Viciada em ti
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Sobre este e-book
A treinadora de cavalos Tâmara Cole sabia tudo acerca de Nick, a ovelha negra da família Corelli. A ali estava ele, de repente, a rondar os estábulos a meio da noite. Talvez o belo empresário não fosse armado mas era evidente que era muito perigoso...
Nick fora à Austrália para vender a fazenda da família... até se ter encontrado com a sua nova sócia. A co-proprietária da fazenda era uma mulher ardente que se sentia tão atraída por Nick quanto ele por ela. Tâmara deu-se conta muito rapidamente que amar Nick iria ser um vício muito difícil de abandonar...
Bronwyn Jameson
In 2001 Bronwyn Jameson became the first Australian to sell to Silhouette Desire. Her books have consistently hit the series bestsellers’ lists and finalled in contests. In 2006 she was a triple-RITA finalist and shortlisted as RT Series Storyteller of the Year. Bronwyn lives in the Australian heartland with her farmer husband, 3 sons, 3 dogs, 3 horses and many more sheep. Visit her online at www.bronwynjameson.com .
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Viciada em ti - Bronwyn Jameson
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2001 Bronwyn Turner
© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Viciada em ti, n.º 749 - Dezembro 2015
Título original: Addicted to Nick
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Publicado em português em 2007
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7505-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Se gostou deste livro…
Prólogo
Nick não sabia o que sentiria quando chegasse a casa mas imaginou que fosse algo parecido a nostalgia. Nada de espectacular mas talvez houvesse alguma boa recordação. Até alguma amargura teria sido melhor do que o vazio emocional que se apoderara dele durante o longo voo entre Nova Iorque e a Austrália.
Não gostava de não sentir nada. Lembrava-lhe demasiado a primeira vez em que estivera na mansão de Joe Corelli apesar de, naquela altura, ter oito anos e ter fechado o seu coração intencionalmente. Não quisera ter ilusões portanto, simplesmente olhara para a grande casa e perguntara a si próprio quanto tempo demoraria aquela gente até se dar conta que aquilo era um erro.
As crianças como Niccolo Corelli eram presas só por se aproximarem de casas como aquela. Mas o desconhecido que se apresentara como sendo um familiar da sua defunta mãe, pusera-lhe um braço nos ombros e sorrira-lhe.
– Esta é a tua casa, Niccolo – dissera-lhe. – Esquece aquilo que viveste até aqui. Agora fazes parte da minha família.
«Parte da minha família.»
Naquela altura Nick não compreendera nada e, apesar dos esforços de Joe, não conseguira esquecer as suas origens.
Ficou mais alguns minutos a olhar para a casa mas não sentia nada. Talvez fosse só uma questão de descansar umas dez horas seguidas. Bocejou, saiu do carro que alugara e espreguiçou-se. Quando se virou para a casa, reparou em movimento numa das janelas do piso superior. George, o «Grande Irmão» observava-o do cimo.
Tal como na primeira vez, pensou Nick, mas desta vez, levantou a mão num cumprimento informal. Catorze anos antes fizera-lhe um gesto obsceno com o dedo do meio. A cortina voltou a fechar-se e Nick riu-se. Perguntou a si próprio quem mais estaria a observá-lo.
Quantas das quatro mulheres que tinham crescido como suas irmãs estariam a observá-lo dentro daquelas grossas paredes? Sophie, sem a menor dúvida. Ao menor sinal de problemas, ela acudia imediatamente. Fora ela quem fizera queixa à sua mãe a primeira vez, quando ele dera um soco no nariz de George… e ao seu pai, na última vez. Sophie ouvira a discussão que houvera entre os seus pais antes de Joe decidir que Nick ia viver com eles, e fora ela própria que começara a tratá-lo por «o bastardo».
Sim, ele apostaria qualquer coisa que Sophie estava ali… caso George se tivesse dado ao trabalho de dizer às irmãs que Nick iria estar lá. O seu meio-irmão não era muito bom a comunicar com as pessoas.
Fechou a porta do carro e, enquanto avançava até à casa, reparou que tinha os maxilares e os músculos tensos. O problema não era o sono mas, sim, que não queria estar ali. Nem em Melbourne, nem na fazenda de cavalos que supostamente acabara de herdar. Supostamente.
Era típico de George manipular os factos e os advogados que administravam as propriedades de Joe em seu próprio benefício. Nick deu um suspiro de cansaço. Assim que soubesse o que se estava a passar e pusesse o anúncio a dizer «Vende-se» em Yarra Park, ir-se-ia embora dali. E desta vez, para sempre.
Capítulo Um
Se a noite não tivesse sido tão tranquila e o silêncio tão absoluto, interrompido apenas pelo suave sussurro da palha quando algum dos cavalos arrastava os cascos, inquieto, T.C. não teria ouvido o barulho do portão a abrir-se. Nem o rumor dos passos no caminho de gravilha que ia do pátio aos estábulos.
Talvez tivesse voltado para o seu quarto, no fundo do estábulo, e se tivesse voltado a meter na cama, em vez de ir apanhar o intruso.
Os passos pararam e ela sentiu um arrepio pelo corpo. «Por favor, que se vá embora por onde veio, por favor…» Fechou os olhos e contou até dez mas não aconteceu nada. Com o coração a bater com força, espreitou pela porta do estábulo.
