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Subterrâneos do Útero
Subterrâneos do Útero
Subterrâneos do Útero
E-book118 páginas24 minutos

Subterrâneos do Útero

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Sobre este e-book

O sangue, as pétalas, o gozo, a maternidade. Ser mulher em uma sociedade que quer nos diminuir, que tenta nos silenciar e fechar as portas, deixando-nos confinadas a espaços determinados, é saber que o nosso verbo principal sempre será lutar. Tal verbo se faz carne no livro de Kellen Dias e Leila Mendes. Por isso, Subterrâneos do útero transborda as abundantes águas de que somos feitas. O livro carrega a poética das muitas vozes, contemporâneas e ancestrais, que fazem eco e sussurram nossa proteção. A palavra transformada em poesia é oração, é orgasmo, é flor, é fortaleza. O sagrado e o profano, neste livro, não são antíteses ou contrários, são as duas faces da mesma moeda. [...] A alternância de poemas assinados ora por uma ora por outra poeta faz nascer um encontro bonito, repleto de sororidade e aconchego. A liberdade de ser, a liberdade de fazer, a liberdade de criar. À liberdade! Este é o grito que ouvimos emanar dessas páginas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2022
ISBN9786584634602
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    Subterrâneos do Útero - Kellen Dias

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    APRESENTAÇÃO

    Nos silêncios, nas sensações, naquilo que não vemos quando estamos maquinais, há universos. Universos cheios de sentidos, confusões, potencialidades, poderes.

    Nós, mulheres, nunca nos rendemos à limitação desse mundo concreto de racionalidades desumanas, de certezas absolutas. A dúvida e o sensível sempre nos fizeram.

    Somos o ventre fecundo da terra, o coração dos humanos, a visão das feras e de suas caças... cada vitória e derrota guardam a complexidade de universos múltiplos que percebemos.

    Somos as bruxas! Bruxas sim, poderosas, sensíveis, humanas. Queimam-nos, fazem de nosso corpo a vergonha, de nosso poder o risível, de nossos sonhos o irrealizável... mas seguimos porque somos muito maiores que isso. Não há violência que nos mate a essência. Cada uma de nós que morre brota como força, essa força incontrolável ao patriarcado.

    Honramos a lua, o sol, demais astros, as matas e o mar, as rochas e cristais... toda a magia que nos perpassa e nos compõe! Honramos nossas antepassadas que sangraram para podermos estar a gritar, cantar, sussurrar poesia.

    De nosso útero vieram todas as vidas humanas e, com elas toda fabulação e sensibilidade, toda inovação e tradição, toda matemática e música. Essa cornucópia potente e próspera fazedora de todo o mundo que conhecemos e somos é nossa forma de ser, tão materialmente posta, tão conectada ao todo abundante.

    Fazemos soar nossas vozes, forjadas nas vozes das grandes mulheres que nos antecederam, voz que vem dos subterrâneos do útero. Uma voz traduzida em poesia de duas fêmeas escrevedeiras, marcando páginas em preto e branco. Mulheres que entrelaçam sua escrita como irmãs de sangue-fluxo de vivências sempre tão mais fortes quando as mãos seguem dadas.

    As autoras

    AFRODITE

    Fruto do falo

    que emerge das águas

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