Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Um Dia Comum - Parte 2
Um Dia Comum - Parte 2
Um Dia Comum - Parte 2
E-book205 páginas2 horas

Um Dia Comum - Parte 2

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Após os desaparecimentos, narrado no primeiro volume, este segundo livro da série aborda os três primeiros anos e meio da tribulação. O maior inimigo dos cristãos, o pecado, vai sendo derrotado, provocando a ira daquele que ainda está por vir, o Maligno.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de set. de 2015
Um Dia Comum - Parte 2

Leia mais títulos de Fernando Paulo Ferreira

Relacionado a Um Dia Comum - Parte 2

Ebooks relacionados

Ficção Geral para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Um Dia Comum - Parte 2

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Um Dia Comum - Parte 2 - Fernando Paulo Ferreira

    Agradecimentos

    Primeiramente, ao único Deus verdadeiro, que nos deu sua Palavra para nos inspirar e nos ajudar a caminhar em seus passos.

    Minha esposa Fernanda, pela paciência e amor, que sempre me trazia biscoitos, sucos e lanches enquanto eu ficava enfurnado nos pensamentos.

    Meus amigos Ruth Freazza Vickers (USA), Pr. Taciano Cassimiro (IP Tailândia-PA), Pr. Vilson Pedro (Itapevi-SP), Pr. Wagner Mango (IPI Jd. Califórnia, Osasco-SP), Nadima Guimarães (IASD, Goiânia-GO), Gisela Cordeiro e irmãos da IP Jd. Das Oliveiras, (Americana-SP), Evangelista Eduardo (João Pessoa-PB), Alexandre Rodrigues (Igreja em São Caetano do Sul-SP) e colegas da lista Martelo, que me ajudaram com uma palavra bíblica para diversas situações vividas pelos personagens.

    Índice

    Agradecimentos

    ANTERIORMENTE

    O DIA SEGUINTE

    VELÓRIO

    PREPARANDO O TERRENO

    VIAGEM

    PLANEJAMENTOS

    A primeira reunião

    A VIDA CONTINUA

    COMUNICAÇÃO

    DECISÃO

    A MANIFESTAÇÃO

    DEBOCHES

    NOVAS RECOMENDAÇÕES

    O MUNDO EM CRISE

    MENSAGENS DE FÉ E DE ESPERANÇA

    CAMINHO DA SALVAÇÃO

    SABEDORIA DO ALTO

    O TRABALHO NÃO PODE PARAR

    ENTRE TRAGÉDIAS, FOME E PESTE

    SAL E LUZ

    MAIS UMA REUNIÃO

    NOTÍCIAS DESANIMADORAS

    Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses. (2 Timóteo 2:1-5)

    ANTERIORMENTE

    Na cidade de São Paulo, em um dia comum, milhares e milhares de pessoas desapareceram em todo o mundo sem deixar rastros, após o acontecido, aqueles que reconheceram o quanto elas lhes foram importantes, resolvem mudar o rumo de suas vidas.

    Enquanto o mundo todo sofre com o caos total, a solidão do abandono, a morte repentina e as tragédias que se abateram sobre eles, um pequeno grupo de pessoas arrependidas de seus passados buscam consolo na Palavra de Deus, comparecendo a um evento cristão, preparado exatamente para falar sobre o que tinham acabado de presenciar.

    Durante o evento, os corações de pedra dos que ficaram foram pouco a pouco transformados em corações de carne, alimentando-se da palavra que era pregada e dos conselhos sábios do pregador. Todos reconheceram que Deus tinha preparado o acontecimento para chamar a atenção deles para as coisas que brevemente iriam acontecer e para que eles cressem nas Escrituras.

    No final do evento, formaram-se grupos de estudos bíblicos, com o fim de levar esperança para aqueles que estão sem esperanças, após o desaparecimento de seus filhos, pais, irmãos e amigos.

    Estes crentes da nova era se comprometeram a permanecer fiéis até o dia da volta triunfante de Jesus à terra, levando a palavra de Deus até aos confins do mundo, por todos os meios necessários e, se possível, até enfrentando perigos de morte.

    A este grupo, foi-lhes dado o nome de Irmãos, pois não estavam interessados em criar uma nova denominação à nova igreja que, por todos os tempos, deveria permanecer unida.

    E continua a saga desses novos Irmãos!

    O DIA SEGUINTE

    O sol se levanta num céu de uma manhã sem nuvens. A grande cidade de São Paulo tem o seu amanhecer mais triste. Os desaparecimentos do dia anterior foi um baque muito forte para seus moradores. Eles não têm força para continuar a viver sem as pessoas de quem mais gostavam ao seu lado. Todos sabem como é difícil perder repentinamente uma pessoa querida. É preciso notar também que muitas outras pessoas ficaram até aliviadas com o desaparecimento daqueles que, dia após dia, os atormentavam falando de Jesus, postando em redes sociais mensagens sobre a Bíblia, sobre a igreja, alegando não passar de tentativas de lavagem cerebral.

