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Quem é a Fera?
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Quem é a Fera?
E-book196 páginas2 horas

Quem é a Fera?

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Sobre este e-book

William, integrante do time de basquete do colégio Rudá, é popular e disputado pelas garotas da cidade... Menos por Natasha Novaes. Marrenta e estudiosa, ela não tolera o jovem jogador que a batizou 'carinhosamente' de fera sem bela.Anos de brigas culmina em uma aposta inconsequente e um forte sentimento que os fará ver a verdadeira fera que reside em cada um.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de nov. de 2022
ISBN9781526050915
Quem é a Fera?
Autor

Luciy Moon

Desde os 7 crio histórias para me divertir. Com o intuito de melhorar a escrita, participei de curso de escrita criativa, desafios na internet e atualmente faço Marketing Digital para divulgar minhas obras.

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    Quem é a Fera? - Luciy Moon

    QUEM É A FERA?

    Escrita por Luciy Moon

    Direitos autorais do texto original

    Todos os direitos reservados ~ 2002

    Figura 1 – Selo na cor verde. Redondo com detalhes de galhos na parte de cima e nuvens na parte de baixo; no centro uma árvore de ramos com poucas folhas. Acima dela a inscrição Série Rudá.

    Sumário

    Notas da autora: SÉRIE RUDÁ

    Prólogo

    Fera sem Bela

    Um Milagre

    Projeto

    Rosa Vermelha

    Amigos?

    Encontro

    Ameaça

    Aluno Relutante

    BobO/A

    Confia?

    Lago

    Até Quando?

    Anule

    Parque de Diversões

    Mentira

    Qual é o Plano?

    Música

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    1. Ensina-me

    Sobre Luciy Moon

    Notas da autora: SÉRIE RUDÁ

    Essa série consiste de obras que se passam na fictícia cidade do interior de São Paulo batizada de Rudá. São romances simples, de leitura rápida, um tantinho clichê e leve, criados na minha adolescência.

    Se divirtam, apaixonem e conheçam os romances que acompanham os moradores de Rudá.

    Em Quem é a Fera? conhecemos William, integrante do time de basquete do colégio Rudá. Ele é popular e disputado pelas garotas da cidade... Menos por Natasha Novaes. Marrenta e estudiosa, ela não tolera o jovem jogador que a batizou carinhosamente de fera sem bela.

    Anos de brigas culmina em uma aposta inconsequente e um forte sentimento.

    Prólogo

    1995, um ano tedioso como os quinze anteriores, pelo menos era isso que Natasha Novaes pensava enquanto, em plena manhã de domingo do último dia das férias escolares, observava a movimentação na quadra do colégio Rudá. Um pequeno grupo de alunos ocupava a arquibancada, aos gritos, assovios e incentivos, acompanhando cada movimento dos quatro garotos jogando. Ela só estava ali pela amiga, pelo menos era o que dizia a si mesma.

    Na quadra, com a adrenalina percorrendo seu corpo, William Silveira Lemes desviou de Christopher Moraes e passou a bola para o colega com o qual fazia dupla, Fernando Oliveira, urrando irritado quando o amigo perdeu o passe.

    Aquele era o local preferido de William e seus amigos Christopher, Fernando e Henrique Davidson, mas conhecido como Davi, todos faziam parte do time principal de basquete do colégio. Junto com Zacarias Angelis - que assistia a disputa dos amigos sentado no banco da equipe por perder no palitinho ao decidirem as duplas -, eram o orgulho da pequena cidade interiorana, formando o que os habitantes tinham batizado de os Reis da Quadra.

    Cada um deles era disputado a tapas pelas garotas da cidade, que sempre se reuniam nas arquibancadas da quadra para vê-los. Somente Henrique tinha uma namorada, a irmã-gêmea de Christopher, Clara, que odiava o assédio em volta dele e não escondia o desagrado de ninguém. Para ela aquelas garotas não tinha noção do ridículo que faziam ao tentar seduzir seu namorado.

