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Uma questão de confiança
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E-book290 páginas4 horas

Uma questão de confiança

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Sobre este e-book

Gordon fechou a porta e caminhou cambaleando para a cama.

Ele queria perdoar Taylor. Desesperadamente! Mas não podia confiar nela. Se se permitisse confiar, saberia que ela ficaria com o poder de o magoar novamente. Independentemente de tudo, ele não poderia mais dar-lhe esse poder.

O chão rangeu logo após a porta de Gordon, e ele prendeu a respiração quando a maçaneta da porta se virou. O chão rangeu bem por trás da porta do quarto de Gordon e ele susteve a sua respiração à medida em que a maçaneta da porta ia rodando. O seu coração acelerou de tal forma e ele queria desesperadamente chamar por ela.

A porta abriu devagarinho e Taylor apareceu como um vulto iluminado pela luz da lareira.

"Meu Deus!" pensou ele. O seu olhar percorreu todo o seu corpo, saboreando cada centímetro de cada perna nua…O seu corpo brotou para a vida mesmo que a sua boca tenha começado a dizer as palavras: "Taylor, não..."

"Tenho estado deitado e acordado e não consigo parar de me lembrar." Ela foi até à sua cama descalça. "Olha para mim, Gordon." disse Taylor.

Ele abriu as pestanas e deparou-se com o seu olhar. Algo brilhante, caloroso e perigoso queimava dentro dos olhos dela. "Sabes..." disse.

Ela colocou o seu joelho na cama e acarinhou-o, colocando a mão gentilmente na sua cara, depois colocou o outro joelho na sua cama e agarrou a cara dele com as suas mãos. "Apenas sei de uma coisa..." sussurrou, encostando cada vez mais a sua boca à dele.Gordon fechou a porta e caminhou cambaleando para a cama.

Ele queria perdoar Taylor. Desesperadamente! Mas não podia confiar nela. Se se permitisse confiar, saberia que ela ficaria com o poder de o magoar novamente. Independentemente de tudo, ele não poderia mais dar-lhe esse poder.

O chão rangeu logo após a porta de Gordon, e ele prendeu a respiração quando a maçaneta da porta se virou. O chão rangeu bem por trás da porta do quarto de Gordon e ele susteve a sua respiração à medida em que a maçaneta da porta ia rodando. O seu coração acelerou de tal forma e ele queria desesperadamente chamar por ela.

A porta abriu devagarinho e Taylor apareceu como um vulto iluminado pela luz da lareira.

"Meu Deus!" pensou ele. O seu olhar percorreu todo o seu corpo, saboreando cada centímetro de cada perna nua…O seu corpo brotou para a vida mesmo que a sua boca tenha começado a dizer as palavras: "Taylor, não..."

"Tenho estado deitado e acordado e não consigo parar de me lembrar." Ela foi até à sua cama descalça. "Olha para mim, Gordon." disse Taylor.

Ele abriu as pestanas e deparou-se com o seu olhar. Algo brilhante, caloroso e perigoso queimava dentro dos olhos dela. "Sabes..." disse.

Ela colocou o seu joelho na cama e acarinhou-o, colocando a mão gentilmente na sua cara, depois colocou o outro joelho na sua cama e agarrou a cara dele com as suas mãos. "Apenas sei de uma coisa..." sussurrou, encostando cada vez mais a sua boca à dele.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento5 de fev. de 2018
ISBN9781547516742
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    Uma questão de confiança - Deb Stover

    Carregado eroticamente e emocionalmente caloroso...

    ~ RT Book Reviews

    Gordon fechou a porta e caminhou cambaleando para a cama.

    Ele queria perdoar Taylor. Desesperadamente! Mas não podia confiar nela. Se se permitisse confiar, saberia que ela ficaria com o poder de o magoar novamente. Independentemente de tudo, ele não poderia mais dar-lhe esse poder.

    O chão rangeu logo após a porta de Gordon, e ele prendeu a respiração quando a maçaneta da porta se virou. O chão rangeu bem por trás da porta do quarto de Gordon e ele susteve a sua respiração à medida em que a maçaneta da porta ia rodando. O seu coração acelerou de tal forma e ele queria desesperadamente chamar por ela.

    A porta abriu devagarinho e Taylor apareceu como um vulto iluminado pela luz da lareira.