    Aqueles que estavam aliviados, foram para os bares, mesmo sendo tão cedo, para beber e festejar sua liberdade dos chatos, como eles consideravam os crentes. Alguns grupos de arruaceiros reuniram seus amigos através das redes sociais para se encontrarem nos locais onde os crentes antes se reuniam. Destruíram tudo o que encontraram pela frente. Jogaram Bíblias inteiras ao fogo, livros das bibliotecas das escolas cristãs foram rasgados, queimados e espalhados pelas ruas. Até mesmo aqueles que tinham parentes entre os desaparecidos faziam o mesmo. Sentiam-se incomodados com a presença deles em suas casas, sempre falando de Jesus.

    Num antigo galpão usado para reuniões cristãs, no Bairro da Vila Maria, jovens de vários lugares foram chegando, não com a intenção de confessar seus pecados, adorar a Deus ou cantar hinos de louvor, mas para fazer aquilo que eles sempre tiveram vontade de fazer. Transformar aquele templo num local de eventos diversos, seria transformado em salão para bailes funk, rodas de samba, local para uso livre de drogas, rolêzinho da maconha e sexo livre. Enfim, transformariam aquele local em um território só para eles, para que eles pudessem fazer o que bem quisessem, sem a interferência dos fiscais dos bons costumes que eram os antigos frequentadores daquele lugar. E eles não estavam nada satisfeitos enquanto ainda estivessem entre eles crentes que se converteram após o arrebatamento. Pretendiam tomar outros lugares que também fossem antigos locais de adoração.

    Apesar de tudo isso e de todo o barulho que eles faziam, os vizinhos não reclamaram. Eles, os vizinhos, na sua maioria, estavam insatisfeitos com a presença de crentes e das suas orações e cantos no volume alto. Muito embora a maioria dos crentes fossem pessoas educadas e honestas, os vizinhos os consideravam charlatões, alienados, egoístas, avarentos e outros adjetivos infames. Eles não gostavam de nada que fosse relacionado com Deus e só os toleravam porque não podiam fazer nada diante da liberdade de culto que eles tinham. Agora era a vez deles.

    Cadeiras, púlpitos, livros e revistas cristãos, flores, plantas e demais materiais de decoração do antigo templo foram jogados no meio da rua. Fizeram um montão e colocaram fogo, interrompendo o tráfego e obrigando os motoristas a darem uma volta em um ou dois quarteirões para chegarem a seus destinos. Estavam agora festejando, picharam a fachada, derrubaram os letreiros, juntando-os ao fogo. Até mesmo os carros de uso pastoral e de transporte de doentes não escaparam da destruição. Por dentro, as paredes outrora brancas estavam sujas, rabiscadas e destruídas em algumas partes. Nada ficou no lugar. Nada escapou da fúria dos vândalos. Enquanto eles festejavam, alguém pichou numa das paredes a frase: Deus está morto. Morte aos cristãos!

    Ninguém se importava. Ninguém levantou a mão para parar aquela baderna e blasfêmia. Não havia como frear aquela rebelião contra Deus. Estava no sangue deles. Eles estavam no seu direito de protestar. Estavam exercendo seu direito de livre expressão, assim como os crentes gozavam do seu direito ao culto.

    Não muito longe dali, no bairro da Casa Verde, Dona Magda abriu a janela da sala e aspirou o poluído ar da manhã de sábado. Olhou à rua e notou a tristeza que pairava no semblante das pessoas. Olhou para o longe e viu umas três colunas de fumaça subindo de alguns bairros próximos. Voltou para dentro, foi à cozinha preparar o café da manhã para seus filhos e nora. Ela estava com o coração alegre, apesar dos problemas do lado de fora. Não conseguia esquecer os acontecimentos do dia de ontem, nem queria se esquecer da maravilhosa transformação que Deus operara em sua vida e na vida de seus novos amigos.

    Hoje ela tem um desafio um tanto difícil: Convencer seu filho e nora a aceitar a vontade de Deus de ter ele levado seu neto e filho deles.

    Cristiano já estava na sala lendo alguns livros que trouxera de sua antiga casa na tarde do dia anterior. Estava aguardando dona Magda preparar o café da manhã e seu novo irmão se levantar. Já tinha ido à padaria da esquina comprar, a pedido de dona Magda, cinco pãezinhos quentes e um bolo caseiro, pois ela não tinha feito nada na noite anterior, tendo chegado em casa às vinte e três horas, cansada e com sono. Seu filho e nora já haviam chegado e estavam assistindo televisão quando ela e Cristiano entraram.

    Voltando ao desafio de dona Magda, ela se pergunta como falaria com seu filho ateu sobre o repentino desaparecimento do garoto. Não está temerosa porque o fenômeno não aconteceu somente na sua família. Foi um acontecimento universal e estava fora da compreensão e do alcance das pessoas.

