Um Dia Comum

De Fernando Paulo Ferreira

Segunda edição, com nova redação e nova diagramação! Em um dia comum, as pessoas trabalham, estudam, caminham, fazem compras até que, de repente, notam que algumas pessoas desapareceram num piscar de olhos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 13 de mai. de 2014

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Agradecimentos

Sempre, em primeiro lugar, agradeço a Deus pela inspiração que me tem concedido; à minha esposa Fernanda, a flor que brotou no meu jardim; aos meus amigos reais e virtuais que me apoiaram neste projeto; aos cristãos no mundo inteiro que lutam e protegem o verdadeiro evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo e a todos os leitores que leem e entendem que os acontecimentos dos dias atuais são as provas de que o Senhor Jesus está voltando.

Índice

Agradecimentos

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

AMANHECE O DIA

DE MANHÃ BEM CEDO

DE MANHÃ

METADE DA MANHÃ

QUASE MEIO-DIA

COMEÇO DA TARDE

INÍCIO DE TARDE – Centro de São Paulo

INÍCIO DA TARDE – Zona Leste

INÍCIO DE TARDE - Jabaquara

METADE DA TARDE – Centro de São Paulo

METADA DA TARDE – Zona Leste

METADE DA TARDE - Avenida Paulista

METADE DA TARDE - Jabaquara

METADE DA TARDE – Casa Verde

FINAL DE TARDE – Patrícia e Tatiana

FINAL DE TARDE – Maria Amélia e Rosely

FINAL DE TARDE – Jorge Damião

FINAL DE TARDE - Dona Magda e Cristiano

FINAL DE TARDE – João Carlos

O EVENTO

O EVENTO - Final

DESPEDIDAS

PREFÁCIO

Há vários estudos e livros sobre a volta de Jesus, escritos por vários autores diferentes, de várias correntes diferentes. Cada um desses estudos tem a sua própria interpretação, cada escritor pertence a diferentes correntes doutrinárias. E alguns concordam entre si, outros, porém, discordam.

Por esta razão, eu, como escritor, preferi seguir a que estivesse mais próxima da Bíblia. A Bíblia é a minha única regra de fé e prática. Sem ela não poderia ir além. Só por ela podemos entender qual é a vontade de Deus para toda a humanidade.

Pelo fato de haver discordância entre os estudiosos da Bíblia, tendo cada um a sua interpretação, escolhi não seguir nenhum dos estudos. A chave para entender o que a Bíblia diz é orar antes de começar a ler ou estudá-la. É deixar que o Espírito Santo nos guie, nos ensine e nos inspire.

Com estas breves palavras, não pretendo, de maneira nenhuma desmerecer os trabalhos dos estudiosos da Bíblia. Pelo contrário, o que pretendo é incentivar a cada leitor deste livro a ler mais a Bíblia e entender, com a ajuda do Espírito Santo, o significado do que lá está escrito. O próprio Deus disse em Jeremias 31:34:

E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o SENHOR; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.

Assim, não precisamos de homens falhos para nos ensinar as coisas de Deus, bastando apenas a nós nos submeter ao Espírito Santo do Senhor enquanto lemos suas doces palavras contidas na Bíblia, sempre com espírito humilde, com todo o desejo de aprender.

Se todos os estudos e livros que existem no mundo fossem inspirados pelo Espírito Santo, aí sim, haveria concordância, mas, infelizmente, não há.

Este livro é uma história de ficção, não pode ser usado para fins de estudos. É uma ficção, uma imaginação do meu coração, ou como diz minha esposa, uma viagem na maionese. Portanto, peço aos leitores que, se desejarem ler, leiam apenas pelo prazer de ler e não para tomarem posições ou suposições acerca da iminente volta do Senhor Jesus.               

Leia a Bíblia, sempre, em primeiro lugar. Peça a Deus que te encha do Espírito Santo para que ele te ensine e te inspire, te ajude a se manter firmado nas suas palavras e, assim, evitar ser enganado pelas palavras de homens malignos que possam fazer com que você se desvie da sã doutrina.

Não se esqueça. Este livro é uma história de ficção. Bom proveito e boa leitura!

Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Mateus 24:38,39

INTRODUÇÃO

Apresentação

Maria Amélia, garota muito arisca em seus quinze anos, que gosta de ir a baladas com seus amigos. Suas roupas chamativas causam escândalos em seus pais, que são muito conservadores. Não adianta nada eles pedirem, quase implorando, que ela colocasse uma roupa mais decente, uma saia um pouco mais longa, uma blusa um pouco mais fechada. Ela quer mais é se divertir, ser observada, ser amada, ser desejada.

Amanda, amiga de Maria Amélia, cristã e filha de pais crentes, estuda na mesma classe que ela. Muito reservada, dedicada aos estudos, à família e às obras assistenciais da igreja que frequenta.

Rosely, crente que se afastou dos verdadeiros caminhos de Deus, seguindo o canto da sereia da apostasia, conheceu Maria Amélia num banheiro de shopping quando esta estava desesperada por perder sua amiga Amanda.

João Carlos, jovem advogado, boa pinta, gosta de sertanejo, roupas de grife, sapatos de couro bem polido. Vinte e poucos anos, com uma namorada diferente a cada fim de semana, não se descuida na hora do sexo, andando sempre com um pacote de camisinha no bolso. É rico, mas muito egoísta. Sempre desfilando por aí com seu carrão último tipo. Carona para seus amigos, só se eles apresentarem uma garota nova, ou se pagassem o combustível.

Paulo, também advogado, jovem cristão. Diferente de João, é dedicado à família e ao trabalho honesto. Dava conselhos para João no tocante à vinda de Jesus enquanto era por ele tentado a ir a festas.

Jorge Damião, um senhor bem-apessoado, casado com a mesma mulher há vinte anos. Gosta de ir ao bar próximo de seu trabalho para tomar sua dose diária de uísque. Não gosta de ir para casa cedo. Gosta de curtir um pouco da noite de São Paulo. Está cansado de ouvir sua mulher choramingar em seus ouvidos todas as noites que chega em casa. Está pensando seriamente em divórcio. Um divórcio que não lhe traga muita dor de cabeça. Ele quer perder o mínimo de seus bens que adquirira em seus longos anos de trabalho com arquitetura.

Júlia, secretária, deixou um convite para um evento cristão sobre a mesa de Jorge, na esperança de ver seu chefe salvo e sua família restaurada.

Maria do Carmo, uma mulher divorciada que mora de favor na casa dos pais já idosos, perdera o encanto da vida, não tem mais o desejo da mocidade passada. Depois da separação, nunca mais pensou em se casar novamente. Prefere cuidar da saúde de seus pais idosos, cuida deles com carinho, mas deixou de cuidar de si mesma. Resmunga muito quando alguma coisa dá errado. Não tem a paciência com crianças que só fazem bagunça, gritam e correm de um lado para outro. Apesar do seu amor pelos pais, não tem amor por si mesma.

Seu Benedito e dona Isabel, pais de Maria do Carmo, ajudaram a mulher a permanecer firme na fé apesar de todos os problemas que ela enfrentou.

Dona Magda e Cristiano, vizinhos de dona Maria, Seu Benedito e de dona Isabel, assumiram sua fé após durante um evento cristão realizado no Bairro da Liberdade.

Helena Maria, jovem bonita e atraente secretária executiva de uma grande multinacional, fala várias línguas, tem muito estudo, gosta de se divertir também, mas nada tão extravagante assim. Apesar de sua beleza estonteante, ela não liga para os galanteios dos homens, não se deixa iludir com as suas cantadas, passa sempre altiva, sorridente e elegante. Sua inteligência é mais importante que a beleza, ela sempre diz para si mesma, por isso ela acha que está onde poucos conseguem chegar, cujo segredo não é segredo nenhum Apesar do sucesso, nem tudo era perfeito na vida dela. Faltava-lhe algo para preencher o vazio do seu coração.

Patrícia, Tatiana e Samara, colegas de trabalho de Helena. Com exceção de Samara, Patrícia e Tatiana não eram crentes, arrependeram-se e juntamente com a família, resolveram participar de evento cristão ao qual Samara e Helena as convidaram.