    Meu Deus! pensou ele. O seu olhar percorreu todo o seu corpo, saboreando cada centímetro de cada perna nua...O seu corpo brotou para a vida mesmo que a sua boca tenha começado a dizer as palavras: Taylor, não...

    Tenho estado deitado e acordado e não consigo parar de me lembrar. Ela foi até à sua cama descalça. Olha para mim, Gordon. disse Taylor.

    Ele abriu as pestanas e deparou-se com o seu olhar. Algo brilhante, caloroso e perigoso queimava dentro dos olhos dela. Sabes... disse.

    Ela colocou o seu joelho na cama e acarinhou-o, colocando a mão gentilmente na sua cara, depois colocou o outro joelho na sua cama e agarrou a cara dele com as suas mãos. Apenas sei de uma coisa... sussurrou, encostando cada vez mais a sua boca à dele.

    Dedicatória

    Para os meus netos lindos, que me lembram ...

    Índice

    Dedicatória

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Excerto de Another Dawn

    Sobre o autor

    Capítulo 1

    Gordon Lane subiu do ribeiro gelado da montanha e procurou a toalha dele. Tinha desaparecido. De novo.

    Seu inútil, saco coberto de pele de esterco! resmungou, subindo a margem até ao trilho, observando o sorriso estúpido na fronha do seu velhinho setter irlandês Porque nunca ladras com ele, Max?

    Claro, Gordon sabia a resposta: o cão estava meio cego e surdo aos 13 anos.

    O cão não respondeu, então Gordon voltou a sua atenção novamente, monte acima, para o seu inimigo invisível. "Bem, pelo menos deixaste os meus boxers. Muito decente da tua parte. "

    Dizer que ele estava furioso seria o eufemismo do século. Infelizmente, dizer que ele estava a congelar o seu abono de família seria a verdade absoluta.

    Ele olhou para baixo, esperando encontrar alguns pingentes de gelo fixos no seu corpo. Por enquanto, tudo bem. Fazendo cara feia em direção às árvores acima do ribeiro, sacudiu o punho. Juro que haverá estufado de urso para o jantar, depois vou transformar o que resta de ti num tapete para o Max.

    O urso, também conhecido por brincalhão na casa, não pertencia a ninguém. Ele já veio com a propriedade. Embora Gordon nunca o tivesse realmente visto, a evidência que o animal desastrado deixava sempre à sua volta era prova suficiente. O agente imobiliário deveria ter listado o animal como um recheio da casa permanente.

    Virando a cabeça para um certo ângulo, Gordon ouviu um som inesperado e indesejável. Um carro. E em vez de virar no beco sem saída, o intruso parou em frente da sua cabana. Ótimo. Perfeito.

    Colocar roupas secas no seu corpo molhado não era a forma favorita de Gordon para começar bem o dia, mas correr nu em locais públicos também não. Ele hesitou por um momento, com pensamentos maliciosos passando pela sua mente. Porque não? Afinal, ele não tinha convidado ninguém.

    O que achas, Max?

    A língua do cão caiu de lado do seu rosto sorridente. Ok, nãaaaa. Gordon puxou os boxers e decidiu que era melhor levantar-se antes que o urso aparecesse. Da sua respiração saíam quantidades enormes de vapor branco, para o ar da manhã enquanto ele seguia o caminho, descalço, por entre as árvores.

    Foi então que alguma coisa o mordeu. Demasiado perto e de forma bastante pessoal.

    Ele susteve a respiração e olhou para baixo. Dezenas de formigas-de-fogo estavam a sair pelos seus calções e por todo ele, mordendo repetidamente vezes sem conta.

    Gritando com dor, ele puxou freneticamente a sua cintura. Que se lixe a sua empresa e aquele maldito urso. Agora, tudo no que ele conseguia pensar era em livrar-se do ataque dos calções e acalmar a picada.

    Qual seria o pior? O abono de família congelado ou a sensação de queimadura?

    Ai! Uma formiga mordeu-o num local particularmente delicado.

    Sem dúvida alguma! O queimar...

    * * *

    Taylor Bowen olhou fixamente e com descrença para a cabana rústica. Ela deve ter virado na cortada errada, graças a uma nova passagem ali existente. Uma coisa era certa - não estava em Digby.

