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Lágrimas De Verão
Lágrimas De Verão
Lágrimas De Verão
E-book229 páginas2 horas

Lágrimas De Verão

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Sobre este e-book

Um romance que retrata o sofrimento e a dor da paixão. Vidas que se encontram e buscam a experiência do amor.O preconceito e a maldade em cada capítulo mostram os desfechos das armadilhas que são criadas nas tangentes da vida.Amores que se transformam em ódio, amizades que viram grandes amores.A vingança viajando ao lado das lágrimas de um verão.Nenhum homem será mais forte que aquela mulher. De uma simples auxiliar ela tornou-se a mais competente advogada da cidade, tendo em suas mãos todos os poderosos do local. Para vencer todos os seus inimigos, ela precisou entender o que se passava na cabeça de cada um deles. Os seus interesses e suas fraquezas. Todos irão comer em suas mãos. Para ela, basta perder a empatia e pensar em vencer a todo custo, sem olhar para trás, mesmo que isso custe a sua felicidade e o grande amor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de fev. de 2020
Lágrimas De Verão

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    Lágrimas De Verão - Andreia Camargo

    LÁGRIMAS DE VERÃO

                          Suspiro de Paixão

                      ANDREIA CAMARGO

                                  Revisão:

                      Rosani Hoelz de Oliveira

                      rosanihoelz@yahoo.com.br

    Prefácio:

    Um romance que retrata o sofrimento e a dor da paixão. Vidas que se encontram e buscam a experiência do amor.

    O preconceito e a maldade em cada capítulo mostram os desfechos das armadilhas que são criadas nas tangentes da vida.

    Amores que se transformam em ódio, amizades que viram grandes amores.

    Nenhum homem será mais forte do que aquela mulher. De uma simples auxiliar, ela torna-se a mais competente advogada da cidade, tendo em suas mãos todos os poderosos do local. Para vencer seus inimigos, ela precisa entender o que se passa na cabeça de cada um deles. Os seus interesses e suas fraquezas. Todos irão comer em suas mãos. Para ela, basta perder a empatia e pensar em vencer a todo custo, sem olhar para trás, mesmo que isso custe a sua felicidade e o grande amor.

    A vingança viajando ao lado das lágrimas de um verão.

                                        ***

                                      1977

    Uma turma de jovens estava jogando pedras e insultando uma garota de nome Claudia Barros, com apenas dezesseis anos e de cor negra. Seus colegas de escola estão humilhando-a, por puro preconceito. Discriminavam sua condição de menina extremamente pobre e de origem afro-brasileira.

    Ela sai correndo em lágrimas. Tenta refugiar-se em alguma loja para escapar das agressões dos ditos colegas.

    Por vários anos, cinco jovens da escola perseguiam-na sem o menor pudor. Eles faziam de tudo para transformar sua vida em um inferno! Para perturbá-la atiravam-lhe farinha de trigo, pó de carvão, ovos. Tudo que fosse cruel os cinco faziam com ela.

    Foram os piores anos de sua vida, que ficou traumatizada por todo período escolar.

    Ela vivia com uma tia de trinta e oito anos, de nome Sonia Barros. Após a morte da mãe, por uma doença fatídica, sua tia trouxe-a para viver em sua humilde casa.

    A vida não oferecera nada de graça à pequena Claudia, mas com os olhos marejados de lágrimas, no túmulo da mãe, embaixo de um temporal, ela jurou que venceria e não se entregaria jamais! Em prantos Claudia levantou o braço direito com as mãos fechadas e disse:

    _ Eu juro mamãe, que serei vitoriosa, ninguém me derrotará! Conseguirei vencer todos aqueles que me humilharam!

    Ela estava predestinada a lutar pelos seus ideais e nada tiraria sua força daquela difícil luta diária!

    Claudia estava sempre chorando de raiva, devido aos maus tratos que sofria dos colegas de escola. Mas já não se importava mais quando alguém a chamava de:

    _ Suja! Vá tomar um banho. _ Referindo-se a cor da sua pele.

