Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Ausência
Ausência
Ausência
E-book458 páginas1 hora

Ausência

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Ausência é um livro do erro, que vagueia entre o amor e a dor das partidas, mas nunca pela culpa. É uma espécie de erotismo com vontade ficar, que viaja entre contos, prosas e estradas abertas. Um livro de partidas que busca acolher as chegadas. Um livro para corações que não se entendem sem os corpos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de jul. de 2015
Ausência

Relacionado a Ausência

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Ausência

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Ausência - Naiara

    Naiara Paula

    Ausência

    1ª Edição

    EDITORA NAIARA

    RIO DE JANEIRO

    2014

    Ausência, por Naiara

    ausência

    _____________________________

    naiara

    2

    Ausência, por Naiara

    Capa: Naiara Paula. Pátio do Museu Reina Sofia, em Madrid, Espanha.

    Edição e diagramação: Naiara Paula.

    Paula, Naiara

    Ausência/ Naiara Paula. – Rio de Janeiro: Editora Naiara, 2014.

    ISBN: 978-85-918520-0-0

    1. Poesia 2. Contos 3. Literatura brasileira.

    Todo direito reservado. Fica proibida a reprodução total ou parcial desta obra

    para quaisquer fins sem a prévia autorização da autora.

    EDITORA NAIARA

    3

    Ausência, por Naiara

    EDITORA NAIARA

    www.naiarapaula.com

    editoranaiara@gmail.com

    4

    Ausência, por Naiara

    Títulos

    Parte 1

    Ausência

    Depois do Sol

    04:12

    Porque meu corpo jamais sentiu o seu

    Tudo é caos

    Contra senso

    Tu não sabes o que eu sei

    Qualquer coisa de velho de novo

    Claras noites de escuridão

    A gente pensa que sabe

    Abraço meu corpo vazio de onde você partiu

    E continuarão desinteressados em ti

    Acerca de ti

    Sonidos

    Desconfiguração

    Ida

    Tarde demais

    Pode ouvir

    Não vou sentir nem pedir sentimentos

    Tudo bem que meus braços ainda estão abertos

    Me acompanha o silêncio

    São quatro horas

    De escrever

    Vai-te coração

    Pequenos Devaneios

    Vi você distraído pelas ruas da Glória em glória.

    A verdade é que só a poesia pode me salvar

    Desejo que todo o céu venha beijar teu rosto

    Olá, querido amigo

    E como a gente faz para acostumar o coração

    Quero lembrar de você

    5

    Ausência, por Naiara

    Estou partindo para outras

    Eu penso nos teus braços rodeando meu corpo

    Nostalgia

    De amar os poetas

    Juro que estava aqui pensando

    O amor não tem limites

    Os motivos que alimentam nossa luta

    Parte 2

    Prosaica

    Diários 1

    Nada ainda

    Diários 2

    Diários 3

    Num quarto à noite

    Uma novela

    Diários 4

    Diários 5

    Homenagem

    Giros

    Esmilinguindo

    A pedra

    Perplexidades

    O poeta alado

    Para um jovem poeta que um dia será velho

    6

    Ausência, por Naiara

    "Há os que querem estar certos e há os que assumem que estão

    errados e vão fazendo."

    Roberto Corrêa

    7

    Ausência, por Naiara

    Ausência

    E sobre mim

    Só consigo saber de tua ausência

    E de minha pele descoberta e com frio

    Como num dia de inverno em que esqueci o paletó

    E de minhas mãos

    Abertas

    Esperando as tuas ao atravessar as ruas

    Elas sabem que toda rua é sua. Toda

    E todo o sonho é meu

    Cada vez que amanheço só o que entendo é que dessa vez não

    Serão seus olhos de novo

    Nem teus braços de novo

    Nem teu amor

    E o som se esquece de tuas palavras cada dia menos

    E por isso meus ouvidos se recusam aos ritmos da vida sem

    graça que passa

    Que apenas passa, ao longe, muito longe de ti

    Eu fico esperando por horas, horas a fio

    E depois que a luz volta, eu descubro que prefiro o escuro

    E sobre mim

    Algumas palavras apenas

    E depois eu percebo que nem precisava

    Você já olhou meus olhos hoje?

