A Bolsa E A Vida

De José De Marqui

Transferir aos leitores minha experiência de cinquenta anos como colecionador e de dez anos como galerista da www.galeriadeledi.com.br, pretende ser o objetivo desse livro. Facilitar o caminho de quem pretende ser um colecionador, um galerista ou mesmo de alguém que tenha interesse em adquirir uma obra de arte apenas para seu deleite e diletantismo. Mostrar o que ler, o que ver, onde buscar subsídios para o conhecimento teórico, mas também olhar a arte como patrimônio, como bem de valor material, financeiro. Olhá-la do ponto de vista do mercado. Afinal, é esse mercado que faz com que a arte circule, seja divulgada, que fornece condições materiais para que o artista continue exercendo seu ofício. Paulo Mendes de Almeida já preconizava em 1961: “deixemos de lado um idealismo tolo - a arte só floresce onde encontra mercado propício. Isto é assim e sempre foi assim.” Não se trata, pois, de optar entre a bolsa ou a vida, mas sim em usufruir da bolsa e da vida! Sugestões ou aquisição de obras, contatar [e-mail]

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 11 de out. de 2019

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A BOLSA E A VIDA

Investir com Arte

índice

1 ARTE PARA QUE?:

Anita, a Mãe do Modernismo Brasileiro, uma vez falou: Através da arte, das cores e do  belo transformaremos o ser humano em homens melhores. (11)

Para mim, essa é a resposta do por que e do para que da Arte. 

Mas, para que tal aconteça, há um caminho. E para que se aprenda e se deleite durante o percurso, como em qualquer percurso, é bom que se troque idéias com quem já esteja fazendo este trajeto.

Proponho-me a isso.

Porissso, este é um livro que pretende ser prático. Olhar a teoria mas alicerçar-se na realidade. Transferir aos leitores, minha experiência de cinquenta anos como colecionador e de dez anos como galerista da www.galeriadeledi.com.br

Visa facilitar o caminho de quem pretende ser um colecionador, um galerista ou mesmo de alguém que tenha interesse apenas em adquirir uma obra de arte apenas para seu deleite e diletantismo.

Mostrar o que ler, o que ver, onde buscar subsídios para o conhecimento teórico, mas também olhar a arte como patrimônio, como bem não só cultural mas também como bem de valor material, financeiro. Olhá-la do ponto de vista do mercado. Afinal, é esse mercado, que faz com que a arte circule, seja divulgada, que fornece condições materiais para que o artista continue exercendo seu ofício. Paulo Mendes de Almeida já preconizava em 1961: "deixemos de lado um idealismo tolo - a arte só floresce onde encontra mercado propício. Isto é assim e sempre foi assim."(5)

Arte e mercado não são excludentes, mas intrinsicamente ligados. Um não sobrevive sem o outro.

Não se trata de optar entre a bolsa ou a vida, mas sim em mesclar a bolsa e a vida!

Dúvidas ou informações, contatar [e-mail] ou [e-mail] ou 16-99707-1178.

Boa leitura!

2 CAMINHO A SER PERCORRIDO PELO COLECIONADOR:

Se você não quer ser um mero ajuntador de objetos de arte, deve seguir alguns critérios. Para mim, dois são essenciais: estudo e foco.

2a) Estudo:

Estudo inclui ler muito sobre arte e visitar várias galerias, museus, leilões. É como estudar matemática. No inicio você acha que nunca vai entender aquilo, mas, de repente, dá-se conta de que já sabe muito. É um prazer incessante. Quanto mais a gente aprende, mais quer aprender. E ninguém acorda um belo dia e diz hoje vou começar a comprar quadros! Òbviamente que não é assim que acontece. Quem começa a comprar objetos de arte, provavelmente já tem uma estrutura psíquica e cultural voltada para esse desejo. Apenas dá vazão a essa imposição mental.

Mas há um caminho a ser percorrido para não gastar dinheiro em obras que não enriquecerão o acervo. Deixemos claro que estamos falando aqui sempre de obras acadêmicas, modernas ou contemporâneas. Nunca das que só são para enfeitar um ambiente, sem valor artístico reconhecido.

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Bonner,Descanso  o.s.t. 43x67, Acervo Galeria Deledi

Este caminho é bem prazeroso. Comece visitando museus, os muitos que existem no Brasil. Inicie pelo MASP (masp.art.br), o melhor. Lá, além do maior acervo de arte mundial da América Latina, tem a nata dos brasileiros da era moderna. Portinari, Tarsila, Anita, Di Cavalcante, Pancetti, entre outros. Além disso, tem um restaurante ótimo no subsolo, que ninguém é de ferro!.

Na mesma cidade, imperdível, a PINACOTECA (pinacoteca.org.br), com mais de dez mil obras. O prédio já é por si só, como o Masp, um deleite aos olhos. E tem os acadêmicos, tão raros de serem vistos em museus. Almeida Junior, Pedro Alexandrino, Facchinetti, Pedro Américo, Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Oscar Pereira da Silva, entre tantos outros. Mas há também Portinari,

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