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Um Professor de Direito à Margem da Lei
Um Professor de Direito à Margem da Lei
Um Professor de Direito à Margem da Lei
E-book265 páginas3 horas

Um Professor de Direito à Margem da Lei

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Sobre este e-book

No papel, Steve Jones é um excelente professor de Direito de uma universidade de elite em Miami, com credenciais impressionantes e uma longa lista de realizações acadêmicas. Mas há um lado que o professor Jones mostra apenas para algumas poucas pessoas: ele é um prolífico assassino em série.


Os detetives Carlos Garcia e Wayne Briggs formam uma dupla dinâmica no Departamento de Polícia de Miami-Dade. Em sua mesa há uma pilha crescente de casos de homicídios não resolvidos.


Os dois estão preparados para fazer o que for preciso para derrubar o esquivo assassino e trazer justiça às vítimas. Mas se tratando de um jogo mortal de gato e rato, será que eles podem enganar o oponente antes que outra vida seja perdida?

IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de nov. de 2022
Um Professor de Direito à Margem da Lei

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    Um Professor de Direito à Margem da Lei - Jonathan D. Rosen

    1

    Os jacarés se moviam em todas as direções, sentindo o cheiro de sangue na água turva. Mais jacarés começaram a circular o pequeno barco balançando na água. Um jacaré de mais de três metros açoitava sua cauda. Um homem alto e magro grunhia no barco saltitante, enquanto seus cabelos pretos eram sacudidos pelo vento. Ele estava todo sorridente, a quilômetros da pessoa mais próxima no meio da pantanosa região do Everglades. Era como gostava: apenas ele e sua lanterna.

    — Vocês estão com fome, rapazes? Tenho uma surpresa para vocês esta noite. — O homem abriu a caixa em seu barco e fisgou mais um peixe de meio quilo. Então, lançou uma galinha morta na água. Pegou outro saco que continha sangue de animal e derramou no mar. Ele riu do espetáculo e sussurrou: — Venham buscar, rapazes. Esta noite vai ser um banquete.

    Os jacarés cercaram os animais mortos e começaram a comer. Um engoliu o frango flutuante em um gole rápido.

    — Esperem. Esperem. Onde está o meu giro da morte? — perguntou o homem no barco.

    Dois jacarés começaram a lutar pelo banquete. O jacaré maior mordeu com força o menor e deu início ao giro da morte, o método usado para afogar a presa. O homem jogou a cabeça para trás e soltou uma risada calorosa.

    — Bons rapazes, é isso que eu gosto de ver. Agora, já que vocês tem sido tão bons, trouxe algo especial. Aqui está o verdadeiro deleite. — O homem olhou em volta para se certificar de que ninguém estava se aproximando. Ele estava seguro, pois apenas os animais estavam ao ar livre às 3 da manhã no Everglades da Flórida. O homem puxou o corpo para fora do saco e lançou-o ao mar. — Boa viagem, Natasha. Melhor sorte na sua próxima vida. Se ao menos você tivesse aprendido a calar a boca. Peguem ela, rapazes.

    Enquanto os jacarés começavam a devorar o corpo, o homem ligou o motor e saiu disparado pela água. Ele gostava da solidão. Olhando para as estrelas, ele ficou feliz em se livrar de um grande risco. Demorou quase uma hora para chegar ao local onde ele havia deixado seu carro, e mais uma hora para engatar o barco. Ele olhou para o relógio. Uau! Já eram 5 da manhã? Ele tinha que estar no trabalho amanhã cedo. Cinco minutos depois, ele estava dirigindo lentamente pela estrada e voltando para Miami. Ele sabia que não devia correr nesse horário, pois a polícia adoraria aplicar uma grande multa. Os policiais eram uma piada nesta cidade. Uma fossa de incompetência e corrupção. Ele adorava isso. Ele estava a cinco minutos de seu apartamento em Brickell, um local badalado perto da água a poucos minutos do centro de Miami.

