Era Uma Vez. Zumbi
De C.j. Santos
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Era Uma Vez. Zumbi - C.j. Santos
Epígrafe
Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. João 5:28,29
Para Bruna Mirian, Darlene Menezes, Suzana Souza, Vanubia Medley, Félix NV, Patrick soares, os maiores apoiadores desse projeto.
Sumário
Prólogo
Capítulo 1 — O caos
Capítulo 2 — Comunicado do governo
Capítulo 3 — A reunião
Capítulo 4 — A fuga
Capítulo 5— separação
Capítulo 6 — Traição
Capítulo 7— A catedral dos mortos.
Capítulo 8— O governo
Capítulo 9— confronto
AGRADECIMENTOS
O AUTOR
rosto
Copyright
Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Diário de uma sobrevivente um
Era uma vez... Saudades de quando os livros começavam com essa frase era uma vez
. Agora estou vivendo um tipo de conto de fadas. Só que não há fada alguma, e na boa, sério, sinceramente não era esse tipo de conto de fadas que eu almejava.
Mortos andando, é sério não estou de brincadeira, quisera eu que fosse brincadeira. Tudo começou em uma manhã chuvosa de segunda-feira me chamo Laura Beatriz, sou uma garota normal, como todas as outras nada de especial, nada pior do que se descrever, mas é necessário eu posso acabar como uma daquelas criaturas.
Bom. Sou branca, dos olhos castanho-claros, magra e cabelos liso, bem não e tão liso. Ok na verdade ele é muito Cacheado, mas não saio de casa sem antes usar a chapinha e deixá-lo liso e é isso o que importa, tenho 17 anos quase 18, faço aniversário daqui a duas semanas no dia 14 de março, bom se eu conseguir sobreviver até lá.
Nesse dia acordei tarde, sempre fui uma garota certinha que gostava de seguir as regras em geral. Essa quinta já tinha começado estranha, por eu perder o horário, mas ainda iria piorar muito.
Eu costumo pegar o ônibus em uma parada não muito perto da minha casa, a cerca de 800 metros, não é que não tenha paradas mais próximas da minha casa, mas minha melhor amiga senhorita Soares mais conhecida pelo primeiro nome Elisabete pega o ônibus lá, só que esse não é o único motivo... Tem certo garoto, ele se chama Rogério Vargas .
Eu sou apaixonada por ele, desde as 5º série. Já estamos no terceiro ano, nosso último do ensino médio. E neste ano resolvi, vou me declarar para ele, e dessa vez vai dar certo.
Já tentei algumas vezes, mas todas as vezes que falo com Rogério. Sempre travo. Imagine uma pessoa com gagueira e multiplique por dois, Sim sou pior.
Não sei o que acontece comigo sou muito para frente
como diz minha mãe. Sempre estou em debates na escola, gosto de dialogar muito, fofocar bastante, e discutir variados assuntos desde politica a quem tá ficando com quem.
Mas com o Rogério é diferentes aqueles olhos verdes, faz com que eu perca o controle, fico meio boba sem noção.
Uma expressão que vem a calhar é fico zumbi
sim zumbi lerdo, meio em transe, sem saber o que estou fazendo. Meio estranha essa expressão né? Mas até que se encaixa bem no cotidiano que estou vivendo.
Enquanto escrevo esse relato em meu diário sei que meus colegas e amigos estão gruindo, urrando e se matando pela escola, estou no auditório por sorte ainda não nos encontraram.
Mas vamos voltar a falar do meu deus grego Rogério. Fora seus olhos verdes que são de um verde muito claro, próximo ao azul, ele é loiro, alto, tem um corpo malhado e Seu sorriso, nossa aquele sorriso, perfeito! Bem alinhado e de uma brancura sem igual. Também pondera né? É filho de um casal de dentistas.
Levantei às 06h: 50min o ônibus estava programado para passar às 07h 00min às vezes variava em 10 minutos para mais, mas jamais passava desse horário, a não que o ônibus quebrasse, ai podia desistir, pois outro ônibus só viria uns 45 minutos depois. Arrumei-me rapidamente Usei meu uniforme número dois. Saia branca rodada até os joelhos, blusinha preta com uma listra branca e uma cruz de malta vermelha.
Era basicamente o segundo uniforme do clube de regatas Vasco da gama. O outro uniforme é baseado no primeiro uniforme da mesma equipe. No qual o dono do colégio torcia e era fanático, e para fechar o uniforme uma meia saia na cor preta com uma sapatilha também preta.
Usar o uniforme era uma das regras mais rígidas do colégio Vasco da gama, sem ele você não poderia entrar, salvo raras exceções, na boa! O diretor Eduardo que também é o dono do colégio, às vezes é um porre com essas manias de fanático.
Ele acha que todos são obrigados a aceitá-las. Certa vez ele tinha colocado no mural um lembrete que dizia todas as sextas-feiras cantaremos o hino nacional e o do Vasco
.
O hino nacional até entendo, por ser algo importante para todos os cidadãos brasileiros, mas o do Vasco! Acha que só por que estudamos aqui, temos que torcer também para o Vasco.
Bom eu torço para o são Paulo. E ele não gostou, quando o Márcio falou que seria bom se colocasse o hino para ser cantado na segunda ao invés de na sexta.
Algumas pessoas riram dessa piada, principalmente os garotos e até hoje não entendi, mas não irei perguntar para ninguém, pois quero que o Rogério pense que gosto de futebol.
Ele disse certa vez, que gosta de mulheres que assistem futebol, bem eu não assisto e só vejo os resultados dos jogos pela internet, mas ele não precisar saber disso e por coincidência também torço pelo mesmo time que o do Rogério.
