Algumas Cartas Guardadas Na Memória - Volume Ii
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Algumas Cartas Guardadas Na Memória - Volume Ii - Antonio Auggusto João
ALGUMAS CARTAS
GUARDADAS NA MEMÓRIA
VOLUME II
ANTOLOGIA
ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
1ª. Edição
SÃO PAULO
2.015
EDITOR
ANTONIO AUGUSTO JOÃO
ISBN 917538
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL. II - ANTOLOGIA
Editor Algumas Cartas Guardadas na Memória II - Antologia
Antonio Augusto João
www.portaldoauggusto.blogspot.com.br Antonio Auggusto João
Produção, revisão e capa Nenhuma parte desta publicação
Antonio Augusto João pode ser armazenada, fotocopiada,
reproduzida por meios mecânicos
eletrônicos ou outros quaisquer sem
a prévia autorização do Editor.
auggusto@terra.com.br
Autor: João, Antonio Auggusto
Obra: Algumas Cartas Guardadas na Memória II - Antologia
Antonio Augusto João
São Paulo / Antonio Augusto João
144p ; 21cm
ISBN 917538
1. Literatura 1. Título
São Paulo 2.015
1a. Edição
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ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL.II - ANTOLOGIA
ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
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ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL. II - ANTOLOGIA
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ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL.II - ANTOLOGIA
PREFÁCIO
ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
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ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL. II - ANTOLOGIA
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ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL.II - ANTOLOGIA
CARTA DE SÃO PAULO A CORÍNTIOS
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que
retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal
que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos
pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não
tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é
benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se
ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus
próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija
com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo
profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo
ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte
profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em
parte será aniquilado. Quando eu era menino, pensava como menino;
mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Paulo de Tarso
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Os dois primeiros poemas do autor completam
15 anos !
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ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL.II - ANTOLOGIA
PÁSSARO CONDOR
Nem mesmo nas profundezas do mar azul posso ter em meu
pensamento que sou infeliz, pois tenho você. Vejo em teus olhos da
cor do mar toda a sentimentalidade do bem querer. Tenho nos raios de
luz dos teus cabelos, toda maneira de te querer bem, te desejar...
Possuir. Assim, transformo-me num Pássaro Condor. Feroz, a procura
de amor. Caço toda matéria nos mais longínquos cantos pra poder te
oferecer como prêmio de toda minha devoção. Mergulho no mar - caço
você - minha sereia... Tento entender como esta presa que acorrenta
meu coração, sufoca minha alma, possa me possuir assim, com tanta
ternura. Mulher, metade amor metade paixão - que nem os dentes
afiados de um tubarão sedento possa me conter... que nem a mais
raivosa das tempestades possa me deter - Sou o teu príncipe do
mar. Sou homem desvalido de tanto amar. Ressuscito todas as
manhãs ao despertar de um sonho possível, onde a cada noite te dou
um pedaço do meu coração. Mesmo sangrando, ele sai do meu peito e
pode ainda bater por longos dias, como prova de meu amor. De tanto
amar, me vem o Pássaro Condor com a presa em suas mandíbulas,
trazendo mais um pedaço de você, pra que brote novamente o meu
coração. Nunca vou deixar de esperar pelo Pássaro Condor. Estarei
sempre olhando pro céu, filmando seu voo... Voo de coração.
Antonio Auggusto João
ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
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ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL. II - ANTOLOGIA
ROSAS SEM CHEIRO
Se pudesse, voltaria no tempo pra corrigir um momento de minha vida:
Quando amei demais. Amar demais pode ter sido minha maior doença.
Mata-nos aos poucos, pelas beiradas da alma, pelos cantos da razão,
no meio do coração - Como um tiro no peito: Infarto agudo da alma. Se
tivesse sido um Super-Herói, eu teria dado várias voltas ao redor da
terra. Não para ressuscitar o passado, nem para salvar a mulher que
amei... Mas pra trazer de volta as cores que deixaram de habitar os
meus jardins, de matos cinza, terras negras,[ rastros sem saída]... De
plantas murchas e Rosas sem Cheiro.