    — Fernando, melhor prestar atenção na bola, não nas garotas — aconselhou Davi ao passar rápido pelo Oliveira, roubando a bola das mãos dele para fazer mais um ponto para sua dupla.

    Fernando resmungou, odiando perder outra jogada, mas não conseguiu evitar olhar a todo instante para a arquibancada. Ao lado de Clara estava Samantha, prima de William, que raramente aparecia nos jogos dele e era a garota mais linda e encantadora que já conhecera. Pena que ela não lhe dava a mínima atenção.

    — Fernando, acorda...! — gritou William com desespero ao ver o amigo perder mais um passe.

    — Esquece William, vocês já perderam — comunicou Christopher fazendo mais uma cesta e dando o jogo por terminado.

    Clara correu para abraçar o namorado, e evitar que uma daquelas garotas malucas o fizesse em seu lugar.

    — Parabéns Davi, meu moranguinho delicioso. — Deu um beijo estalado na boca dele para deixar bem claro que ele já tinha dona.

    Abraçado a namorada, Henrique grunhiu ao perceber que seus amigos achavam graça do apelido que Clara lhe dera. Amava a namorada, mas às vezes queria que ela fosse mais discreta, que guardasse os apelidos e as demonstrações exageradas de afeto para quando estivessem sozinhos. Infelizmente, não tinha coragem de dizer isso a ela – embora duvidasse que Clara o atendesse -, por isso sempre acabava sendo motivo de chacota entre os amigos.

    — Dizem que azar no jogo é sorte no amor, porque não saímos hoje? — perguntou Monalisa se pendurando no braço de Fernando.

    — Não posso, já tenho um compromisso.

    Afastou-se rápido, já tinha saído algumas vezes com ela, todas às vezes foram ótimas, mas no momento a única com quem queria sair era Samantha. Sabia que perderia qualquer chance de se aproximar se continuasse saindo com outras garotas.

    — Bom dia Sam! — cumprimentou ao se aproximar dela, que, acompanhada da melhor amiga, Natasha Novaes, conversava com Zacarias.

    — Bom... bom... dia!

    Apesar da timidez, que fazia com que sempre desviasse o olhar quando se aproximava dela, Samantha era muito bonita. Ela era bem mais baixa que ele, mal chegava a seus ombros, o cabelo liso e preto sempre preso numa trança lustrosa com a franja espessa cobrindo os doces olhos negros como jabuticaba, as mãos pequenas e delicadas se encontravam juntas na frente do corpo se apertando. Samantha encantava Fernando, e ele pretendia conquista-la. Demorasse o tempo que fosse.

    — Gostou do jogo?

    — Só se ela gostasse de ver alguém perder por não tirar os olhos da arquibancada — disse William aproximando-se zangado e acrescentando ao parar na frente do Oliveira. — Seria mais fácil se dissesse a você sabe quem o que deseja, ao invés de perder a concentração à toa.

    — Porque não cala a boca? — Fernando exigiu avançando na direção de William.

    — Ei, ei! Foi apenas um jogo — intervenho Christopher, acostumado com as discussões tolas dos amigos. — Que tal se fossemos a lanchonete do meu pai?

    — Eu vou junto — Monalisa anunciou, aproveitando a oportunidade de ficar mais tempo perto de Fernando.

    — Eu adoraria, e a Sam também, não é? — Natasha empurrou a amiga para perto do Oliveira.

    — Sim... — murmurou baixinho.

    Samantha sentiu-se tola por não conseguir ser articulada quando estava perto de Fernando. O problema era que, além de ser lindo, popular e fazer parte dos sonhos da maioria das garotas da cidade, Fernando nunca se interessaria por ela, o oposto de tudo o que ele era. A única coisa que tinham em comum – além de William, seu primo, fazer parte do time dele - era que sua irmã mais velha, Míriam, namorava o irmão mais velho dele, Cícero.

