O Diário de Diana
De Paula Alecio
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Sobre este e-book
Cliciê se encontra com Diana e descobre que existem extraterrestres e que eles não são em nada parecidos com o que se imagina e não estão aqui para prejudicar os seres humanos. Sendo assim, recebe a árdua missão de publicar os diários de uma extraterrestre, encarnada em nossa Terra, os quais contêm uma quantidade de informações e de riqueza inimaginável, e que agora se foram a público. O diário de Diana é apenas uma pequena introdução do que há por vir, tem muito mais histórias por vir.
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O Diário de Diana - Paula Alecio
Introdução
Os seres viventes na terra só podem afirmar uma coisa na sua existência: algum dia eles irão morrer. Porém, não podem prever a hora, o dia, como, onde e o pior, não saber se há continuação.
Viveremos uma aventura, aprenderemos sobre nós mesmos através do olhar e da estrutura das histórias contadas por uma repórter, sobre um ser diferente – a personagem central.
O texto a seguir é uma introdução a intrigante história de vida de Diana.
Após essa breve narrativa de uma parte da vida de Diana, outras singularidades devem se apresentar.
Contudo, o outro lado da história ninguém nunca poderá ter certeza se é real ou não...
Embarcando em 3, 2, 1....
O pontapé
Saí bem cedo de casa, como sempre. A parte da manhã foi uma loucura, telefonemas, respostas aos mais de cem e-mails, redes sociais e colegas de trabalho pedindo auxílio, além de cobranças da chefia. Com certeza, tudo isso que contei não é novidade pra ninguém. Lógico que com essa correria, não consegui nem parar para tomar café, o que já estava incorporado na minha rotina usual nos dias estafantes de trabalho contínuo... E acho que não estou sozinha nessa.
A fome apertou, então resolvi sair um pouco para almoçar fora dessa vez e descansar um pouco o cérebro. Não era sempre que conseguia, mas dessa vez foi. Pulando as chatices dos pormenores e indo direto ao ponto pelo qual você veio até aqui, vamos a melhor parte do dia.
O shopping que ficava mais próximo ao meu local de trabalho era bem convencional para esses almoços simples, contudo era bem aconchegante para fazer minha primeira refeição do dia: estrogonofe de frango, um dos meus preferidos. Já na praça de alimentação, enquanto eu aguardava o número do pedido aparecer no painel da loja, sedenta de fome, acabei percebendo uma discussão, que pelo barulho, estava perto dali.
Havia uma família sentada bem à minha frente, na mesa seguinte, que estava literalmente em pé de guerra, em plena discussão voraz e em alto e bom tom. Não tinha como não prestar atenção, mas claro, a curiosidade é um dos meus sinceros defeitos...
Eis aqui um pouco da conversa:
— Mas minha filha, você tem que parar com essa ideia maluca ‒ dizia um senhor, aparentando uns sessenta anos bem conservados. Era alto e devia medir mais ou menos um metro e noventa, tinha cabelos grisalhos e usava um óculos com armação polida em seus alvos olhos azuis, que estavam nitidamente acinzentados de fúria. Trajava terno e gravata, extremamente elegante e impecável. Parecia ser um executivo desses muito bem-sucedidos.
— Eu não sou e nem estou louca, senhor Arnaldo Figueiredo Testalone! ‒. Frase entoada por uma mulher que, à primeira vista, pareceu ser sua filha. Aparentava ter uns vinte anos de idade, de corpo magro e esguio, sem exageros. Corpo este coberto por uma simples calça jeans lavada e uma blusa estampada com flores em tons alaranjados e fundo branco. Tinha cabelos ruivos muito reluzentes, encaracolados e muito compridos, que passavam da cintura, chamando muito a atenção. Os olhos eram azuis como os do pai e tinha a pele alva como um leite. No momento em que essa mulher expeliu o nome de seu pai, pelo menos para mim pareceu que o shopping todo o reconheceu.
Todos ao redor olharam, tentando ser comedidos, mas não conseguindo. A cena seria engraçada se não fosse constrangedora, era mesmo muito embaraçoso tentar esconder o que sentimos em um momento como esse. Algumas pessoas tentavam disfarçar a engasgada com a comida, outras tentavam olhar para baixo e tampar os olhos e o rosto com as mãos, e outras ainda olhavam arregaladamente, sem disfarçar e boquiabertos.
Era um grande empresário de uma das cidades próximas de onde eu morava. Então, me perguntei: por que será que um milionário estaria esbravejando assuntos familiares em um shopping? E, ainda por cima, na frente de tantas pessoas, sem pudor algum? Sim, pois geralmente, essas pessoas costumam tomar mais cuidado com sua vida pública, porque tem a tal reputação a zelar, não é mesmo?
E é óbvio que a minha curiosidade aumentou ainda mais, afinal, sou jornalista. Tento há pelo menos cinco anos e nunca consegui um belo furo de reportagem, daqueles que alavancavam a gente, tornando-se o auge da nossa profissão. Por isso, achei que esse fato poderia ser interessante, com potencialidade de