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Under The Darkness
Under The Darkness
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E-book158 páginas2 horas

Under The Darkness

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Sobre este e-book

Viver para ver mais um dia, é uma tortura para Dylan. Sozinho em um estado em caos, ele luta todos os dias para se manter vivo. A cidade é assolada por uma escuridão repentina, que quando se vai, deixa um rastro de sangue e brutalidade.O choro e o clamor das pessoas, se tornaram algo comum em dias como esses. Sem forças de segurança, e nenhuma comunicação funcionando, era viver sobre o sangue derramado. Dylan quer apenas uma coisa, encontrar sua família. Nem que para isso, se torne um sobrevivente sanguinolento.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jun. de 2017
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    Under The Darkness - Erik S.s.

    Under the Darkness

    - Sob a Escuridão -

    Escrito por Erik S.S.

    - O ser humano não teme a escuridão, pois sabe que o dia brilhará novamente... Mas se ele não brilhar!?-

    By Erik S.S.

    Capítulo 1

    Matar se necessário.

         Dylan não sabia, mas andava aos redores de Ashland. Seu olhar sem vida ia de encontro às intermináveis árvores. Sentia a fina chuva que caía dos gigantescos eucaliptos, e desciam por entre os grossos troncos, que úmidos atraíam lesmas. Dylan andava com dificuldade, o chão molhado parecia segurá-lo a cada passada. Sua têmpora transpirava de real cansaço, eram três dias de chuva incessante e noites mau dormidas. Parou por um instante, com o braço direito se apoiou num dos troncos ao lado. Respiração ofegante, o suor lhe descia o rosto, com a manga da camisa de tweed, secou a testa e a boca, cuspiu em seco. Olhou para cima, até o topo dos eucaliptos, respingos da chuva caíram em seu rosto. Fechou os olhos, seu tórax se movia lentamente, ritmado pela profunda respiração, com a língua pra fora, tentava em vão saciar sua sede. Já se faziam vinte e duas horas sem beber um grande gole d'água. Seus olhos cansados caíram sobre o chão de terra molhada, folhas e gravetos se uniam num grande embaraço. Dylan então voltou a caminhar, com o olhar sempre à frente andava com cuidado e ao mesmo tempo fraco, pela falta de vitaminas e de água.

         A vida estava terrível desde a primeira escuridão, não se lembra mais quando aconteceu. Seriam seis meses? Oito? Talvez um ano. Mas se lembra da destruição que causou. Lembra-se vividamente dos gritos entoados em meio às trevas, do choro dos pais e dos filhos, que encontravam pedaços do seu ente querido ao passar a escuridão.

        Voltou a sua cansativa caminhada, seus passos tortuosos ameaçavam parar, mas ele continuou, apoiando-se nos troncos, se manteve forte. Cheirava tão mau, quanto um cachorro molhado. A sujeira se acumulava em seu rosto. Os dentes bonitos, em um sorriso discreto, não eram mais tão brancos (Ele o escovou duas semanas atrás, mas perdera a velha escova, numa fuga paranóica). O escovava em um riacho solitário, aonde a floresta fechada o mantinha em segredo. Dylan jurou ter ouvido alguém à espreita, então correu largando suas coisas.

        Andou por mais alguns metros, saltando por entres árvores caídas, tropeçou após apoiar o pé de volta ao chão. Esbravejou em segredo e continuou. A fina chuva ainda caía e seu estômago roncava quebrando o silêncio, murmurou baixinho e com o rosto torcido aguentou a dor.

        - Preciso comer alguma coisa! - já se fizeram oito horas desde a última refeição. Biscoitos, que de tão velhos já se encontravam murchos. Ele lutava por comida constantemente, as pessoas faziam o que fosse preciso por alimento. A fome era uma tortura e a pior dor já sentida por Dylan.

        Alguns metros à frente, descendo por um declive de musgo, troncos e folhas ensopadas pela chuva, se deparou com um chalé. Seu coração bombeou rápido e desesperado. Ali poderia ter as provisões que necessitava. Manteve a calma no olhar, enquanto por dentro sua pressão sanguínea subia rapidamente. Com passadas meticulosas, evitava tropeçar e chamar a atenção de algum possível dono do chalé. A camisa estava úmida e as mãos sujas. Se apoiando nos eucaliptos, olhava ao redor procurando algum perigo. Dylan sabia como as pessoas haviam mudado desde as passagens da escuridão, e a fome, era capaz de mudar qualquer ser humano.

