Marias
De Edna Santos
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Marias - Edna Santos
As pensadoras
Assino esta obra por desconhecer o verdadeiro autor. Eu nunca soube que escrevesse poesia – sou jornalista investigativa e atuo na área há 38 anos. Curiosamente, em um dia qualquer, apossou-se da minha mente o primeiro de uma série de poemas.
Eles vieram assim, sem serem esperados. Numa gestação indesejável e dolorosa de intermináveis 22 dias, os poemas germinaram na minha alma, a me roubar noites de sono e a me trazer angústia, depressão, ansiedade, inquietação espiritual.
Alheias à minha vontade, as poesias tomaram forma nas minhas entranhas; cresceram e chutaram todo o meu interior, insistindo para nascerem, se acomodarem no papel. São totalmente independentes, únicas responsáveis pelos seus significados, se é que tem algum.
Até essa apresentação veio-me contra a vontade. Eu a escrevi porque o verdadeiro autor destes poemas – versos, prosas, sei lá –, empurrou-me a fazê-lo. Mais uma vez, à margem da minha vontade. Em princípio ensaiei criar o título Fragmentos
ou Pedaços de Mim
, dois poemas com os quais me identifiquei.
Fui censurada pelo autor desconhecido. Ignorando eu ter ficado em frangalhos com a árdua tarefa, ordenou-me: simplesmente Marias
, como a dizer-me: não são seus pedaços, mas de todas as mulheres da sociedade contemporânea!
.
Eu não tenho certeza sobre qual é a mensagem que o autor quer passar. Ouso dizer, era apenas fogo de palha, pois depois destes, jamais voltei a escrever este gênero de literatura. Cumpri o que me foi exigido, subjugada por ininterruptos conflitos interiores.
Edna Santos
– a rogo –
Alucinação
Com a lucidez de um ébrio
Maria deixou-se guiar.
No corpo viril mergulhou,
até cansar de amar.
Maria oscilou
entre o amor e a razão…
Gritou alto o tesão.
Sem constrangimentos,
ela perdeu a noção.
E amou!!!
Deitou delirando,
viveu sensações…
Acordou amando,
sem ser amada…
Despertou!
O corpo saciado,
agora ausente.
A mulher largada,
voltou à razão.
Estava enojada!
Frustrações a fervilhar
a sua mente sangrava.
Doía a carne,
agora sem vontades.
Soluçava baixinho;
gemia, arrependida
pelos pecados saciados.
Só o choro
a balançar o seu corpo,
a escorrer no seu colo,
servia-lhe de consolo.
Abusões
Acossada pelo fogo da paixão
Maria queimou-se
até sucumbir-se
em cinzas.
Pequeno torrão,
pó ao vento,
últimos vestígios…
Maria evaporou-se!
Vez em quando
sente-se reviver;
arder no peito
as brasas semiapagadas
da sua fugaz emoção.
Assediada pelo calor
daquele corpo,
Maria entregou-se;
deu vazão
e se queimou!
Montanha-russa, roda-gigante,
cálice de vinho, chimarrão.
Quanto gozo, fogo aceso…
A noite se findou…
Dia claro,
Maria se tocou.
Só havia cinzas,
nada mais lhe sobrou.
Angústia
A angústia brota,
afoita.
Escorre nas tuas veias,
aventura-se pelo teu corpo…
Esparrama na tua alma
e ali, assenta…
dilacerante!
Empurra-te para a vida
noturna,