20 teses sobre a subversão da metrópole
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Sobre este e-book
A natureza relativamente curta de cada tese e o tom provocador - quase profético - em que são escritas, convida a uma leitura e interpretação atentas.
Essas vinte teses não devem ser entendidas, de modo algum, como uma doutrina política definitiva. Pelo contrário, este documento, que a sobinfluencia traz em versão inédita e bilíngue, aplicado ao contexto político que se desdobra, é uma ferramenta com a pretensão de encorajar a discussão, o debate, e a formação do pensamento crítico.
Originalmente publicado, em 2007, na Itália, como "Tesi sulla sovversione della metropoli", essas "20 Teses para subverter a metrópole", de Marcello Tarí, são provocativas e olham para a "Metrópole" engajando-se criticamente com(contra) ela, discutindo, novas formas de resistência, além de novas "formas de vida".
O texto explora métodos como a sabotagem e a insurreição enquanto armas que podem ser utilizadas nesta época em que vivemos e oferece pontos importantes para discussão e desenvolvimento de uma compreensão de como o capitalismo e a resistência a ele operam atualmente.
"O comunismo que vem será gerado pelas formas-de-vida da multidão que escolheram o partido do comum contra o do biopoder. Preparem os planos. Mantenham-se a postos"
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20 teses sobre a subversão da metrópole - Marcello Tarì
Da fábrica à metrópole, e além
Jefferson Viel
Ao lermos as Vinte teses sobre a subversão da metrópole, de Marcello Tarì, deparamo-nos com a profusão de um vocabulário que talvez ainda cause espanto àqueles habituados aos cânones do pensamento marxista. Termos como formas-de-vida, multidão, território, metrópole, espetáculo, linhas de fuga, biopoder etc., provenientes de distintas tradições da ação e do pensamento políticos do último século, como o situacionismo, o pós-estruturalismo francês e o autonomismo italiano, parecem substituir velhas noções, como as de fábrica, de proletariado e de partido. Essa mudança vocabular, é claro, não deve ser meramente creditada às preferências estilísticas do autor ou a qualquer hesitação de sua parte em precisar a corrente prático-teórica que embasa seu discurso. Tarì é herdeiro da tradição de lutas contra o capital que, depois de um amargo e forçado inverno fascista, se reavivou no pós-guerra e, entre os anos 1960 e 1970, se enriqueceu e convulsionou a sociedade italiana. Com a repressão violenta dos diversos grupos que faziam a crítica do estado de coisas presente e que experimentavam novas formas potenciais de viver em sociedade, promovida pelo Estado italiano no que ficou conhecido como os anos de chumbo
, vários representantes dessa tradição se exilaram na França, onde encontraram o abrigo da Doutrina Mitterrand e a riqueza prática e teórica de algumas correntes locais de contestação e de criação política e social. O vocabulário testemunhado em Vinte teses sobre a subversão da metrópole porta em si a trajetória dessa tradição. Mais que isso, porém, ele igualmente carrega as transformações na maneira como o próprio capital, assim como aqueles que resistem à exploração e à opressão por ele perpetrada, se comporta. Sob essa perspectiva, Tarì, tal qual os operaristas e autonomistas italianos que o precederam, pouco se afasta de Marx: o cerne da ação do capital deve ser reconhecido no terreno oculto da produção
. Ou seja, são as transformações nas formas de acumulação do capital, particularmente em sua esfera produtiva, que permitem