        Contornando o chalé, vasculhou alguma possível armadilha, seus olhos castanhos estavam atentos, quase de cócoras, ele andava para que não pudesse ser visto pela única janela. Sem perceber, acabou chutando latas de ervilhas, que pela água da chuva transbordavam. Num ímpeto movimento, se ajoelhou, e tratou de beber as três latas e meia. Secou a boca com a manga da camisa.

        O chalé era de madeira maciça, apenas grandes pregos seguravam aquele império de cinco metros quadrados. Espiou pela janela, de modo que sua cabeça não poderia ser vista por alguém de dentro. Logo teve a segurança de que não havia ninguém, se aproximou da porta, o chão de madeira anunciou sua chegada com um leve rangido, apertou os olhos com raiva de si mesmo. Lentamente girou a maçaneta, as juntas enferrujadas, rangiram escandalosamente. Sua respiração rápida e preocupada, adentraram ao pequeno cômodo.

        - Olá!? - Dylan disse pela abertura da porta, mas torcia que ninguém estivesse lá. Terminou de abri-la e de forma rápida entrou, fechando a porta logo em seguida.

        Recostou as costas na porta, fechou os olhos e respirou profundamente, agradeceu aos céus por estar num lugar seguro. Correu em direção de um velho armário, abriu as portas duplas e tateando as mãos procurou o que comer; nada encontrou. Mas uma garrafa de 1,5 litros de água estava quase cheia, a separou e continuou sua procura. Havia mais enlatados de ervilha, e um enlatado de salsicha. Abraçou cada item encontrado e o pôs sobre a pequena mesa quadrada. Na mesa um pedaço de pão dormido estava, Dylan sem pensar, o agarrou e o mandou para a boca, com mordidas pesadas, engoliu o pão em seco, e em seguida comeu os farelos restantes sobre a mesa, tratou de abrir a garrafa d'água e bebeu um gole. Com seus olhos procurava mais alguma coisa útil naquele cômodo, mas seu olhar parou ao ver uma mochila; ninguém deixaria aquilo tudo para trás, não em tempos como esses. Ele agora estava preocupado, as mãos tremiam de nervosismo.

        Se aproximando da mochila, tratou de abri-la rapidamente e guardar tudo que conseguira naquele momento. Vasculhando os bolsos menores, encontrou um grande pedaço de papel e um pequeno canivete tático; o analisou de perto, passando sua lâmina sobre o polegar. Tratou de guardar tudo, e ao se virar, viu que atrás da porta uma jaqueta de caça se encontrava pendurada. Correu em sua direção e a vestiu, sentiu o forro quente e por fora coberta por um tipo de lona bege. Hoje ele conseguira a sorte grande. Notou um boné preto aonde estava a jaqueta, o agarrou, e sobre sua cabeça o descansou; ele nem notou, mais nele estava escrito Wrath ( fúria ) em vermelho.

        A mochila já estava em suas costas, e ele ofegante, nervoso, sentou de encontro a uma das paredes, o cheiro de madeira velha, entrava em suas narinas. Dylan estava esgotado, vendo a fina chuva lá fora, ele piscava devagar, suas pálpebras ficaram pesadas, tão pesadas que mau conseguia segurá-las. Em sua própria mente ele se perdia, sendo levado à lembranças desses últimos dias. Era o que ele achava, já que perdera a noção do tempo. Dylan estava com medo, medo de que o dono desse chalé voltasse, e o apanhasse ali roubando. Ele não notara, mas dormia num cansado e pesado sono.

        A volta de Mt. Carmel era tranquila neste final de tarde, a visão do sol poente, fazia com que os olhos de Dylan brilhassem. Seu filho Richard, vislumbrava aquela imagem triste, e bela; ele se apoiava sobre uma das janelas no banco de trás, com o rosto quase grudado, suas baforadas condensavam o vidro.

         O BuickRoadmaster 1996, quase não balançava pela rodovia 61. A mulher de Dylan, Stephanie, permanecia em silêncio a viajem toda; talvez fosse cansaço, a volta pra Ashland parecia não ter fim, e ela havia enjoado de ver as mesmas árvores, que com as folhas amareladas, anunciava o outono. Com a cabeça apoiada no banco, queria apenas chegar em casa, seu cabelo volumoso de um loiro discreto, estava sempre impecável, os olhos verdes penetrantes, foram herdados à Richard.

        Dylan olhava para ela, querendo entender seu silêncio, ela parecia realmente estar cansada, não gostava das viagens até a velha casa vitoriana da mãe de Dylan; cuja mulher ela detestava.

