Despertados No Gelo 01 - Despertado

De Ariela Allein

Explorando uma caverna na Geleira do Alasca, Dylan encontra seis homens imoveis e aparentemente mortos, mas ele logo descobre que estão vivos quando o seu toque desperta um deles. Thorak e seus irmãos lobos estavam dormindo a dez mil anos. Como caçadores da idade do gelo, eles foram escolhidos para serem os primeiros lobisomens, foram criados para proteger a humanidade contra o mal que esta por vir. Mas o toque de um homem desperta o seu desejo de acasalamento e Thorak desperta de seu sono antes do tempo, em um mundo que ele não conhece. A medida que eles se conhecer e o amor cresce, o mal ameaça não só destruir o acasalamento deles, mas todos os guerreiros caçadores.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 16 de abr. de 2017

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Capitulo 1

Verão no Alasca era a época favorita de Dylan, também significava que era a época de sua viagem anual, onde acamparia e faria sua caminhada na geleira. Era algo que ele fazia sozinho para relaxar e ficar longe da sua vida cotidiana, tinha feito isso nos últimos sete anos.

Tendo chegado ao local de descanso, a escuridão não tinha sido um problema para montar acampamento.

Já amanhecendo Dylan planejou passar uma boa parte desse novo dia caminhando na geleira. Ele tomou um rápido café da manhã antes de arrumar todas as coisas que precisava para levar com ele.

Mesmo estando acampando perto da geleira, não havia acesso direto a ela de onde ele estava, o que significava que Dylan teria que dirigir até o parque privado que era o único ponto de acesso para a geleira.

Dylan colocou a mochila que estava levando, no banco do passageiro de seu SUV, em seguida começou a percorrer a curta distancia. Depois que ele chegou, pagou a taxa de entrada no escritório antes de estacionar.

Saindo do veiculo, ele olhou para a paisagem a sua frente. Dylan só poderia descrever a geleira como espetacular. Nunca ficava cansado de vê-la. Ela tinha começado a derreter a dez mil anos, até se situar no que é hoje, e sendo um vale glacial significava que tinha o céu ensolarado e excelente clima na maior parte do tempo.

No gelo, Dylan fez apenas uma pausa, tempo suficiente para puxar o casaco sobre a camiseta de mangas cumpridas, colocar um par de óculos de sol e um conjunto de grampo na parte inferior de suas botas.

Com a mochila presa em ambos os seus ombros, ele partiu para a sua jornada.

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Desde que ele já visitou a geleira varias vezes, Dylan decidiu que este ano faria uma caminhada mais difícil, e ele já tinha um destino em mente, às cavernas da geleira.

Como de costume, quando ele fez a caminhada no gelo, sentiu como se as suas baterias estivessem sendo recarregadas.

Não era como se o seu trabalho fosse tão estressante ou que sua vida fosse atormentada, pelo contrario, ele era um artista gráfico que trabalha em casa. Mas se sentia mal, pois todos os dias fazia as mesmas coisas, se sentia como se estivesse em um buraco.

E sem um namorado desde que terminou com o ultimo há alguns meses atrás se sentia ainda mais solitário, era só ali na geleira, um vez por ano que Dylan conseguia espantar o tédio que era a sua vida. Ele não sabia dizer se era a beleza do lugar ou se era simplesmente estar ao ar livre que o faziam se sentir bem, tudo o que ele sabia era que se sentia mais leve.

Dylan estabeleceu um ritmo constante enquanto caminhava ao longo do gelo. Colocava os pés com cuidado, se certificando de que não daria um passo em falso.

Estava na geleira sozinho, tudo o que ele não precisava era ter um acidente e acabar se machucando. Havia grupos turísticos disponíveis, mas Dylan não passou por nenhum em seu caminho, e nem pretendia se juntar a eles.

Depois de um tempo, o clima tornou-se quente o suficiente para que Dylan não precisasse usar o casaco, ele parou para retirar e o amarrou na cintura, também aproveitou o momento para puxar uma garrafa de água da mochila e tomar antes de coloca-la de novo na mochila. Ele olhou ao redor, o dia estava perfeito. O sol estava brilhante sem uma nuvem no céu.

Eventualmente Dylan chegou ao seu destino, ele sorriu quando se aproximou da entrada de uma caverna. Havia um grande pedaço de gelo que se erguia no centro da caverna, como uma adaga afiada, 2

esculpida pela água derretida. Sabendo que seria mais frio dentro da caverna ele colocou o casaco novamente.

Dylan caminhou ao redor do grande pedaço de gelo e na escuridão fria da caverna, como estava um pouco escuro retirou os óculos de sol e deixou no topo da cabeça. Ele olhou para as paredes e o teto de gelo azul que o rodeava. Explorando mais para dentro da caverna, ele encontrou um pequeno buraco dentro de uma das paredes.

Parecia ser novo já que havia uma pilha solta de gelo no chão em frente a ele. Dylan se aproximou até que ficou de frente para o buraco.

