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O Detetive Escritor
O Detetive Escritor
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E-book190 páginas2 horas

O Detetive Escritor

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Sobre este e-book

Todos os crimes que ocorrem no bairro Upper West Side em Manhattan, em Nova York, tem a presença da polícia local do 13º Distrito, liderados pela mente curiosa e um tanto confusa de Ethan Shore, famoso por resolver crimes e escrever histórias. Ele é auxiliado por sua parceira e amiga de longa data, a detetive Hallana Burton, uma mulher bonita e elegante e que parece ser a única a entender como a mente dele funciona, além dela, Ethan conta sempre com o misterioso Paulo, um de seus contatos que consegue todas as informações que ele possa precisar. No entanto, Ethan recebe ordens diretas da Tenente Ribeiro, responsável pelo distrito e pelo inspetor Neves, que cuida da perícia. Ethan também já saiu várias vezes do distrito em virtude de desavença com o capitão Corey e atuou bastante como detetive particular, com seu jeito sarcástico, bipolar e ignorante ele vai conquistando todos a sua volta com seu charme, o que deixa as pessoas sem entender claramente o que pensar dele. Com uma história clássica de detetives, os criminosos de Manhattan conheceram o impetuoso detetive que ainda escreverá seus próprios feitos usando sua parceira como musa!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de ago. de 2017
O Detetive Escritor

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    O Detetive Escritor - Paulo Godoi

    Título: O detetive Escritor

    Autor: Paulo Godoi

    Editora: Clube de Autores

    Edição: 1ª

    Ano: 2017

    Idioma: Português

    Especificações: A escolher | 183 páginas | Acabamento a escolher Peso: 280g (aproximadamente)

    Dimensões: 140mm x 210mm

    Papel: Pólen

    Impressão: Colorido e Preto e Branco

    Notas do autor:

    Sempre que eu termino um livro eu me ponho a pensar, pensar que poderia ter feito melhor, que poderia ter algo mais, mas se eu fosse pensar sempre certamente nunca terminaria um livro, afinal de contas temos uma natureza muito exigente para nós mesmos.

    Quando eu tive a ideia de escrever O detetive escritor me veio vários conceitos sobre o assunto, imediatamente consultei minha coleção de Sherlock Holmes, minha coletânea de Edgar Alan Poe e até mesmo a saga de livros do Harlan Coben com o carismático Myron Bolitar, como podem perceber tive influências suficientes!

    No entanto, não sou um brilhante escritor para poder me embasar com segurança neles, por isso eu me inspirei num livro que pode ser desconhecido do grande público, Três motivos para matar de Roy Winsor me apresentou dois personagens maravilhosos, primeiro o professor Barnes, e o outro, Ira Cobb.

    Quando você abrir esse livro e chegar na página um, por favor, não espere um texto célebre, não crie expectativas de ver um Sherlock em ação ou um Dupin em seu melhor momento, espere um escritor que gosta de romances policias que fez o melhor que pode, pois isso eu posso te garantir, pois eu escrevo aquilo que eu mesmo gostaria de ler e espero que vocês gostem também.

    Se ainda assim desejar prosseguir com a leitura, serei grato, e caso tenha ideias para esse personagem, ou se quiser dar nome a algum personagem nos próximos volumes, entre em contato comigo nas redes sociais, estou em quase todas!

    Com gratidão, Paulo Godoi.

    Episódio 1: Cigarros, Isqueiros e Cinzeiros

    Episódio 2: Amor de perdição

    Episódio 3: O homem invisível

    Episódio 4: A curva negra

    Episódio 5: Um conto em West Side

    Episódio 6: Um escândalo em Liverpool

    Episódio 1: Cigarros, Isqueiros e Cinzeiros

    Nova York, 1955

    O despertar da cidade que nuca dorme! Uma metáfora

    grandiosa talvez, mas para quem vive nela é como uma

    insônia eterna, a cidade não dorme por que tem mais chances de sucumbir se o fizer, e é bem compreensível. O clima

    estava quase divino, o cheiro de álcool era tão forte quanto a presença dos capangas dos grandes gângsteres, que podemos

    chamar de empresários, é tudo farinha do mesmo saco, talvez seja esse o motivo da polícia ser e ter que ser ainda mais ativa nessas questões, para o bem ou para o mal da população,

    afinal de contas, o mesmo ser humano que defende uma vida

    pode ser o mesmo que queira tira-la, o que não é raro hoje em dia.

