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02 - A Frota Estelar
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02 - A Frota Estelar
E-book164 páginas2 horas

02 - A Frota Estelar

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Sobre este e-book

No livro anterior, “A Terra ameaçada”, vimos como nosso herói ajudou os alienígenas caídos em Minas Gerais e, com a morte de toda a tripulação deles, herdou magnífica nave estelar. Neste livro, uma raça de insetos do planeta Owadys de outra galáxia, chega perigosamente perto da Terra em busca de hominídeos para servirem de alimento. A raça é carnívora e muito violenta. A Nave Estelar BRASIL se vê envolvida em sua primeira luta nos confins da galáxia... E não foi a única batalha no espaço. Porém, criam uma colônia no planeta distante e encontram uma criatura inteligente e poderosa...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de nov. de 2015
02 - A Frota Estelar

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    02 - A Frota Estelar - Luiz Mergulhão

    capítulo 1

    Do livro anterior

    "Não precisa ser valente, quando ser inteligente

    já é suficiente…"

    No livro anterior, A Terra ameaçada, vimos como uma nave auxiliar caída em Minas Gerais, com alienígenas morrendo envenenados pelos micro-organismos de nossa atmosfera, foram encontrados e levados até a nave mãe pousada na Lua, pelo casal Cesar e Juliana Motta, oficiais de Marinha em férias.

    Muita coisa aconteceu culminando com a morte de toda a tripulação alienígena, nos três meses e pouco seguintes, contratação e treinamento da tripulação e, no final, a primeira missão: colocar uma nave auxiliar de vigia no limite de nosso sistema solar, com os sistemas de rastreamento alertas para qualquer intruso saindo do hiperespaço próximo da Terra. Um dia aconteceu e a nave N.E.BRASIL, passou pela pequena nave de sentinela recebendo-a a bordo e rumou para verificar quem eram os desconhecidos. Longe do sistema solar, como alertado pelos antarianos, entraram na outra dimensão para encurtar distâncias saindo perto do objetivo.

    Em minutos retornamos ao espaço normal e comandei:

    - ALERTA VERMELHO. Levantar Escudos!

    Todos os sensores que estiveram fora do ar na outra dimensão agora funcionavam muito bem e todos na Ponte pregaram os olhos em seus instrumentos procurando alguma ameaça desconhecida. Como nada acontecera nos minutos seguintes, que, para nós pareceram horas angustiantes, baixei novamente o alerta para amarelo. Pedi que todas as áreas reportassem qualquer alteração durante essa nossa experiência na ultra-luz, mas todos reportaram normalidade, o que nos fez relaxar um pouco.

    O Tenente Jerry no console tático perscrutava a escuridão em busca de alguma coisa. Kika com fones de ouvido procurava o mais leve sinal nos sensores. O silêncio na Ponte chegou a ser sentido como uma coisa pesada. Muitos, como eu, suavam apesar do ar frio reinante. O medo do desconhecido era o pior medo.

    A primeira vez que alguém tem uma crise de cálculo renal, é a coisa mais apavorante por que eu já passei. Um dor lancinante e sem aviso na altura do rim de um dos lados, você corre para o hospital sem conseguir dirigir seu próprio carro... Lembro-me de pedir para quem estava perto dar socos no lugar da dor, pois doeria menos que ela própria. Depois de tratado, podem passar anos até que uma nova crise apareça, e, quando ela vem, você já sabe o que é e o que fazer. Não se assusta mais... Toma um analgésico e procura um atendimento médico.

    Aqui, estava ocorrendo mais ou menos assim. Era a nossa primeira crise renal e não sabíamos exatamente o que estava acontecendo.

    Os sensores já mostravam as primeiras estrelas próximas e analisando os cálculos, identificamos de qual recebêramos o estalo de energia do retorno ao espaço normal da nave desconhecida.

