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Meu Mundo À Parte
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E-book71 páginas47 minutos

Meu Mundo À Parte

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Sobre este e-book

Neste livro ficará evidente o aspecto biográfico em suas linhas, mas o intuito é mostrar a realidade de vida pela perspectiva de alguém com a Síndrome de Asperger (TEA CID11). Trazendo a narrativa dos fatos pelo olhar de quem os viveu e que sente tudo com a intensidade e o desgaste interior atípico causado pelos fatores inerentes ao espectro do autismo. Evidenciando também às vantagens intelectuais proporcionadas pela síndrome, sem deixar de mostrar aos que se encontram em uma situação similar, e todos que os cercam, o quanto podemos e somos capazes de superar os muitos entraves restritivos dos portadores do TEA. A leitura é de um pragmatismo acentuado, haja vista que a objetividade é algo bem característico no comportamento dentro do espectro. Tenho a pretensão de prosseguir com outros volumes seguindo a mesma linha, mas trazendo à luz cada vez mais riqueza de detalhes e novos fatos. Conto com o feedback dos leitores para melhoria deste texto, e nas próximas edições e publicações de temática similar. Nunca foi fácil, muito pelo contrário sempre é mais difícil para nós “Aspies”, ter que viver em um mundo cujas relações interpessoais, são regidas por um formato voltado para pessoas neurotípicas. O que em alguns momentos nos faz sentir como se não fossemos deste planeta, ou nascemos em um tempo errado. Sentimos que somos diferentes, mas não sabemos o porquê nem o como. Acredito que apenas vemos o mundo, a vida e as relações por outra perspectiva. O que estou querendo dizer é que não temos problemas em conviver com o diferente, só não sabemos bem como fazer isso. Não temos a pretensão de nos opor às outras pessoas, nem mesmo facionar o mundo entre atípicos e neurotípicos ou mesmo ter um lugar de fala especial, diferenciado, nem reivindicar aceitação como se fossemos uma minoria desprezada com desejo de revanche. Muito pelo contrário, somos reais e estamos por toda parte, só queremos estar com vocês sem a exigência de ter que nos passar pelo que não somos para sermos aceitos. Temos empatia pelas outras pessoas, mas nem sempre sabemos demonstrar, temos sentimentos, mas não são fáceis de serem notados em nós. Gastamos muito tempo tentando nos adequar ao padrão neurotípico do bom convívio (Bom dia, boa tarde, boa noite, olá, oi tudo bem? Como tem passado?) Nada disso é muito natural para nós, entretanto mesmo que mecanicamente, aprendemos rápido e usamos estas expressões desajeitadamente, sem muita naturalidade, cumprimos as regras do convívio social dentro do possível. Em alguns momentos dê-nos um desconto, em especial quando não percebermos que estão falando conosco, ou quando em um ambiente cheio de pessoas ficarmos calados como se não houvesse mais ninguém à nossa volta além dos nossos próprios pensamentos. Queremos e fazemos questão de conviver com outras pessoas, só não sentimos falta quando não estamos no meio. Não sentimos muita necessidade de estar perto, saber que existem quase sempre é suficiente! Quando a vida nos proporciona encontros, não nos preocupamos com o quanto de pessoas ou de tempo passamos juntos, mas com a qualidade do tempo. Temos assuntos de interesses muito restritos que nos roubam quase que toda a nossa atenção e foco, mesmo quando estamos em meio às pessoas. Somos tão sinceros que falamos coisas intimamente verdadeiras, em lugares e momentos inoportunos para a maioria das pessoas, mas estamos dispostos a nos sujeitar ao juízo de valor que nos é imposto pela sociedade, só para manter nossa integridade e transparência, é mais confortável para nós, sermos bem verdadeiros, objetivos e realistas. Não criamos cenários fictícios com muita facilidade, as coisas ditas de forma indireta são complicadas demais para nós, é cansativo, o esforço que desprendemos tentando compreender o mundo e as pessoas à nossa volta. Se nos disser algo, fale o mais direto e pontual possível, seremos eternamente gratos por todo pragmatismos dedicado a nós em um diálogo. Uma experiência marcante na minha vida foi o período q
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de abr. de 2023
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    Meu Mundo À Parte - André Campos

    Agradecimentos

    Primeiramente, gostaria de expressar minha gratidão a Deus, que me deu a força e a inspiração para escrever este livro, Autismo Meu Mundo À Parte. Em segundo lugar, agradeço à minha família, que me apoiou em todos os momentos e me deu a confiança para compartilhar minha história. Sem o amor, o carinho e o incentivo deles, este livro não seria possível.

