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RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO: experiências da aprendizagem  de ser professor
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO: experiências da aprendizagem  de ser professor
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO: experiências da aprendizagem  de ser professor
E-book254 páginas2 horas

RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO: experiências da aprendizagem de ser professor

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Sobre este e-book

Apresentamos uma obra muito singular pelo que traz de relatos e reflexões de professores orientadores de estágio supervisionado, de professores preceptores da escola campo e de acadêmicos, todos atores envolvidos no projeto residência pedagógica num momento muito particular do ensino, o ensino ministrado no período pandêmico. Nesse sentido, o olhar desses diferentes autores remete ao que cada um na sua atuação, vivenciou na modalidade de ensino remoto, denominada pela Secretaria de Educação do Estado de Goiás como Regime Especial de Aulas Não Presencias (REANP). Os textos aqui reunidos evidenciam o potencial e importância do Programa de Residência Pedagógica na formação de professores e, ao mesmo tempo, nos ajudam a compreender melhor os limites e desafios enfrentados pelos professores de Matemática da Educação Básica e do Ensino Superior de Goiás para a realização de seu trabalho em forma remota durante a pandemia do coronavírus.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de set. de 2022
ISBN9786553703315
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO: experiências da aprendizagem  de ser professor

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    RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DE ENSINO REMOTO - Núbia Cristina dos Santos Lemes

    PARTE I

    FORMAÇÃO DE PROFESSORES PELO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

    RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: UM OLHAR SOBRE O TRABALHO DO PROFESSOR PRECEPTOR

    Núbia Cristina dos Santos Lemes¹

    Klébia Dias Soares Machado²

    Wilker Mac Arantes Fernandes³,⁴

    INTRODUÇÃO

    Este capítulo tem o propósito de mostrar como é a ação do professor preceptor do Projeto Residência Pedagógica. Explora a gama de atividades desenvolvidas com os acadêmicos residentes, refletindo sobre o papel de partícipes imprescindíveis na formação daqueles que um dia ocuparão as salas de aulas das escolas. O texto também traz seções que abordam o papel do estágio supervisionado na formação docente, situando o lugar do professor preceptor, descrevendo o campo real de trabalho do professor preceptor, além de fazer considerações sobre a nova rotina escolar em decorrência da Covid-19⁵.

    Falar sobre educação neste momento significa desafiar os limites impostos por uma pandemia que desestabilizou um formato de educação que tinha a tecnologia digital como uma ferramenta de apoio e não a principal forma de relação entre professor e aluno. Pensando sobre isso, a percepção que se tem é de uma educação que em pouco tempo passou por uma transformação em sua didática e metodologia, por que não dizer em todo o seu enredo.

    O aluno que tinha a presença física do seu professor, agora já não o tem por protocolos que visam à proteção de ambos. O professor que mantinha o contato durante as aulas com os alunos, conhecendo em larga medida o ritmo de cada aprendizado, foi subtraído dessa possibilidade. Vários são os motivos, dentre eles, a falta de acesso à internet por parte dos alunos. As consequências dessa falha são nitidamente observadas na grande quantidade de alunos que ficaram desmotivados em realizar as atividades escolares, o que não é fácil de fato, uma vez que os alunos que não possuíam internet, receberam as atividades impressas com roteiros de estudos, contudo, o aluno que não tinha o hábito de estudar sem o acompanhamento do professor, foi novamente tolhido da possibilidade de aprender.

    Uma das formas pelas quais houve uma amenização dessa problemática é a ação permanente do Projeto Residência Pedagógica na escola. Por meio dele, os alunos foram contemplados com o acompanhamento dos residentes que, orientados pelo professor preceptor, puderam realizar diversas atividades, desde a elaboração de vídeos, criação de jogos para serem executados de forma remota, até a busca ativa dos alunos em condição de absenteísmo, sem esquecer o fundamental, ensinando.

    O PAPEL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOCENTE

    As resoluções número 1 e número 2 do Conselho Nacional de Educação (CNE/CP/BRASIL, 2002) são diretrizes fundamentais dos cursos de formação de professores, em que o papel do estágio supervisionado é elemento fundamental na formação. Embora o estágio não seja uma completa preparação para o magistério, ele tem primordial relevância para o trabalho com questões basilares, como o sentido de ser professor, o seu papel no contexto da sociedade onde ele está inserido, além de oportunizar o conhecimento da realidade dos alunos das escolas da educação básica.

