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O Rabo Do Prefeito Perfeito
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O Rabo Do Prefeito Perfeito
E-book192 páginas2 horas

O Rabo Do Prefeito Perfeito

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Sobre este e-book

O RABO DO PREFITO PERFEITO - Ficção e Denúncia - Tem uma destinação histórica, porque é retroativo e sem retoques da nossa época, no que ela representa no campo político que amesquinha um país a mais de 500 anos. Essas distorções, para nos valermos de expressões mais ríspidas, vêm do passado, pulsam fortemente no presente e projetam a remissão delas para nova geração. A iniciativa literária produzida neste livro por Ney Freitas se revela como desdobramentos providos de reflexões dialéticas. A voz narrativa nos conduz a uma noção de beleza dinâmica, na medida em que são retratadas nos textos as distorções promovidas pelo universo das aparências, no qual os estereótipos empobrecem pontos de vista e interditam pontes de contato. As relações intra e interpessoais são apresentadas em perspectivas amplas proveni- entes de uma visão multifocal que perpassa os personagens e os cenários. Nesse sentido, detalhes hegemonicamente rejeitados são acolhidos pelo autor, o que confere as narrativas o papel de serem espelhos literários empenhados em dar visibilidade à situações passíveis de existirem, e à existência de pontos cegos advindos de projeções individualistas, de políticos aproveitadores e corruptos. As Superações e derrocadas humanas recebem uma abordagem cômica e realista por parte de um viés narrativo abertamente critico e convidativo à contemplação da diversidade. É a esse cenário de identitários aparentemente desleixados e meio que despreparados que o escritor Ney Freitas convida o leitor a adentrar nas páginas deste memorável Conto.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de jan. de 2020
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    O Rabo Do Prefeito Perfeito - Ney Freitas

    O RABO DO PREFEITO

    PERFEITO

    A SÁTIRA

    3ª. Edição

    Ney Freitas

    Copyright ©1998 – Todos os direitos reservados a:

    A Ney Freitas de Souza

    Versão PDF

    2020

    Web Designer - Capista:

    Júlio Cordeiro

    Editoração eletrônica e Edição Digital:

    J. Miguel Arcanjo

    Revisão:

    Anastácia Martins & Harry Fernandes

    A violação dos direitos autorais é punível como crime (Código Penal Brasileiro, Art. 184; Lei 6.895 de 17-12-1980), com busca e apreensão e indenizações diversas ( Lei 5.988 de 14-12-1973).

    Lei dos Direitos Autorais, artigos 122, 123, 124 e 126.

    SUMÁRIO

    Prefácio

    Introdução

    PARTE I

    Um

    Dois

    Três

    Quatro

    Cinco

    Seis

    PARTE II

    Sete

    Oito

    Nove

    Dez

    Onze

    PREFÁCIO

    Ao Ser convidado pelo autor para prefaciar sua obra e arte Literária, O RABO DO PREFEITO PERFEITO, fiquei feliz e ao mesmo tempo preocupado, me senti assim, pois cuidando da 3ª Edição do Livro percebi que é uma obra diferente em vários sentidos e importante, mas o que me chamou atenção, é o que o autor nos passa em suas páginas. Independente de suas locuções adverbiais, cômicas, críticas, e alguns palavrões empregados, jargões estes que orientei não serem substituídos, nem retirados do Livro, pois foi escrito e publicado antes que o autor se convertesse ao Evangelho, passando a ter Jesus Cristo como Senhor e Salvador de Sua Vida. O autor nos apresenta uma realidade bem atual do nosso País, de nossas Cidades, da vida e da sociedade em seus vários aspectos.

    A iniciativa literária produzida neste livro por Ney Freitas se revela como desdobramentos providos de reflexões dialéticas. A voz narrativa nos conduz a uma noção de beleza dinâmica, na medida em que são retratadas nos textos as distorções promovidas pelo universo das aparências, no qual os estereótipos empobrecem pontos de vista e interditam pontes de contato. As relações intra e interpessoais são apresentadas em perspectivas amplas proveni- entes de uma visão multifocal que perpassa os personagens e os cenários. Nesse sentido, detalhes hegemonicamente rejeitados são acolhidos pelo autor, o que confere as narrativas o papel de serem espelhos literários empenhados em dar visibilidade à situações passíveis de existirem, e à existência de pontos cegos advindos de projeções individualistas, de políticos aproveitadores e corruptos.