    Por fim, apareceram o filho e sua esposa, abatidos, pois além de cansados, sentem falta do filho que se fora sem ter a oportunidade de se despedir. Passaram a noite chorando, recusaram a ajuda de dona Magda, que respeitou a dor deles e os deixou chorar, para que pusessem para fora toda a amargura e estivessem prontos para ouvir o que ela tinha para lhes falar nesta manhã.

    Sentaram-se à mesa. O pão já se esfriara, mas ainda estava gostoso de se comer. Antes que tocassem em qualquer comida, dona Magda disse:

    — Meninos, vamos orar.

    Seu filho Juliano a estranhou e perguntou:

    — Mas, mãe, a senhora nunca foi de orar. Desde quando ora antes das refeições?

    — Desde ontem, quando descobri que Deus supre todas as nossas necessidades. E eu quero lhe agradecer por todas as coisas de que dispomos.

    Ainda não satisfeito, Juliano olhou para sua esposa, Cristina, deu de ombros e disse:

    — Ah, mãe. Poupe-nos desse papo de religião. Se Deus existisse mesmo, nosso filho ainda estaria aqui.

    Dona Magda não queria discutir, mesmo assim pediu silêncio e começou a orar:

    — Agradecemos, Pai, pelo novo dia que fizeste para nós, pelo pão de cada dia e pela família aqui reunida. Que a tua paz e a tua luz nos guie por esta nova jornada de vida que vamos trilhar e abra o coração das pessoas que zombavam de ti para que sejam receptivos à tua palavra. Em nome de Jesus.

    —Amém — disse Cristiano.

    Juliano e Cristina nada disseram. Aliás, não tinham nada para dizer, apenas começaram a comer e tomar o café da manhã em silêncio. Cristiano olhou com pena para eles pelo canto do olho. Dona Magda não estava zangada, mas ficou apreensiva e com medo de criar um inimigo dentro de sua própria casa.

    O café transcorreu normalmente. Quando terminaram, dona Magda lavou os pratos e xícaras, enquanto Cristiano a ajudava secando. Juliano e Cristina foram à sala e estranharam a quantidade de livros e Bíblias sobre a mesa de centro. Sentaram-se no sofá mais largo e afastaram a pilha de livros para colocar os pés sobre a mesa. Ligaram a televisão e procuraram alguma coisa para ver. Escolheram um noticiário sensacionalista.

    Na cozinha, Cristiano passou as mãos sobre os ombros de sua nova mãe, como que dissesse para ela ser forte e corajosa. Ela retribuiu o carinho abraçando-o e o dispensou de seus serviços pedindo que fosse ao seu quarto e orasse por ela. Agora era com ela. Ela teria que enfrentar o próprio filho ateu. Cristiano gostaria de participar, mas o assunto não era da sua conta e não seria legal intervir nos assuntos entre mãe e filho biológicos.

    O jovem Cristiano passou pela sala, pegou seu livro e a Bíblia que tinha caído no chão quando Juliano a chutou para pôr os pés e se dirigiu ao seu quarto, onde, colocado de joelhos, se pôs a orar. Juliano o ignorou e continuou assistindo seu programa favorito.

    Dona Magda sentou-se na sua poltrona, pegou uma Bíblia da mesinha ao lado e aguardou o momento certo para falar com o filho, que estava atento às notícias sensacionalistas da televisão, cujo apresentador jogava a culpa do caos nos crentes, dizendo que foi por isso que foram levados da terra, ficando apenas as pessoas capazes de levar paz ao mundo.

    Assim que entrou no intervalo comercial, Dona Magda olhou para o filho e este lhe retribuiu o olhar. Mas não sorriu. Só se sentiu incomodado ao ver a mãe com uma Bíblia na mão, como se pensasse consigo mesmo: "Xi, lá vem sermão!"

    Cristina também não gostou muito de ter a sogra no mesmo ambiente. Mas antes que eles saíssem, dona Magda disse:

    — Filhos, sei que vocês não gostam e nem acreditam em Deus. Mas o que vou lhes falar é sério. Não é verdade aquilo que o repórter disse na televisão agora há pouco. Ele não entende. Só pessoas espirituais entendem. Vai ser difícil vocês me entenderem também.

    — Mãe — respondeu Juliano —, Nada do que você disser vai me convencer de que foi esse seu Deus que levou meu filho para sei lá onde. Não acredito nessas histórias que a senhora começou a ouvir desses pastores gananciosos. Meu filho foi abduzido, foi para algum lugar em algum planeta, foi levado por extraterrestres. Está comprovado em revistas científicas de que eles existem.

    — Como vocês podem acreditar em nisso agora? — Replicou dona Magda —. Vocês alguma vez viram pelo menos um extraterrestre em algum lugar?

    — Nunca vimos, mas sabemos que eles existem. Não somos os únicos habitantes do universo —

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1