    Ela abriu a porta do carro e saiu para o ar mais frio que já alguma vez encontrou nos últimos dez anos. Brrr. Como nos esquecemos rapidamente...

    A temperatura fresca aumentava o cheiro das agulhas de pinheiro que, espalhadas pelo chão, criavam uma espécie de almofada. Ela tinha sentido a falta desse cheiro, embora não se tivesse apercebido disso até agora. Uma beleza maravilhosa unia-se ao incrível silêncio, abraçando-a, fazendo-a sentir-se totalmente sozinha.

    E vulnerável.

    Deslizando o olhar de um lado para o outro da cabana, Taylor meio que esperava que algum animal selvagem saltasse para a sua frente e fizesse dela o seu pequeno-almoço. Era difícil de acreditar que ela tinha crescido nestas montanhas. Ela empurrou os óculos de sol mais para cima, no nariz e afastou um fio de cabelo escuro que tinha escapado da trança.

    A sua camisola era azul, então ela não estava fantasiada de Capuchinho Vermelho. Nenhum lobo mau e grande espreitava atrás da árvore mais próxima. Claro, isso significava que também não havia a casa da avó no final do caminho.

    Puxando a frente da sua camisola mais junto, contra o frio da manhã, dirigiu-se até ao alpendre. Assim que levantou a sua mão para bater à porta, um grito aterrorizador quebrou o silêncio.

    O que se passa aqui? Ela fugiu, correndo pelos degraus e ficou imóvel ao lado do seu Volkswagen. Um puma? Um animal perigoso e ferido? Estremeceu enquanto a memória indesejada a atacou de todas as maneiras.

    Ai!! Ouviu outro grito.

    Isso não é de um animal! Abriu a porta do carro e retirou a sua mala médica de cabedal do banco do passageiro e depois correu na direção mais correta e possível do som.

    Através das árvores, o brilho da água chamou a sua atenção e então apressou-se, meio deslizando os últimos metros até o caminho acabar numa curva bastante íngreme. Procurou a zona por um sinal que fosse de vida - humana ou não - depois, sentou-se numa rocha e olhou para baixo.

    Um homem dançava junto à margem inclinada, batendo nos calções e praguejando enquanto um setter irlandês andava animado à volta dele. O homem torceu-se e virou-se, claramente sem ter noção de estar a ser observado por alguém.

    Não parecia estar magoado. Talvez ela devesse partir antes que ele a visse, salvando-os do embaraço. Mas assim que ela se virou, ele gritou novamente e tudo pareceu acontecer em câmara lenta. Os braços dele rodopiaram e andou aos tropeções até cair na água.

    Protegendo os olhos do sol, Taylor correu para o ribeiro enquanto ele se arrastava para a margem, sacudindo a água do seu cabelo. Ela mal teve tempo para registar o alívio de ver que ele não necessitava de salvamento, já que ele caiu de novo contra uma rocha grande e plana, deixando as suas pernas ainda submersas. O setter irlandês colocou-se junto à cabeça do homem, num pedregulho plano e muito seco.

    Independentemente do comportamento bizarro do homem antes da queda, Taylor não poderia deixá-lo ali. Ela tinha de confirmar que ele estava bem. Mesmo que não estivesse gravemente ferido, tanto poderia morrer de hipotermia como de afogamento. Não tendo tempo para tirar as sandálias, ela saltou para o riacho coberto de seixos.

    Com um rápido olhar verificou que os olhos do homem estavam fechados enquanto ele gemia calmamente. Respiração - OK! Pelo menos isso era encorajador, apesar dele, claramente, não ter ouvido a sua aproximação ao ribeiro, que tinha uma corrente quase impetuosa.

    Uma voz preocupante no seu subconsciente insistiu que ela olhasse para a cara dele novamente. O reconhecimento fez uma grande aposta...e ganhou.

    Gordon. Ela engasgou-se e o seu coração acelerou estupidamente. De repente, a necessidade de determinar a gravidade dos seus ferimentos tornou-se demasiado pessoal. Ele iria ficar bem. Tinha que ficar!

    Devido ao seu cabelo grisalho, ela tinha pensado que ele seria um homem muito mais velho à distância. Mas claro, eles eram exatamente da mesma idade.