    Ficou tensa quando ele colocou o braço em volta de sua cintura ao saírem do colégio, e olhou para ele que lhe sorriu de canto como se fosse o gesto mais inocente do mundo. Para ele, acostumado com as garotas fazendo de tudo para ter um abraço dele, devia ser, mas para ela representava a chance de sentir o perfume dele, de ficar próxima sem parecer uma abusada.

    Natasha lhe deu uma piscada e Clara discretamente fez um gesto para que se aproximasse mais, o que Samantha negou por medo de que Fernando a repelisse e risse dela.

    Samantha só deixou de ser o foco das amigas, quando viram em frente a uma casa abandonada há meses, dois carros, um preto e um vermelho, estacionarem.

    Um homem de cabelo escuro, aparentando ter mais de quarenta anos, desceu do carro preto e foi para a porta malas, tirando algumas caixas com a ajuda de uma mulher de cabelo castanho, que devia ser sua esposa ou namorada, pois trocaram um beijo antes de se afastarem para dentro da casa.

    Do outro carro, desceu um rapaz e uma garota, ambos com as mesmas características do homem mais velho. Também tinham malas e caixas para descarregar, porém, enquanto o casal mais velho e o rapaz riam e brincavam, a garota tinha a expressão fechada, claramente descontente com a mudança.

    — Nossa, o rapaz parece um modelo de revista! — admirou Clara.

    — É mesmo. Ele é muito lindo — Samantha concordou, surpreendendo todos e a ela mesma. Pensara alto demais.

    — A garota também é linda — Fernando disse com a expressão fechada e, para tristeza de Samantha, se afastando da jovem.

    Samantha jamais o elogiara, mesmo ele sendo o mais bonito do time, do colégio, talvez até da cidade, mas bastou uma olhada para um completo desconhecido que ela se derretia em elogios. O que era preciso para que ela o olhasse do mesmo jeito?

    — Não é meu tipo, é meio baixinha — William retrucou, pois gostava de altas, de preferencia loira de olhos claros, como sua ficante favorita, Josie.

    — Seu tipo são as naturalmente burras como você — desdenhou Natasha baixinho, porém não o suficiente para passar despercebido aos ouvidos do Silveira, que a encarou com divertimento.

    — Também — confirmou com um sorriso brilhante.

    Como esperado, Natasha ajeitou os óculos quadrados de armação de tartaruga, o encarou com dureza e, dando um resmungo desdenhoso, se adiantou pisando fundo. Embora tivessem tido algumas brigas desde que entraram na adolescência, a maioria por culpa dela, não compreendia o que tanto a irritava a respeito dele. Só sabia que o olhar dela soltava faíscas de ódio quando o mirava, que tudo que ela dizia sobre ele era para destacar seus defeitos e que, por mais que tentasse ser agradável com ela, Natasha Novaes o odiava.

    Deu de ombros com despreocupação, alheio aos planos que o destino tinha para os dois.

    Fera sem Bela

    Às seis da manhã Natasha levantou para preparar-se para a rotina de volta ás aulas. Ainda sonolenta, foi ao quarto ao lado e acordou seu meio-irmão, Paulo Junior, antes de seguir ao banheiro para escovar os dentes e tomar banho. Poucos minutos, ao som das batidas e queixas do mais novo, envolveu o corpo em uma toalha e voltou ao seu quarto para se trocar.

    Deslizando as mãos pelas peças nos cabides chegou aos uniformes escolares, comprados meses antes: três camisetas; um agasalho azul com listras brancas nas mangas para as aulas de educação física; dois blazers; uma saia de pregas; um short para educação física; e duas calças. Tirando as camisetas brancas com o emblema da escola, o restante do uniforme era azul marinho.

    A maioria dos alunos não usava ou adaptava os uniformes, mas Natasha não tinha nenhuma dessas opções. Seu padrasto, Paulo Gomes, era o diretor do colégio Rudá, e sua mãe, Natália, professora de história. Ambos tinham uma imagem a

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