    Também gostaria de agradecer a todos os leitores que dedicaram seu tempo para ler este livro e aprender mais sobre o autismo. Espero que esta obra tenha sido útil para aumentar a conscientização sobre este tema tão importante e que tenha ajudado a reduzir o estigma associado ao autismo. Agradeço do fundo do meu coração a todos que contribuíram para tornar este projeto uma realidade.

    Obrigado a todos por seu amor, apoio e dedicação. Que Deus os abençoe abundantemente.

    Com gratidão, André campos

    Apresentação do autor:

    André Campos; nascido em 19/08/1979 natural de Nanuque – MG; brasileiro; é o Pastor fundador e presidente da Igreja Campos de Trigo, que teve início na cidade de Nanuque – MG, no ano de 2014. Casado desde 2007 com a Pastora Viviane, é pai de dois filhos, a Blenda e o Gabriel.

    Foi ordenado a pastor pelo então presidente do Conselho de Pastores na Igreja do Nazareno da cidade de Lages – SC, no ano de 2007.

    Convertido, capacitado e discipulado no sul do Brasil, onde residiu do ano 2001 até o ano de 2012. Participou da fundação de igrejas e conselhos de pastores local. Sempre engajado na obra do reino de Deus.

    Como empresário no ramo de vendas diretas, adquiriu grande experiência no relacionamento com pessoas, na gestão de recursos, treinamento, formação de líderes e mobilização estratégica de equipes.

    Bacharel em Teologia, Pós-graduado em Gestão Empresarial (Título de MBA em Gestão Empresarial), pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) no ano de 2008.

    Nota do autor: Por volta do ano de 2018 fui  diagnosticado tardiamente com o TEA (Transtorno do Espectro Autista), mais comumente conhecido como Síndrome de Asperger¹ (Nomenclatura que caiu em desuso entre os profissionais da saúde).

    Apesar de me enquadrar no espectro do autismo, o mesmo é qualificado como autismo nível 1, de modo que tenho perda cognitiva pouco relevante, no entanto, é mais difícil para me socializar com as pessoas. Também não é tão simples comunicar-me com a desenvoltura de um neurotípico². Me esforço para socializar, e mesmo de uma forma discretamente mecânica, vivo uma vida social satisfatória dentro do possível.

    Sofro com mudanças de ambientes e de rotinas, tenho hipersensibilidade às luzes fortes e aos sons mais agudos ou estridentes, fogos de artificio, estouro de balões de aniversário, as etiquetas de roupas irritam a minha pele, alguns cheiros mesmo os mais sutis para a maioria das pessoas, são inebriantes para mim, enquanto outros são nauseantes. Também tenho dificuldade em sair do hiperfoco de interesse, que varia de tempos em tempos.

    Algumas pessoas com TEA afirmam sentir o mundo de forma esmagadora e isso pode causar grande ansiedade. Endosso esta afirmativa.

    No meu caso, embora alguns fatores do TEA me limitem, por outro lado também proporcionam alguns benefícios intelectuais vantajosos, como memória e raciocínio acima da média, além da capacidade de hiperfoco em assuntos específicos.

    Introdução

    Neste livro ficará evidente o aspecto biográfico em suas linhas, mas o intuito é mostrar a realidade de vida pela perspectiva de alguém com a Síndrome de Asperger (TEA CID11). Trazendo a narrativa dos fatos pelo olhar de quem os viveu e que sente tudo com a intensidade e o desgaste interior atípico causado pelos fatores inerentes ao espectro do autismo. Evidenciando também às vantagens intelectuais proporcionadas pela síndrome, sem deixar de mostrar aos que se encontram em uma situação similar, e todos que os cercam, o quanto podemos e somos capazes de superar os muitos entraves restritivos dos portadores do TEA.

    A leitura é de um pragmatismo acentuado, haja vista que a objetividade é algo bem característico no comportamento dentro do

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