Fora as loucuras fanáticas do diretor ele é um amor. Divertido, alegre, brincalhão, carismático e lindo. A minha amiga Elisabete tem uma quedinha por ele, quedinha não um Quedaço.
Ela fala que ainda esse ano ira ficar com ele. Eu até tentei falar para ela desistir dessa ideia, pois Eduardo é noivo e dez anos mais velho que ela.
Ele já está com 28 anos, e senão me engano, também faz aniversario em março, ou seja, quase 11 anos mais velho que ela, e ainda por cima está de casamento marcado com a professora Mariana, para o dia 27 de novembro.
Elisabete não se importa com o que eu digo. Cá para nós minha amiga é uma tremenda periguete. Você deve estar se perguntando como eu sei tanta coisa do diretor, simples sou a repórter do jornal do colégio e sei de tudo o que acontece aqui ou sabia.
Cheguei à parada de ônibus às 07h: 02min e encontrei Elisabete, ela utilizava o uniforme um do colégio, nenhuma surpresa quanto a isso porquanto sempre alternávamos os uniformes, enquanto uma estava com o uniforme um à outra estava com o dois e vice-versa.
Eu preferia o uniforme número dois, achava ele lindo mesmo não torcendo pelo Vasco. Já eram 07h: 13min e nada de o ônibus aparecer, e nem do Rogério. Elisabete logo disse: — É nada de ônibus e nem do seu amado. Percebi que alguns alunos do colégio reparavam em nossa conversa e corei levemente.
Decidimos ir de trem, a aula começava as 08h: 00min e tínhamos 15 minutos de tolerância caso atrasássemos. A estação ficava a cerca de 1200 metros. Chegamos lá em sete minutos.
Mas antes presenciamos o que sobrara de um acidente, entre uma moto e um carro de passeio.
Havia lá agentes da polícia rodoviária federal, socorristas da SAMU e bombeiros, fora certa quantidade de curiosos ao redor, e vários motoristas reduzindo a velocidade, para poder presenciar o acidente em maiores detalhes e graças a isso um congestionamento enorme ocorria na via.
Coisa de brasileiro, não sei por que, mas sempre reduzem e quase param para presenciar acidentes, ao invés de seguir seu caminho. Estava explicado porque o ônibus não havia chegado, deveria estar preso naquele congestionamento.
Graças à chuva que começou a noite e só parou de manhã. Brasília estava com muitos acidentes. Quando chove Brasília vira um inferno.
Os bombeiros lutavam para conseguir tirar o motorista do carro, visto que ele estava preso nas ferragens. Um homem de aproximadamente 37 anos sei lá creio que essa era a idade dele, cabelos curtos, gordão e com a camisa ensanguentada.
Uma das partes do veículo se desprendeu e entrou perfurou o seu ombro. Os bombeiros estavam preocupados em ajudá-lo logo, pois ele se mexia muito e não queriam piorar o ferimento.
Quanto algo estranho ocorreu, o motorista mordeu o braço do bombeiro que gritou bastante.
— Esse maldito! Arrancou um pedaço do meu braço. —Calma! Marcelo! Outro bombeiro gritava, enquanto os socorristas o ajudaram a estancar o ferimento e por sorte não parecia um ferimento grave.
E seria uma historia que Marcelo poderia contar a seus netinhos, mas, mal sabia ele que acabava de se contaminar, com um vírus estranho que deixava pessoas loucas ou pelo menos esse é um dos sintomas.
Eu fiquei meio atordoada com aquela e falei —Elisabete você viu aquilo?— Elisabete se estranhou algo não deixou transparecer e só disse que o motorista devia ter enlouquecido e que tínhamos que correr senão não conseguiríamos embarcar no trem a tempo.
E para piorar minha situação hoje tínhamos que apresentar uma peça em inglês, para o professor Flávio e ainda precisávamos preparar a sala antes.
Iríamos fazer um musical, baseado no livro os miseráveis de Victor Hugo
no qual Débora era fã e quem havia escrito o roteiro que apresentaríamos, e tínhamos que ir bem afinal a peça valia 70% da nota do bimestre.
Antes de irmos para a estação de trem, vi o carro do instituto médico legal chegando e dei-me conta que não havia prestado atenção no piloto da moto.
O piloto havia falecido no acidente não consegui ver se era um homem ou uma mulher só senti pena, pois ali acabavam todos os seus sonhos, projetos e desejos. Era só mais um cadáver entre tantos outros que perdem a vida diariamente no transito caótico brasileiro.
Nas férias passada aprendi a dirigir, pois pretendo tirar a minha carteira de habilitação, porém tenho medo de dirigir, entro em pânico só de pensar em encarar esse transito.
Finalmente chegamos à estação de trem e ocorreu tudo normal muitas pessoas que nem olhão em seu rosto e seguem seu caminho e provavelmente eu nunca falaria com muitas delas.
Más havia uma exceção Elisabete, todos davam uma olhada para ela também pondera né? Ela era muito linda. Ruiva, dos olhos cor de mel, corpão milimetricamente formado em academia desde cedo, e com varias dietas para reforçar.
Desde seus 12 anos trabalhava em agencias de modelo. Como já deve ter imaginado Elisabete é muito popular com os garotos, até com Rogério. No qual ela já deu um fora por saber dos meus sentimentos.
Considerada por muitos a mais bela do colégio, no qual até venceu o último concurso de beleza. E como uma Nerd como eu se tornou amiga de Elisabete? Foi tudo graças a um trabalho escolar, sortearam as duplas e sai com ela, fizemos o trabalho e se tornamos