisamos entrar em muitos detalhes para responder esta pergunta, porém vale expor alguns pontos básicos desta crença:

Santo Agostinho. O famoso teólogo Santo Agostinho no século V já ensinava que após mil anos de domínio da Igreja neste mundo (ele negava a interpretação literal da profecia de Apocalipse 20 sobre o milênio, como um período passado no Céu pelos santos, o povo de Deus), se levantaria o Anticristo que por 3,5 anos (uma referência à profecia de Daniel 9:27) antes da volta de Jesus, perseguiria a igreja;

Daniel Whitby. Segundo o respeitável teólogo C. M. Maxwell, o que Agostinho significou para o amilenismo no cristianismo, significou o clérigo anglicano Daniel Whitby (1638-1726) para o pós-milenismo. Ele utilizou a idéia agostiniana de que o Anticristo apareceria durante 3,5 anos no final do milênio. Whitby também defendeu a idéia que o começo do milênio estava ainda no futuro, o que havia sido negado por Agostinho. Ele ensinou que a