Algumas Cartas Guardadas Na Memória - Mãe
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Algumas Cartas Guardadas Na Memória - Mãe - Antonio Auggusto João
ALGUMAS CARTAS
GUARDADAS NA MEMÓRIA :
MÃE
VOLUME VII
ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
1a. EDIÇÃO
SÃO PAULO
2.020
EDITOR
ANTONIO AUGUSTO JOÃO
J89c João, Antonio Auggusto
Algumas cartas guardadas na memória – Mãe – Volume VII / Antonio Auggusto João. – 1ª ed. – São Paulo, SP: edição do autor, 2020.
138 p.
ISBN: 978-65-00-05033- 2
1. Poesia brasileira — Brasil. I. João , Antonio Auggusto. Título.
CDD B869.1
CDU 82- 1=134.3(81) Índice para catálogo sistemático:
1. Poesia brasileira —Brasil: B869.1
PREFÁCIO
Vocênãoprecisameexcluirdeseuconvíviosocialseos meus textoseasminhasimagenstelevamaalgumdogmaquesejadiferente do seu.Aminhareligiãoéotamanhodaminhafé,eeuestareiemtodos os lugaresondeeusentirapresençadeJesusCristo,apresençade Deus!
AntonioAuggusto João Escreversobreoamoréfácil!Sedesejaramulherque admiro,
escrevocomexclamação!Seexistirdúvidassobreapaixão,escrevo por que
?Secomeçarmosumadiscussãologoescrevoumavírgula.Nofogo da paixão, seosolhos dela brilharem eaboca ficar trêmula, lá vem às reticências...E,seporalgummotivoaparecernotextoàpalavraadeus
– Adeusnãofoifeitoprasedizes-Euapagotudoecomeçooutra vez!
AntonioAuggusto João Oqueseparaavidadamorteéumcorredorestreito, gelado,
comluzesamarelaseraioscomosefosseosoltentandopenetrar para aquecer ocorredor gelado. Depois, nenhuma ferida irá mais sangrar, nenhumadorteráquesercombatida,poisestaremosnolugarque Deus reservou,ondeosolnuncaseapagará,ondeospássarosnãovãoparar de cantarsempreumacançãosuavearelaxar.Quandoláchegar,vou correr pelasbeiradasdoslagosdeáguasazuis,cristalinas,erolarnomato com gostodeframboesaeavistaraolongevocêchegar,paravoarmos para bemlonge,paraalgumlugar...Pranuncamais voltar.
AntonioAuggusto João
MÃE DE DEUS
No primeiro dia do ano novo, o calendário dos
santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada,
porque de fato Ela é "aVirgem mãe,Filha de seu
Filho,humildeemaissublimequetodacriatura, objeto fixadoporumeternodesígniodeamor". Ela tem o
direito de chamá-lo Filho
, e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!
Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas e
começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a
última revisão do calendário religioso passou à data
atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido. Num
certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da
Anunciação, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo.
Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de
Deus, que nasceu na noite de Belém. Ela assumiu para
si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário,
enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por
meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o Céu e a
Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas
ideologia, somente racionalismo espiritualista
, como registram alguns autores. O próprio Jesus através do
apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece:
Umaárvoreboanãodáfrutosmaus,uma árvore mánãodábomfruto
.
Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa
Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou:
Benditaéstuentreasmulheresebenditoéo fruto doteuventre.
(Lc1,42).
O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus
Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é
Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se
aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos. Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia,
no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a
contemplação deste mistério exerça em nós a
confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos
levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo,
e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna.
Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano
à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu- se
de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos
à sua ação maternal. A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais
poderia encarnar os ideais de paz, amor e
solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre
nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, Nosso Senhor Jesus
Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia de nossa Mãe, Maria Santíssima.
Nos tempos sofridos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança! A predestinação com que a
Santíssima Virgem foi eleita é especial, única entre
todas, não somente pelo grau, mas pelo gênero. Se Maria é, na verdade, a primeira criatura predestinada
com a mais perfeita imagem de seu Filho, é, além disso e a outro título, a única predestinada em
qualidade de Mãe sua.
Todos os títulos e grandezas de Maria dependem d o fato colossal de sua maternidade divina.
Maria é imaculada, cheia de graça, Co-redentora da
humanidade, Rainha dos Céus e da Terra e Medianeira universal de todas as graças, etc., porque é a Mãe de
Deus. A maternidade divina A coloca a tal altura, tã o
acima de todas as criaturas que São Tomás de Aquino, tão sóbrio e discreto em suas apreciações, não hesita
em qualificar sua dignidade como sendo de certo modo infinita. E seu grande comentarista, o Cardeal
Caietano, diz que Maria, por sua maternidade di vina, alcança os limites da divindade.
Entre todas as criaturas, é Maria, sem dúvida alguma, a que tem maior afinidade com Deus. Assim,
no dizer de outro eminente mariólogo "o dogma mais
importante da Virgem Maria é sua maternidade divina". É o primeiro alicerce sobre o qual se levanta o
edifício da grandeza mariana.
É este um fato que excede de tal modo a força
cognoscitiva do homem que deve ser enumerado entre os maiores mistérios de nossa fé. Que uma humilde
mulher, descendente de Adão como nós, se torne Mãe de Deus, é um mistério tão sublime de elevação do
homem e de condescendência divina, que deixa atônita qualquer inteligência, angélica ou humana, no
séculos e na eternidade. Para que uma mulher possa
dizer-se verdadeiramente mãe é necessário q ue subministre à sua prole, por via de geração, uma
natureza semelhante (ou seja, consubstancial) à sua.
Suposta esta óbvia noção da maternidade não é tão
difícil compreender que modo a Virgem Santíssima possa ser chamada verdadeira Mãe de Cristo, tend o
Ela subministrado a Cristo, por via de geração, uma
natureza semelhante à sua, ou seja, a natureza humana.
A dificuldade surge quando se procura compreender de que modo a Virgem Santíssima pode ser chamada
verdadeira Mãe de Deus, pois não se vê à pri meira vista de que modo Deus possa ser aqui gerado.
Não obstante isso, se observar atentamente, as duas fórmulas: Mãe de Cristo eMãe de Deus, se
equivalem,poissignificamamesmarealidadee são, porisso,perfeitamentesinônimas.