As Desventuras De Ela

De Andressa De Melo Jardim

A história narra as desilusões amorosas da protagonista, que se iniciam ainda na adolescência e vão piorando com o passar dos anos. No decorrer de seus próprios relatos, Ela percebe seus erros e vive uma redescoberta de si mesma. Esse renascimento pode ser o ponto chave para um futuro melhor para a garota, que agora mulher, vê seus dias de uma maneira diferente.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 28 de dez. de 2019

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As Desventuras de Ela

A mais cômica tragédia de grandes amores não vividos (e alguns mal vividos) Andressa de Melo Jardim

Sentir, sem que se veja, a quem se adora, Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos, Segui-la,

sem

poder

fitar

seus

olhos,

Amá-la,

sem

ousar

dizer

que

amamos,

E,

temendo

roçar

os

seus

vestidos,

Arder

por

afogá-la

em

mil

abraços:

Isso é amor, e desse amor se morre!

Gonçalves Dias

À minha amiga Naiana Costa, sem a qual eu não teria tido a ideia de transformar toda essa tragédia em algo que valesse a pena. Obrigada pela parceria, xuxuzovsky!

À querida e amada professora Ivete Luz, que foi literalmente uma luz em minha vida acadêmica. A eterna professora de Português! Obrigada por cada semente de amor pela leitura e pela escrita plantada em meu coração!

Índice

Prólogo .................................................................................. 5

Capítulo I .............................................................................. 7

Capítulo II .......................................................................... 14

Capítulo III.........................................................................28

Capítulo IV .......................................................................... 43

Capítulo V ........................................................................... 49

Capítulo VI..........................................................................63

Capítulo VII ........................................................................ 69

Capítulo VIII ...................................................................... 75

Capítulo IX.......................................................................... 85

Capítulo X ........................................................................... 92

Epílogo ............................................................................... 103

Prólogo

Bem... Quando foi que tudo começou? Aliás, lembro-me bem quando começou, eu só não esperava que fosse parecer o enredo de um espetáculo circense, mas tudo bem.

Nas próximas páginas você, caro amigo leitor, terá a oportunidade (única) de conhecer as mais belas histórias de amor não vividas (e algumas mal vividas), românticos sonhos não realizados e um azar indescritível habitando a aura da protagonista.

Ou seria a visão deturpada do cupido responsável por seus amores? Aliás, se essa mitológica figurinha realmente existisse estaria sendo caçado sem dó nem piedade após ter feito tanta macacada (com o devido respeito aos queridos primatas que nada têm a ver com as desventuras aqui descritas).

As Desventuras de Ela, por Andressa de Melo Jardim Entre os fatos, aqui narrados por ordem cronológica, você, caro leitor, encontrará cartas e poesias, das mais piegas, dedicadas ao ente inspirador da desventura corrente. Por muitos anos tais cartas foram guardadas sabendo que jamais seriam lidas...

Agora serão (não pelos inspiradores, ou sim, afinal, quem sabe?) e aconselho que não as tome como exemplo de qualquer tentativa de conquista que você, caro leitor, queira que dê certo.

Devo alertá-los que muitas vezes durante esta obra você, respeitável leitor, terá a insuportável vontade de socar a cara da protagonista na parede. Peço-vos, encarecidamente, que não faças tal. Talvez Ela tenha aprendido a lição... Ou não. Jamais saberemos!

[ 6 ]

As Desventuras de Ela, por Andressa de Melo Jardim Capítulo I

O ano era 1995, até então a paixão era considerada apenas uma coisa idiota vista na televisão por adultos melosos, mas seu coração ainda estava intacto e nossa inocente protagonista jurava que jamais cairia nas redes desse patético sentimento, que fazia com que os adultos se portassem como trouxas. Ledo engano... Neste ano Ela conheceria seu primeiro amor, doravante denominado Otário I.

Otário

I

era

um

garoto

tão

bonito!

Demasiadamente jovem, coitado, ainda via mais graça em pipas e carrinhos do que em garotas, mas o coração desavisado não tinha sequer um manual de como as coisas funcionavam nesse setor da vida real e, ao colocar os olhos no belo e jovem Otário I, começou a bater de modo estranho e a danificar as vias receptoras dos comandos da razão.

[ 7 ]

As Desventuras de Ela, por Andressa de Melo Jardim Razão? O coração nem sabia mais o que era isso, se é que um dia soube. Algo que se deve ensinar às meninas, desde a mais tenra idade, é que o coração fica burrinho ao se deparar com uma carinha bonitinha e, que ao menor sinal de batimentos estranhos, deve-se fugir para o mais longe possível do olhar dos molequinhos. Acho importante também alertá-las para o fato de que molequinhos demoram mais do que elas para começar a achar que garotas são mais interessantes do que pipas, carrinhos e games. Eu diria que há um atraso de uns três anos (no mínimo) para que se possa sincronizar os interesses de ambos.

Como já imaginado, Otário I não tinha o menor interesse em amores, beijos, garotas e quaisquer outras coisas relacionadas ao, até então, patético sentimento que se via na televisão. Seu universo era outro e continuaria sendo, e foi nesse contexto que Ela descobriu que as coisas nunca saem como planejamos...

[ 8 ]

As Desventuras de Ela, por Andressa de Melo Jardim Ela e Otário I habitavam um planeta chamado

Sexta Série, no qual tudo é novidade e quase nada é levado a sério, pelo menos