Cinza Tarde Branca e outros silêncios: dramaturgias de Robson Scobar
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Sobre este e-book
A fuga do abismo sensorial do mundo;
A queda para dentro daquilo que é ojeriza e asco;
A corrida diante de inúmeras perguntas que nos assolam.
Qual o sentido da Não-Vida?
Morrer é como andar de metrô: o som, a velocidade, as luzes, as vozes e depois o silêncio.
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Cinza Tarde Branca e outros silêncios - Robson Scobar
PREFÁCIO
Certa noite de fevereiro do ano de 2006 — uma noite cinza ou branca? Já não me recordo mais... — nossos destinos colidiram: eu, uma jovem sonhadora, com os meus 17 anos, começando a frequentar as oficinas teatrais de Ribeirão Píres e amando toda aquela nova realidade, tão distante do que eu vivera nas ruas cimentadas de São Paulo na infância; e ele, Robson Scobar, ator já praticamente formado pela famosa Escola Livre de Teatro (ELT) de Santo André, com seus 26 anos, muito ativo e extremamente conhecido no meio artístico e teatral da região metropolitana de SP. Foi naquela noite de 2006, durante a Mostra Teatral da cidade, vendo a peça Colisões
, escrita e dirigida por Robson Scobar, que eu tive a certeza de querer continuar a fazer cursos de teatro e, por favor (pedia eu, em pensamentos), ter aulas com ele futuramente — o que, para a minha alegria, realmente aconteceu dois anos depois. Vendo aquela peça, em meio a um teatro lotado, eu me deleitava, aos prantos, com uma dramaturgia completa e competente, em que a ausência de um menino-ator se fazia presente a cada instante, ora em uma cadeira vazia, ora na pergunta O céu fica muito longe?
. Eu ainda não compreendia nada muito bem, mas estava diante de um espetáculo onde a vida se mostrava sopro fino e sutil, e, a morte, um palco em que o tempo deixa de correr para aqueles que saem de cena. Silêncio. Era uma noite fria — disso eu recordo bem —, mas aquecida pela bela encenação, tão bem dirigida pelo próprio Robson Scobar. E assim foi que aquela noite se consolidou como um primeiro encontro silencioso, no qual o dramaturgo e diretor nem imaginava a impressão que havia causado em mim. Mas como a vida é curiosa e cheia de originalidade, eu, uma jovem sem um caminho muito bem definido naquele momento, há mais de 15 anos, me tornei escritora e recebi em 2022 o convite para escrever este prefácio. Quer dizer, naquele momento, eu jamais poderia imaginar que um dia seria chamada por aquele mesmo dramaturgo — hoje um amigo deveras querido — para escrever um texto de abertura à sua primeira publicação de obras dramáticas, esta mesma que você, leitor, tem em mãos neste exato momento, e que também lhe dará a mesma honra que eu tive no passado: a honra de poder entrar em conexão com uma pequena parcela do trabalho deste homem tão multifacetado e complexo, no melhor sentido desta palavra.
Estas várias facetas repletas de complexidade de que estou falando ficarão, em parte, visíveis na presente obra, onde estão reunidos cinco textos do autor. Obviamente não são os únicos escritos por ele desde o seu ingresso na arte da dramaturgia em fins do século passado: são, na verdade, os cinco textos que o próprio dramaturgo escolheu a dedo para comporem esta sua primeira constelação a ser publicada após tanto tempo de trabalho e pesquisa. Mas e por que estes cinco, e não os outros de sua autoria? Ora, imagino que seja por que todos estes cinco seguem uma linha comum, sendo estrelas que se juntam em vários pontos do céu com pequenas conexões capazes de criar uma figura-quebra-cabeça que nos leva a milhares de reflexões sobre temas parecidos e, além disso, em tons que se combinam entre si: temas e tons que se entrecruzam e desdobram, que