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Marias
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E-book137 páginas33 minutos

Marias

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Sobre este e-book

Marias, é uma obra composta por poemas que tem como fim, destacar os sentimentos, particularidades e dilemas diários vivido por mulheres modernas. Cada poesia selecionada mobiliza-se discussões sobre a realidade e os dilemas do cotidiano feminino, como um desabafo, um pedido de ajuda de cada mulher que se sente reprimida. A obra busca chamar a atenção para as questões das mulheres, as muitas Marias que sofrem com a incompreensão nas três fases de sua vida, mas também na busca por libertação.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de nov. de 2022
ISBN9786558407379
Marias

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    Marias - Edna Santos

    As pensadoras

    Assino esta obra por desconhecer o verdadeiro autor. Eu nunca soube que escrevesse poesia – sou jornalista investigativa e atuo na área há 38 anos. Curiosamente, em um dia qualquer, apossou-se da minha mente o primeiro de uma série de poemas.

    Eles vieram assim, sem serem esperados. Numa gestação indesejável e dolorosa de intermináveis 22 dias, os poemas germinaram na minha alma, a me roubar noites de sono e a me trazer angústia, depressão, ansiedade, inquietação espiritual.

    Alheias à minha vontade, as poesias tomaram forma nas minhas entranhas; cresceram e chutaram todo o meu interior, insistindo para nascerem, se acomodarem no papel. São totalmente independentes, únicas responsáveis pelos seus significados, se é que tem algum.

    Até essa apresentação veio-me contra a vontade. Eu a escrevi porque o verdadeiro autor destes poemas – versos, prosas, sei lá –, empurrou-me a fazê-lo. Mais uma vez, à margem da minha vontade. Em princípio ensaiei criar o título Fragmentos ou Pedaços de Mim, dois poemas com os quais me identifiquei.

    Fui censurada pelo autor desconhecido. Ignorando eu ter ficado em frangalhos com a árdua tarefa, ordenou-me: simplesmente Marias, como a dizer-me: não são seus pedaços, mas de todas as mulheres da sociedade contemporânea!.

    Eu não tenho certeza sobre qual é a mensagem que o autor quer passar. Ouso dizer, era apenas fogo de palha, pois depois destes, jamais voltei a escrever este gênero de literatura. Cumpri o que me foi exigido, subjugada por ininterruptos conflitos interiores.

    Edna Santos

    – a rogo –

    Alucinação

    Com a lucidez de um ébrio

    Maria deixou-se guiar.

    No corpo viril mergulhou,

    até cansar de amar.

    Maria oscilou

    entre o amor e a razão…

    Gritou alto o tesão.

    Sem constrangimentos,

    ela perdeu a noção.

    E amou!!!

    Deitou delirando,

    viveu sensações…

    Acordou amando,

    sem ser amada…

    Despertou!

    O corpo saciado,

    agora ausente.

    A mulher largada,

    voltou à razão.

    Estava enojada!

    Frustrações a fervilhar

    a sua mente sangrava.

    Doía a carne,

    agora sem vontades.

    Soluçava baixinho;

    gemia, arrependida

    pelos pecados saciados.

    Só o choro

    a balançar o seu corpo,

    a escorrer no seu colo,

    servia-lhe de consolo.

    Abusões

    Acossada pelo fogo da paixão

    Maria queimou-se

    até sucumbir-se

    em cinzas.

    Pequeno torrão,

    pó ao vento,

    últimos vestígios…

    Maria evaporou-se!

    Vez em quando

    sente-se reviver;

    arder no peito

    as brasas semiapagadas

    da sua fugaz emoção.

    Assediada pelo calor

    daquele corpo,

    Maria entregou-se;

    deu vazão

    e se queimou!

    Montanha-russa, roda-gigante,

    cálice de vinho, chimarrão.

    Quanto gozo, fogo aceso…

    A noite se findou…

    Dia claro,

    Maria se tocou.

    Só havia cinzas,

    nada mais lhe sobrou.

    Angústia

    A angústia brota,

    afoita.

    Escorre nas tuas veias,

    aventura-se pelo teu corpo…

    Esparrama na tua alma

    e ali, assenta…

    dilacerante!

    Empurra-te para a vida

    noturna,

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