    Com as mãos trémulas, Taylor colocou a mala na rocha e abriu-a, perguntando-se se os ferimentos seriam graves ou não. Depois de remover o estetoscópio da mala, ela aproximou-se. Vias aéreas, respiração, circulação, lembrou a si mesma. O seu olhar mergulhou mais abaixo para verificar se havia sangramento e ela reparou nos cabelos grisalhos e encaracolados que cobriam o peito dele.

    Ele gemeu novamente e mexeu-se ligeiramente, embora os seus olhos continuassem fechados. Espero que aqueles pequenos monstros sanguessugas estejam mortos, porque eu estou a congelar murmurou ele.

    O setter ladrou concordando. Seria o Max? questionou Taylor.

    Imbecil? repetiu Taylor.

    Gordon abriu um olho para olhar para ela. Mas que ca...?

    Taylor endireitou-se tão rapidamente que tropeçou, mal se conseguido aguentar antes de avançar para a frente. Bem, isso seria uma ótima maneira de começar a sua carreira de atriz. Já conseguia ver os títulos dos jornais.

    Curandeira desajeitada mata namorado da escola secundária.

    Resmungando, ele sentou-se. Entre as formigas e os bons samaritanos, um homem não pode...

    O seu olhar colidiu com o dela e ele pestanejou várias vezes. Taylor?

    O cão ladrou.

    Taylor abanou a cabeça, meio que atordoada e deu um passo na sua direção. Eu...eu pensava que estavas ferido.

    Taylor repetiu.

    A sua voz grave deslocou-se ruidosamente na barriga dela e perfurou diretamente na sua medula óssea. Fácil. Ela engoliu em seco e tentou desviar o olhar, falhando redondamente. Estás ferido? Onde estás ferido?

    Estás de volta! disse ele. A descrença preencheu a sua voz, lembrando-a onde ela estava...e quem ele era. Ele esfregou a cabeça e lançou-lhe um sorriso torto. Vou-me levantar. Já acabaste de brincar aos médicos?

    Taylor tentou ignorar a implicação das suas palavras e o seu sorriso irónico, mas não conseguiu. Eles tinham brincado aos médicos...há muito, muito tempo atrás. Ainda não acabei de te observar!

    Ela levantou mais um pouco o queixo. Esta foi a primeira vez que ela colocou os olhos nele desde que partira de Digby. A dor implacável contornou o seu cérebro e explodiu diretamente no seu coração.

    Em cheio!

    Não precisava disto, não agora. Claro, ela sabia há muito que teria de o enfrentar, mas nunca pensou que fosse tão cedo. Ganhando fôlego, forçou-se a ela própria a olhar para ele sem hesitar.

    Apesar das lembranças amargas que a bombardeavam, ela viu o diabo nos seus olhos turquesa. O senso de humor de Gordon não tinha mudado nada, embora suspeitasse que fosse mais um mecanismo de defesa para ele, neste momento. Bem, dois poderiam jogar este jogo e poderia evitar tornar-se numa idiota chorona à frente dele. Não estava disposta a dar-lhe qualquer confiança.

    Ainda não terminei de te examinar. repetiu.

    Exam...? Ele fechou os olhos por um momento e respirou longa e lentamente. Parece que já és uma médica verdadeira agora. Ele deu uma risada meio nervosa e abanou a cabeça. Sabes, não te reconheci...logo. A sua voz foi ficando cada vez mais baixinha.

    Ainda bem que os seus ferimentos não eram sérios, porque ela estava a fazer um trabalho deplorável para manter qualquer semelhança com profissionalismo. Para não mencionar o que lhe estava a fazer, especialmente ao coração, voltar a vê-lo novamente, depois deste tempo todo.

    Uma deliciosa lembrança apareceu repentinamente na sua cabeça baralhada, desencadeando uma penosa ardência que corria pelas suas veias. Ela recordou Gordon há mais de dez anos atrás, beijando-a, desejando-a, descobrindo o seu corpo virgem com o seu toque igualmente inocente...

    Como ela o tinha desejado!

    Uma panóplia de imagens daquele longo verão quente, entre os anos da escola preparatória e secundária, passou pela sua mente: piqueniques, pesca, caminhadas, nadar, curtir atrás da queda de água mais acima na montanha e no banco de trás do seu jipe ...