    Ele já estava quase em seu apartamento quando dois universitários bêbados apareceram. Eles estavam atravessando a rua e viram o barco preso ao carro.

    — Billy! É um barco. Vamos pular nesse monstro —, disse um dos estudantes bêbados da faculdade.

    — Belo barco —, disse Billy. Ele não conseguia parar de rir.

    O motorista saiu do carro enquanto os alunos bêbados pulavam nele.

    — Ei, imbecis! Desçam do meu barco. — O homem tinha pouco mais de 1,80 m de altura, mas era magro, então os estudantes provavelmente não se sentiram ameaçados por sua aparência.

    — Calma, cara. Só queremos dar uma volta. Está tudo bem.

    — Vocês idiotas não têm mais nada para fazer? É manhã de segunda-feira. Vocês não têm um emprego ou uma aula para ir? Por que não arrumam um trabalho e fazem algo com suas vidas patéticas? Isso é o que está errado com a sociedade. Os jovens desta geração só querem festejar o tempo todo. Não acreditam em trabalho duro.

    — Calma aí, vovô.

    Isso fez o homem ficar irritado. Seu rosto ficou vermelho; suas mãos se fecharam em punhos. — Desçam do meu barco. Não me façam pedir novamente. O semáforo ficou verde. Eu não quero ser atingido.

    — Não há ninguém na estrada. Relaxe, cara —, disse Billy.

    — Já chega. Desçam do meu barco ou vou estourar seus miolos! — gritou o homem. Ele puxou uma arma de nove milímetros.

    — Ele está armado. Corre! — gritou Billy.

    Os dois universitários saltaram do barco e correram pela rua.

    — Ah. Aonde vocês vão? Acho que não são tão durões quando vêem uma arma apontada para seus rostos. Vão embora antes que eu mude de ideia e mate vocês. — O homem ajustou seu chapéu preto e os óculos escuros. Isso daria uma lição àqueles vadios.

    O homem voltou para o carro e chegou ao seu prédio cinco minutos depois. Hora de dormir. Ele tinha que acordar em poucas horas. Talvez ele devesse ter feito isso no fim de semana, mas, bem, o ato estava consumado. Ele parou no estacionamento de seu edifício de vinte andares.

    2

    Steve Jones caminhava em direção ao seu escritório na Faculdade de Direito da Universidade do Sudeste, localizada no sul de Miami. Esta faculdade privada no ensolarado sul da Flórida era a escola de direito número um no estado. Era conhecida por seus acadêmicos rigorosos e por ter a melhor taxa de aprovados em exames de avaliação na Flórida nos últimos dez anos. A faculdade de direito atraía muitos estudantes esforçados que buscavam uma formação. Steve estava mais do que disposto a explorá-los todos pela honra de trabalharem com ele. Ele andava, quase saltando, pelos corredores enquanto planejava dominar a produção editorial do departamento. Ele faria todos parecerem ingratos preguiçosos em comparação.

    De repente, um dos estudantes de direito penal de Steve se aproximou. — Olá, Professor Jones.

    — Oi. Como vai?

    Bem. Obrigado por perguntar, Sr. Jones.

    — É Dr. Jones. Eu não sofri com meu programa de doutorado para ser chamado de Senhor. Vê se acerta.

    — Desculpe-me, Dr. Jones. Posso passar no seu escritório hoje para fazer algumas perguntas?

    — Hum, sim, ok. Venha durante o meu horário de expediente. Tenho reuniões marcadas o dia todo hoje.

    — Quando?

    — Sério? O que você é, um idiota? Chama-se programa de estudos. Olhe. Memorize isso. Você quer dizer que desperdicei meu tempo montando tudo isso? Contém todas as informações que você precisa sobre meu curso e meu horário de expediente. Sabe quando as pessoas dizem que não existe uma pergunta idiota? Elas estão erradas. Esse tipo de coisa existe, e vem de pessoas burras como você. Por favor, diga-me que você não vai fazer esse tipo de pergunta nos tribunais —, disse Steve categoricamente.