    As Superações e derrocadas humanas recebem uma abordagem cômica e realista por parte de um viés narrativo abertamente critico e convidativo à contemplação da diversidade. É a esse cenário de identitários aparentemente desleixados e meio que despreparados que o escritor Ney Freitas convida o leitor a adentrar nas páginas deste memorável Conto.

    Editor Jair Miguel Arcanjo;

    Pastor, Escritor, Mestre e Doutor Em Teologia.

    Acadêmico da ACLATEV – Academia Cristã Latino Americana de Teólogos e Escritores Evangélicos – Cadeira 17.

    Doctor Honoris-Causa pelo CEPES - Centro de Ensino Superior e de Pós Graduação Latino-Americano (Faculdade de Ciências Teológicas Latino-Americana), Por Notório Saber.

    INTRODUÇÃO

    Na República Federativa de Lisarbel está o Estado Luso do Sorgotam, onde fica a cidade de Quaquaral.

    Lisarbel tem como capital Lisarbília e está situada na Película Extrema do Peculato do Buraco do Fiofó; Longitude Sulesteoestenorte do tropicotóxico Político de Câncer.

    O grande descontentamento da imensa população daquele vasto país é com a política e com os políticos no nível nacional, regional e local.

    O grande contentamento da população política, maior parte politiqueira, daquele gasto país, é com o povão e a pobreza no nível regional, local e, principalmente, domiciliar, quando da compra de votos.

    Através de eleições diretas, o povo vai às urnas votar naqueles que passarão um período de tempo sendo seus representantes, cuidando dos interesses da nação e da população em nome deste povo eleitor. Após eleitos, são esses representantes que comandam o país.

    No poder executivo, quem comanda o país nacionalmente é o sorridente da República; nos estados, os Mamadores; nos municípios, os prefeitos.

    Na antiguidade o Sorridente era chamado de Presidente; com o passar dos anos, passou a ser chamado assim porque um candidato na época, quando em campanha eleitoral, disse uma frase que se tornou antalógico, passando a designação para os homens que comandam o país na mais alta hierarquia.

    A frase é a seguinte: ... Porque serei o presidente mais sorridente que esta nação já teve! Não serei como os outros que vivem com suas caras fechadas para o povo! Se for para o povo e pelo povo, Sorridente sempre serei!

    Mamador veio de Grelatin, língua morta da qual se originou

    o Lisarbelês. Mama = seio; teta, que dá leite. Mamador – mama dos mamíferos donde o bebê chupa com a finalidade de sugar o leite. A palavra também designa o homem que comanda o estado porque, em outra ocasião do passado, outro candidato, agora a vaga do executivo estadual, disse em um dos seus discursos inflames: porque cada elemento do povo é como se fosse um bebê para mim! Por isso tenho o dever, e terei a honra de ser o mamador de cada um de vocês!

    No legislativo municipal encontram-se os Varreadores, assim chamados por serem homens e mulheres eleitos para representar os interesses do povo nas cidades, bem como varrer os problemas das comunidades. Trabalham nas Câmaras de Varreadores.

    Os eleitos para representar o povo no nível Estadual e Federal são os Putados. Os Putados Estaduais trabalham nas Assembleias Legislativas dos seus estados; Os federais na Câmara dos Putados, em Lisarbília.

    Consultando filólogos do país, descobrimos que a designação putado tem origem na palavra puta que, em lisarbelês, significa mulher que geralmente vende o corpo para satisfazer, por determinado momento, os desejos e caprichos sexuais de algum homem. Com o passar do tempo a palavra puta passou a ser sinônimo de povo.

    Muitos deputados – representantes do povo – começaram a comprar o voto do eleitor, que o vendia por dinheiro, favores ou barganhava das mais diversas formas. O eleitor, assim, vendia o voto para que um homem tivesse seus desejos políticos realizados. Com isso, o povo que elegia os deputados foi igualado às putas e o deputado passou a ser um Putado – aquele que veio do povo.