Com o fresco da noite só se via o nevoeiro que subia do rio Yarra e envolvia a casa, numa antecipação do Inverno. T.C. voltou a entrar e suspirou. O ar cheirava a couro, a pêlo de cavalo, melaço e feno, cheiros familiares e que deram alguma estabilidade aos seus joelhos.
Havia alguém lá fora. Talvez o imbecil que andara a telefonar-lhe durante estas últimas semanas e a desligar, sempre sem dizer nada. Ou podia ser um ladrão que tivesse ouvido em algum bar da aldeia próxima de Riddells Crossing que ali só havia uma mulher e que era uma presa fácil.
T.C. agarrou com força a arma que segurava na mão direita. Era muito ligeira mas dava-lhe segurança levá-la, apesar da sua absoluta inutilidade. Passou-a para a mão esquerda e secou o suor da mão às calças… do pijama. Quase desatou a rir mas tapou a boca a tempo. Havia um degenerado qualquer que ia tentar entrar no seu estábulo e ela ia enfrentá-lo vestida com um pijama de flanela grande demais para ela e uma pistola de brinquedo.
Voltou a ouvir os passos mas desta vez aproximavam-se rapidamente. De repente, uma figura escura apareceu à porta do estábulo, a apenas um passo dela, tão perto que T.C. sentiu o seu suave cheiro a água-de-colónia. E perto o suficiente para lhe pôr o canhão da pistola de brinquedo nas costelas.
– Não te movas, espertalhão, e não terei que disparar – a frase saída de um qualquer filme, saíra dos seus lábios espontaneamente. Fechou os olhos na esperança que o tremor das pernas não passasse para a mão que segurava a pistola.
O desconhecido levantou as mãos lentamente.
– Calma, querida. Não faças nenhuma estupidez.
– Sou eu quem tem a arma portanto não faças tu nenhuma estupidez – T.C. notou que o homem se começava a mexer e enterrou-lhe o canhão da pistola nas costelas, com força.
– Percebido. Eu não me mexo, está bem? – o estranho falava com uma voz lenta e profunda. A mesma que ela usava quando queria acalmar um cavalo nervoso. De onde é que lhe vinha aquele tom de superioridade? Não fora ela quem o apanhara a meio da noite em propriedade alheia?
– Está bem. Não… não está bem – disse ela, irritada e confusa. Pôs-se atrás dele. – Quero que te movas. Quero que avances devagar e que ponhas as mãos na parede.
Ele obedeceu mas a sua posição era demasiado relaxada para o gosto de T.C.
– Também queres que separe as pernas? – perguntou num tom inocente.
– Isso não é necessário – respondeu ela, cada vez de pior humor.
Não estava a achar graça nenhuma à atitude daquele homem. Tinha que lhe impor algum respeito mas isso não ia ser fácil. Media, no mínimo, um metro e oitenta e cinco e parecia ser feito todo de músculo. A única vantagem que T.C. tinha sobre ele era uma pistola de plástico. E se ele tinha uma arma a sério? Sentiu um nó na garganta e engoliu em seco antes de voltar a falar.
– Estás armado? – perguntou, morta de medo.
– E sou perigoso? – disse ele, a gozar.
T.C. repreendeu-se por ter feito uma pergunta tão estúpida. Para o saber, ia ter que o revistar. Pôr-lhe as mãos em cima. Respirou fundo e voltou a sentir aquela fragrância sedutora. Até uma pessoa daquelas sabia usar um frasco de Calvin Klein.
Deu um passo à frente e apalpou um casaco de couro grosso e suave. Nos bolsos de fora tinha dois molhos de chaves. Bastante normal.
– Há um bolso no interior. E há também o da camisa – sugeriu ele.
T.C. voltou a encher os pulmões de Calvin Klein e meteu a mão dentro do casaco de couro. A camisa estava incrivelmente quente e era de um tecido tão suave que ela podia sentir os peitorais dele. Aquilo era como acariciar a pele de um bom cavalo, suave e lânguida, mas debaixo daqueles músculos batia um poderoso coração que transmitia um intenso calor à sua mão, ao seu sangue e ao seu ventre…
Estava a acariciá-lo? T.C. tirou a mão rapidamente e sentiu uma espécie de formigueiro nos dedos. Tinha que recuperar a calma.
– Agora vou revistar-te as calças – advertiu ela.
– Por mim, perfeito.
Ela não conseguia acreditar na insolência daquele tipo. T.C. enterrou-lhe a pistola nas costelas com mais força e ele encolheu-se levemente. Ele assim aprenderia. Ele usava umas calças de ganga justas e num dos bolsos de trás tinha uma carteira fina. No outro tinha apenas o seu músculo. Deu um passo atrás e esfregou a mão nas calças do pijama. O que é que lhe acontecia quando tocava naquele homem?
– Não pares agora, mãozinhas de lã – disse ele, arrastando as palavras. – Há mais bolsos à frente.
– Tenho uma ideia melhor – disse ela, francamente aborrecida. – Porque é que não me dizes onde é que tens a arma?
Ele deu uma gargalhada profunda que a fez vibrar.
– Porque é que não passas a tua mão suave e delicada por aqui e descobres por ti própria?
Ela sentiu um violento rubor nas faces. Como é que ele se atrevia…? Passou a pistola da mão esquerda para a direita e esticou os tendões dos dedos, um a um.