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Seis Meses
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E-book143 páginas1 hora

Seis Meses

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Sobre este e-book

Certa manhã acordei estranha, sentindo meu coração pulsar mais forte, sempre que tenho essa sensação sei que algo vai acontecer... E aconteceu... Estava na estação esperando o trem, quando eu o avistei, tudo a minha volta parou, ele era lindo, rosto angelical, mas em segundos ele desapareceu no meio da multidão... Fiquei dias indo para a estação mais cedo tentando encontrá-lo, às vezes conseguia mas eu era invisível, eu tive que mudar de dentro para fora para chamar a sua atenção, mas nada adiantou... Foi num momento de desastre vergonhoso que nos conhecemos, ele me amparou, estedeu a sua mão e no momento em que nossos olhos se fixaram nossas almas se encontraram e não conseguimos mais viver um sem o outro... Infelizmente não sabiamos que o relógio estava correndo contra nós.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de abr. de 2017
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    Seis Meses - Carol Assmann

    Seis Meses

    Seis Meses

    Seis Meses

    Copyright © 2017 por Carol Assmann

    Todos os direitos reservados ao autor através da

    Travassos Publicações

    Produção Editorial

    Travassos Publicações

    Capa e Diagramação e Projeto Gráfico

    Especial Book's Editoração Ltda

    Revisão

    Hanny Saraiva

    Contato da Autora: Carol Assmann

    E-mail: caroliniassmann@yahoo.com.br

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    AS848s

    Assmann, Carol

    Seis Meses / Carol Assmann - Rio de Janeiro: Travassos Publicações, 2017.

    92p.

    IISBN: 978-85-6531-756-6

    1. Literatura Brasileira – Romance, Conto. I. Título.

    CDD: B869

    CDU: 82-31

    Travassos Publicações

    Tel.: (21) 4126-9826

    www.travassoseditora.com

    travassos@travassoseditora.com

    or onde começar, pelo óbvio o começo... Meu nome é

    Susan, tenho 23 anos, morena, nem muito alta, nem muito baixa, uma altura mediana na qual eu adoro, peso vamos dizer que acima do normal, nem muito gorda, nem muito magra, na verdade nem chego perto de dizer magra, essa palavra realmente não consta em meu dicionário. Eu tenho aquela barriga que nunca me abandona, o máximo que acontece é ela de-sinchar um pouco, mas com o tempo ela volta, nunca me abandonou. Na verdade, na minha vida, é a única coisa que nunca me abandonou.

    O que mais dizer sobre mim mesma? É muito difícil falar de si, é

    sempre mais fácil falar dos outros, julgar os outros, não sou perfeita e também nem pretendo ser, apenas quero ser feliz, amada. Sabe quando você não se ama mais, acha que vai ficar sozinha para sempre e vê todas as suas amigas casando e você vai ficando para trás? Todos começam a lhe perguntar Você quando casa? E você, quando vai arrumar um na-morado?, fora as perguntas completamente indiscretas Não vai dizer que virou lésbica?

    Naquela época eu me preocupava se ficaria sozinha para sempre,

    olhava minhas amigas felizes namorando, tendo alguém para conversar, passar o dia abraçada, dando beijinhos... A cada dia elas foram sumin-do, até que restou apenas eu. Naquele tempo até por ser a mais nova, completamente sem experiência, despreparada, achava que o problema era o meu corpo. Sempre me achei gorda, feia e minhas amigas sempre magrinhas, bonitinhas. Sair com elas era divertido, mas eu sempre fui o motivo maior das piadas, com elas e com os garotos. Até que não posso reclamar em relação aos garotos, nunca me faltou, mas nunca ficava com os que eu queria, eu era sempre a última da lista deles ou nem isso. Amar sem ser amada – essa frase foi feita para mim. Mas um dia essa fase passou e aconteceu assim...

    5

    dia mal amanhece e o meu maldito relógio desperta exatamente às 6h. Essa é a minha rotina de todas as manhãs, relógio desperta, jogo o braço para fora da cama, com um tapinha nada amigável despertador para, viro para o outro lado, me espreguiço, viro para o outro lado, solto um pum, – sim eu solto toda manhã ao espreguiçar e não tenho vergonha de admitir – após meu pum matinal, estico bem as minhas pernas, os braços, tiro a coberta e levanto.

    Meu quarto é bem minha cara, as paredes pintadas de branco, um

    guarda-roupa, uma pequena mesinha ao lado da cama, onde deixo meu

    despertador, o abajur, um chocolate, uns papéis de bala, sim eu como muita besteira, acho que é por isso do pum matinal. Em frente à cama tenho uma cômoda, onde em cima largo meu notebook.