    Há muito tempo eu não vejo meus olhos

    Acho que não me importo tanto

    Desde que eles se perderam daquilo de que mais adoravam ver

    8

    Ausência, por Naiara

    E para que azul, amarillo, red?

    Tanto faz

    Sobre mim é só isso

    Mu.

    ***

    Depois do Sol

    Eu vi a graça de todos os dias diante dos meus olhos

    Vi filhos se separarem das mães, mães querendo se separar dos

    filhos

    Vi ousadia

    Destreza

    Vi quem amava ir embora

    Toda força ir embora junto

    Vi toda a dor do mundo morrer em meu peito já ferido pela

    angústia do sofrimento desnecessário

    Vi a lágrima da alegria da loucura de Mardou e quis

    a cor do coração de Pablo

    Vi lobos dançarem sedentos em volta da caça

    E vi graça

    Vi o céu chorar lágrimas sobre a Lapa molhada

    E enfeitar de cinza todo o céu, todo corpo, toda vida

    Que brotava ali diante de meus olhos aflitos

    E eu queria mais e mais e mais... E não conseguia parar de

    querer

    Meu corpo molhado era a água que era o ar que era o chão de

    onde nasciam os arcos

    9

    Ausência, por Naiara

    Lares de desabrigados felizes, misturados, agregados a tudo

    Éramos tudo

    E vi a saudade, ela falou comigo, disse um olá e ficou

    Vi toda fraqueza de minha força e sorri

    Ah! Eu vi tão pouco ainda, como deixar que a saudade me

    acompanhe

    Vou deixar que o amor me acompanhe

    E darei à ele uma palavra ao menos por dia

    Vi toda a beleza do mundo nos olhos de um amor livre que se

    foi

    Eu vi

    Toda a beleza

    Toda a paz

    Toda tormenta

    Eu vi a vida que você me deixou ir e ficar

    Vi meus olhos pedirem sua imagem desesperadamente

    Um pouco mais de tua mão

    Vi a estrada aberta e alegremente roubada por outras pegadas

    Vi lágrima

    Vi o nunca e o pra sempre dividirem o mesmo instante

    E apenas caminhei, caminhei...

    Ia para qualquer lugar onde pudesse ver mais

    E vi meus sonhos de volta nos olhos da saudade que olhava pra

    mim.

    Trecho do livro Solstício.

    ***

    10

    Ausência, por Naiara

    04:12

    meus poemas não dizem coisa alguma e eu estava aqui sentada

    esperando tudo voltar

    tedioso anoitecer a luz da televisão incomoda

    minha existência incomoda

    e eu vou para rua tentar esquecer você

    eu fico andado pelas ruas cheias da Lapa e não vejo

    ninguém

    só lembro de teus passos despercebidos descendo a ladeira

    eu paro na escadaria para

    esperar o tempo voltar

    desisti há tempos de esquecer e agora tudo que quero é lembrar

    preciso lembrar

    desesperadamente de quando seus olhos estavam dentro dos

    meus

    eu preciso lembrar que fui sua em mim que foi meu em mim.

    Encontro uns amigos dentro da noite desanimada e lenta

    incrível como tudo ainda é o mesmo

    parece que todos passam o tempo todo impedindo que o tempo

    passe

    Eu preciso que o tempo passe para que você possa voltar

    Eu preciso acabar com todos eles

    tanta

    vontade

    de

    trabalho de progresso de roupas sapatos corpos brancos magros

    cabelos lisos cerveja cerveja cerveja AH eu só quero você você

    você que não volta e me mata e me mata me mata

    11

    Ausência, por Naiara

    não escreve e me mata me mata e não escreve e nem volta e eu

    querendo você e seus olhos em mim

    boa sorte

    boa sorte boa sorte a estrela vira a esquina eu corro atrás ela

    desaparece eu corro e não paro e não consigo parar e corro e

    nada de você eu quero você louco tosco nada pra entender eu

    quero teus cabelos engraçados voando eu quero

    aqui tá quente banho de rio mergulho no mar areia do Leme

    lembra você o tempo todo o tempo todo tempo todo tempo que

    não volta você

    Sigo os trilhos do bonde dentro da noite vazia me confundo com

    as pedras caladas meus pés sobre elas e subo subo a ladeira

    vazia sozinha subindo a ladeira entro morro outra vez e escrevo

    isto que nenhuma

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1