Flop

De Lolla Hills

Um chamado é acionado, e foi Joseph quem o fez, um menino de 19 anos que vem sofrendo crises de ansiedade, algumas pelas recentes decepções em sua vida familiar e amorosa e outras por sua estressante rotina. O pedido de socorro foi feito ao universo, mas quem o atendeu foi uma extraterrestre de cabelo verde e pele roxa, habitante de um planeta chamado Órnuz. A menina conhecida como Lolla Hills encontra no chamado de Joseph o seu próprio propósito, que é ajudá-lo a manter-se bem durante o momento mais caótico de sua vida. Ao decorrer dessa jornada, eles não só riem, choram ou compartilham ensinamentos importantes, mas também acabam descobrindo algo poderoso, como se os dois fossem da mesma matéria, do mesmo ser e tivessem os mesmos sentimentos, a diferença é que ela os expressa com mais facilidade que ele.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 24 de ago. de 2021

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Escrito por: Juliano Lopes (Lolla Hills) Revisão: Gustavo Beckenkamp

Capa e Lombada: Miken etic Ilustração Contracapa: Robert Santos

Ilustrações Internas: Juliano Lopes (Lolla Hills) Diagramação: Juliano Lopes (Lolla Hills) Edequação de Capa: Ester C osta Editora: Uiclap

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Para todos aqueles que não desistiram de mim , inclusive eu mesmo .

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Sumário

Prólogo 9

Capítulo I 13

Capítulo II 31

Capítulo III 37

Capítulo IV 59

Capítulo V 77

Capítulo VI 91

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A jornada para o sucesso p essoal

Prólogo

Não tem ninguém aqui

Eu vaguei, vaguei, vaguei, vaguei e ainda vago Mas prometo meu amor

Este é o meu último recado

Último Recado, Jaloo

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A jornada para o sucesso p essoal

Hoje completa um ano e um mês do momento em que todos os surtos começaram. Quando Vinícius me deixou por não ter superado seu ex-namorado. Quando comecei a frequentar festas todos os finais de semana com a intenção de beijar outras b ocas, na tentativa de tirá-lo da minha cabeça. Nada é único, mas el e simplesmente foi. Quem sabe até o melhor... Ou o que mais du - rou.

Quando nos afastamos, aquela metrópole em que eu sem - pre sonhei em morar, a mesma em que nos conhecemos na minha festa de dezoito anos, acabou perdendo todas as cores e a magia que eu criei dentro de mim. Eu me mudei para outra ci - dade, bem longe dele e da minha família. Pensei que tudo poderia melhorar se eu ficasse os próximos três anos vivendo sozinho e criando um novo círculo de amizades. Mas eu me enganei e menti para mim mesmo sobre os meus mais puros sentimentos. Mor ar na nova cidade foi bom no início, mas logo minha casa se tornou um poço escuro e bagunçado —assim como todos os meus pen - sa mentos.

No mês passado, tive a minha primeira grande crise de ansiedade. Pude sentir meu peito doer e o meu coração pulsar ve - lozmente. Tudo estava estranho. Eu não sabia o que pensar ou o que sentir. Estava sentado na primeira fileira do espetáculo assis - tindo o propósito que eu imaginava ter indo por água abaixo, e mesmo assim eu dizia para as pessoas mais próximas que estava tudo bem. As coisas começaram a ficar ainda piores no momento em que voltei para passar o verão na cidade da minha família,

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nunca senti tanto ódio dos homens, do machismo, da irrespon - sabilidade dos mais velhos e, principalmente, do meu pa i.

Não está sendo fácil manter-me sóbrio nesses últimos di - as. Consegui um trabalho em uma loja no centro da cidade para tentar ficar distraído nos próximos meses, no entanto não con - sigo sentir nada, além da tristeza e da raiva que domina o meu corpo. Não aguento mais chorar, eu preciso parar com isso. Fui em algumas sociais na casa de algumas amigas e transei com al - guns caras no calor da madrugada, mas nada funciona, nada me empolga. Ando sorrindo, sem estar realmente feliz, estou em lu - gares em que eu não gostaria de estar e falo com pessoas que eu não gostaria de falar. Parece que tudo perdeu o sentido .

Sabe… O mundo é feito de escolhas e, independente - mente do que escolho, sempre terá um lado escuro me pondo pa - ra baixo e levando tudo de bom que algum dia já tive. Ando va - gando pela escuridão e preso no labirinto da minha mente. Eu posso estar rodeado de pessoas, mas saiba que todos vem para uma hora ir. Este é o ciclo do qual eu não consigo jamais me li - vrar. Se algum dia eu resolver partir, espero conseguir recuperar a magia que havia naquela criança. Eu sinto falta disso. Por fav or, me ajude.

De: J oseph

Para: Universo

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A jornada para o sucesso p essoal

Capítulo I

Oinício da Jornada

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A jornada para o sucesso p essoal

Eu olhei com meu rosto apontado para o céu Mas não vi nada ali, não, não, nada ali

Sim, eu olhei enquanto meus olhos se enchiam de lá grimas Eu ouvi um sinal vindo do céu

Sine From Above, Lady Gaga & Elton John

Em meio ao amplo universo e suas imensas possibilidades de vida, existe um pequeno planeta onde, por sua peculiaridade, os seres que lá habitavam eram ou roxos ou verdes e nem por isso havia a palavra preconceito ou atitudes de ódio racial em Órnuz. Cada indivíduo sabia respeitar o espaço e as diferenças do outro, além de que todos nasciam com uma habilidade imprescindivel - mente necessária no planeta —a chamada empatia.

Durante uma noite calma, os habitantes do pequenino planeta escutaram um estrondoso e alto barulho. Avistaram vári as luzes cor-de-rosa vindo do céu, todas essas luzes estavam atra - vessando velozmente cada parte de Órnuz, dividindo-se e fundin - do-se novamente. Esse foi o acontecimento mais lindo já ocorri - do na órbita daquele planeta durante aquela década. As brilhantes e fluorescentes forças de energia encontraram-se no núcleo do planeta, de modo a formar uma força ainda maior. Após, parti - ram-se em duas luzes, sendo uma verde e a outra roxa. Por fim os brilhos se juntaram novamente em um magnífico show de luzes. Suavemente as luzes se dissiparam e deram origem a um ser, a - quele que futuramente restauraria a paz e a consciência dos indi - víduos de outros planetas, que por uma dominante força egoísta, estavam passando por um momento em que o ódio tomava conta do corpo de todos. Essa energia tornava fofocas e discursos de ó -

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dio parte da rotina de qualquer um, resultando em um mundo on - de ninguém sabia se colocar no lugar do outro, sentir ou com - preender a dor que o próximo está passando.

Depois que as luzes se dissiparam por completo, foi pos - sível enxergar a criatura do coração mais puro do universo. Dei - tada sob o solo de Órnuz, sua pele roxa suave e seu cabelo ver de incrivelmente brilhante e cacheado remetiam completamente a u - nião das raças no planeta. Um ser desse tipo jamais tinha sido visto por lá. De imediato, todos os habitantes ficaram em choque, mas, depois de alguns segundos, todos se deram conta de que era alguém como eles, alguém com sentimentos e um espírito livre de preconceitos. Apesar disso, não deixava de ser um acontecimento inusitado, uma vez que os nascimentos naquele hemisfério, acon - teciam