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20 teses sobre a subversão da metrópole
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20 teses sobre a subversão da metrópole
E-book42 páginas23 minutos

20 teses sobre a subversão da metrópole

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Sobre este e-book

"Na metrópole, não há lugares e não lugares: há territórios ocupados militarmente por forças imperiais, territórios controlados pelo biopoder e territórios que entram em resistência. Às vezes, esses três tipos de território interpenetram-se; outras vezes, o último se separa dos primeiros; e, ainda em outras, entra em guerra contra eles. A periferia é emblemática desse "terceiro" território: e se a metrópole está em toda parte, é também verdade que em toda parte está a periferia"

A natureza relativamente curta de cada tese e o tom provocador - quase profético - em que são escritas, convida a uma leitura e interpretação atentas.

Essas vinte teses não devem ser entendidas, de modo algum, como uma doutrina política definitiva. Pelo contrário, este documento, que a sobinfluencia traz em versão inédita e bilíngue, aplicado ao contexto político que se desdobra, é uma ferramenta com a pretensão de encorajar a discussão, o debate, e a formação do pensamento crítico.

Originalmente publicado, em 2007, na Itália, como "Tesi sulla sovversione della metropoli", essas "20 Teses para subverter a metrópole", de Marcello Tarí, são provocativas e olham para a "Metrópole" engajando-se criticamente com(contra) ela, discutindo, novas formas de resistência, além de novas "formas de vida".

O texto explora métodos como a sabotagem e a insurreição enquanto armas que podem ser utilizadas nesta época em que vivemos e oferece pontos importantes para discussão e desenvolvimento de uma compreensão de como o capitalismo e a resistência a ele operam atualmente.

"O comunismo que vem será gerado pelas formas-de-vida da multidão que escolheram o partido do comum contra o do biopoder. Preparem os planos. Mantenham-se a postos"
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de mar. de 2023
ISBN9786584744219
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    20 teses sobre a subversão da metrópole - Marcello Tarì

    Da fábrica à metrópole, e além

    Jefferson Viel

    Ao lermos as Vinte teses sobre a subversão da metrópole, de Marcello Tarì, deparamo-nos com a profusão de um vocabulário que talvez ainda cause espanto àqueles habituados aos cânones do pensamento marxista. Termos como formas-de-vida, multidão, território, metrópole, espetáculo, linhas de fuga, biopoder etc., provenientes de distintas tradições da ação e do pensamento políticos do último século, como o situacionismo, o pós-estruturalismo francês e o autonomismo italiano, parecem substituir velhas noções, como as de fábrica, de proletariado e de partido. Essa mudança vocabular, é claro, não deve ser meramente creditada às preferências estilísticas do autor ou a qualquer hesitação de sua parte em precisar a corrente prático-teórica que embasa seu discurso. Tarì é herdeiro da tradição de lutas contra o capital que, depois de um amargo e forçado inverno fascista, se reavivou no pós-guerra e, entre os anos 1960 e 1970, se enriqueceu e convulsionou a sociedade italiana. Com a repressão violenta dos diversos grupos que faziam a crítica do estado de coisas presente e que experimentavam novas formas potenciais de viver em sociedade, promovida pelo Estado italiano no que ficou conhecido como os anos de chumbo, vários representantes dessa tradição se exilaram na França, onde encontraram o abrigo da Doutrina Mitterrand e a riqueza prática e teórica de algumas correntes locais de contestação e de criação política e social. O vocabulário testemunhado em Vinte teses sobre a subversão da metrópole porta em si a trajetória dessa tradição. Mais que isso, porém, ele igualmente carrega as transformações na maneira como o próprio capital, assim como aqueles que resistem à exploração e à opressão por ele perpetrada, se comporta. Sob essa perspectiva, Tarì, tal qual os operaristas e autonomistas italianos que o precederam, pouco se afasta de Marx: o cerne da ação do capital deve ser reconhecido no terreno oculto da produção. Ou seja, são as transformações nas formas de acumulação do capital, particularmente em sua esfera produtiva, que permitem

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