    O povo pode ser tanto puta quanto puto. Puta, porque vendeu o voto; puto, porque mais tarde fica muito puto, (Puto significa estar, por algum motivo, raivoso ou irado consigo mesmo ou com alguém), pois os políticos para os quais vendeu o voto, na época da barganha, eram amorosos e o tratavam a pão-de-ló, virando-lhe as costas depois do voto na urna, como se faz com as putas, por não terem qualquer compromisso sério com ele. Mas, assim como acontecem casos de algum homem se apaixonar por aquelas mulheres de rua, acontece também de um político se apaixonar pelo povo, mas isto é raridade.

    Há também o Sentado Federal, onde ficam os Sentadores, na maioria já idosa, mas com muito vigor e poder político. Cada estado elege três sentadores para defender os interesses do povo em Lisarbília junto ao Sorridente e os Ministros. Por serem mais velhos, são superiores aos Putados Federais e mais poderosos. As pessoas eleitas para esse posto passam a ter a designação Sentador ou Sentadona, porque ficam muito tempo sentados nas cadeiras eletivas. Os outros eleitos citados ocupam seus cargos por quatro anos, enquanto um Sentador é eleito para sentar por oito.

    Os que servem os eleitos no gabinete são os Sensores, braços direitos e pau-para-toda-obra. Atendem das pessoas humildes às celebridades. Os Sensores são escolhidos pelo político eleito e são chamados também de Assensores. Um grupo de Assensores chama-se Assensoria.

    Fazendo uma pesquisa para saber sobre a realidade do descontentamento, algumas pessoas foram questionadas. As opiniões talvez não sirvam de termômetro para avaliar a quentura do pensamento daquele povo, mas ficam aqui registradas algumas para o conhecimento do leitor.

    Há uma deformação muito grande do valor do político, quando à maioria dos políticos do nosso país não estão visando os interesses do povo e da nação e, sim, aos interesses próprios – família, parentes, amigos empreiteiras...

    (Sorocombo Malongo).

    ... só tem bandido, ladrão. É um cartel de gangsters. Alcapone, perto dos nossos políticos, é menino.

    (Maribundo Funfo).

    Os políticos são apenas um substrato da sociedade – são outras pessoas do povo colocada em parlamento, geralmente mais espertas do que as pessoas normais, se dão bem e se elegem.

    (Aroaldo Lofrango).

    Quando um político inicia uma obra, ele visa no orçamento não só o progresso para a terra dele, ele sabe que tem a empreiteira que vai ganhar, ele vai ganhar.

    (Chaluccato Conconcon).

    Eles não visam a coletividade.

    (Bedunga Flockstóvsky).

    Já existiu político sério.

    (Frunilda Fudisdóvska).

    O político não é uma pessoa que caiu do céu. Somos nós mesmos quem os elegemos: advogados, médicos, fazendeiros, jornalistas...

    (Topedaputa Davida).

    A maioria dos nossos políticos não tem merecido o apreço do povo devido à roubalheira que tem feito.

    (Ottariana da Silvisvóskia).

    ... Safados, como muitos, roubam o país e nada acontece.

    (Nervosíminia Conttudo).

    Tenho medo é dos bandidos de caneta.

    (Intellecktuélia Sofrombida).

    Os nossos políticos estão acabando com o nosso país. Espero que eles pensem no futuro dos nossos filhos, e não só no futuro dos filhos deles.

    (Lafrúlio Barcco).

    Não vejo nada de positivo, em se tratando dos nossos políticos. Há muito dinheiro a conchavado, e eles ganham boa parte do mesmo.

    (Fudde Eramme Avida).

    Em Lisarbel, não só os políticos estão podres, as instituições também, pois em quase todas elas tem o dedo dos políticos; os outros poderes também estão corroídos. Tudo é tratado sob o fisiologismo, cada um puxando a sardinha para o seu lado.

    (Todd Sacko Sheiodellys).

    Quem sabe um dia mudamos eles.

    (Kerué Muddanssa).

    Há uma corrupção generalizada na nação, com muito dinheiro nos bolsos dos nossos políticos e dos mais espertos, atrelados a eles, com pouco benefício para o povo.

    (Revolttolía Kum Isso).

    Eles estão tentando melhorar a vida do povo que os cerca: suas famílias, parente e amigos.

    (Silvocréia Souzilícia).

