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Nas Dobras do Tempo
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Nas Dobras do Tempo
E-book40 páginas30 minutos

Nas Dobras do Tempo

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Sobre este e-book

Ao ler o livro 'Eu e o Tempo' de Antônio Guedes de Miranda, um dos maiores juristas brasileiro, a narradora adentra as páginas, se desdobrando, até sua cidade natal e a outra onde cresceu. Lá, abre o portal do tempo, e caminha pelas suas dobras. Assiste fatos da história, entra nas lendas locais e pega uma carona no universo se encontrando com Deus.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de set. de 2022
ISBN9781526023698
Nas Dobras do Tempo

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    Nas Dobras do Tempo - Marluce Maria da Costa

    cover.jpg

    PARTE I

    Adentrando as Páginas de Eu e o Tempo

    As horas rasgam a madrugada e meu olhar passeia nas páginas amareladas do livro de Guedes de Miranda, Eu e o Tempo.

    Transcrevo aqui trechos da obra que me chamaram atenção:

    Será que nós – eu e ele – existimos como duas realidades objetivas e tangíveis, eu distinto dele, ele distinto de mim, e nós dois distintos do Universo?

    Será que o ‘eu’ entidade instintiva, egoísta, temperamental, não é uma ilusão?

    Existirá o ‘eu’ separado do Cosmos? Será o Cosmos um engano dos nossos sentidos? Eu sou eu mesmo?

    Percebo que ocupo um lugar no espaço (abstração nas relações de coexistência), e que o espaço ocupado por mim não pode ser ocupado simultaneamente por outro corpo que possui massa (lei da impenetrabilidade da matéria). (...) Eu conheço a mim mesmo? (...) e pelo pensamento, deduzo a minha existência. (...) Sinto que meu conhecimento provém de uma série de sensações, imagens e representações que se fixam na memória, diferenciando-se na consciência.

    Assim, se já me conheço, penso e, pelo pensamento, infiro a minha existência: estando certo de que meu conhecimento tem como matéria prima os sentidos que a razão manipula, então eu sou eu.

    Se eu fui eu é porque ‘aconteci’, e se ‘aconteci’ tenho um passado, que a minha memória registra. Se ‘aconteci’, vivi, e se vivi, lutei, sofri e amei.

    Afiguram-se me que todas as criaturas amam. (...) Sofri mais que amei, mesmo porque amar é sofrer. 

    Mais feliz é o tempo, que não luta, não sofre, não ama. Daí a minha dúvida sobre a sua existência. Existirá o tempo?

    Newton acredita nele, considerando-o uma entidade independente dos seres e dos fenômenos. Neste caso, se o tempo é independente de mim, é claro que eu não sou o tempo.

    Kante diverge: ‘Tempo é uma forma à priori de nossa sensibilidade’. Agora o tempo depende da minha faculdade de sentir, e, pois, está em mim. Se estiver em mim, eu e ele ‘somos’.

    Descartes elucida: ‘Suprimi as coisas e já não há mais tempo’. Se suprimir as coisas é suprimir o tempo, ele se relaciona intimamente com as coisas, ligando-se, interpenetrando-se e se confundindo. Como não sou coisa, o tempo existe, e se me suprimirem, logo eu não serei o tempo.

    Para mim, o tempo é duração. Duração de uma vida, de um fato. (...) Tempo... Duração da eternidade, sem princípio, sem fim, pura abstração nas relações de sucessão. Tempo infinito em cujo segundo imensurável eu

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