Antonio Auggusto João
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ALGUMAS CARTAS
GUARDADAS NA MEMÓRIA
VOLUME II
ANTOLOGIA
ANTONIO AUGGUSTO JOÃO
1ª. Edição
SÃO PAULO
2.015
EDITOR
ANTONIO AUGUSTO JOÃO
ISBN 917538
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Este livro é dedicado a todos os meus
amigos do Guido Restaurante
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Trechos das Obras
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ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA – VOL.II - ANTOLOGIA
...Olhando para a linha do horizonte, víamos pássaros gigantes
fazendo voos rasantes no mar onde as ondas se quebravam. Era uma
paisagem digna de uma obra de arte, cujo artista era um ser único,
superior, todo poderoso, criador do céu, do mar, dos animais... De
todas as coisas. Naquela cidade não existiam lágrimas nem dor. Era
um paraíso com tudo de belo que a natureza plantou. As pessoas se
olhavam face a face e os sentimentos eram como se todos tivessem
um só coração. E a menina, de cabelos cacheados e avermelhados,
me guiava por onde quer que eu fosse, mostrava-me os caminhos, as
belezas do lugar. De terras planas, não existiam buracos, pedras,
sombras, barreiras e a luz do dia deixava a vegetação ainda mais
colorida. Quando escurecia, era a vez das estrelas enfeitarem e
iluminarem a paisagem. Não se sentia nem calor nem frio, nem fome
nem sede e corríamos o dia inteiro sem ficarmos cansados, nem a
menina, doce guia que tive a certeza que nunca iria me abandonar.
Mas quem era a menina? – Me perguntava. Às vezes ela sumia e
quando eu começava a procurá-la, aparecia novamente, como tantas
pessoas do meu mundo.
Certa vez, percebi a menina parada de frente para um lago,
olhando-o fixamente e às vezes atirando algumas pequenas pedras
coloridas e se divertindo. A cada pedra que ela atirava, o lago se
transformava na cor de cada uma. Aproximei-me dela e, assustada,
começou a correr. Corria, olhava para trás e sorria. Eu não conseguia
alcançá-la. De tanto correr, fiquei ofegante, mas não liguei e continuei
correndo atrás da menina, mas sem conseguir alcançá-la. Cheguei
numa pequena estrada que a terra era tão fofa que amortecia as
minhas passadas e acabei me perdendo novamente da menina.
Sentei-me num rochedo e à minha frente surgiu uma cachoeira. Fiquei
observando-a até que comecei a sentir um peso nos ombros, falta de
ar e não conseguia mais me levantar. Onde estaria a menina? Será
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que mergulhou no lago, abaixo da cachoeira? O peso havia se
transformado em dor, que ficaria insuportável, embaçando os meus
olhos. Tentei pedi ajuda, mas não tinha forças, até que percebi alguém
se aproximando. Pensei ser a menina, mas na verdade era outra
pessoa, uma moça de avental branco, que me tratava com cuidado.
Ela segurou em minha mão, conseguiu me levantar e começou a
correr me carregando em suas costas. Incrível! Ela não dizia nada e
nem eu perguntava. Começamos a descer uma ladeira rodeada de
nuvens de fumaça branca e descida interminável. As pessoas à beira
da estrada nos observavam como se estivessem torcendo para que o
esforço da moça desse resultado, a me levar para algum lugar que eu
imaginava ser um hospital. O que me chamou atenção foi ter visto
uma pousada com uma placa luminosa de nome Sol e Lua. De
repente, como se estivéssemos no final do percurso, uma onda
gigantesca veio na nossa direção e mergulhamos tão profundo, mas
podendo ouvir o barulho das ondas se quebrarem nos rochedos que
tremiam e faziam um estrondo no fundo do mar.
E quando tudo se tornou calmaria, eu estava deitado numa
cama e ao meu lado, outra mulher vestida de branco. Então, eu não
sentia mais a forte dor que arrebentava meu peito e pesava em meus
ombros. Percebi também que existiam outras pessoas deitadas em
outras camas, como que aquele ambiente fosse uma espécie de
enfermaria – Um hospital.
Os homens e mulheres vestidos de aventais brancos vinham a
todo o momento e passavam as mãos sobre nossas cabeças, olhavam
em nossos olhos e depois sorriam. Pensei em conversar, perguntar...
Mas eles faziam gestos que nos davam a ideia que deveríamos ficar
em silêncio, o que por sua vez nos confortava. Algum tempo depois,
notei que uma senhora sentou-se ao meu lado e me chamou de Colbi.
Perguntei de onde me conhecia e ela me respondeu que me conhecia
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muito bem e isso era o bastante. A todo o