    Eles perderam a virgindade juntos. Ele tinha sido tão ternurento, apaixonado, tão...Gordon.

    O aperto repentino abaixo, na sua barriga, sacudiu-a de volta para a realidade presente. Não poderia querê-lo agora, não depois do que ele lhe tinha feito. A ambos.

    Ela não o quereria agora. A relação deles pertencia ao passado, um capítulo fechado na sua vida. As lembranças eram doces, mas perigosas. Tornavam-na vulnerável à dor, um luxo ao qual não se poderia dar agora. Humedecendo os seus lábios, ela procurou o rosto dele, questionando-se se ele também se lembrava.

    Ele estremeceu enquanto se levantava.

    "Estás ferido. Ela aproximou-se mais um pouco dele. Sãos as tuas costas? Foi uma queda desagradável."

    Oh, sim, eu caí. Acredita em mim, não irás querer saber das minhas feridas.

    Eu acho que um raio...

    Não é necessário. Rindo de satisfação, ele permaneceu parado levemente e tremulou um pouco antes de se recompor. Vês? Estou bem.

    Max ladrou novamente. Este é o Max? Taylor perguntou incrédula. Ele deve ter pelo menos doze anos agora.

    Treze.

    Gordon estava tão perto que conseguia senti-lo, apesar de nem ousar baixar o olhar dela. Mas uma voz persistente, vinda de alguma parte da sua alma queria.

    Muito!

    Em vez disso, ela mordeu a bochecha por dentro e inclinou um pouco a cabeça para trás, para encontrar o olhar dele. Olhos deslumbrantes, um bronzeado bonito, cabelo comprido e grisalho e um corpo musculado e alto - o tipo de homem com que as mulheres fantasiam.

    Ela já deveria saber.

    Ele era um deus de bronze e sorridente, já não mais aquele adolescente propenso a acne que ela tinha, um dia, amado com toda a exuberância da juventude que ela conseguira reunir. Ou o rapaz que tinha prometido o seu amor eterno e depois quebrou o seu coração frágil e jovem.

    Olha, mãe, sem mãos! disse ele calmamente, continuando a olhar para ela.

    Algo cintilou nas profundezas dos seus olhos, deixando-a momentaneamente sem respiração. O seu olhar fixo era penetrante, questionável, abrangente.

    Ele também se lembra. Agarrando-se de novo à realidade, procurou nele algum sinal de instabilidade. "Tu caíste, não foi?"

    Sim, mais ou menos, mas claramente que tive um motivo. Ele olhou para baixo. No entanto, a água parece ter ajudado.

    Sem pensar, Taylor seguiu a direção do seu olhar. Molhado, com os boxers colados ao corpo, brancos, óbvio, deixou pouco para a imaginação. Para além do seu físico impressionante, nervos vermelhos irritados cobriam o seu baixo ventre, as partes interiores das suas coxas e outras partes mais intimas, suspeitava ela. Tu estás...

    Picado! concluiu ele, mostrando-lhe outro sorriso meio atrapalhado quando ela olhou novamente para o seu rosto.

    Picado. ela repetiu estupidamente, ignorando a voz da razão feminista que lhe dizia que deveria ficar ofendida pela sua própria incapacidade de dizer duas palavras de forma coerente. Na verdade, magnífico tinha sido a palavra que flutuava no seu cérebro atordoado.

    O jovem Gordon Lane tinha amadurecido muito bem.

    Atividade vulcânica era uma descrição suave do inferno que, repentinamente, a assolou. Ainda assim, a curiosidade combateu contra a vergonha e ganhou. O que aconteceu?

    Ele encolheu os ombros. Formigas nos meus calções. Gesticulou em direção à margem. Estupidamente, deixei-os no chão enquanto fui nadar e aqui o cão maravilha nem sequer rosnou enquanto elas invadiam.

    Pois. Ela viu perfeitamente e relembrou-se. Nadarem nus tinha sido um dos seus passatempos favoritos. Nadar sem roupa tinham sido preliminares incrivelmente eróticos. A sua memória estava demasiado boa. Excelente, até.

    Tentando focar-se novamente, Taylor levantou-se e agarrou, por detrás dele, a sua mala de médica. A água gelada tinha entorpecido os seus pés e as suas sandálias estavam estragadas. Bem, já que não queres seguir o meu conselho e...