    Era um sistema pequeno de uma estrela sem importância. Estava nos mapas de bordo sem nome, apenas com uma numeração. Caminhávamos em direção a ela na velocidade da luz. Demoraríamos a chegar, mas não chamaríamos a atenção como se usássemos a tecnologia superior. É claro que um vigia atento em sensores ou sistemas de radar veria a nossa nave já que despendia muita energia, mas há tantos campos de energia no universo que esperávamos não fossemos notados a grandes distâncias.

    Mais perto víamos que o sistema tinha cinco planetas bem espalhados. Nosso rumo estava apontando para o terceiro planeta que, pelos mapas estelares de bordo constava como S-0438 e podemos chamar de classe Terra, o que significava que teria água, atmosfera e tudo bem parecido com nosso planeta. Não havia referência a formas de vida, o que não significava que não tinha, mas que não havia sido explorada, tendo informações insuficientes.

    Estava um pouco alinhada com o planeta mais distante da tal estrela e pedi ao piloto que traçasse o rumo para ficar atrás do planeta distante que nos encobriria dos sensores estranhos.

    Mandei a engenharia preparar uma sonda, uma espécie de torpedo que, por suas pequenas dimensões e fonte dissimulada de energia, poderia se aproximar a uma prudente distância sem ser notada. Que a sonda entrasse em órbita do S-0438 e buscasse, em alguma distância, a tal nave enquanto ficávamos na face oculta do gigantesco planeta exterior. Um gigante gasoso quase cem vezes maior que a Terra.

    Ainda levamos uma hora e meia para entrarmos em órbita no lado oculto e disparar a sonda. Esta não achou nada em órbita e começou a vasculhar o solo. Levou muito tempo a achar a nave estranha pousada, sem emissões de energia o que dificultou sua rápida localização. Mas encontrada, travou no alvo e entrou em órbita estacionária sobre ela começando a enviar os dados.

    Era uma nave pequena, de formato esférico. Estava pousada numa espécie de vila atrasada, daquelas que tínhamos na Terra de casinhas de barro ou pedra. Os sensores não conseguiam, de sua órbita, levantar muito mais informações.

    Convoquei o Major Deco e o coloquei a par da situação. Precisava que seus Comandos descessem sem serem notados em uma nave auxiliar e levantassem mais dados sobre os estranhos, tanto moradores daquele mundo como dos visitantes, que, afinal, poderiam ser amigos fazendo uma visita rotineira, o que nos levaria de volta para casa. Nem seria prudente fazermos contato para vermos se eram amigáveis ou hostis, pois ainda não estávamos preparados. E um combate que nos causasse danos em terras distantes, seria inevitavelmente o fim de nossa jornada.

    A nave auxiliar Roraima deixou a nossa nave levando um grupo de Comandos composto de um oficial e três sargentos além dos pilotos. Se aproximaram pelo lado oposto onde os estranhos estavam, entraram na atmosfera o que sempre gera algum tipo de sinal nos sensores, diminuíram a velocidade e foram baixando e se aproximando do alvo. O planeta era parecido com a Terra, com menos oceanos e grande parte deserta. Na altura do equador, uma larga faixa de vegetação substituía as dunas amareladas dos desertos. Nos polos, imensas calotas de gelo tanto no norte como no sul.

    Os sensores iam levantando tudo, fauna, habitantes, minérios e transmitindo simultaneamente para a Ponte de Comando da nossa nave que a tudo acompanhava em tempo real. Os habitantes pareciam humanoides em estágios iniciais da evolução como nós passamos uns cinco mil anos antes de Cristo. Isso já nos colocava uma pulga atrás da orelha, pois, normalmente, todas as raças desenvolvidas evitavam contatos com povos em estágios de desenvolvimento inferiores.

    Pousaram a Roraima atrás de uma montanha onde ficava a tal vila, desceram e foram com seus uniformes escamosos que refletiam a luz dificultando sua observação, quase os tornando invisíveis e, profissionais que eram, foram escalando a montanha, atentos a qualquer movimento ou sinal de perigo. Logo após começarem a descer para o vale onde já viam pousada a grande esfera, encontraram uma fenda, quase uma caverna que dava boa cobertura. Espalharam-se no terreno e todos tinham câmeras presas na testa (não usavam capacetes ou chapéus, nada na cabeça descoberta que é como gostavam de andar) que transmitiam para a Ponte tudo o que viam.