    Os políticos têm que resgatar sua imagem perante o país, pois perderam a confiança do povo. Trabalham pouco, só pensam no retorno aos seus bolsos, das pequenas às grandes cidades.

    (Kadaco Vlastungganglomskikio).

    Tem muita gente honesta na política sim. Há muitas pessoas trabalhando para acertar alguma coisa; não tem só gente ruim não, porém fica difícil fazer algo, visto que os honestos, infelizmente, são minoria.

    (Trateneu Barongo).

    O que eu acho da política e do político no país? Vou pegar o seu telefone, vou pensar numa resposta satisfatória e amanhã te dou uma resposta. Até o momento ela não telefonou.

    (Salivária Pokka).

    A esperança não é mais a última que morre.

    (Vottey Di Besttakefuy).

    A culpa é nossa, pois fomos nós que os elegemos.

    (Fuyuma Tontta).

    Cada político que entra, fica o mandato todo acertando as merdas que o outro fez. É um ciclo vicioso.

    (Troxilda do Braxil)

    Quando vou votar, faço de conta que estou votando na cara do cara certo. Depois sonho que votei no cara da cara certa.

    (Van Siffuydet).

    Caro escritor, só tenho uma palavra para dizer sobre o que penso da política e do político no meu país: Podre.

    (Havlssov Sovvacco).

    Eles entram no poder como homens de bem, e saem como homens com bens.

    (Toccerta Outtoerrada).

    O político, é tudo que a política não precisa para moralizar-se.

    (Éou Nuné).

    Só nos resta pedir a Deus que ilumine o povo, para que na hora de votar novamente não vote só pelo que o candidato deu, e sim, pelo caráter da pessoa em que ele está depositando o voto de confiança a pessoa que vai ditar as regras que envolvem os interesses de toda a sociedade, pois estamos sempre mal representados pela maioria que elegemos. Por isso, só nos resta pedir a Deus.

    (Esperansóvskya Etternya).

    Elucubrações de Um Locutor

    - Agora, o momento mais esperado! O candidato que vem conquistando povo! Com vocês, o candidato do PPQSP.

    - O Partido do povo que sofre e padece! O meu candidato! O seu candidato! O nosso! O nosso futuro prefeito! Que vai mudar o destino da cidade e fazer de Quaquaral uma cidade feliz! Felizberto Facão!

    As cordas vocais pareciam querer sair goela afora. O locutor não gritava, berrava. Mas o povo da praça de comércio já estava acostumado com o esgoelamento nos palanques.

    Aquele que berrasse menos talvez não estivesse empolgando tanto o eleitorado. Por isso, a ordem era fazer até os mortos ressuscitarem para ouvir Felizberto Facão.

    O locutor, ao pegar o microfone, sabia que, quanto mais empolgantes, envolventes e cheias de flamas fossem suas palavras, mais motivado e emocionado estaria o eleitor para votar em Felizberto; sabia, também, que cada voto era importante para o seu futuro, pois tornando Felizberto prefeito, com certeza teria um bom emprego na prefeitura de Quaquaral; poderia até ser o locutor oficial das inaugurações das obras do prefeito; poderia até conseguir um carguinho para a esposa, sobrinha e para o amigo. Felizberto se elegendo, teria moral e acesso direto ao Gabinete do prefeito.

    Enquanto elucubrava, em cada esquina de acesso a praça, no centro de Quaquaral, um arsenal de fogos de artifícios era lançado ao céu e começava a explodir pelos ares. Um estrondo. O céu, enfumaçado, foi contrastado por milhares de lâmpadas que acenderam no palanque, sobre os candidatos a Varreadores, políticos do PPQSP, e dos outros partidos que faziam parte da coligação Por um prefeito perfeito.

    Um canhão de luz foi lançado ao fundo da praça e toda aquela gente à frente do palanque se pôs a olhar para trás. Surgia então, Felizberto carregado.

    PARTE I

    É NELE QUE VAMOS VOTAR!

    UM

    Adelaide, querida. Qualquaral um dia ainda vai ser nossa! – sussurrou o candidato do PPQSP no pé do ouvido da esposa.

    Felizberto quase não acreditou no que os seus olhos flagraram tão logo foi colocado no palanque pelos cabos eleitorais que o trouxeram com as pernas entrelaçadas no pescoço deles. A

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