    Enquanto o mundo todo se movia a todo vapor para seu fim

    terrível, uma figura imponente caminha tranquilamente de um minúsculo apartamento no centro até seu local de trabalho, seu nome: Ethan Shore, Detetive chefe da polícia de Nova

    York e autor do best-seller " Cigarros, Isqueiros e Cinzeiros

    ". Ethan mora a poucas quadras do Central Park, onde talvez seja seu lugar favorito em toda a cidade, é aonde ele exibe sua bela face mas guarda para si sua preciosa atenção e o

    doce som de sua própria voz.

    1

    Ele era muito autoconfiante!

    Ele caminhou pelas calçadas com a calma costumeira e

    respondia a poucas pessoas que falavam com ele, exceto

    quando passava em frente a um café, onde sua parceira

    frequentava pontualmente todas as manhãs. A construção era charmosa, ela era pequena e parecia ainda menor em virtude dos prédios que a cercavam, tinha um acabamento meio

    rústico com portas de vidro e colunas de pedras, o chão de seu interior era de madeira extremamente bem lixada e suas mesas tinham detalhes de móveis reais do século passado,

    Hallana sentava-se sempre na mesa do canto, que dava para a janela que mostrava o distrito onde trabalhava, sabia que

    Ethan a encontraria ali, e sempre levava um susto ao vê-lo sentado em silêncio, contemplando seu rosto com admiração.

    Quando os dois se conheceram, isso nos meados dos anos

    quarenta, ele havia dito algo que parecia ser um elogio, algo do tipo Seu rosto é muito bem feito, mais bonito que o da puta que bebi ontem É, Ethan é um perfeito cavalheiro!

    Logo depois dessa frase perfeita os dois foram para aquela mesma cafeteria investigar um caso, e desde então se

    encontram ali.

    Mas desta vez, depois de tantos anos, ele chegou e foi até o balcão pegar seu café ao invés de sentar-se antes e ficar

    reclamando a demora do garçom e foi até a mesa, quando se

    sentou, Hallana desviou o olhar para ele e riu ao dizer:

    2

    - Ora, desistiu de reclamar e foi fazer algo a respeito?

    Ethan bufou antes de beber um pouco da xícara e quando a

    recolocou no pires disse:

    - E pelo visto você acordou hoje se achando engraçada, não é?

    - Que engraçado você dizer isso! Rebateu ela rindo - Quem é o engraçadão agora?

    Ele apena devolveu o sorriso e voltou a sorver seu café,

    enquanto o fazia, a fumaça começara a embaçar seus óculos

    redondos, e ao tira-los, tudo para ele continua embaçado, ele esfregou os óculos no cachecol com dificuldade, mas não

    antes de Hallana notar:

    - Queria ter seus olhos, são maravilhosos! Disse ela

    hipnotizada pelo brilho azul turquesa, ele por sua vez

    respondeu colocando os óculos novamente:

    - E eu queria os seus!

    Ele riu com o comentário, tornou sua atenção a xícara em

    cima da mesa e de como a fumaça bailava vagarosamente

    para as bordas da mesma e caminhavam em passos lentos até

    colidirem no vidro e se unirem naquele espaço, e ela

    acompanhava aquele pequeno infinito como se estivesse ali

    sozinha, como se o mundo a sua volta fosse apenas um

    3

    conceito e ela apenas um ponto, e Ethan notara isso e então perguntou:

    - Está pensando nele? Perguntou ele referindo-se ao

    namorado dela que desaparecera após um acidente de barco,

    digo que desapareceu por que nunca acharam os corpos dos

    tripulantes e esse fantasma vem atormentando a moça há

    anos! No entanto, ela não perdeu a oportunidade e respondeu:

    - Não, estou pensando no Frank Sinatra!

    - Está afiada hoje! Comentou ele com um leve sorriso - Acha que teremos um daqueles quebra-cabeças deliciosos de

    montar hoje?