    A boca do aluno se abriu e, antes que ele pudesse responder, Steve saiu apressado pelo corredor em direção ao seu escritório. Ele riu para si mesmo quando se aproximou da porta.

    Uma voz soou atrás dele. — Olá, Steve. — Era outro professor de direito. — Como o semestre está te tratando?

    — Outro dia no paraíso —, disse Steve enquanto olhava para os alunos bebendo café no pátio.

    — Eu não sinto falta dos meus dias em Boston.

    — De fato. Também não sinto falta do frio de Nova York —, respondeu Steve.

    — Bem, prazer em vê-lo também, Steve. Tente não ser muito duro com os alunos hoje.

    Steve estava sendo legal para variar. Era preciso muito talento para ser o mais chato de uma faculdade de direito. Ele ganhou o prêmio com grande vantagem.

    Ele abriu a porta do seu escritório. Lar, doce lar. Ele acendeu as luzes e foi em direção às suas estantes, que estavam cheias até a borda de livros sobre justiça criminal e lei. Steve era um ávido leitor. Em média, lia três livros por semana.

    Steve ouviu uma suave batida na porta. Minha nossa. O que essas pessoas queriam? O trabalho dele seria ótimo se não houvesse alunos. Talvez se ele não respondesse, eles iriam embora.

    Uma aluna bateu na porta de novo.

    — O que foi? Pode entrar. — Ele queria mudar seu escritório para um lugar onde ninguém pudesse encontrá-lo.

    — Olá, Professor. Tem um segundo?

    — Não! Meu horário de expediente está afixado na porta em fonte grande. Não posso ter um momento de paz sem que um de vocês grite no meu ouvido sobre seus problemas? Meu Deus do céu! Basta ler o livro, fazer as tarefas e me deixar em paz.

    Steve foi se sentar à mesa e ligou o computador. Seu escritório dele não tinha janela. Os melhores escritórios eram reservados para o corpo docente sênior. Steve não poderia se dar bem com a administração se sua vida dependesse disso, então o colocaram em um escritório sem janelas no terceiro andar da biblioteca de direito.

    — Peço desculpas. Só levará um segundo —, disse a estudante enquanto olhava para os prêmios acadêmicos pendurados na parede traseira. — Uau, você tem muitos diplomas.

    A parede, cheia de honrarias, forçava todos no escritório a olhar para as realizações de Steve.

    Steve ignorou o elogio, abriu sua caixa de e-mail e começou a ler. — Seriamente, algumas pessoas nesta universidade não têm nada melhor para fazer do que enviar e-mails a cada cinco segundos. Deletar. Deletar. Deletar. O quê? Você quer que eu responda e-mails o dia todo ou faça meu trabalho?

    — Professor Jones, eu só queria perguntar se você dá guias de estudo para a final —, disse a aluna com relutância.

    — Guia de estudo? O que é isso, uma hora de graduação amadora? Não. Não dou. Azar. Bem-vinda à faculdade de direito. Um exame é toda a sua nota, então, se você não puder alcançá-la, não estará desperdiçando o precioso tempo de ninguém, incluindo o meu.

    — Entendo. Sinto muito por perguntar —, disse ela e se virou para ir embora.

    Steve, no entanto, não tinha terminado com ela. — Você precisa se fortalecer se quiser sobreviver no mundo real. Advogados não são boas pessoas. Eles vão te comer viva. Steve olhou para o teto. Ele costumava fazer isso quando pontificava. — Eu não tenho um guia de estudo. Tenho uma reunião com meu assistente de pesquisa. Meu conselho é ler e estudar muito. Ler é quando você arrasta os olhos pela página de um livro. Muitas vezes as pessoas gostam de ir à biblioteca. Só para avisar, a biblioteca está localizada entre o Starbucks e o Subway. É o grande prédio no meio do campus. Vamos lá! Comece a pensar como uma jurista. Ninguém vai segurar sua mão nesta instituição.