        - Anime-se benzinho, já estamos chegando - ele disse deitando uma das mãos sobre a perna de Stephanie. Ela não quis responder, o olhou com desdém e virou ao lado oposto.

        - Vamos ver o que passa nesse rádio - Dylan tentou outra vez animar a família cansada. Mas Dust in the Wind soou daquele aparelho - É uma boa música - ele forçou um sorriso. Todos ficaram em silêncio, enquanto os acordes dedilhados tomavam conta daquele Buick. Ninguém disse uma palavra, até nada dura para sempre, apenas o céu e a terra ser cantado. Stephanie se comportou estranhamente, como se aquelas palavras ditas fossem a mais dura verdade poeira no vento, tudo que somos é poeira no vento.

        - Você está bem Richard!? - perguntou Stephanie, notou que o filho se encontrava em total silêncio, e daquela forma quebrara o gelo causado pela música.

        - Sim mãe - sua voz estava fraca, como se estivesse acabado de acordar, ele não tirou os olhos verdes das janelas.

        - Aguente firme campeão, já estamos chegando - disse Dylan, buscando o rosto do filho no banco traseiro. Ele não ligava se Richard e Stephanie, estavam gostando desse domingo cansativo, ele apenas sorria por tê-los por perto. Sua família era tudo que tinha, aquele garoto com ar grosseirão, de cabelos lisos em forma de tigela, era seu legado, e Stephanie seu porto seguro, Dylan sorria sozinho olhando a larga rodovia Poeira no vento, tudo que somos é poeira no vento.

        Então uma escuridão assolou a infindável rodovia, era tão negra e densa, que parecia tangível ser. Eles não conseguiam ver nem dois metros à frente.

        - Mas o quê? - balbuciou em um tom inaudível.

        - O quê é isso Dylan!? - Stephanie buscou em seu marido alguma proteção, para essa escuridão inexplicável.

        - Mãe! - Richard deixou sair de sua boca.

        - Calma... deve ser algum eclipse... mas o noticiário haveria de avisar a todos! - Dylan olhava para cima, como se a resposta estivesse bem ali. Ele diminuiu a velocidade, tirando o pé do acelerador, e se chegou no acostamento. Os três ali dentro se entre olharam, o medo pairava em suas faces, Stephanie transpirava nervosa pelo que acontecia, nunca havia visto nada parecido.

        - Mãe! - Richard agora estava em seu colo, Stephanie o manteve guardado no calor dos seus braços.

        - O quê vamos fazer Dylan? - perguntou ela inocentemente.

        - Ficar parados aqui que não vai ser - ele completou sem tirar os olhos à frente, notara que nenhuma luz podia ser vista, apenas a do farol do carro - Vou dar uma olhada aqui fora.

        - Não Dylan! Não vá, parece ser perigoso - ela o agarrou pela camisa de tweed que vestia.

        - Calma benzinho! Vou apenas dar uma olhada.

        Ao abrir a porta do Buick lentamente, notou que uma rajada de vento era soprada, de forma que um assovio doentio rasgava seus ouvidos. Ele levou as mãos as orelhas involuntariamente, seu rosto distorcido pela dor e o incômodo insano, não eram visto por sua família no carro. Olhando para frente do automóvel e para trás no caminho de volta, tentava buscar uma explicação para aquilo tudo. levemente acostumado com o assovio demoníaco, Dylan retirou as mãos das orelhas, em alguns passos tentava voltar ao caminho da casa de sua mãe, talvez lá fosse um lugar seguro. Cerca de dois metros aonde havia descansado o Buick prata, a esquerda, notara que um desfiladeiro existia, presumiu isto, pelo fato do relevo que seus pés sentiram.

        - Meu Deus... - tratou de voltar à sua família, com uma das mãos no rosto, tentava amenizar a forte rajada de vento. Seus olhos embaçados por lágrimas rasas, fitaram o negro céu, que com trovões e raios desenhavam aquela escuridão. Notou que Stephanie e Richard o esperavam, olhando para trás.

        E então alguma coisa, era como... um ser... acertou o Buick em cheio, o estrondo foi tão forte, que fez Dylan tremer as pernas, foi tão, forte que arremessou Stephanie e Richard contra a porta do carro, o carro não resistiu a pancada, era como um brinquedo que não mão de uma criança, era destroçado, e jogado foi desfiladeiro abaixo.

        - Stephanie! - o grito de Dylan não pôde ser ouvido. Mas ele ouvia os gritos de pavor de sua mulher e de seu pequeno menino.

        Um estrondo o acorda. Seus olhos estavam arregalados

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