    Notaram aborígenes subindo a montanha em direção a eles o que os preocuparam. Eram vários, homens mulheres e a maioria crianças. Vinham correndo e muito apressados o que dava a impressão de estarem fugindo de alguma coisa. Vestiam-se com trajes simples de pano velho ou peles de animais. Não vinham exatamente na direção do nosso grupo avançado que, escondidos, os monitoravam. Vinham fugindo do que quer que esteja acontecendo lá embaixo e se dirigiam para o alto da montanha para cruzá-la para o outro lado.

    Ficamos tanto tempo os monitorando achando que vinham em nossa direção que deixamos de perscrutar lá em baixo o que acontecia. Um sinal de mão do sargento que estava mais a direita chamou a atenção de todos para um ponto onde ele apontava. Usaram binóculos para aproximar a cena. Um grupo de aborígenes era levados em fila para a tal nave esférica. No início não conseguiram saber quem eram os estranhos e quando os viram, um frio correu pela espinha os paralisando. Eram aproximadamente da mesma altura, mas tinham um aspecto que só víamos em filmes de ficção.

    Pareciam insetos. Tinham inclusive umas pequenas asas que permitiam pequenos e rápidos voos a baixa altura. Não eram asas de pássaros, e sim, pequenas asas transparentes de insetos mesmo. Tinham duas pernas muito dobradas, não eram esticadas, e também dois braços. Claro era que os insetos estavam prendendo e levando para bordo os alienígenas, mas não sei se poderíamos nos meter nos problemas de outros assim. Não conhecíamos nada de nenhum dos dois, nem do mundo atacado nem dos atacantes e o melhor era aprender primeiro antes de tomar alguma atitude.

    Na Ponte todos acompanhavam com atenção. Da nave esférica, mais um inseto saiu voando rápido e pousou perto da coluna que marchava. Aproximou-se de uma criança e com movimentos rápidos a pegou e a começou a devorar ali mesmo, na frente de todos que tentaram correr, mas foram contidos por uma espécie de lança que emitia faíscas de suas pontas. Provavelmente choques elétricos.

    A cena tirou de todos a indecisão. Se os invasores eram carnívoros e vinham nos mundos buscar humanos para servir de carne como fazemos na Terra com nossas boiadas, e como estavam perigosamente indo na direção de nosso sistema, tínhamos que evitar a todo custo que nos descobrissem algum dia.

    Convoquei o Major Deco e o Comandante Souza dos Fuzileiros Navais para a sala de reunião com os oficiais da Ponte. Mandei o piloto traçar um rumo para o tal planeta, ficando escondido no lado oposto à nave inimiga, em órbita.

    Tínhamos de traçar os planos de batalha. Poderíamos atacar de repente e destruir a nave alienígena ainda no solo, sem dar-lhe tempo para nada. Mas e os aborígenes humanoides que já tinham sido levados para bordo?

    Discutimos vários planos de invasão para tentarmos tomar a nave estranha, que, por mais estranha que fosse, nos seria útil na Terra onde só podíamos contar com a nossa atual nave em condições de voos ultra-luz.

    Ouvi todas as ideias e planos, e então, tomei a minha decisão!

    capítulo 2

    A batalha

    "Todo mundo é capaz de dominar uma dor,

    exceto quem a sente..."

    William Shakespeare

    A Nave Estelar BRASIL, oriunda do sistema de Antares, da constelação de Escorpião, tinha em um dos hangares de carga, 500 robôs desligados, iguais aos 50 que já perambulavam pela nave. Tinham cérebro positrônico, um misto de biológico e eletrônico, eram bem blindados, não só pelo aço especial de que eram feitos, igual ao da nave, como possuíam um escudo de energia que ligavam em emergências. De seus punhos, armas de raio de potência formidável e que, podiam também lançar raios atordoantes, desmaiando

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