    — Obrigada, Professor Jones. Tenha um bom dia —, disse a aluna à beira das lágrimas enquanto se virava para a porta e saía.

    Depois de excluir vários e-mails, incluindo os dos alunos, Steve abriu uma pasta em seu computador que tinha todos os seus trabalhos em andamento. Steve era um estudioso prolífico e havia publicado mais de cem artigos na revista de direito da faculdade e vários livros didáticos. Quando começou como professor de direito, ele mesmo escrevia todos os artigos da publicação. Três anos em sua carreira acadêmica, ele percebeu que poderia explorar seus estudantes de direito inteligentes que estavam ansiosos para publicar artigos para reforçar seus currículos. Steve tinha três assistentes de pesquisa e meia dúzia de outros alunos trabalhando em artigos a qualquer hora.

    Ele ouviu uma batida na porta e, sem olhar para cima, respondeu: — Entre. Uma jovem mulher vestida profissionalmente entrou no escritório. O nome dela era Samantha, uma das assistentes de pesquisa do Steve.

    — Oi, Professor Jones. Ainda tem tempo para discutir sobre o artigo? — perguntou Samantha. Ela tinha uma média de 3,9 pontos e era a editora-chefe da revista de direito da faculdade.

    — Sim, tenho tempo. Sente-se —, disse Steve. Ele começou a escovar seus cabelos pretos com as mãos. Independentemente de seu rude excesso de confiança, ele estava sempre inquieto com energia nervosa. Esse nervosismo se manifestava de muitas maneiras, especialmente pela sua incapacidade de parar de tocar seus cabelos.

    — Já acabei com o primeiro rascunho, Professor Jones. Eu queria trocar algumas ideias sobre as conclusões antes de enviá-lo para você. Eu também tenho que verificar algumas citações.

    — Que artigo é esse mesmo? Sinto muito, mas também tenho trabalhado com outros alunos.

    — É sobre jovens condenados à prisão perpétua.

    — Certo. Ouça, envie-me o rascunho, e eu te darei algumas considerações. Esqueci de colocar essa reunião na minha agenda, e tenho muito o que fazer. Estou ajudando a supervisionar vários alunos no consultório de assistência jurídica da universidade, e eles precisam que eu leia alguns documentos estúpidos antes de enviá-los.

    — Vou te enviar o rascunho na outra semana, mais ou menos. Funciona para você?

    — Não, você não me ouviu? Mande-me o rascunho agora. Quanto antes melhor. Você precisa das publicações. Você vai me fazer um favor também. Eu tive um ano lento, pois tivemos dificuldade em publicar vários artigos. Para este, precisamos nos esforçar por uma revista melhor. Além disso, lembre-se que você está tentando ser uma jurista, não uma ativista. Certifique-se de manter isso em mente enquanto revisa. A última coisa que quero é ser associado a uma ativista de coração mole. Essas pessoas me deixam doente, e não têm nada a ver com bolsas de estudo. Está me ouvindo?

    — Entendo, Professor. Estou fazendo o melhor que posso. Estou aqui para aprender —, disse Samantha calmamente, não encarando muito seu olhar concentrado.

    — Claro. É o que todos os meus alunos dizem. Você precisa ficar esperta. Sei que alunos não se importam com a escrita. Sabe quanta porcaria tenho que lidar, fazendo favores aos alunos, permitindo que publiquem comigo? Eles só querem adicionar linhas em seus currículos, especialmente embelezando seu trabalho comigo. Eles querem algo para conversar durante as entrevistas. Estou fazendo um serviço público aqui.

    — Eu adoro fazer pesquisa. De verdade.