    Eram cinco pessoas que faziam a jovem de mira, duas moças e três rapazes: Marco, Paulo, Antonio, Márcia e Raquel.

    Claudia não podia vê-los, que entrava em pânico. Iniciava a chorar ou corria para esconder-se na tentativa de proteger-se das maldades do grupo. Eles eram cruéis com a pobre moça, de maneira excessiva.

    Por longos anos de escola, Claudia sofreu as piores humilhações, mas não queria desistir de estudar. Chegou ao máximo do que um ser humano pode suportar para não abandonar os estudos e quando se recordava da promessa que fizera no túmulo da mãe, de que não desistiria de lutar pelos seus ideais, sua energia era revigorada.

    Ela queria sair daquela vida de extrema pobreza e a única forma seria se dedicando aos estudos.

    Por muitos anos Claudia ficou na sombra, se escondendo dos seus perseguidores e algozes. Eles tinham um ódio gratuito contra a brilhante jovem, que sempre obtinha notas exemplares na escola. Isso fazia aumentar ainda mais a raiva de seus inimigos.

                                        ***

                                        1988

    Claudia finalmente, aos vinte e sete anos de idade, com muito sacrifício, termina os estudos. Forma-se em advocacia com brilhantismo. Após o término da faculdade, um contrato de trabalho em um escritório de advocacia privado, está esperando para que ela dê o seu primeiro voo para a liberdade. O Sr. Leandro Cavalcante é sócio com 55% de ações na empresa. É um homem elegante, maduro, com seus cinquenta e seis anos, viúvo. Sua esposa morrera há algum tempo com uma doença grave. Claudia entra como funcionária, com a promessa de tornar-se futuramente uma sócia.

    Tudo anda as mil maravilhas. Um jovem colega de trabalho, Willian Mercedes, vinte e nove anos, faz de tudo para que ela se sinta confortável no trabalho. Um cavalheiro que não perde tempo em cortejá-la. O rapaz é de família rica, de cor clara, com lindos olhos verdes.

    Claudia sente seu coração bater forte quando está em sua presença. As colegas de trabalho a alertam sempre para que ela tenha cuidado, porque Willian não passa de um conquistador.

    Claudia consegue fazer amizade com uma advogada antiga do escritório, de nome Ana Linhares, trinta e cinco anos, divorciada, com um filho adolescente, Fabio de dezoito anos. Muitas vezes as duas se reúnem em casa de Ana para um almoço, ou jantar entre amigos restritos. O filho de Ana vive cortejando Claudia, que sorri e diz que o tem como um irmão. Não pode jamais cogitar ter algum tipo de relacionamento amoroso com ele. A própria Ana incentiva a amiga dizendo que não é contra, mas o coração de Claudia está com Willian.

    Após alguns meses de trabalho, Claudia consegue comprar um pequeno apartamento numa zona tranquila da cidade. Leva sua tia para morar com ela, pois sempre lhe fora muito grata desde a morte da mãe.  Dona Sonia é uma mulher de uma bondade extrema. Apoia sua sobrinha em tudo e dá sempre bons conselhos. Claudia vê na tia o ombro amigo, que pode contar sempre. Não esconde nada dela. Pede conselhos e a escuta com muita atenção.

    _ Tia! Prometo que pagarei a você todo o sacrifício que fez para que eu me formasse. Esse apartamento é pequeno, mas futuramente comprarei um maior, com mais conforto.

    A tia sorri e diz:

    _ Minha filha! Esse apartamento é coisa de rico! Esqueceu-se do nosso barraco na favela? Esse apartamento tem dois quartos. O que posso pedir mais da vida? Não se preocupe, pense em juntar seu dinheiro para o futuro.

    Assim as duas iam vivendo num apartamento de classe média, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Ideal para duas pessoas. A jovem advogada comprara aquele apartamento porque é perto do escritório onde trabalha e isso faz com que economize em condução. Basta pegar o metrô. Está próxima uns 10 minutos do trabalho.