    - Talvez! Disse ela bebendo um pouco mais do café antes de finalmente desistir dele e direcionar seu corpo na direção de seu parceiro e atentar seu olhar para o dele, afim de

    acompanhar seus raciocínios esvoaçantes, por mais ou menos dois minutos eles ficaram em absoluto silêncio até ele ser rompido por Ethan:

    - Vamos! Disse ele se levantando - O inspetor chegou junto com o capitão, boa coisa não é! Disse ele com os olhos fixos na janela ao lado deles, toda vez que o inspetor Neves, que por sua vez, detesta o capitão Corey de maneira absurda

    chegavam juntos, era por que o caso requeria precisão

    cirúrgica, ou seja, o levariam para a tenente Ribeiro, uma 4

    mulher baixa, porém muito forte de pele alva como a neve e cabelos curtos que frequentemente ganhavam tons de outra

    cor, além de possuir expressivos olhos verdes e ter uma

    personalidade encantadora! E toda vez que essa precisão se fazia necessária, o babaca arrogante, como todo o distrito se referia a Ethan, era acionado para auxiliar.

    Em poucos minutos Hallana e Ethan chegaram ao distrito e

    seguiram para as suas mesas já aguardando serem chamados,

    as mesas ficavam frente ao escritório da tenente, onde ela debatia de maneira vocifera com o inspetor e o capitão,

    Hallana olhara para Ethan que por sua vez estava lendo, ela então voltou sua atenção para as sombras que se digladiavam entre si, e isso levou uns dez minutos aproximadamente, mal os dois saíram e a tenente já fez sinal para os dois entrarem, ele largou seu livro quase que de imediato e seguiu ela até a sala, assim que fechou a porta ouvira o rangido da cadeira enquanto o corpo da tenente se afundava nela:

    - Eu tenho um caso de assassinato muito esquisito! Disse ela -

    Ou seja, nós temos um caso de assassinato muito do

    esquisito!

    - Certo Rach, nos conte tudo o que nossos colegas lhe

    relataram! Disse Ethan sentando-se no canto e cruzando as

    pernas, Hallana se acomodara mais próximo da mesa de

    Rachel, que disse:

    5

    - Ontem, por volta das onze e meia, um motorista de táxi

    buscou duas mulheres em frente ao hotel Central Park, uma

    se chamava Érica Gordon e a outra Era Anne Buchmaker,

    elas trabalhavam parta o governo e carregavam consigo

    algumas informações que deferiam ter sido entregues ao

    comissário ontem, mas o táxi que elas pegaram foi

    encontrado carbonizado com apenas dois corpos, não

    sabemos qual delas foi levada.

    - E a que horas acharam o carro? Perguntou Hallana.

    - Cerca de oito horas depois.

    - A pista está fresca! Disse ela virando-se para Ethan que complementou levantando-se - Poderia anotar o endereço

    para mim querida, eu e Hallana daremos um pulinho nesse

    local.

    - Certo! Disse a tenente lhe entregando o bilhete.

    Os dois detetives saíram do distrito e seguiram pela lateral do mesmo até chegarem ao estacionamento onde Ethan deixava

    sua preciosidade, um Cadillac eldorado 1953, os olhos dele sempre brilhavam ao ver o automóvel cromado e brilhante, é toda vez Hallana fazia questão de comentar:

    - É por isso que você não se casa! Vive gastando esse olhinho bonito com esse carro.

    - Esse não é apenas um carro ! Disse ele enquanto se aproximava da porta do carro - É o carro querida, custou-6

    me os olhos da cara e um dos rins mas valeu a pena!

    Ela riu da emoção que ele falava do carro, mas quando ela

    entrou no carro ela realmente entendeu o por que dele gostar tanto, que carro confortável! Ela recostou-se no banco e

    soltou um profundo suspiro, vendo isso Ethan comentou:

    - Nada mal para um carro qualquer não?

    Mas Hallana fingiu não estar impressionada e comentou:

    - Bah! Já vi melhores!

    Ele riu sabendo que ela mentira e deu partida no carro.

    Durante o trajeto, os dois ficaram em um silêncio curto,

    apenas desfrutando da voz do Frank, ela olhava pela janela como quem viajava para bem longe, Ethan era bem sensível

    ao ambiente ao seu redor sem deixar que o mesmo o afete:

    - O que te incomoda? Perguntou sem desviar o olhar da

    estrada, é ela respondeu olhando para ele pelo reflexo da

    janela:

    - É sobre o caso, não é meio estranho?

    - Funcionárias do governo com informações secretas usarem

    transporte público para levar informações a um mero capitão de polícia?

    - Exato! Isso não existe, ou seja,

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