    Não.

    Mais valia ter dito: Caso encerrado. Fim de discussão.

    Ele aproximou-se, roçando ao de leve no braço dela. A sensação da sua pele fria com água infiltrou-se pela camisola dela e foi direto para a libido. Olá! Bom dia, hormonas! Sabendo que ele não estava a usar quase nenhuma roupa não ajudou nada.

    Um som de água a salpicar fez com que Taylor olhasse por cima do seu ombro. Ele estava curvado, atirando água para o seu abdómen e coxas, não tendo qualquer consciência ou sendo indiferente ao impressionante espetáculo que acabara de apresentar.

    As costas dos homens nunca antes tinham chamado a atenção dela, mas agora ela tinha que se questionar do porquê. Baixando os óculos de sol, olhou com atenção por cima das hastes e depois colocou-os de novo corretamente no rosto. Através do algodão fino e molhado, os músculos bem definidos ondulavam ao longo da parte de trás das coxas dele e até nas suas nádegas. Ele estava bom. De facto, melhor do que bom.

    Apesar do seu embaraço anterior, Taylor não conseguia evitar a agitação faminta que surgiu nela novamente. Afinal, ela era uma mulher saudável, de vinte e oito anos e já passara muito tempo, mesmo muito tempo. Na escola de medicina e residência, a sua vida amorosa fora praticamente inexistente. Com exceção de Jeremy.

    Gordon parecia estar apto para satisfazer a sua fome, mas ela tinha outros assuntos mais importantes a considerar. Talvez menos apelativos, mas definitivamente mais importantes. Para além disso, ele tinha-a magoado da pior forma possível. Essa memória esbarrava entre ela e tudo o que a sua libido poderia ter em mente.

    De coração partido, Taylor tinha contado à sua mãe toda a história da traição de Gordon. E já que os seus pais estavam a preparar-se para se reformarem e mudarem para a Flórida, decidiram mandar Taylor mais cedo para casa da sua tia. Incapaz de enfrentar Gordon, Taylor fez com que os seus pais prometessem não lhe contar para onde ela tinha ido.

    Agora, ela tinha chegado ao fim de um ciclo.

    Será que Gordon sabia que ela sabia? Seguramente que ele tinha percebido o motivo da sua súbita partida.

    Respirando profundamente, ela fez por manter as suas memórias à distância. Por agora. Mais tarde, quando estivesse sozinha, sabia que aquelas memórias retornariam com uma vingança. Bem, ela apenas teria de saber lidar com elas.

    Mas, primeiramente e mais importante, ela tinha uma obrigação para com os cidadãos de Digby. Ela estremeceu, reprimindo a desilusão que novamente ameaçava a sua determinação.

    Ela deveria estar num grande hospital, realizando pesquisa e não estar num riacho de montanha gélido. Suspirando, ela lembrou-se que, se não fosse pela ajuda financeira de Digby, ela não teria, de todo, conseguido terminar o curso de medicina.

    Apreciando a vista? Ele endireitou-se e virou-se para ela num movimento espontâneo.

    Taylor pressionou os seus lábios e, propositadamente, permitiu que o seu olhar viajasse por todo o corpo dele. Claro que, nesta altura, ela sabia que as hipóteses de o embaraçar eram nulas, mas tinha que lutar contra isso de alguma forma. Na verdade, tenho coisas mais importantes para fazer. Nos meus sonhos. Encontrou o olhar dele e deu um passo em direção à margem. Já que não vais ao hospital, pelo menos deixa-me ajudar-te a voltares para a tua cabana.

    Ele olhou desconfiado e acenou com a cabeça. Já alguém te disse que és teimosa que nem uma mula?

    Sim, tu.

    Ele ficou sério e ela sabia que ele estava tão cheio de lembranças quanto ela. Bom. Pelo menos havia alguma justiça no mundo.

    Bem, já que ambos estamos a ir na mesma direção, suponho que não há nada de errado em deixar que venhas comigo. Ele lançou outro sorriso e Max ladrou novamente.

    Tudo bem. Ela saiu com dificuldade do riacho e começou a subir o caminho íngreme, com as suas sandálias encharcadas a salpicarem de água. Apenas o brilho da luz do sol evitava que congelasse. Este era o seu primeiro dia

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