                                            ***

    A advogada Ana tem uma sala somente sua. Isso é um luxo a que tem direito apenas os sócios antigos. Os sócios que detêm ações são cinco: Sr. Leandro Cavalcante, cinquenta e seis anos, Alexandre, trinta e oito anos, Ana, trinta e cinco anos, Isabel, quarenta e dois anos e por último Walter, com quarenta e cinco anos. Todos têm uma sala privativa. Os outros advogados têm cada um sua mesa, num grande salão, que acomoda oito pessoas, inclusive Claudia e Willian, que dão suporte aos sócios.

    No tribunal de justiça a advogada Ana junto com os seus colaboradores Claudia e Willian, defendem um rico empresário, Geraldo Gusmão, da acusação de corrupção contra o estado. Ele é um playboy de cinquenta e seis anos, viúvo.

    Dr. Osmar De Souza, excelentíssimo juiz de direito, um homem de cinquenta e oito anos, de pele negra, preside a sessão.

    _ Com a palavra o promotor Dr. Josué Ribeiro.

    O promotor de quarenta e cinco anos, de estatura baixa, levanta-se da cadeira e fala:_ Excelentíssimo senhor juiz! O acusado roubou dos cofres públicos mais de quinhentos milhões de reais com as suas empresas fantasmas. No decorrer do processo a promotoria irá provar a culpabilidade do réu, que com astúcia e frieza esvaziou os cofres da prefeitura. Obrigado senhor juiz!

    Ao término da fala do promotor, o juiz dá a palavra ao advogado de defesa, Ana Linhares.

    Esta, segurando alguns papéis com a ajuda de seus colaboradores, fala ao juiz:_ Excelentíssimo senhor juiz! Peço a anulação deste processo, porque as provas que o nobre colega, promotor Josué Ribeiro juntou, foram sem um mandado judicial. Os policiais invadiram a casa do meu cliente às quatro horas da manhã, sem um mandado, o levaram preso e o detiveram por mais de seis horas, sem ao menos o deixarem chamar um advogado.

    O juiz arregala os olhos e pergunta ao promotor o que houve:_ Senhor promotor, o que está acontecendo? Onde foi que o senhor se formou como advogado? Como pode cometer esse erro primário?

    O promotor tenta se explicar com palavras frágeis:_ O mandato de busca e apreensão foi expedito senhor juiz, com alguns minutos de atraso, mas foi efetuado.

    O juiz irritado bate o martelo._ O caso está anulado! Peço desculpas ao senhor Geraldo Gusmão pelos transtornos que essa corte possa ter lhe causado.

    O empresário deixa escapar um grande sorriso e abraça sua defensora, a advogada Ana Linhares, que retribui e em seguida olha para os colaboradores sorrindo e dizendo:

    _ Bom trabalho! Essas provas que vocês conseguiram reunir, nos fizeram ganhar a causa. Claudia e Willian sorriem gratos pelo reconhecimento.

                                        ***

    No escritório de advocacia, Ana comenta com o seu sócio Leandro Cavalcante o bom êxito do processo do rico empresário Geraldo Gusmão:_ Esse triunfo acaba de colocar nos cofres da nossa sociedade uma grande quantia. Precisamos de mais clientes como o senhor Gusmão. Tenho que admitir que a colaboração de Willian e Claudia, foi essencial para o nosso sucesso.

    Leandro observa sua sócia, pensativo, depois fala:_ Ana, ainda é muito cedo para torná-los sócios da empresa.  Vamos aguardar completarem ao menos cinco anos, depois voltamos a falar sobre o assunto.

    Ana acena positivamente com a cabeça e retira-se da sala do sócio. Passa por entre os advogados distribuídos em suas mesas, atravessa a grande sala, cumprimenta sua amiga Claudia e faz um sinal para que ela passe em seu escritório, que fica na parte oposta ao do chefe Leandro.