    Entro no banheiro, que é bem pequeno por sinal, ele tem o que todo banheiro possui, uma pia, um vaso e um chuveiro. Faço meu xixi matinal, puxo a descarga que parece que vai acordar o bairro inteiro, paro em frente ao espelho, me olho fixamente por mais ou menos cinco minutos, o porquê de fazer isso nem eu mesma sei mais, mas nessa manhã em especial, coloquei a mão em meu peito, meu coração estava acelerado, apertado, angustiado e quando estou me sentido assim eu sei que alguma coisa vai acontecer, não necessariamente comigo, mas eu sempre acerto esse pres-sentimento.

    Lavei meu rosto, a água gelada faz com que eu fique toda arrepiada, é uma sensação boa, meu coração dá uma desacelerada, fico me olhando fixamente por mais alguns minutos no espelho, água do meu rosto escorre molhando a minha blusa, pego a toalha sobre a pia e seco o meu rosto.

    Volto para o quarto, tiro a camiseta e a deixo cair no chão, junto com algumas outras que já estão ali há algum tempo. Esqueci desse detalhe, 6

    Seis Meses

    não sou nenhum pouco organizada, onde cair, vai ficar ali por muito tempo, moro sozinha, não tenho que me preocupar com gritos e brigas por deixar tudo espalhado pelo apartamento. Essa é a minha forma de organização ou desorganização, o importante é que sei exatamente onde tudo está.

    Abro a gaveta da cômoda, pego uma calça jeans, a coloco com dificuldade, tenho que dar aqueles três pulinhos básicos para poder fechá-la, toda vez que coloco um jeans falo exatamente a mesma coisa que vou começar uma dieta no outro dia, mas isso nunca acontece. Abro uma

    porta do guarda-roupa onde estão pendurados os meus vestidos, minhas camisas sociais, é a única parte do meu guarda-roupa e do apartamento inteiro que está organizada, pego uma blusa preta lisa manga curta, com botões na frente, coloco, eu adoro essa blusa, ela me deixa mais magra e não marca minha barriga.

    Saio do quarto, meu apartamento não é muito grande, entro na sala

    que é junto com a cozinha. Minha sala tem um confortável sofá verde de três lugares, em frente uma mesa de centro e na frente dela mais uma mesinha com uma televisão de 14 polegadas, que eu nunca vejo. As paredes são brancas, não tenho mais móveis por não ter espaço, a cozinha sendo junto fica mais pequeno ainda, a cozinha tem um micro-ondas, uma geladeira, um armário, não tenho mesa e nem cadeiras, como no sofá que tem a mesa de centro, pra mim está ótimo. Eu sei o que estão pensando

    E as visitas? Não gosto de receber visitas, na verdade não recebo, com todas as minhas amigas casadas, elas não aparecem aqui mesmo, eu de vez em quando apareço, na verdade raramente saio do apartamento, eu decidi pela exclusão social, acho que quando eu era mais nova aprontei tanto que agora a velhice chegou mais cedo.

    Abro a geladeira que não tem quase nada, apenas duas garrafas de

    leite, uma fatia de bolo, metade de uma lasanha, meia garrafa de refrigerante, algumas fatias de queijo e presunto em um pires, um pote de maionese, um saco de pão de sanduíche. Pego o saco de pão de sandu-

    íche, o pires com o presunto e queijo, coloco sobre a pia, pego a maionese, a garrafa de leite, faço um sanduíche, como em pé escorada na pia, abro a garrafa de leite, tomo no bico mesmo, a pia já está cheia de louça suja e estou com preguiça de lavar um copo.

    Após finalizar meu café da manhã, volto para o quarto, abaixo, pego debaixo da cama minha bolsa, volto para a sala, pego sobre a mesa de 7

    Carol Assmann

    centro o meu celular, dou uma olhada já são 6h50, pego as chaves, a carteira, jogo tudo dentro da bolsa. Olho em volta, pego sobre o sofá um casaco, sim até na sala tem algumas peças de roupa, coloco minha sapatilha preta sem salto que sempre deixo ao lado da porta, por causa do odor, tenho outras sapatilhas, mas gosto tanto dessa que não consigo trocá-la.

    Desço as escadas do prédio que é bem pequeno, tem apenas dois an-

    dares, é bem antigo também, ele está precisando de uma reforma, mas eu que não vou fazer, existem outros moradores também, ninguém fala nada, não vai ser eu que vou fazer uma revolução logo aqui, não conheço meus vizinhos, por não sair de dentro do apartamento, saio mesmo só para trabalhar e comprar comida.

    O sol hoje está brilhante, a brisa do vento bate no meu rosto deixando meu nariz gelado, como adoro andar de manhã pela rua, claro, tirando toda a confusão de se tentar pegar um transporte público, a poluição sonora, buzinas por todos os lados, várias pessoas falando ao mesmo tempo, crianças chorando. Caminho rápido pela rua que está com

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