Sua curiosidade levou a melhor sobre ele. Dylan se inclinou e colocou a mão no meio da abertura, seus dedos não encontrara gelo na parte de trás, só ar livre.

Ele puxou sua mão para trás e se agachou na frente do buraco e espiou, surpreso quando pensou ter visto alguma coisa do outro lado.

Querendo ver melhor, ele tirou a mochila do ombro e procurou dentro, até que ele encontrou sua lanterna, Dylan apontou o feixe de luz para dentro do buraco.

Como o buraco não era muito grande, ele não podia ver o quão grande era a caverna do outro lado, parecia que não teria problema para olhar lá, era uma oportunidade que ele não ia perder. Pelo que ele tinha sido capaz de ver, a caverna não estava vazia.

Antes que ele pudesse realmente pensar no que estava prestes a fazer, Dylan pegou dentro de sua mochila a ferramenta de gelo que levou com ele quando ia escalar. Ele respirou fundo, depois passou a trabalhar em abrir mais o buraco, o suficiente para que ele conseguisse passar. Trabalhou tão rápido quanto podia, tendo o cuidado para não fazer nenhum estrago que impossibilitasse a sua entrada. Quando finalmente conseguiu ele entrou de cabeça.

O feixe de sua lanterna balançou quando Dylan apontou para o que ele tinha achado. Seus olhos se arregalaram, seu olhar voando de uma figura para a outra. Dentro da caverna de gelo, o que tinha eram seis homens, todos vestidos com peles e couro, cada um deitado em uma 3

cama de peles grossas. Eles estavam alinhados em fileira com as suas armas ao seus lados. Eles eram tão perfeitos que a primeira visto, só pareceu como se estivessem dormindo. Os homens pareciam como se estivessem acabado de sair da ultima idade do gelo.

O som dos grampos de suas botas trituraram o gelo, era o único ruído enquanto Dylan caminhou lentamente para mais perto dos homens. Ele passou a olhar para cada um. Todos eles tinham os cabelos longos e pretos e o tom de pele bronzeada de um nativo. Ele achou que teriam mais de um metro e noventa se eles estivessem de pé. Era difícil dizer com as peles grossas que usavam, mas ele achou que debaixo da pele, seus corpos seriam musculosos, e se estivessem vivos hoje, cada um dos seis não teriam dificuldades de obter contratos como modelos, eles tinham ótimas aparências.

A aparência de um dos homens em particular chamou a atenção de Dylan, mas ele não foi para ele em primeiro lugar. Começando na extremidade oposta dele, Dylan se ajoelhou ao lado de um deles. Ele estendeu a mão, mas rapidamente a afastou antes que entrasse em contato com o seu rosto. Mesmo que ele parecia em sono profundo não havia duvidas de que ele estava morto, provavelmente tinha congelado até a morte a milhares de anos atrás. Será que ele realmente queria tocar um corpo morto?

Sua mente se encolheu com a ideia, mas enquanto mais olhava, a ideia pareceu menos ruim. Em vez de tocar o seu rosto, Dylan arrastou um dedo na palma da sua mão, ele se afastou surpreso. A pele estava quente, quente e macio.

Com as pernas tremula, Dylan se levantou e se ajoelhou próximo ao segundo da linha, tocando, confirmando que a pele também estava quente, e assim foram o três seguintes que ele tocou.

Ele chegou no ultimo, aquele que ele se sentiu mais atraído, se ajoelhou ao lado, Dylan teve apenas um segundo para confirmar que a pele dele também estava quente, quando bem diante de seus olhos, os olhos do homem se abriram.

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Dylan soltou um grito quando se viu sendo empurrado para o gelo, suas costas no gelo com o corpo maior em cima dele. O homem se moveu tão rápido que os olhos dele mal tinham sido capaz de ver.

Mais do que um pouco atordoado e com medo do que ele faria a seguir, tudo o que Dylan podia fazer era olhar para os olhos castanhos.

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Thorak respirou fundo, inalando o perfume do homem em baixo dele, foi o primeiro cheiro que tinha sentido em dez mil anos. Ele tinha dormido muito tempo com seus irmãos lobos.

Eles foram escolhidos pelo Xamã da sua tribo para se tornar um novo tipo de homem. Ele, em seguida, colocou-os em seu longo sono na caverna de gelo.

Como guerreiros, caçadores, que despertariam quando eles fossem necessários para fazer o que eles haviam sido criados. Mas ele não tinha sido tirado de seu sono profundo por essa razão. Era o toque do homem branco que tinha feito isso. Seu cheiro e toque causou o seu desejo de acasalamento.

Ele olhou para ver se seus irmãos lobos ainda dormiam, depois ele se concentrou no macho. Thorak sentiu o cheiro dele, os cabelos curtos e da cor do sol e os olhos que combinavam com o azul do gelo ao seu redor.

Eram cores que ele nunca tinha visto em uma pessoa antes. A pele do home era tão pálida em comparação com a sua.

O homem se moveu