    As duas se trancam no escritório e iniciam a conversar: _Claudia, tenha paciência! Conversei com o Leandro. Como você sabe, ele é o sócio com maior percentual, detém 55% das ações. Em poucas palavras é ele quem manda. Deixou bem claro que os novatos serão aceitos como sócios, após cinco anos, mostrando suas habilidades técnicas e práticas.

    Claudia tranquiliza sua amiga.

    _ Fique calma, Ana! Estou muito satisfeita somente em estar trabalhando neste escritório de advocacia já é um grande prêmio para a minha carreira. Eu tenho paciência e cinco anos passam rápido. Tenho que ir agora minha amiga, vou tomar um drink com o Willian.

    Ana preocupada alerta a amiga:

    _ Cuidado! Não se apaixone! Já te avisei que o Willian é um mulherengo! Não quer nada sério com ninguém. Ele é de família abastada, não vai querer largar a boa vida da casa da mamãe.

    Claudia acena positivamente e comenta:

    _ Não se preocupe amiga! Não me apaixonarei, só quero desopilar o fígado! – Riem juntas.

    Ana interrompe:

    _ Não se esqueça do jantar em minha casa amanhã. É aniversário do Fabio e ele quer que esteja presente. Você sabe que o meu filho te adora!

    Claudia com um belíssimo sorriso confirma sua presença e se despede da amiga e chefe Ana. Apanha sua bolsa na mesa de trabalho, pisca o olho para Willian, dando sinal que o espera na parte de fora do escritório. Willian sorri e acena com a cabeça que entendera.

    Alguns minutos mais tarde os dois estão numa rua paralela à rua do escritório onde trabalham. Há por ali um aconchegante bar que serve deliciosos aperitivos.  Eles entram no local e antes que Claudia perceba Willian a beija ardentemente:

    _ Claudia! Estou loucamente apaixonado por você! Passo meus dias pensando no seu cheiro e na sua doçura. Não sei mais viver sem você, meu amor!

    Claudia olha-o fixamente nos olhos e retruca:

    _ Não brinque com os meus sentimentos Willian, isso é cruel demais! Você não precisa de juras de amor para conseguir fazer sexo. Acho de mau gosto esse tipo de coisa. Willian abaixa a cabeça, se faz de ofendido e diz:_ Amada! Eu não sou um homem mentiroso. Sou autêntico! Se falo que estou loucamente apaixonado por você é a pura verdade.

    Claudia insiste:

    _ Acho um pouco difícil acreditar. Você, o filhinho de papai, de família aristocrática, branco de olhos verdes e eu a moça negra, de família pobre. Com tantas garotas lindas, loiras por aí, o príncipe resolve apaixonar-se pela negra? Se você fosse negro como eu, poderia até acreditar.

    Willian agarra Claudia pelos braços e a sacode:

    _ Pare com isso, você está se menosprezando. Não sou racista, não vejo a sua cor, mas a sua beleza, tanto interna quanto externa. Além do mais eu já sou bastante crescido para decidir pela minha vida, não dependo dos meus pais para nada. Sou um homem independente, como pode ver. Acho que o problema está em você, minha querida! Deixe de lado esse racismo contra os brancos.

    Claudia resolve respondê-lo com um longo beijo:_ Espero não me arrepender Willian! Não me faça sofrer! Podemos ficar, apenas sem compromisso, mas estou percebendo que você prefere ir bem mais a fundo.

    Willian a beija ardentemente e retruca:

    _ Eu não sou homem de ficar com uma mulher apenas por divertimento. Quero-a somente para mim, meu amor!

    Claudia e Willian resolvem ir para um motel e passam a noite juntos. Ambos estão excitadíssimos para irem dormir. Resolvem ter alguns momentos de amor pela primeira vez.

                                      ***

    Na manhã seguinte uma das advogadas do escritório de advocacia, Isabel Telles, discute com seus colegas de trabalho em uma reunião fechada, apenas para os membros sócios:

    _ Leandro! Se quisermos aumentar o nosso patrimônio, temos que investir pesado e não termos medo de nos jogarmos.

    O chefe majoritário

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