Wagner e Márcia, primos de Tatiana, crentes afastados dos caminhos do Senhor, perderam seu filho menor. Antônio e dona Nalva, pais de Tatiana.

Geraldo, pastor auxiliar de uma igreja organizadora do evento evangelístico, que ficou na terra e foi usado poderosamente por Deus após seu arrependimento para guiar a nova igreja que se formou.

AMANHECE O DIA

É um dia comum, uma singela sexta-feira. Dia de aula, de trabalho, de fazer coisas rotineiras, dia de fazer compras, dia de cortar cabelo, dia de vai e vem constante nas ruas da cidade grande, dia de enfrentar chefes, dia de encarar poluição, barulho, brigas. Dia de sentar-se para fazer contas, dia de deitar-se para cuidar da saúde, dia de se levantar para lutar por um bocado de pão. É um dia comum.

DE MANHÃ BEM CEDO

Numa escola da periferia da Zona Leste de São Paulo, a jovem Maria Amélia senta-se ao lado de sua amiga para contar da última novidade do dia anterior. O dia em que ela beijou pela primeira vez o gatão da escola. O dia em que ele pegou pela primeira vez sua mão. O dia em que ele a levou para passear na garupa da moto. Ela falava, a amiga escutava com interesse sincero, como que querendo mais.

Sua amiga, Amanda, mais recatada, bem mais tranquila, era muito diferente de Maria Amélia, só a acompanhava por ser quase vizinha de rua. Apesar de ser crente, amava Maria Amélia, mesmo não concordando com o que ela fazia e falava.

— Amanda, — dizia Maria — ah, aquele gato. O Murilo, tão lindo, me deixa nas nuvens. Não queria me separar dele de jeito nenhum. Ele tem um corpão atlético, vive malhando, sempre malhando. As meninas o desejam, mas eu o conquistei e será só meu. Fico louca quando alguma menina olha para ele. Eu mato quem se aproximar dele, olha que eu mato.

Amanda ria...

— Ontem ele me levou para passear, me levou de moto. Fomos visitar uns amigos dele. No começo achei meio estranho, mas aos poucos foi me enturmando. Umas meninas que ele chama de manas, e ele chama todos de manos, me levaram para ouvir umas músicas barulhentas, fui gostando, aprendi uns gestos e poses, olha só...

Ela fez poses e caras e bocas, fez gestos, gesticula e dança. Amanda apenas ri.

— Gostei demais. Eles têm uma maneira diferente de falar. Muita coisa eu não entendi. Mas deixei para lá. Uma hora eu descobrirei o que é. Os cortes de cabelo, menina, você não viu? São da hora. São meio estranhos, mas são da hora. Eles davam para aquele som que estavam ouvindo o nome de funk. Sei lá o que é isso. Mas vou descobrir.

Amanda só ouvia, ria e se interessava pela conversa, imaginando aonde ela ia chegar.

— Acho que hoje à noite ele me pega em casa. Preciso pedir dinheiro para minha mãe para comprar umas roupas bacanas.

— Mas você já não tem tantas? — Perguntou Amanda, se arrependendo em seguida por ter interrompido a amiga.

— Quero umas roupas iguais às daquelas meninas. Shorts curtos, blusinhas decotadas bem justinhas. Quero impressionar os amigos dele. Ser admirada é tudo de bom.

— Eu sei que ser admirada é bom. Mas será que seus pais vão te deixar? — Perguntou novamente Amanda, calando-se em seguida.

— Se vão deixar, eu não sei. Eles são tão caretas que me chateiam. Tem dias que quero ir embora logo daquela casa. Sempre eles me falando de Jesus, que ele vai voltar logo para levar a as pessoas que o aceitaram e me convidando para visitar a igreja. Coisa mais chata.

Amanda tentou abrir a boca, mas se conteve.

— Que cheguem logo meus dezoito anos. Assim me livro de vez deles. Vou poder fazer tudo o que eu quero sem eles se intrometerem.

Amanda queria falar, mas não conseguia, pois Maria Amélia não parava de falar.

— Sabe, ontem mesmo cheguei em casa e vi eles orando com