    Conhecer a escola e compreender as contradições que ali se desenvolvem é parte do processo de estágio, uma vez que a escola,

    ao mesmo tempo em que reproduz a lógica dominante do capital e do capital cultural, revela as possibilidades e os limites para o desenvolvimento das habilidades e formas de conhecimentos necessárias para a transformação social. (PIMENTA; LIMA, 2008, p. 109)

    A partir dessa análise, podem ser formadas concepções a respeito da prática da instituição nos seus modos de perpetuar ou superar as práticas dadas.

    Estagiar é vivenciar a realidade da escola, sendo assim, os momentos de convívio devem possibilitar que o estagiário enxergue a escola como parte da sociedade e questionar como a realidade onde a escola se insere, interfere e se relaciona com ela. Essa possibilidade de ver a escola com o olhar diferente de quando era aluno, exige que o estagiário se insira nela e se projete para um dia estar nela como docente. O processo de aprendizagem da docência constitui o momento de questionar a realidade da escola, compreendê-la e melhorá-la e por isso Pimenta e Lima (2008) consideram o estágio como um espaço privilegiado de questionamento e investigação (p. 112).

    Compactuamos com Pimenta e Lima (2008) quando elas mostram a importância de os professores em formação terem a chance de analisar as histórias, os sonhos, as linguagens, as diferentes experiências culturais para que possem compreender o comportamento, as atitudes e respostas dos alunos. Se lidamos com pessoas, nosso objeto/sujeito (PARO, 2000) é gente, as respostas que são dadas por eles refletem um perfil histórico-cultural-social que não pode ser desprezado.

    Aí reside o papel do professor preceptor, a figura do lugar onde o aprendiz da docência irá se amparar para aliar teoria-prática e adquirir as competências de ensinar.

    O PAPEL DO PROFESSOR PRECEPTOR NA FORMAÇÃO DOCENTE

    No dia 18 de outubro de 2017, o Ministério da Educação e Cultura lançou a política de formação de professores em que se inclui o Programa Residência Pedagógica e, por meio da portaria número 38, de 18 de fevereiro de 2018 (BRASIL, 2018), o presidente da coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior – CAPES, instituiu o Programa. Conforme o artigo 2º dessa portaria, os objetivos do RP são os seguintes:

    I. Aperfeiçoar a formação dos discentes dos cursos de licenciatura, por meio do desenvolvimento de projetos que fortaleçam o campo da prática e que conduzam o licenciando a exercitar de forma ativa a relação entre teoria e prática profissional docente, utilizando coleta de dados e diagnóstico sobre o ensino e a aprendizagem escolar, entre outras didáticas e metodologias; II. Induzir a reformulação do estágio supervisionado nos cursos de licenciatura, tendo por base a experiência da residência pedagógica;

    III. Fortalecer, ampliar e consolidar a relação entre a IES e a escola, promovendo sinergia entre a entidade que forma e aquelas que receberão os egressos das licenciaturas, além de estimular o protagonismo das redes de ensino na formação de professores; e

    IV. Promover a adequação dos currículos e das propostas pedagógicas dos cursos de formação inicial de professores da educação básica às orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). (BRASIL, 2018).

    A gama de demandas do projeto abarca distintas possibilidades de levar os residentes a conheceram o trabalho de ensinar, mesmo assim, não abarcam o que é desenvolvido no real da escola. Assim, o professor preceptor tem um papel fundamental na condução desse processo.

    Embora não concordemos que a melhora na qualidade do ensino dependa exclusivamente dos professores como as políticas públicas fazem acreditar, sabemos que a qualificação docente tem um papel significativo na influência do aprendizado dos alunos.

    O estágio supervisionado desenvolvido por meio do Projeto Residência Pedagógica evita que o processo da aprendizagem da docência se torne instrumentalizado. Com a seleção dos professores preceptores, realizada por mérito acadêmico, nós, supervisores, compomos um rol de docentes com experiência na profissão e com formação que atende o que preceitua a Resolução do Conselho Nacional de Educação n.º 1/2002. Nós conhecemos o universo escolar nos seus mais diversos

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