    — Ah, é? Me dá um tempo. Você percebe que ninguém nunca vai ler este artigo no mundo real. Os diários das faculdades de direito são concursos de popularidade. Eles apenas publicam tópicos que estão em voga. Minhas experiências passadas me ensinaram que um artigo bem pesquisado sobre um tópico chato não o torna publicado. — Steve se concentrou nos olhos de Samantha com um olhar penetrante. — Não se esqueça de que isso é uma negociação. Nada mais, nada menos. Entendeu? Você está usando meu nome para publicar. Você quer ser um grande jurista e acadêmica, ou uma advogada pouco confiável? Você quer ser uma das melhores estudiosas de direito, e precisa de minha ajuda com isso.

    — Entendido, Professor. Estou muito feliz por ter a oportunidade de trabalhar com você —, respondeu Samantha, acenando firmemente com a cabeça.

    — Estou te fazendo um favor, então aja de acordo. — Steve passou a mão pelos cabelos.

    Samantha ficou parada e com o rosto sem demonstrar emoções enquanto esperava Steve calar a boca. Mas ele não havia terminado.

    — Espera! Como está indo o artigo de opinião? Acho que vou ter que mudar de ‘Professor Jones’ para ‘Professor Jones e minha aluna brilhante’. — Ele piscou enquanto pegava uma caneta e a colocava atrás da orelha.

    — Ainda não tive tempo. Desculpa. Tenho me concentrado em nosso artigo.

    — Está brincando? São setecentas palavras, não uma tese de doutorado. Que decepção. Esqueça. Eu mesmo vou escrever o artigo de opinião. Sabia que isso ia acontecer.

    — Eu posso fazer isso, Professor Jones. Vou trabalhar nisso hoje depois das minhas aulas.

    — É isso o que eu quero ouvir. É bom que o faça. Se não conseguir lidar com algo, é só me avisar. Há dezenas de estudantes clamando pela oportunidade. Felizmente, o editor é meu amigo, e eu tenho escrito a esporádica coluna ‘Professor de Direito’ por mais de uma década. Não desperdice esta oportunidade. Entendeu?

    — Não vou. É melhor ir andando.

    — Sim, é melhor você ir embora agora. Lembre-se que preciso de um rascunho hoje. Posso trabalhar com algo, mas não consigo trabalhar com uma tela em branco e, até agora, foi o que você entregou.

    — Sim, Professor Jones —, disse Samantha. Ela fechou a porta atrás de si.

    Steve riu para si mesmo. Ele era uma estrela por aqui. Ele fazia este lugar parecer bom. Ele olhou para o computador e abriu a caixa de e-mail novamente, escrevendo um lembrete para a mesma aluna. Antes que ele pudesse terminar de digitar um lembrete amigável, ele ouviu outra batida na porta. — Como alguém pode trabalhar aqui? — ele disse em voz alta enquanto passava as mãos pelos cabelos. — Pode entrar.

    John, um estudante acima do peso com pelos faciais irregulares, enfiou a cabeça pela porta. Ele era outro dos assistentes de pesquisa do Steve.

    — Oi, Professor. Como vai? Tudo bem se conversarmos agora? Eu queria falar com você sobre as edições que fiz na sua apostila.

    — Eu realmente preciso fazer um trabalho melhor ao marcar essas reuniões. Não consegui fazer nada sem ser interrompido —, respondeu Steve, irritado.

    — Gostaria que eu voltasse mais tarde?

    — Não, pode ser agora. Estou sob muita pressão para entregar as edições à editora. Noventa e nove por cento dos acadêmicos entregam as coisas com atraso. — Steve recostou-se na cadeira e esfregou o cabelo. — Decidi estar entre os um por cento e entregar as coisas antes do prazo. Isso deixa a editora mais feliz por trabalhar com você.

    — Eu só queria que você soubesse que terminei tudo. Adicionei os dez novos casos que você recomendou. — O aluno pegou seu laptop e o colocou na mesa de Steve. — Posso te mostrar algumas das minhas revisões? — O laptop tinha algumas manchas de sujeira e gordura.

    — Minha nossa. Você arrastou seu laptop pela lama em um churrasco? Esta é a coisa mais suja que eu já vi. Nojento! — Steve pegou um lenço

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